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Entenda as mudanças no novo projeto do VLT de Salvador

quarta-feira, 7 de agosto de 2024

O consórcio Expresso Mobilidade Salvador, que ficará responsável pela construção do trecho do VLT entre a Estação da Calçada e a região da Ilha de São João, convocou os moradores do Subúrbio Ferroviário para uma reunião na manhã desta segunda-feira, 5, no bairro do Lobato, voltada a apresentar as diferenças do novo projeto do modal, em comparação ao antigo monotrilho.

No encontro marcado para acontecer na Associação de Moradores de Santa Luzia do Lobato, na Rua Voluntários da Pátria, nº 975, a empresa, em parceria com a Companhia de Transportes do Estado da Bahia (CTB), deve apontar as novidades do projeto do VLT de Salvador, que agora tem um trajeto maior, dividido em três trechos, e com trens diferentes.

O VLT substituirá o antigo transporte ferroviário no Subúrbio, que foi desativado em fevereiro de 2021.

Traçado

O projeto anterior seria tocado pelo consórcio Metrogreen Skyrail, mas foi cancelado pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT) em outubro de 2023, devido a divergências em negociações pelo reequilíbrio econômico do contrato. Ele previa a utilização de um monotrilho elevado, que circularia em 23,3 km de viadutos, saindo da Ilha de São João para o Comércio e para o Acesso Norte, interligando com o Sistema Metroviário de Salvador e Lauro de Freitas (SMSL).

Já o novo projeto licitado pelo governo do estado e com ordem de serviço já assinada trata-se de um VLT (veículo leve sobre trilho), propriamente dito, com o seu trajeto de 36,4 km quase todo realizado em nível, em trilhos instalados no canteiro central de vias, como as avenidas Afrânio Peixoto, 29 de Março e Orlando Gomes, além da Estrada do Derba (BA-528) e da Via Alimentadora Parque São Bartolomeu, ainda a ser construída.

Integração

Se antes a integração com o metrô de Salvador seria realizada na Estação Acesso Norte, agora, no novo VLT, a interligação se dará em dois pontos diferentes do SMSL: uma na Linha 1, na Estação Águas Claras; e outra na Linha 2, na Estação Bairro da Paz.

Viadutos

Outra mudança é que, diferentemente do monotrilho 100% elevado, haverá apenas três viadutos curtos em todo o traçado do novo VLT de Salvador: um na região de Paripe; outro sobre a BR-324, nas proximidades da Estação Águas Claras do metrô; e o terceiro que passará por cima da Avenida Paralela, na integração com a Estação Bairro da Paz.

Reformas

A ideia de implantar o VLT em nível, sem separação em relação às vias tradicionais das regiões do Subúrbio e do miolo de Salvador, obrigou o governo do estado a prever, no Edital de licitação, a urbanização dos espaços ao redor, incluindo praias.

Além disso, é planejada a revitalização da Ponte de São João, por onde passava o antigo trem e também passará o novo VLT; a requalificação da antiga fábrica da São Braz, em Plataforma; e a ampliação do primeiro túnel ferroviário da América do Sul.

Cobrança

O projeto do monotrilho previa estações fechadas, com catracas de cobrança na entrada de cada uma. Agora, com o VLT, o planejamento é a repetição dos sistemas abertos encontrados em diversas cidades do mundo, com ausência de bloqueios de entrada em 29 das 35 paradas do sistema.

Haverá catracas apenas na Estação Calçada, pelo seu tamanho; nas paradas de Águas Claras e do Bairro da Paz, devido à integração do metrô, e nas localidades de Periperi, Paripe, Ilha de São João, consideradas de grande potencial de circulação.

Esse modelo aberto é aplicado nos chamados “trams” europeus, onde os passageiros pagam suas passagens de maneira voluntária, aproximando seus cartões de validadores presentes dentro dos trens ou nas próprias paradas. Também funciona assim no VLT Carioca, do Rio de Janeiro, onde a concessionária local estima uma inadimplência em 14%.

Nesse contexto, a empresa responsável pela operação do sistema deverá ficar responsável pela fiscalização, exigindo o pagamento da passagem e multando aqueles que não o realizarem.

O valor da passagem será o mesmo aplicado no metrô de Salvador, hoje fixado em R$ 4,10.

Informações: A Tarde

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Governo da Bahia faz planos de investimentos para o transporte ferroviário

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2024

São diversos os projetos ferroviários que o governo do estado vem trabalhando para melhorar a mobilidade na Bahia. Dentre os projetos, estão a ampliação do Sistema Metroviário de Salvador e Lauro de Freitas (SMSL); a criação do VLT (veículo leve sobre trilhos) na capital baiana; e a instalação de um novo trem de passageiros intermunicipal, atendendo a cidades importantes do interior do estado.

Todas essas ideias já estavam previstas, de uma forma ou de outra, no Programa de Governo Participativo publicado pela campanha do então candidato a governador Jerônimo Rodrigues e construído após plenárias com militantes partidários em todos os cantos da Bahia.

