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Encarroçadoras de ônibus travam disputa acirrada no mercado

sexta-feira, 30 de março de 2012

Se entre os fabricantes de chassis para ônibus o ano de 2011 apresentou uma ligeira disputa entre as duas principais marcas, revelando aumento das vendas entre as empresas que compõem o segundo pelotão, no mercado de carrocerias não dá para ver tamanha concorrência pela ponta da tabela. A Marcopolo manteve o primeiro lugar com folgas em relação à segunda colocada, a Caio, no que diz respeito à fabricação total, de acordo com os números divulgados pela Associação Nacional dos Fabricantes de Ônibus (Fabus).

Mas, para dar tempero a essa disputa, é necessário classificar o mercado das carrocerias. A encarroçadora gaúcha mantém boa liderança quando se fala em ônibus rodoviários. A Marcopolo fechou 2011 com 4.594 unidades produzidas, contra 1.153 da segunda colocada, a Comil, que celebrou o aumento de 27% nas vendas em relação a 2010. Os modelos Campione mostram sinais de confiabilidade, o que talvez justifique esse bom volume de vendas. Procurada pela reportagem da “Revista Ônibus”, ninguém da empresa foi localizado para dar mais detalhes sobre esse salto, até o fechamento da edição.

Voltando à disputa, no segmento de ônibus urbanos, a paulista Induscar se manteve na frente, com quase 8.900 unidades fabricadas, enquanto, neste nicho, a Marcopolo teve uma produção de pouco mais de 7.100 carrocerias ao longo do ano. Já a briga pela terceira colocação é bem interessante. A Comil, que fechou 2010 na quarta posição, tomou o lugar que pertencia a Neobus. Foram 4.118 carrocerias produzidas. Mesmo com a explosão dos mega BRT e BRS, a Neobus terminou o ano com queda, em comparação ao mesmo período de 2010, com 3.863 carrocerias.

No entanto, a Neobus promete uma resposta rápida ao mercado.
A parceria firmada com a gigante americana Navistar, assim como o anúncio da nova fábrica em Três Rios, no Rio de Janeiro, são os trunfos para melhorar sua participação.
As demais encarroçadoras também apresentaram ligeiro aumento na produção das carrocerias.
A Irizar saltou de 589 para 705 ônibus, e a paranaense Mascarello passou de 2.457 unidades para 2.600, tendo como principal característica fornecer produtos para cinco segmentos: urbano, rodoviário, intermunicipal, micro e miniônibus. A produção mais uma vez é recorde, e vale observar que, do total de 35.531 carrocerias fabricadas, aproximadamente 4 mil foram destinadas ao mercado internacional.

Fonte: Revista Fetranspor

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Greve de ônibus afeta mais de 1 milhão de pessoas na Baixada Fluminense

A greve da Baixada Fluminense afeta um milhão de passageiros. De acordo com o Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros de Nova Iguaçu (Transônibus), a frota dos municípios de Nova Iguaçu, São João de Meriti, Nilópolis, Belford Roxo e Mesquita é de 3.300 ônibus, divididos em 110 linhas municipais e 265 intermunicipais.

O Sindicato de Trabalhadores do Transporte Rodoviários de Nova Iguaçu ainda não sabe precisar o número de municípios que aderiram ao movimento.

Dia tumultuado na Baixada

Manhã de sexta-feira de protestos de rodoviários no Terminal de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, no primeiro dia de greve decretada pela categoria em cinco municípios da região. A decisão foi tomada em assembléia na noite de quinta-feira. Passageiros chegaram a esperar cerca de uma hora e meia por uma condução.
 
Foto: Osvaldo Praddo / Agência o Dia

Assim como os profissionais de Niterói, São Gonçalo, Itaboraí, Maricá e Tanguá, na Região Metropolitana que paralisaram suas atividades na quinta-feira, os rodoviários da Baixada reivindicam reajuste salarial de 16% e aumento de 50% na cesta básica e o fim da fim da dupla função de motorista.

