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São Paulo pede à União R$ 17,3 bilhões para mobilidade urbana

segunda-feira, 8 de julho de 2013

A ministra do Planejamento, Miriam Belchior, disse há pouco que o governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), pediu R$ 10,8 bilhões para a expansão do metrô, reforma de 30 estações e dois corredores de ônibus (na Grande São Paulo e em Campinas). O prefeito Fernando Haddad (PT) solicitou outros R$ 6,5 bilhões para a construção de 150 km de corredores de ônibus. Juntos, eles querem, portanto, R$ 17,3 bilhões para obras de mobilidade urbana, ou cerca de 35% dos recursos prometidos pelo governo para esse tipo de obra.

Ambos os pedidos foram feitos em reunião realizada nesta manhã na sede do Planejamento, em Brasília, da qual também participou o ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro.


Segundo a ministra, ao longo da semana o governo receberá todos os pedidos, de outros Estados e municípios, para depois decidir para onde serão destinados os recursos de R$ 50 bilhões para projetos de mobilidade urbana prometidos pela presidente Dilma Rousseff há duas semanas.

Na reunião, segundo a ministra, também foi discutida a aceleração de obras já em andamento e início de outras. Questionada sobre de onde virão os recursos para essas obras num momento em que o governo pretende realizar mais cortes de gastos para cumprir um superávit primário de 2,3% do PIB, Miriam apenas disse. "Estamos fazendo as contas". Segunda ela, o governo deve informar nas próximas duas semanas o destino de pelo menos parte dos R$ 50 bilhões.

Ainda nesta segunda-feira Miriam recebe o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, e o governador Sergio Cabral, ambos do PMDB.

No fim da tarde, a reunião foi com o prefeito de Salvador, Antonio Carlos Magalhães Neto (DEM), e o governador da Bahia, Jacques Wagner (PT).

Informações: Portal UOL
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Com ou sem greve de ônibus, usuários continuam passando sufoco nos terminais integrados do Recife

O primeiro dia útil após o fim da greve dos motoristas, cobradores e fiscais de ônibus é marcado por paradas cheias na Região Metropolitana do Recife. No início da manhã desta segunda (8), ônibus estão circulando normalmente, mas passageiros reclamam da superlotação dos veículos. No Terminal Integrado Joana Bezerra, na área central da capital, há filas nas áreas de embarque. Oito linhas fazem integração no espaço e a mais procurada é a Joana Bezerra-Boa Viagem.

A disputa por um coletivo é grande e usuários afirmam que é preciso esperar para conseguir embarcar. “[Espero] mais de meia hora, todo dia. Mesmo sem greve é agonia. O pessoal aqui não tem controle, é complicado”, disse um passageiro. Outra passageira disse que não tem coragem de se aventurar e se espremer nos coletivos. “Tenho medo. [Espero] muito tempo, muito tempo mesmo”, comentou.


A paralisação dos rodoviários chegou ao fim no último sábado (6). Um acordo entre a categoria e o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (Urbana-PE) firmado na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE-PE) viabilizou o encerramento do movimento. Os empresários decidiram atender a reivindicações da categoria, como não demitir ou punir os grevistas nem descontar os dias parados. Os trabalhadores se comprometeram a voltar ao serviço imediatamente.

A categoria decidiu deflagrar greve na segunda (1º) exigindo reajuste de 33% e melhores condições de trabalho. O sindicato dos donos de empresas de ônibus oferecia aumento salarial de 3%. Na terça (2), o pleno do Tribunal Regional do Trabalho (TRT6) decretou a ilegalidade da paralisação e determinou a volta dos profissionais ao trabalho.

No julgamento do dissídio da categoria, o TRT ainda definiu fixar, por 11 votos a 3, o reajuste de 7% para a categoria, que passa a ter piso salarial de R$ 1.605 (motorista), R$ 1.037 (fiscal) e R$ 738 (cobrador). Os valores anteriores eram R$ 1.500, R$ 970 e R$ 690, respectivamente.

Informações: G1 Pernambuco
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Até 2016, Salvador terá 35 km em vias preferenciais para ônibus

Com apenas um modal de transporte capaz de cobrir toda a cidade — os ônibus —, Salvador tem um dos maiores problemas de mobilidade urbana entre as capitais brasileiras. Mas a prefeitura quer mudar, num prazo de três anos, o cenário que rende críticas de especialistas no país. 