VLT de Salvador

O plano mais avançado é o do VLT de Salvador, que já teve suas licitações publicadas pelo governador Jerônimo Rodrigues (PT) no último mês de dezembro de 2023. O recebimento das propostas para o projeto está marcado para o próximo dia 12 de março de 2024, enquanto o início das obras estão previstas para julho deste ano.

O anteprojeto entregue pelo governo Jerônimo prevê um VLT dividido em três eixos. O primeiro primeiro trecho compreende a região do Subúrbio Ferroviário, entre o bairro da Calçada, em Salvador, e a localidade de Ilha de São João, no município de Simões Filho, substituindo a fracassada ideia de instalação de um monotrilho na região.

Na avaliação da gestão estadual, esse primeiro eixo é primordial, pois o governo da Bahia estaria em dívida com a população do Subúrbio desde a retirada da linha de trem que atendia a região, em fevereiro de 2021.

O segundo trecho ligará, através da Estrada do Derba, os bairros de Paripe, no Subúrbio, e de Águas Claras, no miolo de Salvador, onde haverá a primeira integração com o SMSL. De lá, o eixo final partirá pelas avenidas 29 de Março e Orlando Gomes, em direção a Piatã, na orla Atlântica de Salvador.

A previsão do governo do estado é de término completo das obras em agosto de 2028. Porém, a expectativa é que o primeiro trecho, que atende especificamente ao Subúrbio Ferroviário, esteja em funcionamento já em junho de 2027.

A obra do VLT será pública, mas a administração deve ser concedida à iniciativa privada. Uma das possibilidades é que a CCR Metrô Bahia assuma a gestão do futuro equipamento, interligando definitivamente ao SMSL.

O que é VLT?

O veículo leve sobre trilhos é um modal de transporte essencialmente urbano, que costuma circular próximo a carros, ônibus e bicicletas nos centros das cidades. Comum há décadas na Europa, onde é muitas vezes chamado de “tram”, o VLT começou a ser falado no Brasil a partir dos preparativos para a Copa do Mundo de Futebol de 2014.

Diversos projetos foram pensados no Brasil, mas nem todos saíram do papel. O VLT que ligaria os municípios de Cuiabá e Várzea Grande, no Mato Grosso, não foi implantado e o governo da Bahia negocia a compra de todos os 280 vagões adquiridos pela gestão mato-grossense há mais de 10 anos.

No Rio de Janeiro e em Santos, litoral paulista, porém, o sistema funciona. O VLT carioca, por exemplo, foi acompanhado de um grande processo de urbanização na região portuária da cidade, com a derrubada de elevados e a criação de espaços públicos.

No caso de Santos, o governo baiano estuda como um exemplo a ser seguido. A Companhia de Transportes do Estado da Bahia (CTB) chegou a enviar um representante ao litoral paulista, para uma visita técnica, em que o sistema VLT da cidade foi analisado.

Expansão Sul

O próximo passo do governo Jerônimo Rodrigues deve ser a Expansão Sul do SMSL, com a instalação de uma nova estação no bairro do Campo Grande, ligada através da atual Estação da Lapa, na Linha 1 do metrô.

O projeto da Expansão Sul do metrô até o Campo Grande foi aprovado pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), através do ministro da Casa Civil, Rui Costa (PT), para receber investimentos federais do novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). A licitação para a ampliação do SMSL em sua Linha 1 está prevista para ser publicada ainda no primeiro semestre de 2024.

Inicialmente, a Expansão Sul previa uma ampliação ainda maior do sistema, com estações também nos bairros da Graça e da Barra. Entretanto, neste momento, devido ao alto custo do projeto, o foco da Secretaria de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Sedur-BA), comandada pela secretária Jusmari Oliveira (PSD), é dar o primeiro passo rumo ao Campo Grande.

Isso não significa, porém, que o governo Jerônimo tenha desistido de levar o metrô até a orla da Barra. Estudos foram solicitados pela Sedur-BA, ainda em 2023, para que a CCR Metrô Bahia analisasse a demanda e os custos da construção da nova estação.

Dois modelos são estudados. O primeiro seria o cumprimento do projeto inicial da Expansão Sul do metrô, com estações subterrâneas no Campo Grande e na Graça, até chegar na Barra, na superfície. Já a segunda opção, avaliada neste momento como menos custosa, seria a criação de uma nova linha de VLT, ligando a Estação da Lapa à Barra.

Tramo 2 da Linha 2

O governo do estado também estuda acelerar a ampliação da Linha 2 do metrô, no chamado “vetor norte” do sistema, com a construção de uma nova estação no centro de Lauro de Freitas, nas proximidades do Parque Shopping.

A estação Lauro de Freitas já está contratada junto à CCR Metrô Bahia, mas seu destravamento está ligado a um gatilho no contrato de concessão: para que a concessionária seja obrigada a ampliar o SMSL, a Estação Aeroporto deverá alcançar, durante seis meses, a média de 6 mil passageiros/hora-pico, entre 17h e 19h.

