O primeiro dia útil após o fim da greve dos motoristas, cobradores e fiscais de ônibus é marcado por paradas cheias na Região Metropolitana do Recife. No início da manhã desta segunda (8), ônibus estão circulando normalmente, mas passageiros reclamam da superlotação dos veículos. No Terminal Integrado Joana Bezerra, na área central da capital, há filas nas áreas de embarque. Oito linhas fazem integração no espaço e a mais procurada é a Joana Bezerra-Boa Viagem.
A disputa por um coletivo é grande e usuários afirmam que é preciso esperar para conseguir embarcar. “[Espero] mais de meia hora, todo dia. Mesmo sem greve é agonia. O pessoal aqui não tem controle, é complicado”, disse um passageiro. Outra passageira disse que não tem coragem de se aventurar e se espremer nos coletivos. “Tenho medo. [Espero] muito tempo, muito tempo mesmo”, comentou.
A paralisação dos rodoviários chegou ao fim no último sábado (6). Um acordo entre a categoria e o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (Urbana-PE) firmado na Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE-PE) viabilizou o encerramento do movimento. Os empresários decidiram atender a reivindicações da categoria, como não demitir ou punir os grevistas nem descontar os dias parados. Os trabalhadores se comprometeram a voltar ao serviço imediatamente.
A categoria decidiu deflagrar greve na segunda (1º) exigindo reajuste de 33% e melhores condições de trabalho. O sindicato dos donos de empresas de ônibus oferecia aumento salarial de 3%. Na terça (2), o pleno do Tribunal Regional do Trabalho (TRT6) decretou a ilegalidade da paralisação e determinou a volta dos profissionais ao trabalho.
No julgamento do dissídio da categoria, o TRT ainda definiu fixar, por 11 votos a 3, o reajuste de 7% para a categoria, que passa a ter piso salarial de R$ 1.605 (motorista), R$ 1.037 (fiscal) e R$ 738 (cobrador). Os valores anteriores eram R$ 1.500, R$ 970 e R$ 690, respectivamente.
Informações: G1 Pernambuco
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