De acordo com o secretário municipal de Urbanismo e Transporte, José Carlos Aleluia, corredores exclusivos para BRT devem estar prontos até 2016. O município também promete investir R$ 1 bilhão em 35 quilômetros de vias preferenciais para ônibus, buscando chegar à velocidade comercial de 24 km/h — hoje, os ônibus se locomovem a 12 km/h em média, mesma velocidade de São Paulo.

De acordo com Aleluia, uma das prioridades é fazer um “conjunto de vias exclusivas de ônibus da Lapa até o Iguatemi, chegando até a Ligação Iguatemi Paralela (LIP) e  Acesso Norte e também  até a Pituba”. Também será feito um corredor progressivo do aeroporto à Pituba. 

“Embora esse corredor não seja exclusivo, é preferencial para ônibus.  Serão em torno de 35 quilômetros e terá um conjunto de investimento de R$ 1 bilhão. A ideia é que fique pronto em 2016”, acrescentou Aleluia.


O secretário afirmou que vai tentar evitar a desapropriação e que, quando fala em vias exclusivas, pensa justamente na circulação do BRT. “Ainda estamos estudando a parte estrutural. O prefeito quer para 2016. O nosso custo é só com as vias, o dos BRTs é com as empresas”, afirmou. 

Atraso  
Para especialistas, o atraso no sistema de transporte da capital baiana é resultado da falta de investimento há quase 40 anos. Em meados dos anos 1970, quando foi criada a Empresa Brasileira de Transportes Urbanos (EBTU), estatal responsável pela política de mobilidade no país, capitais aproveitaram a verba disponível e implantaram sistemas de transporte que, hoje, ajudam a desafogar o trânsito. 

Quem não aproveitou isso naquela época, paga o preço até hoje. E Salvador é uma delas. “Com certeza. A melhor solução, hoje, é o transporte sobre trilhos. Salvador está aí há 20 anos construindo um metrô de seis quilômetros e ainda não acabou”, afirmou o presidente da Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU), Otávio Cunha.

Desde que a EBTU foi extinta, em 1991, a responsabilidade pelo transporte urbano nas cidades brasileiras passou às mãos dos respectivos prefeitos. Mas o problema da falta de continuidade a cada troca de governo e o baixo investimento em logística e infraestrutura impedem que a mobilidade avance. 

Para se ter uma ideia, a frota veicular do Brasil cresceu 107% entre 2002 e 2012, saltando de 35,5 milhões de veículos para 73,7 milhões. “Não houve investimento razoável na infraestrutura dos grandes centros. Se a infraestrutura aumentou, foi 5%”, apontou José Antônio Martins, presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Ônibus (Fabus) e executivo da Marcopolo.

Ar-condicionado 
Em Salvador, a expectativa é que a renovação da frota ajude a dar maior fluidez ao trânsito. Mas isso poderá impactar na tarifa, segundo Aleluia. As linhas serão reordenadas e 300 linhas tronco terão ar-condicionado. As demais, ventilação forçada.

Todos os novos ônibus funcionarão com motor no padrão Euro 5, menos poluente, e terão acessibilidade, o que significa mais eficiência e menos poluição. O Plano de Mobilidade Urbana também está em andamento e deverá ter como ponto de partida o plano para a Copa do Mundo. Ainda esta semana, as entidades da sociedade civil receberão convites para a formação do Conselho de Transportes.

Soluções 
Se muitas capitais brasileiras adotam mais de um modal de transporte público e ainda têm sérios problemas de mobilidade, Salvador, que conta apenas com os ônibus, passa por dificuldades ainda maiores. Durante o Seminário Nacional NTU 2013 & Transpúblico, realizado em São Paulo entre 3 e 5 de julho, o CORREIO conversou com especialistas em busca de soluções para a mobilidade urbana em Salvador.

Para o presidente da Associação Nacional de Transportes Públicos (ANTP), Ailton Brasiliense, Salvador ainda tem muito a investir em ônibus, mas não descarta a necessidade de colocar o metrô para funcionar. 

“Primeiro, Salvador tem um problema adicional que é a geografia, a topografia não é fácil. Segundo, vocês vão ter que investir em ônibus por muito tempo. Terceiro, tem que investir em metrô”, disse.

Brasiliense ressaltou que a capital baiana precisa fazer o “dever de casa” e que o problema da cidade não é tecnológico ou financeiro. “Vai ter que caprichar nos projetos, torcer para não eleger péssimos administradores, porque começam um projeto e os seguintes param”, alertou. 

