Os cerca de 200 funcionários da Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (Strans) serão as primeiras pessoas da capital a serem beneficiadas com a implantação do vale transporte eletrônico. Etapa essencial do processo de integração do sistema de transporte de Teresina, a substituição do vale de papel pelo digital deverá ser totalmente concluída dentro de no máximo oito meses.
A mudança evitará que o ticket seja comercializado por vendedores ambulantes da cidade, além de dar mais segurança aos usuários de transporte coletivo, tendo em vista que diminuirá o risco de assaltos aos ônibus.
Segundo Fábio Prado, gerente do Setut, semelhante ao cartão passe verde utilizado pelos estudantes, o vale eletrônico será carregado por meio da internet. No entanto, com uma vantagem ainda maior para os funcionários de empresas públicas e privadas, já que estes não precisarão se deslocar até os postos de recarga disponibilizados pelo Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Teresina. “As próprias empresas irão fazer o repasse do dinheiro ao Setut, sendo que o cartão é automaticamente recarregado na data estipulada pelo empregador”, explica.
Para os órgãos de transporte e trânsito da capital, a substituição do vale tradicional fará com que o volume de dinheiro transportado pelos veículos coletivos diminua, refletindo diretamente na diminuição da quantidade de assaltos aos colaboradores que trabalham com o sistema de transporte teresinense. Além de maior segurança, os representantes do Setut argumentam ainda que a transição trará mais facilidade e comodidade aos usuários. “Nossa intenção é divulgar ao máximo a nova tecnologia, assim não haverá dificuldades no decorrer do processo”, esclarece Prado.
Já o cartão expresso - que será utilizado avulsamente pela população - ainda não tem data para ser disponibilizado ao público. Inicialmente pensado para suprir a demanda de pessoas que não recebem vale transporte de empresas, o cartão Mais Fácil Expresso ainda está sendo analisado pela prefeitura. “Ele será adquirido nos postos de venda e recarregado de acordo com a necessidade do usuário. Contudo, não sabemos como será a sua distribuição”, ressalta Fábio Prado, ao comentar que 57% da população da cidade utiliza o vale transporte como forma de pagamento da passagem.
O processo de implantação do novo vale será gradativo e tem como uma de suas metas o cadastramento de aproximadamente duas mil empresas, as quais compram vales regularmente no Strans. Na oportunidade de lançamento da nova tecnologia, ontem, 31, no Salão Nobre da Prefeitura, o prefeito Elmano Ferrer anunciou que ainda esta semana estará enviando ao PAC II a proposta para construção dos terminais da cidade, completando assim a integração do sistema de transporte coletivo de Teresina.
Fim dos vendedores de vale e do comércio de papel
Trabalhando há mais de 10 anos com a venda de vale transporte, Francisco das Chagas viu na comercialização do ticket uma forma de complementar a renda de aposentado. No entanto, o anúncio da migração do vale de papel para o eletrônico o deixará mais uma vez sem uma fonte extra para seu sustento, já que dentro de alguns meses o vale tradicional deixará de existir. “Quando soube da mudança não pensei que fosse ser feita em tão pouco tempo, então o jeito é eu me acostumar com as novas mudanças e aproveitar os meses que ainda me restam para juntar mais algum dinheiro”, afirma.
Assim como os vendedores de vales, outro segmento que sairá perdendo com a transição será os comerciantes, principalmente aqueles de pequeno porte. Estes, não raramente, utilizam os vales transportes como moeda de troca para seus produtos, abarcando uma clientela desprovida de dinheiro em espécie. “Todo dia recebo vales como pagamento pelos lanches que vendo, sendo que eu repasso os vales que recebo a um preço mais caro”, revela o comerciante Baltazar da Silva.
Contudo, para Ricardo Freitas, superintendente da STRANS, o vale transporte não foi pensado para servir como moeda de troca, sendo que sua função está sendo desvirtuada por boa parte das pessoas. “A informatização vai garantir que o vale resgate a sua finalidade, que é a de transportar o usuário”, enfatiza.