Tratada contratualmente como “Tramo 2 da Linha 2”, a ampliação pode ser acelerada pelo governo da Bahia através de um reequilíbrio econômico-financeiro do contrato, destravando a obra antes do gatilho ser atingido. Atualmente, a média de circulação na Estação Aeroporto é de 4,5 mil passageiros/hora-pico.

Em outubro, a gestão estadual chegou a contratar a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), para avaliar o possível reequilíbrio contratual da entre o Estado e a CCR Metrô Bahia, visando entender quanto seria necessário aportar no contrato para tirar a Estação Lauro de Freitas do papel.

O que é metrô?

Assim como o VLT, o metrô também é um sistema ferroviário essencialmente urbano. Porém, como o próprio nome diz, o modal é ideal para fazer transporte metropolitano, entre cidades conurbadas, sem uma separação definida, como é o caso de Salvador e Lauro de Freitas.

O metrô começou a ser construído em Salvador em 1999, pela prefeitura de Salvador, sob o comando do então prefeito Antônio Imbassahy (na época, no PFL, atual União Brasil; hoje, filiado ao PSDB).

A obra, entretanto, foi paralisada durante a gestão de João Henrique Carneiro (primeiro no PDT, depois no MDB; atualmente, sem partido) e só voltou a ser tocada em 2013, quando foi assumida pelo governo da Bahia, com o então governador Jaques Wagner (PT), que colocou o SMSL para funcionar.

No passado, havia a ideia de iniciar a Linha 2 do sistema no bairro da Calçada, passando por Água de Meninos e Dois Leões, até chegar ao Acesso Norte, de onde o metrô partiria rumo ao Aeroporto de Salvador. O projeto, então, acabou sendo mudado com o passar do tempo.

O governo da Bahia, sob o comando de Rui Costa (PT), também chegou a estudar a possibilidade de construir uma terceira linha do metrô, saindo da Estação da Lapa em direção à Pituba. Mas a ideia foi abortada após a prefeitura de Salvador lançar seu projeto de BRT (sigla para “ônibus de trânsito rápido”, em tradução livre do inglês), que faz o mesmo percurso.

Trem regional

O terceiro modelo de transporte ferroviário estudado pelo governo da Bahia é o velho e conhecido trem. O plano é construir uma linha regional saindo de Salvador e chegando a Feira de Santana. O traçado, todavia, ainda está sendo avaliado.

No Plano de Governo Participativo da campanha de Jerônimo, a intenção divulgada era estudar a construção de um trem regional ligando Salvador a Feira de Santana e à região da Chapada Diamantina.

Em agosto de 2023, o portal A TARDE revelou os estudos de viabilidade contratados pelo governo do estado junto à CCR Metrô Bahia para a realização do novo trem regional entre Salvador e Feira de Santana, com paradas em Simões Filho, Candeias e Santo Amaro e duração máxima da viagem estimada em 45 minutos.

De acordo com a avaliação da CCR, o novo modal atingiria cerca de 4 milhões de pessoas, com um custo de R$ 2,6 bilhões para construção e R$ 280 milhões anuais para manutenção.

Com o passar do tempo, porém, a ideia ficou mais simples: reativar a antiga linha de trem entre Salvador e Alagoinhas, passando por Simões Filho, Camaçari, São Sebastião do Passé e Dias D’Ávila. Desse percurso criado em 1860 e desativado completamente em 2021, haveria um novo trecho, que levaria até Feira de Santana.

O que é trem regional?

Diferentemente do VLT e do metrô, o trem regional é um modal pensado para longas distâncias, com passagens por áreas pouco habitadas e até mesmo rurais. Além disso, o modelo pode transportar mais do que passageiros, mas também cargas comerciais.

Em 1860, a Bahia inaugurou uma das mais importantes linhas férreas do país: a Bahia and San Francisco Railway. A ferrovia passou por uma grande reforma, com duplicação, em 1940 e, em 1957, passou a ser controlada pela União, através da Rede Ferroviária Federal Sociedade Anônima (RFFSA).

Com o passar do tempo, o transporte ferroviário foi perdendo espaço para o rodoviário, fazendo com que a linha férrea fosse encurtada, até ficar restrita ao Subúrbio Ferroviário de Salvador, a partir da privatização da RFFSA pelo presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) em 1996.

Em fevereiro de 2021, o governo da Bahia desativou 100% a linha ferroviária, com a promessa de colocar um VLT no local.

Interior

Durante a campanha, Jerônimo fez diversas críticas ao projeto de BRT instalado pela prefeitura de Feira de Santana e prometeu um novo projeto de mobilidade para a “Princesa do Sertão”. Na época, ele afirmou que o modal instalado pelo prefeito Colbert Martins (MDB) parecia “casas de pombo”.