O engenheiro acredita que o metrô pode ser a solução, desde que esteja interligado a todo o projeto. “Salvador tem pessoal técnico qualificado, deve estar tendo algum outro problema”.

Obstáculos   
O presidente da NTU, Otávio Cunha, também aposta no transporte de superfície como a alternativa mais rápida e mais barata. Segundo ele, é preciso ter corredores com vias segregadas, acessibilidade universal, passagem pré-paga, embarque livre para dar velocidade à viagem.

Cunha também acredita que é preciso democratizar o espaço urbano, dando preferência aos ônibus, além de incentivar o uso do transporte coletivo e investir em soluções político-administrativas. 

“A lei de mobilidade já recomenda a prioridade no transporte. O prefeito pode criar obstáculos e restrições ao transporte individual em algumas áreas da cidade. Esse é o grande problema de cidades mais antigas, como Salvador, Recife, São Luiz, onde as ruas são estreitas”.

O secretário de Urbanismo e Transporte, José Carlos Aleluia, disse que obstáculos serão criados. “Quando reduzimos a quantidade de estacionamentos na cidade, estamos fazendo isso. O estacionamento é um pedágio de fim de linha”, declarou.

A criação recente de faixas e vias exclusivas para ônibus e  alterações pontuais no tráfego em alguns pontos da cidade, como a Avenida Octávio Mangabeira e a Magalhães Neto, que costumam congestionar em horários de pico, são um bom começo. Mas, para o presidente da Fabus e executivo da Marcopolo, José Antônio Martins, é preciso fazer mais.

“Salvador precisa abrir  e criar corredores exclusivos de ônibus”, apontou. Em curto e médio prazos, essa é, na opinião de Martins, a melhor solução logística e de infraestrutura para uma cidade que possui apenas um modal, além dos trens do Subúrbio, que atendem a um trecho limitado da cidade.

BRT: projetos atrasam e até montadoras reclamam

Fabricantes de ônibus articulados no Brasil terão produção aquém da esperada este ano com relação aos veículos para operar no sistema BRT. 

De acordo com executivos das montadoras Volvo, Scania e Marcopolo, a expectativa de ter o sistema implantado, até o final deste ano, em cidades como Belo Horizonte, Rio de Janeiro, Goiânia, Brasília, Natal, Recife e Salvador não deverá sair do papel por conta da falta de infraestrutura das cidades para receber o modelo. 

“O projeto do BRT está atrasado e a venda de pesados está quase estagnada”, disse o gerente comercial da Volvo na América Latina, Euclides de Castro. Para ele, se o quadro continuar o mesmo, até o final do ano, o sistema estará longe de ser implantado na maioria das cidades. “Rio de Janeiro está mais avançado, o próximo é Brasília, mas Salvador parou. Eles não se decidiram se pelo metrô ou BRT e eu não acredito que nenhum dos dois estará operando até lá”, completou, se referindo à Copa do Mundo de 2014.

O gerente de Marketing da Scania, Marcio Furlan, disse que os projetos têm evoluído, mas a parte prática, com exceção de Rio de Janeiro e Brasília, não tem avançado. “Efetivamente, o BRT só se consagrou no Rio de Janeiro.  A maioria está atrasada”, afirmou.

Apesar disso, o presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Ônibus (Fabus), José Antônio Martins, garantiu que a indústria está preparada para a demanda que surgir, com possibilidade de entrega dos veículos em um prazo de 60 dias. No entanto, não é possível implementar o sistema sem infraestrutura urbana nas cidades. “Não houve um investimento razoável na infraestrutura dos grandes centros. Na  maioria, os investimentos ficaram para trás. O governo federal tem planos, o problema é que esses planos não saem do papel por questões burocráticas”. 

Clarissa Pacheco, de São Paulo. A repórter viajou a convite da NTU.


8 Medidas Para a Melhoria do Transporte Público Coletivo Urbano no Brasil

1 Prioridade de circulação para o transporte coletivo nas vias urbanas sobre o transporte individual 
motorizado;

2  Elaboração imediata dos planos diretores e dos planos de mobilidade urbana por todos os municípios obrigados pela legislação, a serem construídos com a participação de representantes da sociedade civil organizada;

3 Continuidade dos investimentos federais, estaduais e municipais na infraestrutura para a mobilidade urbana;

4  Implantação de redes de transportes modernas, integradas, multimodais, racionais e de alto desempenho;

5  Implantação de uma política de mobilidade, construída com a participação efetiva da sociedade, com representantes nos conselhos municipais de transporte, estabelecendo qual o nível de serviço de transporte público que se deseja oferecer a todos os cidadãos e quanto isto vai custar ao passageiro (tarifa) e quanto vai custar ao governo (subsídio);

6  Desoneração dos tributos municipais, estaduais e federal que pesam sobre o setor de transporte público;

7  Subsídio com recursos públicos às gratuidades que oneram a tarifa paga pelos usuários;

8  Subsídio ao serviço, a ser pago por meio de um fundo com recursos dos combustíveis, distribuído aos municípios de forma proporcional à população.

