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Greve no transporte público virou moda no país e moeda para aumento de salário

quarta-feira, 23 de maio de 2012

Os sindicatos não se entendem com os patrões e governos e quem paga a conta é o cidadão brasileiro. A situação é de caos para o trabalhador que precisa do transporte público nas principais capitais do país. No Recife, a greve do Metrô chega hoje ao décimo dia sem negociações. Poderia ficar pior se nos horários de maior movimento, o Metrorec deixasse de funcionar normalmente. Na capital pernambucana cerca de 260 mil passageiros são atingidos pela paralisação.
O Sindimetro-PE informa que a categoria quer uma reposição salarial de 5,13%, que é o índice da inflação entre 2011-2012, e plano de saúde. O sindicato conta ainda que o governo propõe congelamento dos salários e benefícios e que já ocorreram três rodadas de negociação e nada foi acertado. Os funcionários que aderiram à greve dos metroviários, segundo a CBTU, são os relacionados à manutenção, administração e os que trabalham nas estações.

Em Salvador, a greve dos rodoviários teve início na manhã desta quarta-feira (23). A população precisou acordar ainda mais cedo para não chegar atrasada no trabalho. A espera pela condução chegava a durar quase 1h um dos pontos da Avenida Paralela.

A paralisação intermunicipal dos rodoviários foi anunciada na tarde de terça-feira (22), após uma reunião da categoria com empresários no Tribunal Regional do Trabalho (TRT).  Uma nova rodada de negociação está prevista para segunda-feira (28) e até lá a categoria deve manter a paralisação.
Os rodoviários pedem 14% de aumento, mas aceitam negociar a proposta de 8% sugerida pelo Ministério Público e Secretaria do Trabalho.

Em Belo Horizonte, os metroviários decidiram manter a greve iniciada em 14 de maio, após a realização de uma assembléia na Estação Vilarinho, na Região de Venda Nova. A paralisação entrou no 10º dia nesta quarta-feira(23), o que prejudica 215 mil pessoas que utilizam o metrô e moram em BH e Região Metropolitana.

De acordo com o secretário financeiro do Sindicato dos Empregados em Empresas de Transporte Metroviários e Conexos de Minas Gerais (Sindimetro-MG), Sérgio Leôncio, a categoria aguarda o ajuizamento do dissídio coletivo no TST, que vai julgar as reivindicações da categoria em âmbito nacional.

Finalmente em São Paulo, o governador Geraldo Alckmin, classificou a greve dos metroviários e dos trabalhadores da CPTM de “político-eleitoreira”. Em entrevista ao Bom Dia São Paulo, da TV Globo, o governador disse que a população está sendo “punida” pela paralisação.

Alckmin afirmou que a greve é promovida por um “grupelho radical com motivação político-eleitoral, prejudicando a população”. O governador ressaltou que os grevistas descumprem uma decisão da Justiça do Trabalho que determinou que fosse mantida 100% da operação do Metrô no horário de pico.

Fonte: O Reporter

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Medida garante integração da rede de transporte da Região Metropolitana de Curitiba

O Governo do Estado, por meio da Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec), e a Prefeitura de Curitiba firmaram convênio para garantir a integração do transporte coletivo da Região Metropolitana de Curitiba.
Com a medida, fica assegurado o equilíbrio econômico-financeiro do sistema, que atende a população de 13 municípios, cobrindo a diferença no custo por passageiro da Rede Integrada de Transporte. Para isso, o Estado vai fazer o repasse de R$ 64 milhões, durante o período de 12 meses, para o Fundo de Urbanização de Curitiba (FUC), destinado ao transporte coletivo.
A Rede Integrada é responsável por 73% da demanda por transporte coletivo de toda a Região Metropolitana de Curitiba. Por mês, são 5,4 milhões de passageiros de municípios localizados no entorno da capital que se deslocam em uma frota de 697 ônibus distribuídos em 105 linhas.
O convênio atende a uma necessidade tanto dos usuários da Região Metropolitana quanto da capital, uma vez que a sustentabilidade do sistema de transporte não pode ser diferenciada entre urbano e metropolitano.
O sistema, formado por linhas integradas e com tarifa única, torna o transporte acessível a todos os usuários, o que vem ao encontro da Lei da Mobilidade, lei federal 1257/2012, que entrou em vigor neste ano.
A frota da Rede Integrada de Transporte percorre diariamente 490 mil quilômetros num total de 21 mil viagens. São atendidos, além da capital, os municípios de Araucária, Fazenda Rio Grande, Campo Largo, Campo Magro, Rio Branco do Sul, Itaperuçu, Almirante Tamandaré, Colombo, Bocaiúva do Sul, Pinhais, Piraquara, São José dos Pinhais e Contenda.

