Ademar Gondim, presidente da Empresa de Transporte Urbano de Fortaleza (Etufor) recorre a uma história de família para explicar o problema do transporte em Fortaleza. ``Meu avô morava às margens do Rio Acaraú. Ele nunca saiu de lá. Meu pai veio pra cá e começou a trabalhar na rua 25 de março, no Centro. Ia caminhando para o trabalho. Hoje as pessoas moram distante do trabalho, os filhos estudam longe, há toda uma necessidade de mobilidade." Segundo Gondim, a explicação para o caos no sistema de transporte é simples: "As vias da cidade não estão preparadas para o crescimento de veículos.
O metrô de Fortaleza deveria estar operando desde 2005. Houve um atraso desde a década de 1990. Estamos pagando esse preço hoje". Por fim, como desafio, vem a questão da disciplina na organização da rede de transportes. "Nós temos que tirar os veículos particulares das ruas. E temos que priorizar os corredores para os ônibus. Do que adianta colocar mais ônibus na Santos Dumont às 18 horas?``, questiona.
De acordo com o presidente, mesmo que Fortaleza venha mantendo uma das menores tarifas de ônibus do País, uma larga faixa da população ainda permanece impossibilitada de usar os ônibus no seu deslocamento diário. Dados da Etufor mostram que somente 15% das classes D e E, que representam quase 50% da população da Capital, são usuários de ônibus.
Entre 2004 e 2008, houve aumento no número de pagantes no sistema de transporte urbano. Nesse período, a tarifa manteve-se ao custo de R$ 1,60. Em 2008, Fortaleza registrou 308.408 pagantes. No ano seguinte, com o aumento da passagem de ônibus para R$ 1,80, esse contingente diminuiu para 302.147.
Fonte: O Povo
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