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Conheça 47 projetos de transporte público que podem mudar a cara de 12 capitais

domingo, 17 de janeiro de 2010

Curitiba é modelo a ser seguido

O governo federal e os prefeitos e governadores das 12 cidades-sede da Copa 2014 definiram na última quarta-feira (13/1) as obras de transporte público prioritárias para a realização do Mundial. Em cerimônia em Brasília, foi assinado o PAC da Mobilidade Urbana, programa que investirá R$ 11,48 bilhões em 47 projetos destinados a agilizar a circulação de pessoas e veículos nas capitais. Deste montante, R$ 7,68 bilhões serão investidos pela União com recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

Os projetos do PAC da Mobilidade foram aprovados pelo governo federal após extensas negociações com as sedes da Copa. Segundo o ministro das Cidades, Márcio Fortes, o governo priorizou obras de transporte público que pudessem ser concluídas antes do Mundial e que já tivessem projetos finalizados ou licenças ambientais liberadas.

Dessa maneira, os metrôs de Belo Horizonte, Curitiba, Porto Alegre e Salvador não receberão recursos. Entre os projetos aprovados estão os veículos leves sobre trilhos (VLTs) de Brasília e Fortaleza, os monotrilhos de São Paulo e Manaus, vinte sistemas de bus rapid transit (BRT) e dez corredores expressos de ônibus. As capitais têm até o meio do ano para enviar os projetos ao ministério e até dezembro para iniciar as obras. As capitais contempladas com a maior quantia foram Rio de Janeiro e São Paulo. Os cariocas receberão R$ 1,19 bilhão para a linha de BRT ligando o Aeroporto Tom Jobim aos bairros da Penha e da Barra da Tijuca. A capital paulista terá R$ 1,08 bilhão para a linha de monotrilho entre o Aeroporto de Congonhas e o estádio do Morumbi.

Logo em seguida vêm Belo Horizonte e Manaus. Os mineiros poderão financiar até R$ 1,02 bilhão da construção de seis BRTs, entre outras obras. Já a sede amazonense poderá captar R$ 800 milhões, dos quais 75% financiarão o monotrilho Norte-Centro, orçado em R$ 1,3 bilhão.A taxa nominal de juros das operações de empréstimo é de 6% anuais, com prazo de amortização de 20 anos. Para os sistemas de transporte sobre trilhos a taxa será um pouco menor, de 5,5%, e o prazo de pagamento maior, de 30 anos. Os financiamentos terão quatro anos de carência.

  • Belo Horizonte
A capital mineira receberá R$ 1,02 bilhão do PAC da Mobilidade. Serão construídas seis linhas de BRT, orçadas em R$ 1,27 bilhão, dos quais R$ 843,3 bilhões serão financiados pelo FGTS. Outros R$ 240 milhões serão destinados a obras viárias e à ampliação da central de controle de tráfego.Projetos considerados fundamentais pela prefeitura mineira não foram atendidos, como a expansão do metrô e a revitalização do anel rodoviário.

  • Brasília
Contemplada com R$ 361 milhões, a capital federal ficou com o menor valor global entre as cidades-sede da Copa. A linha de VLT que ligará o Aeroporto Internacional de Brasília ao terminal Asa Sul receberá R$ 263 milhões. Outros R$ 98 milhões serão aplicados na ampliação viária da DF 047 e da OAE para facilitar o acesso ao aeroporto.

  • Cuiabá
Cuiabá receberá R$ 454,7 milhões para a construção de duas linhas de BRT e para a duplicação da rodovia Mario Andreazza, que dá acesso ao estádio José Fragelli, o Verdão, a ser usado na Copa. O primeiro BRT ligará o aeroporto de Várzea Grande ao centro, no sentido leste-oeste. O segundo trajeto também partirá do centro em direção ao bairro de Coxipó. Ainda serão reformados pequenos pontos de acesso público, como terminais e passarelas.

  • Curitiba
Receberá financiamento de R$ 440,6 milhões, dos quais R$ 130,7 milhões irão para o corredor metropolitano que interligará a capital a cidades da região metropolitana. Já o corredor expresso, que ligará o Aeroporto Afonso Pena ao terminal rodoferroviário, receberá R$ 104,8 milhões. Outra parte dos recursos financiará a construção de uma linha de BRT, terminais, sistemas de monitoramento e obras viárias.