Informações: Governo do Paraná

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Ônibus do transporte complementar estão circulando durante greve, diz Transalvador

A Superintendência de Trânsito e Transporte do Salvador (Transalvador) determinou que toda a frota de 278 micro-ônibus do Sistema de Transporte Especial Complementar (STEC) esteja circulando em Salvador durante a greve dos rodoviários.

A medida foi tomada diante do descumprimento da liminar judicial que determina o mínimo de 60% da frota de ônibus em horário de pico e 40% em horário de menor movimento durante a paralisação.

Em nota, o órgão reconhece que o número não é suficiente para atender a demanda, porém afirma que a medida ajuda a minimizar o caos estabelecido pela falta de transporte público.

A Transalvador também informa que o Elevador Lacerda e o Plano Inclinado do Pilar estão funcionando em sua capacidade plena, para transportar a demanda dos bairros interligados por estes equipamentos. Além disso, o Plano Inclinado Liberdade-Calçada (PILC) voltará a funcionar nesta quarta-feira (23), depois de ter o funcionamento interrompido pela forte chuva.

Equipes da Transalvador estiveram nas garagens de ônibus durante a madrugada, com o intuito de que a decisão judicial fosse cumprida. Entretanto, como os motoristas não compareceram às empresas, nada pôde ser feito, segundo o órgão de trânsito. Isto implica a aplicação de multa diária de R$ 50 mil ao Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado da Bahia, conforme determinou o Tribunal Regional do Trabalho.

Os agentes da Transalvador estão nas ruas, com o objetivo de fiscalizar os taxistas que queiram se aproveitar da situação, praticando preços acima da tabela.




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Em São Paulo, Greve dos metroviários chega ao fim

A estimativa é que 4,8 milhões de passegeiros tenham sido prejudicados pela greve no Metrô e na CPTM nesta quarta. O número corresponde aos 4 milhões de transportados por dia pelo Metrô e 850 mil que utilizam as linhas 11-coral e 12-safira da CPTM.
 
Durante a assembleia, foram votadas três opções: aceitar a proposta e encerrar a greve, não aceitar a proposta e manter a paralisação ou suspender a greve e manter a negociação. A primeira foi aprovada pela maioria dos metroviários.

Inicialmente, o Metrô tinha oferecido reajuste de 4,65%, enquanto o sindicato pedia 20,12%. A nova proposta, no entanto, foi apresentada a assembleia da categoria, que concordou em retornar ao trabalho.

Com a greve de hoje, a operação foi parcial no metrô. A linha 1-azul funcionou entre as estações Ana Rosa e Luz, a linha 2-verde entre a Ana Rosa e Clínicas, e a linha 3-vermelha operou entre as estações Bresser-Mooca e Santa Cecília --todas com velocidade reduzida e maior intervalo de espera.

As linhas 5-lilás e 4-amarela --que é operada por concessionária privada-- funcionaram normalmente durante a manhã, mas também com velocidade reduzida.
O governador Geraldo Alckmin (PSDB) disse em entrevista ao "Bom Dia Brasil", da TV Globo, que "a população está sendo cruelmente punida por um grupelho radical que descumpre ordem judicial".

Segundo o presidente do sindicato, Altino Prazeres Júnior, os funcionários vão retornar aos seus postos com calma e tranquilidade.
 

CPTM
As linhas 11-coral e 12-safira da CPTM, porém, continuam pararadas nesta quarta-feira. Uma audiência está marcada para às 17h no TRT entre representantes da CPTM e do sindicato. Em seguida, será realizada uma nova assembleia para que os funcionários decidam se aceitam a nova proposta da companhia.

Segundo a CPTM, cerca de 850 mil pessoas foram afetadas pela paralisação nesta quarta das duas linhas --que ligam o centro de São Paulo a cidades da região metropolitana, passando pela zona leste.

A categoria quer reajuste salarial superiores a 6,17% --valor oferecido pela CPTM-- e o aumento no vale refeição, entre outros pontos.