Segundo a Federação das Empresas de Transportes de Passageiros do Estado do Rio (Fetranspor), a Justiça de Nova Iguaçu determinou ainda na quinta-feira que a categoria coloque 70% da frota nas ruas nos horários de pico e 40% no restante do dia. O descumprimento da determinação implicará em multa de R$ 300 mil ao dia. Diferentemente do que ocorreu no Terminal João Goulart, em Niterói, na véspera, o número de ônibus era bem maior no início da manhã no Terminal de Nova Iguaçu e circulando nas ruas do município.

Desde o fim da madrugada, os rodoviários grevistas se concentraram no Terminal de Nova Iguaçu. Eles tentaram convencer e em muitos momentos hostilizaram os colegas que furaram a greve e saiam da rodoviária conduzindo os coletivos, com insultos como "passa-fome". Com notas de R$ 2 nas mãos, eles ofereciam aos motoristas para pagar o lanche. Segundo denúncias de alguns, as empresas permitem apenas cinco minutos de lanche aos rodoviários em uma jornada de sete horas de trabalho.

Policiais do 20º BPM (Mesquita) acompanharam a movimentação dos manifestantes. Eles tentavam impedir aglomeração na saída da rodoviária para evitar transtornos no trânsito. Não houve registro de confronto até às 9h. No entanto, num momento de tensão, um ônibus da Transportes Treno e outra da São José bateral lateralmente durante a aglomeração de protesto. Ninguém ficou ferido e os coletivos seguiram viagem.
Muitos 'motoristas' trabalhavam sem o uniforme. Ainda segundo denúncias dos grevistas, eles são manobreiros, instrutores e inspetores habilitados que foram convocados por suas empresas a trabalhar na função nesta sexta-feira para compesar a falta dos grevistas.

"Os dois lados estão irredutíveis em suas propostas. Eles (as empresas) não vão nos conceder aumento se a greve acabar. Temos que resistir, temos que continuar com o movimento", pregava o despachante da empresa Master, Marcos Aurélio Pereira da Silva, de 34 anos.

Ao contrário das expectativas, às 6h havia congestionamento de ônibus para entrar no terminal de Nova Iguaçu, Às 7h, filas se formaram nas plataformas em Nova Iguaçu. Os ônibus saiam cheios, mas poucos lotados.

Até às 8h, o pintor industrial Wanderson Martins, de 40 anos, ainda não tinha conseguido embarcar para a Central do Brasil. Ele tinha saído de casa na localidade de Rancho Novo, que fica a cerca de quatro quilômetros do Centro, às 4h40. "Geralmente embarco em 20 minutos no máximo, mas hoje estou aqui até agora", lamentou já sem expectativa de chegar ao Centro do Rio.

O contador Carlos Adalto, de 52 anos, também aguardava na expectativa da chegada de um coletivo para a Praça Mauá. Além do atraso para embarcar ele ainda teria que enfrentar cerca de duas horas de trânsito até o Centro, para onde tinha esperança de chegar até às 9h.

"Achei que fosse mais difícil conseguir condução de onde moro aqui para o Centro. Achava que daqui do terminal não teria tanta dificuldade assim, mas vou continuar aguardando, apesar de já estar a 40 minutos aqui", disse ele, morador da localidade de Três Corações, que fica há 20 minutos da rodoviária de Nova Iguaçu.

Um motorista de 36 anos que pediu para não ser identificado com medo de represália por parte da empresa protestou contra a dupla função exercida pelos profissionais do volante. Ele denunciou que eles sofrem represálias, como suspensão e perda da cesta básica, caso se neguem a trabalhar dirigindo e cobrando a passagem dos usuários.

No fim da manhã, o diretor do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Nova Iguaçu (STTRNI), Antonio Assis, disse que às 17h haverá uma assembléia para avaliar e saber a extensão do movimento.