“Feira tem um desafio muito grande para a gente. Eu vou assumir a responsabilidade aqui, para a gente poder pensar um programa de mobilidade em Feira de Santana. Uma cidade importante, daquele porte, e o que nós temos é o mesmo modelo que temos aqui [em Salvador]. Um BRT que não serve para nada, que parece umas casas de pombo”, disparou o então candidato.

Durante o governo, Jerônimo já revelou qual é a sua ideia, não só para Feira de Santana, mas para outras grandes cidades do estado, como Vitória da Conquista, Camaçari, Itabuna e Ilhéus: a instalação de sistemas VLT.

Esses modais no interior, porém, ainda são ideias para o futuro, sem estudos de viabilidade contratados pelo governo da Bahia.

Informações: A Tarde

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VLT de Salvador terá velocidade máxima de 50 km/h

sexta-feira, 19 de julho de 2024

O VLT de Salvador, modal que será implantado nos próximos anos ligando o Subúrbio Ferroviário à orla de Piatã, terá uma velocidade média menor do que a do metrô que já circula na cidade. De acordo com estudos contratados pelo governo de Jerônimo Rodrigues (PT), os trens do futuro sistema de transporte soteropolitano poderão chegar, em um cenário conservador, a 50 km/h.

Conforme estudos de demanda, em trechos de alta segregação e com passagens em nível, os trens do VLT de Salvador devem variar a velocidade entre 22 km/h e 50 km/h.

Já nos trechos de segregação baixa e muitas interferências no trajeto do sistema, a velocidade deve cair, variando entre 16 km/h e 40 km/h.

Com isso, os estudos apontam que a velocidade média do VLT de Salvador no trajeto entre a Estação da Calçada e a parada da Orla, no bairro de Piatã, deverá ter uma velocidade média variando entre 21,3 km/h, no cenário mais conservador, e 26 km/h, no cenário mais otimista.
A título de comparação, a velocidade do VLT de Salvador deverá ficar abaixo da já apresentada no Sistema Metroviário de Salvador e Lauro de Freitas (SMSL), no qual os trens do metrô circulam em uma velocidade média de 40 km/h, atingindo por alguns momentos até 80 km/h.

Apesar da velocidade menor em relação ao metrô, a chegada do VLT em Salvador deve encurtar a duração de uma viagem entre a Calçada e a Orla de Piatã, com uma pessoa podendo atravessar esses 34,67 km em 1h37, no cenário conservador, ou até em 1h19, no cenário mais otimista.

Passageiros

Ainda segundo o estudo, o VLT de Salvador possui uma demanda estimada de 75.706 passageiros por dia já para o ano de 2025 no cenário conservador; de 91.338 no intermediário; e de 103.975 no mais otimista.

Para 2050, a previsão é de que a demanda de passageiros diários no novo modal de transporte possa chegar a 116.690 pessoas.

Informações: A Tarde

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Trens do VLT de Salvador começam a ser transportados para procedimentos na fábrica em São Paulo

domingo, 20 de outubro de 2024

Os novos trens do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) de Salvador e Região Metropolitana, adquiridos pelo Governo da Bahia do estado de Mato Grosso, começaram a ser transportados, nesta terça-feira (15), para a sede da CAF, empresa fabricante do equipamento, localizada em Hortolândia (SP). No local, os trens passarão por procedimentos de restabelecimento técnico e operacional. A previsão é de que os 40 trens começarão a ser enviados para Salvador no segundo semestre de 2025.

O VLT abrangerá três trechos: da Ilha de São João à Calçada, de Paripe a Águas Claras e de Águas Claras à orla de Piatã. No total, o percurso será de 36,4 quilômetros, com 34 paradas. O orçamento total das obras, somando os três lotes, ultrapassa R$ 5 bilhões. Por onde passar, o modal oferecerá transporte rápido, seguro, confortável e será um vetor de desenvolvimento econômico.

Em setembro, chegaram ao canteiro de obras do bairro da Calçada, no Subúrbio Ferroviário de Salvador, os primeiros carregamentos de trilhos para a implantação do VLT. Além dos trilhos, vindos também do estado de Mato Grosso, um conjunto de equipamentos, que inclui o sistema de rede aérea, subestações, aparelhos de mudança de via (AMV) e de telecomunicações. O cronograma de transporte desses equipamentos segue o planejamento, com as entregas sendo realizadas em etapas até março de 2025.

Para a presidente da Companhia de Transportes do Estado da Bahia (CTB), Ana Cláudia Nascimento, há, em diversas esferas do Governo do Estado, esforços para a concretização do projeto. "Nós na CTB, assim como em todo o governo estadual, seguimos trabalhando firme, com muito empenho, para entregar esta importante intervenção, que vai muito além de uma obra de transporte. O VLT será uma verdadeira revolução urbana em Salvador e Região Metropolitana, levando melhores condições de mobilidade e contribuindo para qualidade de vida de milhares de baianos e baianas".