Com a paralisação, a SPTrans acionou o Paese, com ônibus extrar para atender os passageiros dessas linhas. Para atender a linha 1-coral há 30 ônibus operando entre as estações Brás e Guaianases. Já na linha 12-safira, há 30 ônibus entre o Brás e o Itaim Paulista.

Os funcionários das linhas 8-diamante e 9-esmeralda, também da CPTM, decidiram entrar em estado de greve, o que significa que a partir de hoje eles usarão coletes e distribuirão material informativo sobre a possibilidade de greve.

TRANSTORNOS

Com a paralisação, o trânsito ficou complicado e atingiu recorde histórico às 10h, com249 km de filas. O recorde anterior era de 191 km registrados em 4 de novembro de 2004, quando a cidade sofreu os efeitos da chuva e dos alagamentos.

O sistema de ônibus também ficou sobrecarregado e os veículos superlotados. Revoltados com a situação, passageiros fecharam a Radial Leste, uma das principais vias da zona leste, entre as estações Itaquera e Artur Alvim da linha 3-vermelha, que não abriram.

Os pneus de alguns ônibus foram furados para impedir o tráfego na via. Para dispersar o grupo, a Polícia Militar usou bombas de efeito moral nos manifestantes. Ao menos duas pessoas foram detidas e uma mulher ficou ferida.

Outro protesto foi realizado na frente da estação Jabaquara da linha 1-azul, que amanheceu fechada. Passageiros juntaram uma pilha de papelão e jornais e colocaram fogo no material. Um grupo tentou forçar as portas da estação.

Sem metrô e com ônibus lotados, algumas empresas se mobilizaram para garantir que parte dos funcionários chegue ao trabalho. Na estação Itaquera (zona leste) da linha 3-vermelha, que amanheceu fechada, atendentes de três empresas de call center esperavam o transporte prometido pelos empregadores.

INVESTIGAÇÃO

O Ministério Público informou que vai apurar a responsabilidade dos sindicatos dos metroviários e ferroviários na greve de hoje. Com isso, foi encaminhado um ofício aos sindicatos solicitando informações sobre a greve e, especialmente, sobre as razões do desrespeito à ordem judicial que obrigava a categoria a manter 100% do efetivo nos horários de pico (das 5h às 9h e das 17h às 20h) e 85% nos demais horários.

Segundo determinação da desembargadora Anélia Li Chum, em audiência realizada ontem na Justiça do Trabalho, em caso de descumprimento, estava estipulada multa diária de R$ 100 mil. Ontem mesmo o sindicato já tinha dito que a decisão não seria cumprida.

A investigação deverá ser feita pelos pelos promotores de Justiça Gilberto Nonaka (Consumidor), Mauricio Antonio Ribeiro Lopes (Habitação e Urbanismo) e Walter Foleto Santin (Patrimônio Público e Social).

Folha.com

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Congestionamento na capital paulista chega a 249 km e bate recorde histórico

Os motoristas paulistanos enfrentam, na manhã de hoje (23), o maior congestionamento já registrado pela Companhia de Engenharia de Tráfego no período. Por volta das 9h55, a cidade tinha 249 quilômetros de vias com lentidão, recorde desde que o trânsito da capital começou a ser acompanhado.

A marca anterior havia sido atingida no dia 4 de novembro de 2004, quando a cidade registrou, às 9h30, 191quilômetros de lentidão. Em 2012, o recorde foi em 27 de abril, com 168 quilômetros de filas.

A situação foi provocada principalmente pela greve dos metroviários e funcionários da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos, que começou de madrugada e paralisa parcialmente a circulação de trens e do metrô na capital.

A suspensão do rodízio de veículos, determinada para reduzir os impactos da falta dos serviços de transporte, e um acidente com uma carreta, que interdita duas faixas da Marginal Pinheiros, uma das principais vias da cidade, desde a madrugada, também causam o quadro de lentidão.

As marginais Pinheiros e Tietê, a Avenida dos Bandeirantes e a Avenida Radial Leste são algumas das vias com maiores trechos de congestionamento.

Edição: Graça Adjuto / Agência Brasil

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Greve no Metrô do Recife entra no décimo dia sem negociações

A greve dos metroviários do Recife entra no seu décimo dia nesta quarta-feira (23) e ainda sem previsão de fim. As linhas Sul (Recife-Cajueiro Seco) e Centro (Recife-Camaragibe) do Metrorec, além das linhas Diesel (Cajueiro Seco-Cabo e Cajueiro Seco-Curado), continuam funcionando apenas no horário de maior movimento, de segunda a sexta, das 5h às 8h30 e das 16h30 às 20h, e aos sábados, das 5h às 13h. Fora desses intervalos, os trens não circulam e as estações ficam fechadas.

