Cerca de 75 mil usuários do transporte público em Ribeirão Preto serão afetados nesta segunda-feira (13), dia em que começa a greve dos motoristas de ônibus. Divididos em duas assembleias, 400 trabalhadores votaram contra o reajuste salarial de 8% proposto pelas empresas responsáveis pelo transporte coletivo na cidade.
De acordo com o presidente do sindicato dos motoristas, João Henrique Bueno, amanhã será enviado um comunicado aos órgãos interessados. “Foi uma decisão unânime. Agora, deixaremos tudo bem claro e documentado. Prefeitura, Polícia, Transerp, todos vão ser notificados nesta quinta-feira (9) pela manhã. A ideia é parar 100% da frota”, disse.
Procuradas pela reportagem do EP Ribeirão, as empresas permissionárias (Transcorp, Transurb e Rápido D’oeste) comunicaram, via assessoria de imprensa, que aguardam uma publicação oficial para fazer um pronunciamento sobre futuras medidas. Calcula-se que, em média, 150 viagens deixarão de ser feitas, caso 100% dos ônibus fiquem nas garagens.
Serviço essencial
O Tribunal Regional do Trabalho deve apresentar nos próximos dias uma liminar, exigindo um porcentual mínimo da frota que deve continuar em funcionamento.
De acordo com o advogado e diretor da OAB, Daniel Rondi, o transporte público não pode parar 100%. “Por se tratar de um serviço essencial, a Justiça determina um porcentual que deve continuar em operação para que a população não seja totalmente prejudicada”, disse.
Para o promotor Carlos Cezar Barbosa, independente da nomenclatura – greve, manifestação ou paralisação – os usuários não podem ficar sem ônibus. Segundo ele, o Ministério Público aguarda um posicionamento da Justiça. “O nome não pode servir como pretexto. A Justiça do Trabalho deve manifestar se a paralisação é legal ou ilegal. Ou seja, para que haja uma ação civil pública, é preciso ter uma declaração da Justiça”, explicou.
Fonte: EPTV
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