O Sindicato dos Rodoviários ratificou, ontem à tarde, a decisão da categoria de entrar em greve por tempo indeterminado, a partir da zero hora de segunda-feira, no Rio de Janeiro. A primeira reação dos empresários foi chamar a polícia.
O presidente do Rio Ônibus, Lélis Teixeira, requisitou apoio da Secretaria de Segurança Pública contra os piqueteiros, para garantir o trabalho dos motoristas que não aderirem à paralisação e a saída dos veículos das garagens.
Os empresários também decidiram ir à Justiça contra o sindicato para que a greve seja decretada ilegal. O Rio Ônibus reclama do descumprimento do acordo coletivo firmado em março, pelo qual os rodoviários da capital receberam aumento salarial de 5% e seus colegas das outras cidades da Região Metropolitana ganharam 7%. Com isso, os salários foram equiparados, criando-se um piso regional.
Agora, a categoria reivindica reajuste de 15%, além de vale-refeição de R$ 150, auxílio para compra de uniforme e o fim da dupla função de motoristas que atuam como cobradores. Ao todo, há 40 mil profissionais na capital.
Metrô, trens e barcas são opção
A cidade tem uma frota de 6.800 ônibus, que transportam 3,4 milhões de passageiros por dia. Para amenizar os transtornos para a população, a Secretaria estadual de Transportes solicitou à SuperVia, à Barcas S/A e ao Metrô Rio o reforço de suas frotas, para dar opção a quem não puder ir para o trabalho de ônibus.
— A greve será por tempo indeterminado. Nem se pode dizer que os empresários fizeram uma contraproposta, de tão ridícula que era. Eles ofereceram um aumento no valor do tíquete-alimentação, de R$ 63 para R$ 70 — disse o diretor financeiro do sindicato, Samuel Freire de Souza.
Pressão de opositores
Em nota, o presidente do Rio Ônibus, Lélis Teixeira, reclamou que o acordo coletivo com os empregados foi homologado na Delegacia Regional do Trabalho. Quanto à requisição da polícia, Teixeira pediu para que “aja com o máximo rigor contra aqueles que estiverem de alguma forma prejudicando o bom andamento dos serviços prestados”.
Em nota, o presidente do Rio Ônibus, Lélis Teixeira, reclamou que o acordo coletivo com os empregados foi homologado na Delegacia Regional do Trabalho. Quanto à requisição da polícia, Teixeira pediu para que “aja com o máximo rigor contra aqueles que estiverem de alguma forma prejudicando o bom andamento dos serviços prestados”.
A greve foi provocada por duas paralisações promovidas em abril por opositores do sindicato. O grupo criou outro sindicato, o Sintraturb, considerado ilegal pelo Ministério do Trabalho.
Fonte: Extra online
0 comentários:
Postar um comentário