A ameaça de greve foi provocada pela reivindicação dos perueiros de um reajuste maior ao oferecido pela prefeitura.
Após a prefeitura prometer elaborar uma nova proposta até quinta-feira (17), uma reunião entre perueiros e sindicalistas decidiu suspender a paralisação.
A Secretaria Municipal de Transportes definiu o reajuste em 4,38%, mas os perueiros pedem 12%. A secretaria diz que o reajuste respeita "os índices previstos no contrato, firmado com base na licitação do sistema de transporte realizada em 2003".
De acordo com o presidente do sindicato da categoria e vereador pelo PT, Senival Moura, desde 2007 o reajuste da tarifa do transporte público foi de 30%, mas os perueiros receberam apenas 9,67% de aumento. Por isso pedem os 12%, para "equilibrar os custos operacionais".
"O custo operacional é muito alto, considera combustível, pneus, manutenção e pagamento do veículo. Hoje em dia tem perueiro que praticamente está pagando para trabalhar", disse.
De acordo com a secretaria, o pagamento dos perueiros não tem relação com a tarifa do transporte. "Os serviços prestados pelos operadores são pagos segundo um modelo específico de remuneração, que considera um valor fixo por passageiro registrado, multiplicado pela quantidade de passageiros transportados pelo operador."
Moura diz que este valor, hoje, está em R$ 1,27 --os 12% de aumento representam menos de R$ 0,20.
Cerca de 6.000 peruas operam em São Paulo, atendendo 3,3 milhões de passageiros por dia em linhas que ligam, principalmente, terminais de metrô, trens e ônibus.
Fonte: Folha.com
0 comentários:
Postar um comentário