Evolução do VLT

Considerado uma marca histórica para a mobilidade de Salvador e da Região Metropolitana (RMS), o VLT teve autorização para o início das obras em junho de 2024. Em julho, foi oficializada a compra de equipamentos elétricos e de 40 trens em parceria com o Governo de Mato Grosso. A previsão é que os primeiros testes com o modal comecem em 2026. Além disso, estão sendo realizados estudos para a ampliação da obra, estendendo o trajeto da Calçada até o Comércio e da Calçada até Itapagipe.

Economia

Os desdobramentos da licitação das Obras Civis, Energia e da aquisição do material rodante, provenientes do estado de Mato Grosso, resultaram em uma economia de R$ 846.113.675,17 em relação ao valor global do empreendimento, representando uma redução de 15,6% no custo total. Essa economia reflete o compromisso do Governo do Estado com a gestão eficiente dos recursos e com a entrega de um serviço de qualidade à população.
 
Informações: Governo da Bahia

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Sistema de transporte Ferroviário no Subúrbio de Salvador totalmente sucateado

sábado, 9 de maio de 2015

O vagão-motriz E-102 é quem puxava o pequeno comboio de três outros vagões no horário das 16 horas, saindo de Paripe em direção à Calçada. Com a frente carcomida pela ferrugem, portas sem fecharem direito e maquinistas tendo de entrar pela frente da composição, porque a porta interna já não funciona, espelhava bem a situação dos trens suburbanos, que depois de  mais de cinco décadas em operação ininterrupta e sem qualquer tipo de modernização, parece ter chegado ao limite.

Atualmente apenas dois os trens operam o sistema de transporte no Subúrbio Ferroviário de Salvador. Dois outros ficam de reserva. E todos estão no limite operacional. Dos quatros existentes, duas são locomotivas (vagões motrizes) remodeladas em 2012, no Rio de Janeiro, na gestão do ex-prefeito João Henrique, e as duas outras têm mais de 50 anos em atividade. Servem um sistema que mal consegue transportar 15 mil pessoas por dia, num percurso de 13,5 quilômetros, entre os bairros de Paripe e Calçada. E por causa da fadiga de material, quebram a todo instante.

Em nota, a Secretaria de Desenvolvimento Urbano do Estado, a qual tem como empresa operadora do sistema a Companhia de Transportes da Bahia, informou que por causa da chuva e, conseqüentemente do estado de conservação da ferrovia, as interrupções das operações são freqüentes, como a que ocorreu por mais de duas horas ontem, quando houve falta de energia e acumulo de lixo e lama num trecho da ferrovia, no bairro do Lobato.

Sobre a modernização do sistema, a secretaria informou que a substituição dos atuais trens pelo VLT (Veículo Leve sobre Trilho) ainda está em processo inicial de licitação na Casa Civil. Em 30 de setembro de 2014, a Secretaria de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (SEDUR) publicou no Dário Oficial do Estado, o edital de pré-qualificação para as empresas interessadas na execução do VLT do Subúrbio. Em dezembro saiu o resultado que identificou três consórcios interessados (Consórcio Ferreira Guedes–SETEPLA–T’TRANS, Consórcio VLT Salvador e Consórcio TBHF VLT Salvador).

Rotina de defeitos
Para fazer o percurso de apenas 13,5 quilômetros, entre a Calçada e Paripe, os trens gastam em média 40 minutos, parando nas estações de Coutos, Periperi, Praia Grande, escada, Itacaranha, Plataforma e Santa Luzia. A velocidade média não chega a 40 quilômetros. Em trechos do trajeto, como nos bairros de Lobato, Escada e Santa Luzia, os trilhos passam próximos às casas, onde os riscos de acidentes são freqüentes e a velocidade se torna ainda mais reduzida.

Para quem costuma fazer o trajeto, como a vendedora Maria das Graças Lima e Silva, 42, há sempre a expectativa de interrupção do serviço, principalmente quando chove. “Não há conforto, segurança e muito menos a certeza de cumprimento dos horários”, diz, mostrando interior de um dos vagões, cujas portas estavam entreabertas. “Já deu. A máquina já não aguenta mais”, diz com bom humor outra passageira, Ana Maria Lima dos Santos, 39.

Os maquinistas, que pedem para terem o nome preservado, dizem que as locomotivas poderiam fazer até 60 quilômetros por hora, mas por causa da conservação dos trilhos, a velocidade é reduzida para mais da metade. Mesmo assim eles lembram que os trens têm um público fiel que usa o meio de transporte há mais de 50 anos. “São pessoas que foram criados e moram próximos à ferrovia e preferem os trens a usar os ônibus”, disseram.

Um século e meio de história
No curto trajeto de 13,5 quilômetros, entre a Calçada e Paripe existem 155 anos de história do transporte de passageiros na Bahia. A atual via férrea foi inaugurada em 28 de junho de 1860 pela empresa inglesa Bahia and San Francisco Railway Company (Estrada de Ferro da Bahia ao São Francisco). Mais tarde passou a  se chamar Viação Férrea Federal Leste Brasileiro (VFFLB). 

