Em média R$ 2,62. Esse é o valor que os usuários do Bilhete Único (BU) intermunicipal do Rio, implantado em 1º de fevereiro deste ano, têm economizado diariamente em passagens de ônibus, trens, metrô, barcas e vans legalizadas. A conclusão faz parte do estudo "Impactos sociais do Bilhete Único intermunicipal no Grande Rio", divulgado nesta quinta-feira pelo Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas (FGV), encomendado pelo governo do estado. Segundo a pesquisa, o BU tem tido uma influência direta no orçamento familiar, com indícios ainda de que influi na geração de empregos.
De acordo com um balanço apresentado no levantamento, a tarifa subsidiada de R$ 4,40 para viagens intermunicipais de até duas horas e meia (no início eram duas horas), com até uma baldeação, tem levado frequentemente a reduções de mais de 50% no valor da viagem. Nos oito primeiros meses de implantação do bilhete, aproximadamente 1,3 milhão de pessoas utilizaram efetivamente o BU ao menos uma vez, num total de 159 milhões de viagens, em média 780 mil por dia nos últimos meses.
- Espera-se que o Bilhete Único afete inequivocadamente os preços médios das passagens intermunicipais. Mas quando se fala em despesas da população com transportes e tempo médio de viagem, os resultados são ambíguos. Isso porque, com as passagens mais baratas, as pessoas podem passar a fazer mais viagens. Mas com maior liberdade de escolha do modal de transporte que vai utilizar - diz Marcelo Neri, coordenador da pesquisa.
Quanto à geração de empregos, Neri destaca que, com as passagens mais baratas, as empresas têm menos empecilhos para contratar. Como indício de possíveis impactos do BU, ele ressalta que, de 2009 para 2010, aumentou a proporção de empregos formais na Região Metropolitana, onde há o bilhete, em relação ao estado como um todo, de 71,06% para 72,15%, principalmente nos municípios da periferia.
Fonte: Extra Online
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