Empresários e trabalhadores do setor de transporte coletivo de Natal voltam a se reunir na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego, às 11 horas de hoje, numa última tentativa de fechamento de acordo salarial para os motoristas, cobradores e despachantes de ônibus.
As duas partes conversaram ontem na antiga DRT, na Ribeira, mas resolveram adiar a rodada de negociação para o último dia do prazo, que é hoje, antes de tomarem uma decisão sobre uma eventual greve dos trabalhadores do setor de transporte coletivo. Em virtude disso, também foi adiado de hoje para a próxima terça-feira, dia 22, a reunião no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), da 21ª Região, para o caso de não haver um acordo na instância inferior.
“Nós estamos fazendo uma discussão com a categoria para decidir o acordo até às 9 horas de amanhã (hoje)”, dizia o presidente do Sintro-RN, Nastagnan Batista.Batista disse que a categoria não tem como aceitar a proposta do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros Urbanosde Natal (Serturn), que é de 3,5% de reposição salarial e para o vale-alimentação. “A tentativa agora é de uma conciliação, para que não seja necessário ir ao TRT”, afirmou ele.
O sindicalista afirma que o sindicato patronal precisa apresentar uma proposta, que não leve os trabalhadores irem à greve e, assim, “prejudicar a população”. Segundo Batista, a proposta patronal está longe do que a categoria pede de reajuste salarial, que é de 15%. Os trabalhadores reclamam que os 3,5% de reajuste não se aproximam, sequer, dos índices inflacionários do IPCA, que é de 5,22% e do INPC, de 5,49%.
O diretor de Comunicação do Seturn, Augusto Maranhão, afirmou que não pode falar ainda, mas já tem em informações de que os trabalhadores “aceitaram em reduzir o percentual de reajuste que apresentaram”, mas isso ficou para ser apresentado, oficialmente, na reunião que as duas partes terão, hoje.
Já o Seturn continua insistindo que dentre as 109 cláusulas do acordo coletivo de trabalho, existem aquela alternativa de reajuste indireto de salários, como cesta básica, quinquenios e vale-refeição, que podem ser uma compensação para os trabalhadores que vêm percebendo reajuste com índice abaixo da inflação.
Fonte: Tribuna do Norte
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