Por Clarissa Pacheco e Perla Ribeiro
Informações: correio24horas.com.br

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Isenção para carros e gasolina em 10 anos pagaria 150 km de metrô

As isenções de impostos para carro e gasolina desde 2003 deixaram de arrecadar R$ 32,5 bilhões que poderiam ter sido aplicados em transporte público, segundo dados da Receita e de consultores.

Com o dinheiro, seria possível construir 1.500 quilômetros de corredores de ônibus ou 150 quilômetros de metrô. A verba seria suficiente, por exemplo, para a criação de corredores segregados nas 12 metrópoles brasileiras.

Após a onda de manifestações que atingiu o país em junho, a presidente Dilma anunciou um plano emergencial de mobilidade de R$ 50 bilhões, mas não explicou de onde vai tirar os recursos.

Com menos da metade das isenções (R$ 15,4 bilhões), o Ministério das Cidades financia a construção de 95,6 quilômetros de metrô no país (o valor inclui estações e trens).

Os R$ 32,5 bilhões são a soma de duas isenções feitas pelos governos Lula e Dilma:


A diminuição a partir de 2003 da Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) sobre a gasolina deixou de arrecadar R$ 22 bilhões, segundo levantamento feito pelo Centro Brasileiro de Infraestrutura.

Já a redução de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) para carros desde 2009 custará R$ 10,5 bilhões até o final deste ano, de acordo com a Receita Federal.

EFEITO

A contribuição sobre combustíveis foi criada em 2001 para financiar a infraestrutura de transporte, teve suas alíquotas reduzidas e acabou em junho do ano passado.

A intenção de financiar infraestrutura de transporte acabou provocando o efeito contrário, de acordo com o tributarista Eurico de Santi, professor da Fundação Getúlio Vargas e coordenador do Centro de Estudos Fiscais.

"Reduzir imposto de carro e gasolina significa induzir o uso de automóvel. É um paradoxo porque o governo abre mão de recursos para a infraestrutura", diz Santi.

O engenheiro e sociólogo Eduardo Vasconcellos, assessor da ANTP (Associação Nacional de Transportes Públicos), diz que o estímulo ao carro é um componente histórico dos governos por causa do lobby da indústria.

"Está no DNA do Estado brasileiro desde os anos 50 achar que o carro merece tudo", afirma Vasconcellos.

A Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos diz que o incentivo aos carros e motos retirou 30% dos passageiros de ônibus em todos o país desde 1994.

ECONOMIA

O governo federal defende as isenções como medidas de política econômica para criar empregos, manter o consumo e controlar a inflação após a crise de 2008, que derrubou mercados mundo afora.

O fim da redução de IPI para automóveis, que estava marcado para abril passado, acabou sendo adiado pela equipe econômica. Agora, o novo prazo para a normalização do IPI é até o final deste ano.

Na ocasião, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que a indústria automobilística era muito importante para a economia brasileira, pois representava 25% da produção industrial.

Mantega defendeu a permanência da redução para evitar risco de queda nas vendas de automóveis e para manter a produção industrial em crescimento.

A venda de carros bateu recorde em abril, de acordo com a Fenabrave (associação das concessionárias).

Governo diz que redução de imposto evitou desemprego

O Ministério da Fazenda não quis comentar oficialmente a desoneração de impostos e tributos para carro e gasolina, que teriam incentivado o uso de transporte individual e retiraram recursos do transporte público, segundo especialistas.

Integrantes da equipe econômica, porém, defenderam as reduções de impostos como instrumentos reguladores para aumentar o crescimento econômico, manter o nível de emprego na indústria automobilística e controlar a inflação.

Se a contribuição sobre combustível tivesse sido mantida no mesmo patamar de 2002, a inflação poderia ficar fora da meta.

Segundo o governo, não há uma política de incentivo ao carro. As principais soluções para a mobilidade, de acordo com essa visão, são de responsabilidade dos governo estaduais e municipais, como a construção de metrô.