  • Fortaleza
A capital cearense terá financiamento de R$ 414,4 milhões. O VLT Parangaba-Mucuripe receberá cerca de R$ 170 milhões, o equivalente a 64% da obra orçada em R$ 265,5 milhões. Os BRTs das avenidas Dedé Brasil, Raul Barbosa, Alberto Craveiro e Paulino Rocha receberão R$ 113,5 milhões de financiamento. O projeto contempla ainda a construção do corredor expresso Norte-Sul (R$ 97,7 milhões) e das estações de metrô Padre Cícero e Montese (R$ 33,2 milhões).

  • Manaus
Receberá R$ 800 milhões do PAC da Mobilidade. A implantação do monotrilho que ligará a zona norte ao centro de Manaus terá R$ 600 milhões, o equivalente a 46% da obra. O restante será aplicado na construção do BRT conectando o centro à zona Leste.

  • Natal
A capital do Rio Grande do Norte receberá financiamento de R$ 386 milhões para 16 projetos. As intervenções ligarão o novo aeroporto ao setor hoteleiro e à Arena das Dunas, que receberá os jogos da Copa. Os recursos também serão aplicados na duplicação da avenida Mor Gouveia, na ligação da Via Costeira com a avenida Engenheiro Roberto Freire, e na construção de elevados, entre outros complexos viários. O prolongamento da avenida Prudente de Moraes terá R$ 10,58 milhões de investimento.

  • Porto Alegre
A capital gaúcha receberá R$ 368,6 milhões em financiamentos. Para a construção de três corredores exclusivos de ônibus serão destinados R$ 273,9 milhões, que cobrem 93% das obras. Duas linhas de BRT, ao custo de R$ 81 milhões, serão cobertas integralmente pelo PAC da Mobilidade. Os R$ 13,7 milhões restantes serão destinados ao sistema de monitoramento de tráfego.A ampliação do metrô, a nova ponte do Guaíba e o aeromóvel, obras pleiteadas pela prefeitura, não foram contempladas no pacote.

  • Recife
A capital de Pernambuco receberá um total de R$ 648 milhões para cinco intervenções viárias. Serão dois corredores expressos, o Caxangá e o Via Mangue, que receberão R$ 402 milhões de financiamento. Já os BRTs Norte-Sul e Leste-Oeste terão créditos de R$ 231 milhões do PAC da Mobilidade. Outros R$ 15 milhões serão aplicados no terminal Cosme Damião.

  • Rio de Janeiro
O PAC da Mobilidade destinou R$ 1,19 bilhão à capital fluminense, o maior valor entre as sedes da Copa. Lá será implantada uma linha de BRT, orçada em R$ 1,6 bilhão, entre a Penha e a Barra da Tijuca, passando pelo Aeroporto Tom Jobim.

  • Salvador
Na capital baiana, o acordo prevê financiamento de R$ 541,8 milhões para o BRT que conectará o Aeroporto Internacional de Salvador à zona norte da cidade.

  • São Paulo
Na capital paulista, serão investidos R$ 1,08 bilhão na construção do monotrilho e da avenida Perimetral. O valor global das intervenções é de R$ 2,86 bilhões. O monotrilho ligará linhas de metrô e trem ao Aeroporto de Congonhas e ao estádio do Morumbi, que receberá os jogos da Copa. O projeto inclui ainda a construção de um estacionamento e dois piscinões e a canalização do córrego Antonico, na região do estádio.


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8 comentários:

Anônimo disse...

Trabalhei muitos anos como cobrador nas famosas estaçoes tubo em Curitiba. Passam-se anos e quem Administra toda a estrutura do transporte não faz nada para melhorar a segurança do profissional que fica com um cofre das 05:00hs ate 01:00hs, sem o minimo de segurança nas ruas de Curitiba.Além do frio intenso, chuva, poluição dos escapamentos dos veiculos e barulho.É muito desumano a falta de consideração com os funcionarios das Estações Tubo do transporte Publico de Curitiba.tive 21 assaltos todos com boletim de Ocorrencia.Sai porque não aguentava mais vendo a falta de qualidade e segurança.Curitiba na verdade é um bolo podre enfeitado, só morando lá para saber a realidade das coisas.Melhor transporte mesmo é o de São Paulo pois la tem tudo, metrôs, trêns, onibus elétrico, expressos, e os convencionais diversificados.