Até 1972 o transporte de passageiros atendia a todo o estado, com trens indo em direção a Juazeiro, Propriá (Sergipe), e Monte Azul (Minas Gerais). Na década de 80 o sistema foi desativado e com a privatização, nos anos 90, a antiga Leste Brasileiro passou a ser chamada de Ferrovia Centro Atlântica e os trens de passageiros passaram para a administração da Companhia Brasileira de trens Urbanos, restringindo-se ao trajeto entre as estações da Calçada e de Paripe.

No bairro de Paripe, onde termina a ferrovia, um portão fecha o acesso à última estação de passageiros. A partir dali,e em direção ao interior do estado,os trechos acabam e o traçado da ferrovia é ocupado por casas e até mesmo cobertos por camadas de asfalto em ruas que foram abertas e pavimentadas onde antes só passavam os trilhos.

Pelo atual projeto do VLT, ainda em fase de licitação, o atual traçado será aumentado para 18 quilômetros, estendendo-se até a região do Comércio, interligando-se com o sistema de ônibus e do metrô. Não há qualquer referência a um projeto anterior, também do Governo do estado, de estender o transporte de passageiros, a partir de Paripe, até Simões Filho e Camaçari, na Região Metropolitana de Salvador. 

por Adilson Fonsêca
Informações: Tribuna da Bahia


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Em Salvador, VLT vai substituir trens do subúrbio e terá 21 paradas

domingo, 9 de agosto de 2015

Os trens que ligam os bairros do Subúrbio Ferroviário à Calçada, em Salvador, irão dar lugar ao Veículo Leve sobre Trilhos (VLT). Em entrevista ao G1, o secretário da Casa Civil, Bruno Dauster, antecipou que a autorização de licitação das obras será assinada em 14 de agosto, com aporte de verbas estimado em R$ 1,1 bilhão. Conforme o secretário, diante da crise na economia nacional, o valor será dividido pela metade entre os governos estadual e federal. “Com a crise fiscal, corria o risco de atraso se o estado não assumisse”, disse. A presidente Dilma Rousseff foi convidada para participar da cerimônia de publicação do edital de licitação, mas a Casa Civil ainda aguarda resposta do Planalto.

Atualmente, os trens de Salvador ligam o bairro de Paripe à Calçada, num percurso de 13,6 km. Com o novo modal de transporte, o sistema será ampliado e se estenderá entre a Avenida São Luiz, em Paripe, e o bairro Comércio. São 4,9 km a mais de trilhos, que, integrados aos existentes, farão o VLT percorrer um total de 18,5 km.

Dauster detalhou que o projeto será dividido em duas etapas. A primeira delas ocorre entre os bairros do Comércio e de Plataforma (9,4 Km) e a segunda entre Plataforma e São Luiz de Paripe (9,1 Km). A previsão do governo é a de que ambas as fases estejam em operação no segundo semestre de 2017. Diferentemente do atual sistema que liga o subúrbio à Calçada, o VLT é composto por trens mais leves e com um maior roteiro de paradas.

Sistema de paradas
O secretário da Casa Civil explicou que as atuais 10 estações serão desativadas e reaproveitadas na prestação de serviços aos moradores. “Os prédios das estações terão outros usos. Poderá ser um posto da PM, centro de atendimento ao cidadão”, exemplificou.

Dauster informou que a desativação dos prédios é necessária por conta do perfil do novo modal. “O trem [do VLT] irá andar no chão, como se fosse ônibus. Você agora vai ter paradas e não estações”, afirmou. O secretário antecipou que a previsão é de que o VLT tenha 21 paradas. “Podem ser muitas. A depender das necessidades, criaremos novas”, disse.

Na primeira etapa das intervenções, entre Comércio e Plataforma, o secretário da Casa Civil apontou a criação de quatro novas paradas, além das estações já existentes: São Joaquim, Porto, Avenida da França e Comércio. Na segunda etapa, estão previstas novas paradas na Baixa do Fiscal, Viaduto Suburbana, União, São João e São Luiz de Paripe.

Perspectivas
O estado estima que, diante das intervenções, a média diária de público que utiliza o transporte sobre trilho suba de 15 mil para 150 mil. Embora ainda sem licitação, o estado espera que o VLT se estenda do Comércio para a Lapa.

Bruno Dauster afirmou que o novo VLT irá funcionar de forma interligada aos demais modais de transporte da capital.

Conforme o projeto, por meio do VLT, os usuários terão acesso às Linhas 1 e 2 do metrô e a dois roteiros de BRT (Transporte Rápido por Ônibus), todas com obras de conclusão previstas para 2017. “Logo que estiver operando, estará tudo integrado. Isso vai significar uma revolução na geografia de transporte”, avaliou.

Por Henrique Mendes
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VLT de Salvador irar operar sem catracas e terá multa alta para quem não pagar

segunda-feira, 26 de agosto de 2024

A chegada, nos próximos anos, do VLT de Salvador tende a mudar a lógica do transporte na capital baiana, aproximando o modelo soteropolitano daquele que já acontece nas grandes cidades do mundo. Isso porque a maioria das paradas do novo modal não terá catracas de acesso aos trens.

