Os consórcios responsáveis pelo sistema de ônibus da cidade do Rio de Janeiro apresentaram à prefeitura um plano de contingência para garantir que as linhas continuem em funcionamento. O objetivo é evitar que a população sofra com a falta de transporte público, como aconteceu na noite de quarta-feira, quando a maior parte dos carros foi retirada das ruas devido ao receio de que novos veículos fossem queimados por traficantes.
Na noite de ontem, dezenas de pessoas ficaram sem condução para voltar para casa. Por volta das 23h, muita gente se aglomerava na Central do Brasil. Mulheres choravam com medo de ter de passar a noite na rua. Outras pessoas precisaram voltar para o trabalho para passar a noite.
As empresas se comprometeram a monitorar o número de ônibus de cada linha nas ruas e desenvolver itinerários alternativos caso alguma via da cidade seja bloqueada devido aos confrontos entre policiais e criminosos. Os administradores também estão em contato com os motoristas por celular para alertá-los e orientá-los, com o objetivo de evitar riscos.
Três dos quatro consórcios que integram o sistema de ônibus da cidade tiveram carros queimados nos últimos dias. No total, 16 veículos foram incendiados. Ontem, apenas 80% da frota das empresas estava nas ruas, enquanto o contrato firmado com o município exige que 100% dos carros circulem nos horários de pico.
A Secretaria Municipal de Transportes informou que compreende os riscos existentes para os motoristas e os danos provocados às empresas, mas alerta que a população carioca precisa de meio de transporte.
"Esperamos que os consórcios cumpram o que ficou estabelecido em contrato entre eles e a prefeitura - mantendo nas ruas a circulação do número exigido de veículos para atender a população, principalmente nos horários de maior demanda", disse o subsecretário de Fiscalização da Secretaria Municipal de Transportes, coronel da Polícia Militar (PM) Eduardo Frederico Cabral de Oliveira.
Na reunião de hoje com os consórcios, a prefeitura não discutiu a aplicação de multas às empresas - previstas no código disciplinar estabelecido pelo novo contrato entre o município e as concessionárias. A secretaria esclareceu, no entanto, que vai fiscalizar as empresas para verificar se as exigências de manutenção das frotas estão sendo cumpridas.
Fonte: G1.com
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