Fonte: Portal O Dia
A mudança evitará que o ticket seja comercializado por vendedores ambulantes da cidade, além de dar mais segurança aos usuários de transporte coletivo, tendo em vista que diminuirá o risco de assaltos aos ônibus.
Segundo Fábio Prado, gerente do Setut, semelhante ao cartão passe verde utilizado pelos estudantes, o vale eletrônico será carregado por meio da internet. No entanto, com uma vantagem ainda maior para os funcionários de empresas públicas e privadas, já que estes não precisarão se deslocar até os postos de recarga disponibilizados pelo Sindicato das Empresas de Transporte Urbano de Teresina. “As próprias empresas irão fazer o repasse do dinheiro ao Setut, sendo que o cartão é automaticamente recarregado na data estipulada pelo empregador”, explica.
Para os órgãos de transporte e trânsito da capital, a substituição do vale tradicional fará com que o volume de dinheiro transportado pelos veículos coletivos diminua, refletindo diretamente na diminuição da quantidade de assaltos aos colaboradores que trabalham com o sistema de transporte teresinense. Além de maior segurança, os representantes do Setut argumentam ainda que a transição trará mais facilidade e comodidade aos usuários. “Nossa intenção é divulgar ao máximo a nova tecnologia, assim não haverá dificuldades no decorrer do processo”, esclarece Prado.
Já o cartão expresso - que será utilizado avulsamente pela população - ainda não tem data para ser disponibilizado ao público. Inicialmente pensado para suprir a demanda de pessoas que não recebem vale transporte de empresas, o cartão Mais Fácil Expresso ainda está sendo analisado pela prefeitura. “Ele será adquirido nos postos de venda e recarregado de acordo com a necessidade do usuário. Contudo, não sabemos como será a sua distribuição”, ressalta Fábio Prado, ao comentar que 57% da população da cidade utiliza o vale transporte como forma de pagamento da passagem.
O processo de implantação do novo vale será gradativo e tem como uma de suas metas o cadastramento de aproximadamente duas mil empresas, as quais compram vales regularmente no Strans. Na oportunidade de lançamento da nova tecnologia, ontem, 31, no Salão Nobre da Prefeitura, o prefeito Elmano Ferrer anunciou que ainda esta semana estará enviando ao PAC II a proposta para construção dos terminais da cidade, completando assim a integração do sistema de transporte coletivo de Teresina.
Fim dos vendedores de vale e do comércio de papel
Trabalhando há mais de 10 anos com a venda de vale transporte, Francisco das Chagas viu na comercialização do ticket uma forma de complementar a renda de aposentado. No entanto, o anúncio da migração do vale de papel para o eletrônico o deixará mais uma vez sem uma fonte extra para seu sustento, já que dentro de alguns meses o vale tradicional deixará de existir. “Quando soube da mudança não pensei que fosse ser feita em tão pouco tempo, então o jeito é eu me acostumar com as novas mudanças e aproveitar os meses que ainda me restam para juntar mais algum dinheiro”, afirma.
Assim como os vendedores de vales, outro segmento que sairá perdendo com a transição será os comerciantes, principalmente aqueles de pequeno porte. Estes, não raramente, utilizam os vales transportes como moeda de troca para seus produtos, abarcando uma clientela desprovida de dinheiro em espécie. “Todo dia recebo vales como pagamento pelos lanches que vendo, sendo que eu repasso os vales que recebo a um preço mais caro”, revela o comerciante Baltazar da Silva.
Contudo, para Ricardo Freitas, superintendente da STRANS, o vale transporte não foi pensado para servir como moeda de troca, sendo que sua função está sendo desvirtuada por boa parte das pessoas. “A informatização vai garantir que o vale resgate a sua finalidade, que é a de transportar o usuário”, enfatiza.
Fonte: Portal O Dia
0 comentários:
Postar um comentário