De acordo com o planejamento da Companhia de Transportes do Estado da Bahia (CTB), a ideia é que os trens do VLT tenham validadores internos. Ou seja: o passageiro entraria no vagão e teria que, voluntariamente, se dirigir a uma máquina e aproximar seu cartão de passagem da tela, pagando a tarifa.

Esse é o modelo existente na maioria das grandes cidades da Europa que possuem VLT — ou “tram”, como chamam por lá —, mas também no Rio de Janeiro, que é visto pelo governo da Bahia como uma referência para a implantação da ideia em Salvador.

A ideia é não ter bloqueios com catracas na maioria das paradas do VLT, aplicando o modelo de pagamento voluntário no modal, com fiscalização interna nos trens.

“A ideia é que tenhamos validadores dentro dos trens e que só algumas estações tenham bloqueio. Principalmente, as estações maiores e as de ponta. A parada de Paripe, por exemplo, que a gente entende que terá uma demanda maior. Aqui na Calçada também teríamos catracas. Mas a maioria seria com um cartão sendo validado dentro do trem”, disse Ana Cláudia.

“Obviamente, com fiscalização embarcada. De vez em quando, o fiscal vai entrar e verificar se seu bilhete foi validado. Com essa proposta, a gente ganha tempo para as pessoas e a gente vai mudando a forma de trabalhar o transporte”, acrescentou a presidente da CTB.

Além da Estação Calçada e de Paripe, também deve haver catracas em Periperi, Ilha de São João, Águas Claras e Bairro da Paz. Nas outras 29 paradas do VLT, porém, os usuários poderão acessar o trem livremente.

“É óbvio que a gente acaba pegando referências de outros estados para adotar. A gente vai buscar esse número, provavelmente com o VLT do Rio, pelas características semelhantes das cidades e também por não ter bloqueio. Então, a gente deve adotar um percentual de inadimplência parecido”, confirmou Ana Cláudia.

Para inibir aqueles que podem pensar em usar o VLT sem pagar a tarifa, a ideia do governo é estabelecer uma multa alta, entre R$ 300 e R$ 500, para aqueles que adentrarem aos vagões e não pagarem a passagem nos validadores. No Rio, os valores variam de R$ 170 a R$ 255.

A fiscalização, a ser realizada pela operadora do sistema, ficará responsável por determinar a sanção, a ser aplicada pelo Poder Público.

“Da mesma forma que a gente aceita uma certa inadimplência, a gente tem que investir, por outro lado, na fiscalização, para gerar uma mudança de hábito na população. Na hora que ele burlar a tarifa de transporte e tiver que pagar uma multa de R$ 500, ele vai aprender que nunca mais deve fazer isso”, argumentou a presidente da CTB.

Informações: A Tarde

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Em Salvador, Decisão entre BRT e VLT sairá até dia 30

quarta-feira, 16 de março de 2011

Sistema BRT em Curitiba
As vias da mobilidade urbana em Salvador levam a implantação do BRT (Bus Rapid Transit), sistema de transporte coletivo inventado em Curitiba, que Bogotá aperfeiçoou, para orgulho dos colombianos, e outras metrópoles do mundo aderiram. Entretanto, apesar de técnicos da prefeitura e dos governos estadual e federal estarem debruçados sobre o projeto, ainda não está definido qual o sistema que predominará em Salvador, com vistas a Copa do Mundo, se BRT ou Veículo Leves sobre Trilho (VLT). Entretanto, até 30 de março, o projeto básico deverá ser conhecido e as obras iniciadas ainda no segundo semestre deste ano, com prazo de conclusão em dezembro de 2013.

Conforme Francisco Santos Rocha, coordenador de planejamento de transportes do município, ainda não há o conhecimento do projeto como um todo. “O foco que mais aparece é o da Paralela, que se tornou polêmico e fica parecendo discussão de futebol”. Segundo ele, que já proferiu palestras em faculdades e na Câmara Municipal de Salvador, para esclarecer as alternativas viáveis para o transporte de massa na capital baiana, há dois anos técnicos da prefeitura realizam estudos sobre as possibilidades da mobilidade urbana soteropolitana.

 Rocha, que visitou Bogotá em 2007 para observar os prós e contras do sistema que encantou os bolivianos, aponta o sistema BRT como o mais viável para a cidade, por ser “uma alternativa de menor custo, menor prazo de implantação e mais flexibilidade para atender as necessidades da cidade”.

O governador Jaques Wagner, atento aos estudos em andamento sobre a viabilidade econômica e técnica dos sistemas, já demonstrou não ter predileção por nenhum deles e manifestou através de sua assessoria de comunicação, que “o fundamental é um projeto de mobilidade urbana para Salvador concebido dentro de uma lógica de articulação dos moldais existentes”. Desta forma, para o governo do estado não importa se BRT, VLT ou Metrô, se a busca é um sistema metropolitano de transporte integrado.

