Vandalismo nas estações de trem, atrasos e superlotações nos metrôs e nas barcas - além dos engarrafamentos monstruosos agravados pelo excesso de ônibus nas ruas - vêm expondo o colapso do transporte público carioca, mas podem também ser o estopim de um processo de mudança. Na semana em que o prefeito Eduardo Paes reconheceu que o problema é o maior desafio de sua administração, e que os leitores do GLOBO elegeram o assunto tema da semana no fórum de debates da campanha "Nós e você. Já são dois gritando" , a Secretaria de Transportes do Município avisa também que vai apertar o cerco contra o excesso de linhas de ônibus nas ruas.
- Nossa meta é reduzir em 20% o número de coletivos na cidade até 2012. Para isso, já suspendemos as permissões para pedidos de aumento de frotas em áreas saturadas, como a Zona Sul, o Centro e a Tijuca. Na Zona Oeste, onde a concentração de ônibus é menor e a disputa com as vans piratas mais acirrada, ainda podem ser concedidas novas autorizações - disse o secretário Alexandre Sansão, que responderá também pela criação dos corredores expressos - batizados de Bus Rapid Transit (BRTs) - ligando a Barra da Tijuca a diversos bairros do subúrbio, em mais um esforço para desafogar o trânsito.
A preocupação da prefeitura com o caos no transporte é sustentada pelos números oficiais, que registram aumento significativo da frota de ônibus em um curto espaço de tempo. Atualmente, trafegam na cidade 9.092 ônibus, distribuídos em 400 linhas administrados por 47 empresas. Entre 2007 e 2009, 1.735 novos coletivos foram despejados nas ruas, representando um aumento 23%. Para se ter uma ideia do tamanho do problema, só pela Avenida Rio Branco trafegam hoje 115 linhas diferentes. Tanto excesso tem raízes na concorrência predatória estabelecida entre as empresas do setor nos últimos 20 anos.
A preocupação da prefeitura com o caos no transporte é sustentada pelos números oficiais, que registram aumento significativo da frota de ônibus em um curto espaço de tempo. Atualmente, trafegam na cidade 9.092 ônibus, distribuídos em 400 linhas administrados por 47 empresas. Entre 2007 e 2009, 1.735 novos coletivos foram despejados nas ruas, representando um aumento 23%. Para se ter uma ideia do tamanho do problema, só pela Avenida Rio Branco trafegam hoje 115 linhas diferentes. Tanto excesso tem raízes na concorrência predatória estabelecida entre as empresas do setor nos últimos 20 anos.
- Por anos, a empresa que se sentia ameaçada por uma rival colocava imediatamente mais ônibus na rua, só para marcar território. Em resposta, a concorrente recorria à mesma estratégia. Ao longo dos anos, essa disputa gerou um efeito cascata, que desembocou nesta situação que aí está - explica o secretário.
A má conservação da frota, que deixa os veículos mais vulneráveis a acidentes, também aumenta a incidência dos congestionamentos. Recente levantamento feito pela CET-Rio mostra que 54% dos veículos enguiçados que causaram retenções no trânsito entre janeiro e junho deste ano eram ônibus. A conclusão resultou da análise de quase três mil ocorrências registradas no período pelo Centro de Controle Operacional do município. Ônibus são só parte do colapso nos transportes
Além da redução da frota, a prefeitura aposta na solução dos BRTs. Um deles, orçado em R$ 900 milhões, fará a conexão entre a Barra da Tijuca e a Penha. O segundo vai unir Barra e Santa Cruz, pelo Túnel da Grota Funda. O início das obras para a implantação dos corredores expressos está programado para o primeiro semestre de 2010.
- A construção dos corredores vai baixar a quantidade de ônibus nas ruas, porque as linhas que circulam no entorno das vias serão reordenadas, com o intuito de racionalizar e integrar o sistema. Além disso, haverá mais conforto e o tempo de viagem será reduzido drasticamente, sem jogar o preço das tarifas para o alto - promete o secretário.
A má conservação da frota, que deixa os veículos mais vulneráveis a acidentes, também aumenta a incidência dos congestionamentos. Recente levantamento feito pela CET-Rio mostra que 54% dos veículos enguiçados que causaram retenções no trânsito entre janeiro e junho deste ano eram ônibus. A conclusão resultou da análise de quase três mil ocorrências registradas no período pelo Centro de Controle Operacional do município. Ônibus são só parte do colapso nos transportes
Além da redução da frota, a prefeitura aposta na solução dos BRTs. Um deles, orçado em R$ 900 milhões, fará a conexão entre a Barra da Tijuca e a Penha. O segundo vai unir Barra e Santa Cruz, pelo Túnel da Grota Funda. O início das obras para a implantação dos corredores expressos está programado para o primeiro semestre de 2010.
- A construção dos corredores vai baixar a quantidade de ônibus nas ruas, porque as linhas que circulam no entorno das vias serão reordenadas, com o intuito de racionalizar e integrar o sistema. Além disso, haverá mais conforto e o tempo de viagem será reduzido drasticamente, sem jogar o preço das tarifas para o alto - promete o secretário.
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