EMPREGOS

Se não houvesse a política de incentivo à venda de carros em 2009 como uma reação à crise iniciada no ano anterior, o resultado econômico teria sido muito pior, de acordo com o governo.

O desemprego teria estourado, a renda das famílias teria caído e a indústria automobilística teria se desestruturado no país. O resultado desse processo é que o Brasil exportaria empregos.

Estudo do Ipea sobre o impacto da redução do IPI para automóveis estima que as isenções de 2009 conseguiram manter entre 50 e 60 mil empregos. Como a redução consumiu R$ 3,88 bilhões, cada emprego custou cerca de US$ 65 mil (R$ 143 mil, segundo o câmbio atual).

O estudo conclui que só no primeiro semestre de 2009 a redução de IPI aumentou em 13% as vendas de veículos.

Na avaliação do governo, se o país abrisse mão da indústria automobilística, como fez os Estados Unidos nos anos 1970 e 1980, haveria efeitos na produção de aço, vidro, borracha, no setor de seguros e na rede de assistência técnica.

De acordo com o governo, há efeitos benéficos da renovação da frota no meio ambiente, por causa dos motores menos poluentes dos carros mais novos, e na redução de acidentes de trânsito, em decorrência da maior segurança de veículos que saíram da fábrica a partir de 2009.

A interpretação de economistas do governo é que as cobranças por melhorias no transporte público apontam para uma mudança nas prioridades da sociedade.

Informações: Folha de SP

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Governo e Prefeitura do Rio pedem ao governo federal R$ 4,3 bilhões para obras de mobilidade urbana

O governo do Rio de Janeiro pleiteia R$ 4,3 bilhões do governo federal para investimentos em obra de mobilidade urbana, informou hoje (8) a ministra do Planejamento, Miriam Belchior. Segundo a ministra, caso a quantia seja aceita, o montante será acrescido à carteira de R$ 18,6 bilhões do estado, dos quais 67% já estão aplicados em obras.

“As propostas feitas pela prefeitura e pelo governo do Rio de Janeiro estão em sintonia com a orientação da presidenta [Dilma Rousseff] de melhoria do transporte público de massa”, disse Miriam, depois de receber o governador Sérgio Cabral e o prefeito Eduardo Paes.

Segundo Cabral, os R$ 2 bilhões de recursos solicitados pelo estado serão destinados à construção da Linha 3 por monotrilho, que ligará os municípios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí. Com isso, a capacidade do transporte público aumentará para 300 mil por dia. “Hoje, menos de 25% da população do Rio andam em transporte de alta capacidade. Com as obras em andamento no setor e, se forem concretizadas essas para as quais pedimos recursos, chegaremos na região metropolitana a mais de 70% da população transportada.”


Sérgio Cabral disse que o governo do estado “não tem mais capacidade para custear essa obra, porque toda a carteira de investimentos já está comprometida”. A outra parte dos recursos pedidos ao governo federal, R$ 2,3 bilhões, a prefeitura pretende destinar à segunda fase do BRT Transbrasil, que ligará as zonas oeste e norte e o centro do Rio.

No fim da tarde, a ministra do Planejamento e o ministro de Cidades, Aguinaldo Ribeiro, vão se reunir com o governador da Bahia, Jaques Wagner, e o prefeito de Salvador, Antonio Carlos Magalhães Neto. Antes de Cabral e Paes, foram recebidos o governador de São Paulo, Gerado Alckmin, e o prefeito da capital paulista, Fernando Haddad, que pleitearam R$ 17,3 bilhões do governo federal.

Até quarta-feira (10), governadores e prefeitos de oito estados e oito capitais se reunirão com os ministros do Planejamento e das Cidades. Também vão participam da primeira etapa de reuniões os governadores de Minas Gerais, Pernambuco, do Ceará, Paraná e Rio Grande do Sul e os prefeitos das capitais destes estados.

Edição: Nádia Franco
Informações: Agência Brasil
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Cidade de Dourados terá transporte coletivo urbano de qualidade em 2014

Prefeitura de Dourados está trabalhando para que a cidade tenha transporte coletivo urbano de qualidade em 2014, com veículos novos e com ar condicionado, pontos com abrigo para os passageiros, itinerários mais frequentes e pontuais, tudo isso com tarifa justa para todos que andam de ônibus. Atualmente a passagem custa R$ 2,50, valor congelado desde 2011. A empresa que explora o serviço chegou a pedir aumento em fevereiro deste ano, mas o prefeito Murilo disse não.