O início da paralisação ficou decidido na última segunda-feira (14) e está afetando cerca de 260 mil passageiros que utilizam o transporte ferroviário na Região Metropolitana do Recife. De acordo com informações do Sindicato dos Metroviários de Pernambuco (Sindimetro-PE), a categoria no estado mandou representações para as negociações no âmbito federal, junto aos ministérios e à Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU). Ainda não há avanços na negociação.

De acordo com informações da assessoria de comunicação da CBTU-Metrorec, o esquema de funcionamento de horário de pico trabalha com 100% dos trens, não causando prejuízos aos passageiros que utilizam o transporte nesse horário. Nos horários em que o metrô fica sem funcionar, o Grande Recife Consórcio de Transportes está reforçando as linhas de ônibus, interligando algumas estações.

O Sindimetro-PE informa que a categoria quer uma reposição salarial de 5,13%, que é o índice da inflação entre 2011-2012, e plano de saúde. O sindicato conta ainda que o governo propõe congelamento dos salários e benefícios e que já ocorreram três rodadas de negociação e nada foi acertado. Os funcionários que aderiram à greve dos metroviários, segundo a CBTU, são os relacionados à manutenção, administração e os que trabalham nas estações.

Ônibus

O Grande Recife Consórcio de Transportes está mobilizando até 30 veículos para atender os usuários do metrô, nos horários em que as linhas não estiverem funcionando. A operação inclui o aumento no número de viagens de quatro linhas (161-Brigadeiro Ivo Borges, 166-Cajueiro Seco/Afogados, 115-TI Aeroporto/TI Afogados e 363-Curado IV. Av.01.) e a criação de duas linhas emergenciais (Jaboatão/Barro e Joana Bezerra/Afogados/Barro) nos terminais integrados de Joana Bezerra, Jaboatão, Barro, Afogados e Camaragibe.
O esquema ainda terá o prolongamento do itinerário da linha Camaragibe/CDU, estocagem de veículos e monitoramento feito pela equipe de fiscalização do Grande Recife. Os usuários podem obter informações sobre o esquema emergencial pelo telefone 0800.081 01 58.
Informações: G1 Pernambuco

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Greve dos rodoviários em Salvador atinge 100% da frota de ônibus da capital

Salvador amanheceu sem transporte rodoviário nesta quarta-feira. Desde a meia-noite, os funcionários iniciaram a greve por tempo indeterminado. De acordo com o diretor-social do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários do Estado da Bahia, Cleber Raimundo dos Santos Maia, a paralisação é de 100%. "Nós liberamos a frota e ônibus determinada pela Justiça, mas não podemos obrigar os funcionários a sair se eles não querem", alegou, ressaltando que o movimento grevista atinge todo o Estado baiano.

Na segunda-feira, a desembargadora Vânia Tanajura Chaves, da 5ª Vara da Fazenda Pública, determinou que os trabalhadores de Salvador devem manter rodando 60% do efetivo de ônibus nos horários de 5h às 8h e 17h às 20h. No restante do tempo, deve ter 40% do efetivo de transporte público. Em caso de descumprimento da medida, o sindicato terá que pagar multa diária de R$ 50 mil.

Na segunda-feira, está marcada uma nova rodada de negociação entre trabalhadores e o Sindicato das Empresas de Transporte Público de Salvador (Setps) no Tribunal Regional do Trabalho (TRT). O encontro será às 10h.

O trabalhadores decidiram em assembleia, ontem, que entrariam em greve, após rejeitar a proposta do Setps de aumento de 4,88%. Os funcionários querem 13,8%, entre 8% de ganho real e o restante de acumulados da inflação desde o último aumento.

Outras reivindicações do movimento são o retorno do pagamento aos funcionários das empresas a cada 15 dias, fim da terceirização do trabalho de motoristas e cobradores e também a redução da jornada de trabalho de 7h para 6h. Por fim, os rodoviários querem que o plano de saúde Mastermed seja substituído.

Fonte: Terra



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Com greve no metrô, São Paulo tem recorde no trânsito e protestos

A greve dos funcionários do Metrô de São Paulo, deflagrada na madrugada desta quarta-feira, provoca uma manhã de transtornos para o paulistano. O trânsito bateu o recorde histórico da manhã, e passageiros revoltados com a situação entraram em confronto com a polícia.

