“É uma questão de respeito ao simples direito de ir e vir de todo cidadão”. Desta forma o presidente do Conselho Estadual dos Direitos de Pessoas com Deficiência, Valdir Moura, definiu a nova exigência da lei de acessibilidade que deve ser cumprida por todos os veículos coletivos até 2014.
Segundo Valdir, os cadeirantes ainda encontram dificuldades para se locomoverem pelas ruas de Belém e o problema se dá em função do despreparo dos cobradores e motoristas que não conseguem operar as plataformas existentes nos veículos. “Já fiquei horas esperando na parada por um ônibus adaptado e quando ele apareceu, o motorista me falou que não podia me levar porque não sabia mexer na plataforma eletrônica.
”Diante de tantas reclamações, o Ministério Público reuniu com representantes do Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de Belém (Setrans-Bel), Companhia de Transportes do Município de Belém (CTBel) e do Conselho de Pessoas com Deficiência, para buscar soluções que atendam às necessidades das pessoas com deficiência.
SUBSTITUIÇÃO
Para Mário Martins, presidente da Setrans-Bel, a solução é substituir a plataforma eletrônica pela manual. Ele explica que atualmente 371 veículos estão adaptados com a plataforma eletrônica em Belém, o que representa 30% da frota existente, e que o problema não é somente a falta de operacionalidade dos motoristas e cobradores, e sim, defeitos existentes nas máquinas que já vieram com problemas. “A partir de agora, estamos testando para que os novos veículos venham com a plataforma manual que é de fácil manuseio e não dá problemas”.
Valdir Moura aprovou a plataforma manual e diz que a partir de agora os cadeirantes não ficarão mais esquecidos nas paradas de ônibus. “É mais fácil e não tem como dar problemas. Basta a boa vontade dos funcionários dos veículos”.
Mário Martins Júnior, diretor regional do Serviço Social do Transporte (Sest) e do Serviço Nacional de Aprendizagem de Transporte (Senat), informa que motoristas e cobradores passam por treinamento para lidar com os equipamentos em questão e que não entende a quantidade de reclamações em relação à constante falta de operacionalidade. “Eles são treinados e não saem nos ônibus sem o conhecimento de como utilizar o equipamento”, informa.
Fonte: Diário do Pará
0 comentários:
Postar um comentário