Francisco Rocha diz que a prefeitura também é a favor desta integração. “Salvador tem uma característica urbana  própria que pede um sistema multimodal, integrando a capital e a Região Metropolitana através de vias alternativas de ônibus, trem, metro e ciclovias”, ressaltou. Sendo assim, a Paralela poderá ter uma via exclusiva de ônibus do sistema BRT, ligando o aeroporto ao acesso norte, com corredores transversais chegando até a Pituba e estações da Lapa e Calçada, num total de 86 km.

Enquanto o poder público estuda as alternativas para o transporte público de Salvador, o que há de concreto é uma verba de R$ 570 milhões, recursos do PAC via Ministério das Cidades, para se dar início as obras do sistema após licitação.  Até 30 de abril será apresentada pelos técnicos envolvidos, a proposta dos projetos complementares que contemplarão a construção dos demais corredores da mobilidade urbana soteropolitana, para os quais serão necessárias mais verbas.

Para Horácio Brasil, superintendente do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Salvador (Setps), que confia na implantação do sistema BRT, “o Metrô é a melhor coisa do mundo para a cidade, mas para ser levado a sério teria que chegar até Cajazeiras, a onde tem uma população carente”.

 Em sua opinião, a aproximação política entre o governo do estado e governo municipal vai “gerar a energia necessária para prevalecer o bom senso. Ficaria muito feliz se alguns dirigentes visitassem algumas cidades do mundo que já têm o sistema BRT, como Los Angeles( USA), Nante (França), Stambul ( Turquia), Xangai (China) e Bogotá. VLT  é brincadeira de europeu rico. Ao meu ver o BRT é o único sistema que pode trazer resultados a curto prazo, com custo menor e eficiência”, afirmou.


Em meio a discussão sobre o futuro do transporte de massa de Salvador, o professor da UFBa Marco Aurélio Filgueiras, coordenador do Observatório da Copa, conclui: “ O problema é tão grande que deveria ter sido enfrentado com seriedade há muito tempo. Eu acho que o BRT em si não vai resolver os problemas da cidade. Não adianta pensar só nisso. Tem que ter articulação com o Metrô e integração com o sistema como um todo, além de incentivo ao transporte de duas rodas, em especial ciclovias como alternativas. Estes três anos serão decisivos para a resolução dos problemas”.



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Edital do VLT de Salvador será lançado nos próximos meses

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Com 33 milhões de passageiros mensais, o sistema de transporte urbano de Salvador e região metropolitana terá um novo modal. Com edital a ser lançado nos próximos meses, o projeto do veículo leve sobre trilhos (VLT) foi apresentado pelo Governo do Estado, nesta sexta-feira (15), a um grupo de 40 empresários, na Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), na capital.

Na primeira etapa de implantação, o VLT substituirá o trem do subúrbio, e o trajeto ainda será ampliado, compreendendo 21 paradas, entre a Avenida São Luís, em Paripe, e o Comércio. A segunda etapa depende de estudos entre duas possibilidades: ligar Paripe à estação do metrô no Retiro, passando pelo Largo do Tanque, ou ir do Comércio até a Lapa.

“Este é mais um passo para a concretização deste projeto. Estamos apresentando para a sociedade a primeira modelagem do VLT do Comércio até São Luís de Paripe, através de uma estrutura de Parceria Público-Privado (PPP), e que, em uma segunda etapa, poderá fazer uma articulação direta com o metrô, seja no Retiro, com uma ligação Santa Luzia-Retiro, seja na Lapa, com uma ligação Comércio-Lapa”, informou o secretário da Casa Civil, Bruno Dauster.

Dauster disse ainda que o projeto entra em uma fase de diálogos constantes com todos os interessados, para que eles conheçam o projeto e o governo saiba quais são as intenções e demandas dos investidores. Segundo ele, participaram da apresentação fornecedores de equipamentos, projetistas, consultores e empresas de construção civil, convocados por meio de anúncio público feito em jornais de grande circulação em Salvador, São Paulo e Rio de Janeiro, para garantir a maior participação possível.

Sucesso do metrô

O diretor de Desenvolvimento de Negócios da Alston, Cristiano Lopes, conta que acompanha o processo desde quando era previsto o Regime Diferenciado de Contratação para a construção. “Agora, como PPP, é uma possibilidade de se replicar o sucesso do metrô de Salvador. Os projetos de VLT em geral têm uma capacidade de reurbanização associada muito grande, e uma PPP faz com que seja possível uma captura de valores entre os entes privados e públicos. É uma formatação muito interessante para a implantação de um equipamento moderno e com a confiabilidade e a capacidade que Salvador necessita”.

Representante da BF Capital, Felipe Guidi disse que “o projeto apresentado é uma iniciativa proativa. O governo busca os investidores antes mesmo da licitação. Essa é uma inovação do Governo da Bahia e atrai os investidores que estão em um momento econômico delicado”.

Informações: Jornal da Midia


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BRT Aricanduva

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