Mas a paralisação não atinge todas as estações e linhas. Segundo o Metrô, a linha 1-azul opera entre as estações Ana Rosa e Luz, a linha 2-verde opera entre a Ana Rosa e Clínicas, e a linha 3-vermelha funciona entre as estações Bresser-Mooca e Santa Cecília --todas com velocidade reduzida e maior intervalo de espera.

As linhas 5-lilás e 4-amarela --que é operada por concessionária privada-- funcionam normalmente, mas também com velocidade reduzida.
As operações em todos as linhas começaram atrasadas em decorrência da greve. Normalmente elas começam às 4h40, mas hoje os primeiros trens só deixaram as estações depois das 5h: a linha 5 começou às 5h10, seguida da linha 2 às 5h20, linha 1 às 5h30 e linha 3 às 6h17. A linha 4 começou às 4h40.

Segundo o Metrô, a operação está sendo realizada com funcionários que não aderiram à greve e com seu quadro administrativo, que foi deslocado e está atuando nas estações e bilheterias.

Em nota, o Sindicato dos Metroviários afirma que o Metrô está tentando operar o sistema "de forma precária, utilizando o seu quadro de supervisores, que não são completamente habilitados para as funções exigidas. Essa é uma política irresponsável da empresa que coloca em risco, inclusive, a segurança dos usuários".

As linhas 11-coral e 12-safira da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), que ligam o centro a cidades da região metropolitana, também estão paradas nesta manhã.

CONFRONTO
A SPTrans (empresa que gerencia os ônibus), acionou o Paese (Plano de Atendimento entre Empresas de Transporte em Situação de Emergência), com ônibus gratuitos para atender os usuários do metrô nos trechos com estações fechadas.

Além disso, algumas linhas que operam com destino às estações de metrô foram estendidas até a região central, segundo a empresa.

Com a greve, o sistema de ônibus ficou sobrecarregado e os veículos deixam os pontos superlotados desde o início da manhã. Revoltados com a situação, passageiros fecharam a Radial Leste, uma das principais vias da zona leste, entre as estações Itaquera e Artur Alvim da linha 3-vermelha, que não abriram.


 
Os pneus de alguns ônibus foram furados para impedir o tráfego na via. Para dispersar o grupo, a Polícia Militar usou bombas de efeito moral nos manifestantes. Ao menos duas pessoas foram detidas e uma mulher ficou ferida.

Outro protesto foi realizado na frente da estação Jabaquara da linha 1-azul, que amanheceu fechada. Passageiros juntaram uma pilha de papelão e jornais e colocaram fogo no material.

TRÂNSITO
Por causa da greve, o rodízio de veículos foi suspenso. Hoje estariam impedidos de circular os veículos com placas de final 5 e 6 das 7h às 10h e das 17h às 20h.

Às 10h a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) registrou 249 km na cidade, recorde de congestionamento no período da manhã. Com isso, foram superados os 191 km registrados em 4 de novembro de 2004, quando houve uma forte chuva e diversos alagamentos pela cidade.
A previsão da companhia é de que o trânsito continue piorando nesta quarta-feira.

NEGOCIAÇÃO
Os metroviários marcaram para as 12h uma nova assembleia, que vai definir se a greve da categoria continua ou não.
Ontem, após uma audiência na Justiça do Trabalho, a desembargadora Anélia Li Chum decidiu que os funcionários deveriam manter 100% do efetivo nos horários de pico (das 5h às 9h e das 17h às 20h) e 85% nos demais horários.
Em caso de descumprimento, foi estipulada multa diária de R$ 100 mil. Ontem mesmo o sindicato disse que a a decisão não seria cumprida.
A desembargadora ainda proibiu a liberação das catracas --uma das propostas da categoria para a greve.

Na manhã de hoje, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) disse em entrevista ao "Bom Dia Brasil", da TV Globo, que "a população está sendo cruelmente punida por um grupelho radical que descumpre ordem judicial".
Na audiência na Justiça do Trabalho, o Metrô ofereceu aumento real de 1,5% e 4,15% de correção, enquanto os funcionários pedem 5,37% de correção e 14,99% de aumento real.

Fonte: Folha Online / Imagens : Rivaldo Gomes/Folhapress


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