Na Capital cearense, indústria e comércio sofreram queda em vista da paralisação, ainda sem desfechoA população não aguenta mais sofrer as consequências da greve dos motoristas, cobradores e fiscais do transporte público de Fortaleza, que completa hoje 16 dias.
Coletivos lotados, esperas prolongadas, desrespeito e atrasos nos compromissos são algumas das penalidades a que, sobretudo o trabalhador, está sendo submetido. Fora o estresse gerado pelo medo de não ter como voltar para casa e o risco de ser vitima de algum tipo de violência.
A paralisação, que já é considerada a maior da história em número de dias, já alterou a rotina do fortalezense.A estudante Lorena Breno teve de mudar os seus horários para se adequar à greve.
"Acordava 5h50 e hoje me levanto às 5 horas para chegar às 8 horas no trabalho". Mesmo assim, ela afirma que está sendo obrigada a optar por frequentar a faculdade ou o estágio. "Já faltei duas semanas de aula por causa da demora terrível dos ônibus.
Todos os dias chego atrasada ao trabalho. O pior é que estou agora na semana de provas e não acompanhei as aulas".Assim também aconteceu com a professora Solange Araújo. O dia a dia dela foi modificado. "Passei a assistir com frequência o noticiário da TV para saber o andamento da greve. O sentimento da gente é de indignação", destaca.
Sofrimento e prejuizos
De acordo com o educador Francisco Fábio Pereira Oliveira, só sabe o que é sofrimento quem precisa do transporte público. "Com a greve, o cidadão que trabalha oito horas por dia e sai cansado do emprego ainda é obrigado a esperar por três horas ou mais para chegar em casa. Isso é um absurdo", diz.
O diretor de transporte da Federação de Entidades de Bairros e Favelas de Fortaleza, Luis Leão da Silva, acredita que é preciso encontrar outra saída para levar adiante o processo de reivindicação, que não a greve, que prejudica tão somente o trabalhador. "O problema é legítimo.
Os motoristas são trabalhadores também, quer dizer, eles têm dificuldade de chegar ao emprego com a falta dos ônibus. Se eles estão reivindicando melhores salários é porque a situação é ruim", enfatiza.
Não só a população está sendo afetada pela paralisação, a economia da Capital também sofre as consequências do movimento, já considerado abusivo. Apesar de não ter dados concretos, a Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec) estima que os prejuízos para a indústria local foram significativos, principalmente para os setores de alimentos, vestuário, calçado, têxtil e construção civil. Os danos são atribuídos à falta ou atraso de funcionários, o que provoca queda na produção.
No comércio, a queda foi entre 35% e 40% nas vendas. "Isso significa que as lojas estão vendendo 50% a menos do que vendiam no mesmo período do ano passado. Apenas o setor de eletroeletrônicos e de confecção não foi afetado por conta da Copa", ressalta o presidente do Sindilojas, Cid Alves. O mais prejudicado é o do varejo.
Fonte: Diário do Nordeste
6 comentários:
Acredito no direito de todos de reivindicarem suas melhoras, mas acredito também que não há necessidade de prejudicar uma cidade inteira por causa disso! Vejo pessoas perdendo seus empregos, seus compromissos, adiando decisões e outras coisas por causa desse problema que nuca se resolve! Já chega! As autoridades por favor resolvam essa situação para que as pessoas possam voltar às suas rotinas!!! Já temos direito a tão pouca coisa e agora nem andar de ônibus (pagando por isso), temos mais...
e se você,anônimo acima, fosse um motorista e passasse o dia trabalhando duro e ganhasse um salário muito pequeno, o que você acharia?
Se a greve não afetar a cidade inteira, os empresários com certeza não irão acatar as reivindicaçães.
Por esse motivo, a greve é válida
Então porque em vez de prejudicar a população eles não prejudicam os empresarios? Bastava deixar todos os passageiros entrarem de graça para os empresarios rapidamente resolverem esses problemas.Lembre-se para que uma greve der certo, precisa do apoio da população, o que eles nao estao conseguindo, por prejudicarem demais o cidadão comum que não tem nada a ver com essa situação. Fora que várias pessoas comuns apanharam da policia por causa dessa greve, você acha isso correto?
Concordo ao máximo com você! Se estão lutando por salários justos façam isso de forma que venha a prejudicar quem realmente merece, os empresários e não nos trabalhadores que também ganhamos pouco e ainda temos que aguentar essa situação vendo a hora perdermos nossos empregos ou aguentar os descontos no salário no final do mês por causa dos atrasos. Se querem lutar por melhores condições, ótimo! é direito de vocês mas façam isso sem nos prejudicar...
e mais...esse recados vai para aqueles motoristas que estão aproveitando a greve e deixado um monte de trabalhadores que ja saem cansados depois de um dia inteiro de trabalho, ficarem horas e horas nas paradas e não terem a boa vontade de pararem os ônibus para que eles possam entar e chegar em casa e descançar um pouquinho que seja.
Com todo respeito, em termos práticos é obvio que eles não podem permitir que passageiros entrem de graça. Outra: infelizmente é isso que ele precisam: ta população enfurecida. Acontece que temos (população) pressionar os empresários. É necessário um certo caos para esse negócio de greve dar certo. Vejam o magistrado, suas greves raramente duram mais de meio-dia ou um dia. POrque? vira caos.
Enfim, lamento pela população (inclusive eu) que sofre. Mas entendo a intenção destes funcionário que nAo querem nos prejudicar e sim conquistar direitos básicos.
Não sei o que eles realmente querem com essa greve. Se a intenção é fazer pressão nos empresários, que seja nos empresários. Pelo o que soube, ontem estavam fechando a bezerra para ônibus que estavam vindo de Caucaia, tomando as chaves dos motoristas. Fecharam uma rua em frente a um HOSPITAL!!!!! Tudo bem, eles tem o direito de greve, não sou contra, sou contra a essas atitudes que prejudicam a população como a de fechar as ruas. os empresários não perdem dinheiro com isso, estão é ganhando com pouco ônibus rodando, menos gasolina, o povo usa o ônibus do mesmo jeito
Postar um comentário