Os perueiros que trabalham em linhas da cidade de São Paulo ameaçam entrar em greve a partir da meia-noite desta terça (27). Em assembleia realizada na segunda (26) na Praça da Sé, eles recusaram proposta da Prefeitura ao pedido de aumenta da tarifa que recebem por passageiro transportado e decidiram paralisar suas atividades, caso a administração municipal não avance hoje na negociação que a categoria vem mantendo com a Secretaria Municipal dos Transportes.
A Prefeitura não deu sinais de que vai apresentar uma nova proposta.Segundo o vereador Senival Moura (PT), presidente do Sindicato dos Perueiros (Sindlotação), a Prefeitura paga R$ 1,20 por passageiro transportado pelos micro-ônibus. Os motoristas reivindicam que a tarifa seja reajustada em 12%, para compensar o aumento de insumos e serviços acumulado desde 2008. Ele disse que a Secretaria dos Transportes ofereceu um reajuste de 2%, índice que foi considerado insuficiente pela categoria.
“A tarifa paga pelo passageiros passou de R$ 2,30 para R$ 2,70 em janeiro, mas os perueiros não ganharam um centavo de aumento. Já os custos com óleo diesel, pneus, a mão-de-obra aumentaram”, disse Senival. “Não queremos prejudicar a população, mas a Prefeitura tem que entender que a reivindicação é justa”, acrescentou ele, que é da bancada de oposição ao prefeito Gilberto Kassab na Câmara.
Senival é dono de um micro-ônibus da Associação Paulistana Garagem 3. “Não tenho contrato com o município, quem tem é a cooperativa. Sou só um cooperado”, explicou.A ameaça de greve dos perueiros acontece uma semana depois de os garis também anunciarem a possibilidade de paralisar a coleta de lixo e varrição de ruas na cidade, para exigir aumento salarial.
A Prefeitura interpretou a ação dos garis como uma forma de os empresários que controlam a limpeza pública na capital de forçar um reajuste no valor dos contratos. Os garis voltaram atrás na ameaça de greve.
Após a rejeição da proposta da Prefeitura, a secretaria divulgou nota de uma linha dizendo que “os índices de remuneração dos permissionários são calculados, contratualmente, por uma cesta de índices que não indica os índices pleiteados pelas cooperativas”. Senival, porém, disse que a administração continua negociando com o sindicato e que espera chegar a um acordo. “Queremos ver se é possível melhorar a proposta”, afirmou.
Segundo a São Paulo Transporte (SPTrans), as cooperativas operam cerca de seis mil veículos na linhas municipais. O sindicato estima que 3,5 milhões de passageiros são transportados diariamente pelos perueiros. A maioria das linhas atende os bairros da cidade.
Fonte: Diário de São Paulo
1 comentários:
Tudo bem... é um direito que o trabalhador tem de se manisfestar. Entretanto alguém está ganhando muito dinheiro com os transportes coletivos na capital paulista. O usuário das lotações desembolsam no mínimo R$ 5,40 para ir e voltar do trabalho e no final do mês acaba gastando R$ 118,80. Esse valor seria insignificante se existisse conforto nas lotações, onde viajamos espremidos e os gordinhos se sentindo constrangido por ocupar um banco e meio ou toda a passagem do corredor. Além do aperto e do desconforto ainda existem aqueles motoristas e cobradores que se acham o máximo demosntrando antipatia para com os idosos. Quando estão no horário de pico querem correr para chegar logo e nessa corrida os passageiros necessitam se esforçar ao máximo para não cair ou empurrar o colega do lado. Quando o passageiro entra na lotação, se estiver com uma mão ocupada, ele fica sem ter onde se segurar para passar o bilhete na catraca. O cobrador poderia até ser gentil, mas o que se nota é de que a gentileza existe só para as mocinhas, porque os homens, mulheres e idosos são ignorados. E no momento em que entram 3 ou 4 passageiros e o cobrador pede para subir mais um degrau sem se preocupar se os primeiros já se acomodaram? Motoristas e cobradores sem classe nenhuma os quais demostram uma estupidez extrema com os idosos. Muitos deles fumam dentro da lotação, outros conversam no celular e com o veículo em movimento. Vê-se motoristas xingando o veículo da frente, dirigindo palavrões de baixo calão. O motorista tem que ser mais gente e esquecer o lado animal porque ele carrega seres humanos, educados e respeitadores...Passam em buracos em alta velocidade, fazem curvas em alta velocidade, enfim sofremos... Agora, os tubarões responsáveis pela frota está ganhando muito dinheiro. Veja os números: Digamos que na capital paulista 1 milhão de passageiros sejam usuários de lotação. Cada passageiro gasta R$ 5,40 para ir e voltar do trabalho. No final do mês acumula um gasto de R$ 108,00 por vinte dias trabalhados. Se um trabalhador gasta R$ 108,00 por vinte dias, então 1 milhão de passageiros gastará R$ 108.000.000.000,00. É isso mesmo 108 bilhões de reais. E a Zona leste deve ficar com a maior cota porque a população é maior.
É MUITO DINHEIRO.É MUITO DESCONFORTO. A PASSAGEM É MUITO CARA.
PS.: Se o passageiro paulista não tivesse medo do motorista e do cobrador com certeza ele (o passageiro) diria, fica quieto e dirige direito porque eu estou pagando...mas...
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