
Em Marília, município que vive situação semelhante à de Araçatuba, os vereadores aprovaram no dia 22 de dezembro do ano passado projeto de lei que regulamenta o transporte coletivo e permite que duas empresas prestem o serviço na cidade. Problemas na qualidade dos serviços foram uma das razões para o projeto.
Segundo o presidente do SAF (Sistema Auxiliar de Fiscalização do Transporte Coletivo Urbano), Antônio Carlos Silva, as reclamações dos coletivos administrados pela Empresa Circular de Marília são gerais, situação que ocasionou a proposta de mudar a lei municipal que monopolizava o serviço. 'Ônibus sujos, excesso de velocidade e de lotação, atrasos e mudança de linhas sem consultar a população são alguns dos problemas relatados pelos usuários', explica Silva, em entrevista à Folha.
O SAF funciona como uma espécie de conselho municipal que monitora a qualidade dos trabalhos oferecidos pelas concessionárias de transporte público. O órgão teve papel importante nas discussões que resultaram em mudanças no transporte coletivo de Marília. Em Araçatuba, entidade semelhante seria o Conselho de Usuários de Transporte de Passageiros, previsto pela Lei Orgânica do Município, mas que não foi criado até hoje.
Em Araçatuba, onde vivem mais de 182 mil pessoas, há um ônibus adaptado para cada grupo de 18,2 mil moradores. A TUA (Transportes Urbanos Araçatuba) afirma que segue um cronograma firmado com o Ministério Público de Araçatuba, que prevê a instalação de dispositivos de acessibilidade em toda a frota até 2015, chegando ao total de 42 veículos. Por enquanto, a concessionária oferece dez ônibus adaptados.

Em Franca, com 330,9 mil moradores, há um veículo adaptado para cada 8,4 mil pessoas. A melhor proporção de acessibilidade levantada pela Folha da Região é da cidade de Bauru, com um ônibus para cada 2,2 mil pessoas, numa população total de 359,4 mil.
Fonte: Folha de Região
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