Anônimo disse...

Concordo com o que o nosso amigo que já foi cobrador colocou. Esqueceu de falar também no sol, falta de condições de trabalho - banheiro, água e pausa para alimentação. Para o passageiro é uma comodidade e mais seguro também, pois os assaltos em ônibus desses corredores expressos é raro, mas para os cobradores é o contrário, pois há estações em lugares de risco, como estações próximas a Vila Trindade, Vila Guaira, Vila Fanny, entre outras.

BRT é um sistema caro de vida curta que secciona a via de uma capital o que é obrigada a alargar as avenidas.Tudo leva a crer que o MONOTRILHO tem vantagens para o público que no medio prazo se paga é uma obra vida longa.Sem indenizações, alargamento de avenida, sobre pilastras no canteiro central obra rápida e barata sem transtorno para vizinhos.A viagem é 90% mais confortavel,segura,despoluida etc.È o Brasil agora voltando aos erros de São Paulo em 1938 quando Preste Maia fez as Radiais e todos achavam que podiam comprar carros em vez de construir Metrô habituar ao transporte de alta capacidade, rápido sem trauma para a capital.Onibus é um transporte saturado e superado.Acorda Brasil.Pense grande com inteligencia!

vaucemir disse...

Estes onibus do Rio de Janeiro sao os piores do Brasil, portas apertadas, escadas que idosos, criancas e ate as pessoas novas teem dificuldades para embarcar e desembarcar, as escadas tem degrau longo, de dificil acesso, dificulta a subida e descida, os onibus com pinturas novas, unica mudanca ate o momento. Estas pessoas que aprovam estes onibus ou compram nunca andaram de onibus na vida...por isso compram estas porcarias.

Danilo Ribeiro disse...

No texto sobre o projeto de transporte em salvador diz que o BRT vai ligar o aeroporto à zona norte, mas o aeroporto já fica na zona norte...

Gato Preto disse...

Prezado Clayton,

em primeiro lugar, gostaria de elogiar o seu blogue, que já tem um atalho nos meus Transporte Coletivo Urbano e Universidade Plebéia Revolucionária.

Mas, veja só, acabei de publicar nestes blogues u'a matéria do jornal Estado de Minas, de Belo Horizonte, falando justamente que as obras que vão mudar a cara destas cidades vão mudar só a cara. Os problemas já consolidados nestas cidades são grandes demais para serem consertados em uns 2 ou 3 anos. Para citar um exemplo, não leve a sério as grandes soluções prometidas para Belo Horizonte: algumas delas fazem parte de projetos feitos há 10 anos ou mais. O BHBUS, que seria um sistema integrado, é uma farsa.

Gostaria de elogiar também os dois comentaristas anônimos que procuraram, brevemente, desmistificar o transporte coletivo de Curitiba.

Um abraço.

Walter N. Braz Jr.

Wallace Bastos disse...

A solução seria que cada passageiro portasse o seu cartão individual, como acontece com os cartões de telefone! Isto não acontece porque as empresas precisam de dinheiro vivo para o "caixa 2"!!! Se todos utilizassem cartões não existiria assaltos, aumento do tempo de viagem para o embarque dos passageiros que pagam passagens e de quebra, o poder executivo poderia fiscalizar em tempo real a arrecadação das empresas, impedindo a sonegação e verificando o real custo das passagens... Mas a política é podre! Somente havendo a concientização popular haveria possibilidade de mudanças...

Álvaro disse...

Nao adianta fazer metro e nao colocar onibus suficientes nas linhas, no Butantan zona Oeste de São Paulo os onibus andam abarrotados de gente, demoram cerca de meia hora pra passar e quando finalmente passam nao cabem mais ninguem. Uma tremenda vergonha para uma cidade como São Paulo.

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