A falta de investimentos no transporte público de São Paulo incentiva o motorista a usar os veículos particulares. Hoje, ônibus, metrô e trens estão superlotados. Por isso, a população está optando por outros meios de transporte. Segundo o consultor em engenharia de tráfego e transporte Horácio Figueira, uma das principais causas para a superlotação foi a demora para comprar novos trens para a CPTM.
“Demoramos de 10 a 15 anos para programar a compra de novos trens para a CPTM. A modernização é bem vinda, mas ainda é pouco. Precisamos deixar o ônibus andar em São Paulo”, explica.
Ele propõe a criação imediata de corredores de ônibus para desafogar o trânsito na capital paulista. "Teria que pegar todas as grandes vias da cidade, que têm três ou mais faixas de tráfego por sentido. A faixa da esquerda seria para o ônibus oficial da cidade; a do meio para a ultrapassagem desses ônibus - dava para criar serviços expressos ou semiexpressos, sem paradas ou com poucas paradas - e para ônibus fretados, táxis e automóveis com uma ou duas pessoas; a última e terceira faixas seriam para o resto da frota.”
De acordo com o especialista, ao todo, 70% dos automóveis e táxis na cidade de São Paulo andam somente com o motorista. “Precisamos acabar com esse paradoxo e oferecer um transporte que flua para a população. O problema do ônibus é que ele não consegue andar porque é atrapalhado pelo congestionamento que o automóvel cria na cidade.”
“Se pegarmos a Avenida Paulista, a [Avenida Brigadeiro] Faria Lima e a [Avenida Engenheiro Luís Carlos] Berrini, há a capacidade de transporte individual de mil a 1,5 mil pessoas por faixa por hora. Na mesma faixa de ônibus, você consegue transportar com um padrão de conforto de 10 mil a 15 mil pessoas por hora. Em uma linha superlotada, passam 70 mil passageiros por hora. Nesse caso, você precisaria pegar o corredor da Radial Leste, ter coragem de pegar duas faixas por sentido e colocar ônibus expresso para aliviar o problema do metrô e do trem. Precisaria da ajuda do município”, conclui.
Novos trens
O índice de satisfação da CPTM foi a que mais cresceu em São Paulo. Segundo o gerente de operações da CPTM, Francisco Perrini, 55 trens devem entrar em operação até o final de 2012 na capital. “Estamos investindo, temos 50 trens em operação, estamos recapacitando o sistema de energia, investindo em estações. Também estamos trocando o sistema de sinalização para que os trens se aproximem um dos outros e diminua o intervalo entre eles.”
O índice de satisfação da CPTM foi a que mais cresceu em São Paulo. Segundo o gerente de operações da CPTM, Francisco Perrini, 55 trens devem entrar em operação até o final de 2012 na capital. “Estamos investindo, temos 50 trens em operação, estamos recapacitando o sistema de energia, investindo em estações. Também estamos trocando o sistema de sinalização para que os trens se aproximem um dos outros e diminua o intervalo entre eles.”
Fonte: g1.com.br
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