“Queremos transporte público ‘padrão Fifa’ em Dourados, com qualidade e segurança, cobrando uma tarifa justa e dentro da realidade dos trabalhadores e demais usuários do sistema. Para isso estamos ouvindo a sociedade, contratamos uma empresa especializada em transporte público para ajudar a elaborar esse novo modelo, fizemos duas audiências públicas, uma pesquisa com os passageiros e abrimos espaço para que os universitários participem dessas discussões”, afirmou Murilo.


De acordo com o prefeito, as reivindicações feitas pelos universitários, como redução da tarifa, passe-livre para estudantes e municipalização do transporte público, são demandas nacionais que estão em discussão em praticamente todas as cidades brasileiras. “A presidente Dilma já chamou para o governo federal essas discussões porque são assuntos que precisam da participação de todas as esferas do poder público”, disse o prefeito.

Murilo disse que também é a favor da redução da tarifa e da volta do passe-livre em Dourados, mas é preciso planejar a implantação desses benefícios e principalmente programar de onde sairão os recursos para bancar os custos. “Também defendo o passe-livre, também quero uma tarifa mais barata. Mas antes precisamos decidir qual modelo de transporte coletivo é o mais ideal para a realidade atual e aí sim fazer a concorrência pública e falar para a empresa vencedora: ‘é esse modelo de transporte público que nós queremos’”.

O prefeito concorda com as críticas ao atual sistema e aos ônibus utilizados no transporte público, mas afirma que a solução só virá com uma nova concorrência. “Vamos definir esse novo modelo e fazer uma nova concorrência porque a atual concessão vem sendo renovada há 15 anos. Entretanto, não podemos fazer essas mudanças de um dia para o outro, por isso estamos preparando tudo para implantar o novo transporte público de Dourados em 2014”, disse Murilo.

A prefeitura também prepara investimentos de R$ 52 milhões já garantidos no Ministério das Cidades para mobilidade urbana, incluindo melhorias nas linhas e estruturação de pelo menos 800 paradas de ônibus. “Isso não é promessa, é compromisso que já estamos executando e vamos licitar as obras ainda neste ano”, afirmou o prefeito.

Vereadores

O vereador Sérgio Nogueira avalia que o estudo desenvolvido pela prefeitura mostra o retrado real da situação do transporte público e o que é necessário para seja adequado à nova realidade da cidade. Os dados apresentados pelo estudo servirão como base para as exigências a serem propostas dentro da licitação que será feita nos próximos meses para resolver definitivamente a questão do transporte coletivo em Dourados.

Para o vereador Madson Valente, o prefeito Murilo acertou ao contratar estudos sobre o transporte coletivo. Segundo ele, a proposta representa um modelo futurista, que vai colocar a cidade em um padrão moderno. “É a visão de planejamento que o prefeito tem. Esse modelo apresentado pela prefeitura foi muito bem pensado. Vejo que isso é investir no futuro”.

Outro vereador a comentar o modelo em discussão, o Pastor Cirilo, afirma que o sistema vai permitir serviço de qualidade. “Não está sendo colocado ‘goela abaixo’ como estamos acostumados a ver na política. O prefeito levantou o problema, sugeriu soluções e colocou o projeto em discussão. Foi feito de maneira inteligente, bem pensado e isso pode dar a Dourados a condição de cidade do interior do Brasil com o melhor sistema de transporte coletivo”, afirmou.

Informações: O Progresso
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Governo do Ceará apresenta projetos de mobilidade urbana no valor de R$ 1,8 bilhão

Três projetos de mobilidade urbana para o Ceará - pertencentes ao Pacto Nacional da Mobilidade Urbana anunciado pela presidente Dilma Rousseff durante audiência com governadores e prefeitos de capitais - serão apresentados nesta terça-feira, 9, para a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, às 11h30min, em Brasília.

Além do governador Cid Gomes (PSB), participarão da apresentação secretários de Estado, técnicos e o prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio (PSB). Os três projetos somam R$ 1,8 bilhão e incluem a duplicação da Linha Oeste – que liga o Centro de Fortaleza a Caucaia -, a ampliação dessa Linha até o Porto do Pecém (mais 54 km de extensão) e a eletrificação da Linha Oeste.

Segundo informações do Governo estadual, a previsão inicial era que os projetos fossem apresentados na próxima semana. Entretanto, a própria ministra Miriam Belchior soliciou ao governador Cid Gomes que as ações fossem apresentadas nesta terça-feira, 9.

Redação O POVO Online 

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