A radiografia do transporte público em palavras. "O que me incomoda é a superlotação dos transportes, as más condições dos veículos", reclama um usuário do sistema Das viagens previstas, 23% não saem no horário. "Às vezes, a gente fica mais de meia hora, uma hora, esperando e ainda vem cheio", afirma uma mulher.
A falta de conforto também chama a atenção. Mais da metade dos terminais visitados não tem condições de receber o passageiro. É o que acontece em Samambaia Norte, onde o único banheiro não tem vaso. "Esse mau cheiro e a gente é obrigado a usar. A gente só tem ele, não tem outro banheiro", fala o motorista Cícero Muniz Pereira.
Faltam coberturas para abrigar os passageiros. "Não tem nada, é uma bagunça, um lameiro. Hoje está muito bom, só tem poeira. Quando chove fica pior do que hoje", fala a dona-de-casa Inácia Lucena. Faltam tabelas com horários dos ônibus e segurança. “Ontem uma menina foi assaltada. Bateram até na casa do motorista. Polícia mesmo não tem”, relata o motorista Lucimar Seabra.
No Terminal Sul de Samambaia, o problema é mais grave. Lá os ônibus estacionam na terra. “É muito buraco. O terminal praticamente não existe”, acredita o motorista Alexandre Souza. A pesquisa mostrou que a frota é velha e mesmo assim continua circulando. Falta fiscalização.
A pesquisa do Tribunal de Contas confirma o que passageiros reclamam há muito tempo: os problemas se arrastam e o governo não resolve as questões. Hoje, em vez de apontar soluções, o GDF informou apenas que os dados do levantamento serão usados na auditoria que começou a ser feita no sistema depois da última greve geral, há duas semanas.
Fonte: DFTV
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