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Motoristas de ônibus em Curitiba acumulam funções, correm para cumprir horários e têm parte do salário comprometida pelas infrações de trânsito

sábado, 31 de julho de 2010


Houve um tempo em que a obrigação de um motorista de ônibus em Curitiba se resumia a conduzir passageiros. Hoje essa é só mais uma das suas múltiplas funções. Ele agora também tem de fazer a cobrança da passagem, precisa evitar depredações dos ônibus e das estações-tubo, deve ter coragem para conter invasões de usuários que não pagam tarifa e ser um ás ao volante para cumprir um horário que vem desde a época em que a frota era a metade da atual. Não pode sair do ponto antes do tempo nem chegar atrasado, não pode usar boné de marca ou fone de ouvido, nem ler jornal em serviço. Sempre há um fiscal de olho. E multa para tudo.
Em média oito motoristas de ônibus têm sido multados todos os dias em Curitiba pelos fiscais da Urbs, empresa que administra o transporte coletivo na cidade. Foram 1.237 multas entre janeiro e maio deste ano, média de 247 por mês, 8 por dia. A maioria, segundo a Urbs, por “direção inadequada”, como furar sinal, não respeitar faixa de pedestre ou fazer curvas em alta velocidade. Na comparação com anos anteriores, houve uma pe­que­na redução. Em 2007 foram 4.395 infrações, média de 366 por mês. No ano passado foram 5.439, ou 453 por mês. A infração mais comum, de acordo com a Urbs, foi sair do ponto antes do horário.

Atraso e superlotação

“Como o motorista vai sair adiantado se nem consegue chegar no horário?”, questiona o diretor admi­­nistrativo do Sindicato dos Motoristas e Cobradores (Sindi­moc), Valdecir Boleti. Atraso e superlotação são as principais causas de reclamações dos usuários. Em 2009, três em cada quatro li­-nhas da Rede Integrada de Trans­porte (RIT) tiveram problemas para cumprir o horário e geraram queixas. Os penalizados não são apenas os usuários, que perdem tempo, mas sobretudo os mo­to­ristas, que perdem parte do salário. A Urbs notifica as empresas, que repassam a multa para a frente.
“A gente recebe reclamações de motorista multado porque atrasou dois minutos”, diz Boleti. O problema, segundo ele, estaria na tabela de horários criada pela Urbs em 1994. Na época, a frota de Curi­tiba era metade da atual, havia menos semáforos, menos lombadas e menos passageiros, lembra a vice-presidente do Sindimoc, Ana Ilíbia Grenn. A Urbs informou que mexe nos horários de acordo com a necessidade relatada pelas empresas e sugestões dos motoristas. Se fosse a mesma tabela desde 1994, argumenta, o sistema não funcionaria. O Sindimoc, contudo, diz que a base de horários é a mesma. “Nós é que vivemos o problema todos os dias”, diz Ana Ilíbia.
Quando fica retido em algum congestionamento, o motorista precisa recuperar o tempo. Como a multa é certa se chegar atrasado, ele decide arriscar pisando no acelerador ou passando algum sinal vermelho na esperança de não ser flagrado. “Aí o risco passa a ser de todo mundo”, alerta Boleti. Se ele não fizer isso, pondera o sindicalista, os atrasos vão se somando e as multas comprometem o salário. “Ninguém chega atrasado porque quer. Não basta o motorista se qualificar, é preciso dar condições a ele para trabalhar bem.”
O salário inicial de um motorista é de R$ 1.238 e de um cobrador, R$ 780. A única diferença entre um iniciante e um veterano está no anuênio de 2%. Curitiba e região metropolitana têm 6,5 mil motoristas e 4,5 mil cobradores. Parte desses profissionais já desempenha a função de motorista e cobrador, no caso dos micro-ônibus. Ganham para isso um adicional de 10%.


Fonte: Gazeta do Povo

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