Apesar da greve, o movimento na estação de trens de Nova Iguaçu foi de aparente tranquilidade. Às 8h30, o movimento era intenso porém sem o registro de filas. Segundo uma funcionária da Supervia, o número de passageiros foi maior que o de rotina, porém não foram registrados incidentes na estação.

Fonte: O Dia Online

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Em Curitiba, Ligeirão Azul, o maior ônibus do mundo, completa um ano


O Expresso Ligeirão, o maior ônibus do mundo, identificado pelos passageiros pela cor azul, completou um ano nesta quinta-feira (29), quando a cidade comemora 319 anos. O Ligeirão atende as linhas Boqueirão e Pinheirinho-Carlos Gomes e, até o início do próximo ano, entrará no eixo Norte, fazendo a ligação do Terminal Santa Cândida com a Praça do Japão.

Na linha Pinheirinho-Carlos Gomes, pela Linha Verde, 14 biarticulados azuis atendem diariamente 31 mil usuários. No eixo Boqueirão, são 37 mil passageiros transportados por dia nos 12 ligeirões. No total são 30 ônibus movidos exclusivamente a biodiesel, com uma redução de 63% na emissão de poluentes, em relação aos demais ônibus da frota.
Com 28 metros de comprimento e capacidade para 250 passageiros, o Ligeirão Azul substituiu ônibus articulados com capacidade para 170 passageiros, o que representou um aumento de 47% na oferta de lugares em cada viagem.
Além da cor diferenciada, que facilita a identificação para o usuário, o Ligeirão Azul tem vidros com película fumê, exaustores e ventiladores para manter a temperatura interna mais amena, bancos ergonômicos com estofados, sinal luminoso para indicar a abertura das portas, beneficiando especialmente pessoas com dificuldade de audição, e plaquetas em braille indicando o número do ônibus no encosto traseiro do banco situado em sua frente.
Para implantar o Ligeirão, a Urbs fez o desalinhamento das estações, que antes ficavam frente a frente, criando uma área de ultrapassagem que permite que um ônibus continue em frente mesmo quando outro está parado na estação. Os ônibus têm uma frequência de oito minutos no horário e de quatro minutos no horário de pico.
Laboratório – O eixo Boqueirão, onde o Ligeirão, ainda na cor vermelha, foi implantado em março de 2010, tem sido um laboratório para aperfeiçoamento do sistema de transporte em Curitiba. O eixo foi construído em 1977 e tinha à época ônibus de 11 metros de comprimento e capacidade para 85 passageiros.
Em dezembro de 1992, o eixo Boqueirão inaugurou a segunda fase do sistema Expresso, com os primeiros biarticulados – modelo à época pioneiro, desenvolvido para Curitiba – de 25 metros de comprimento e capacidade para 230 passageiros. E no ano passado, inaugurou o novo Ligeirão, ônibus com 28 metros de comprimento e capacidade para 250 passageiros.
Também foi no Boqueirão que em 1991 estreou a primeira Linha Direta, servida pelos chamados “Ligeirinhos”, na linha Boqueirão-Centro Cívico. Foi também o primeiro corredor de transporte a ter estações desalinhadas com criação de pistas de ultrapassagem nas canaletas.
O sistema de canaletas exclusivas para o ônibus foi inaugurado em 1974, nos eixos Norte e Sul, três anos antes da implantação da canaleta do eixo Boqueirão. O sistema, pioneiro no mundo, inaugurou o que hoje é conhecido como Bus Rapid Transit (BRT).

Fonte: Prefeitura de Curitiba

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No Recife, Avenida Agamenon Magalhães terá corredor exclusivo de ônibus

Nesta quinta-feira (29), o Governador do Estado, Eduardo Campos, e o secretário das Cidades, Danilo Cabral, apresentam à imprensa, o Projeto do Corredor de TRO (Transporte Rápido de Ônibus) que será implantado na Avenida Agamenon Magalhães. Trata-se da segunda etapa do Corredor Norte Sul, que tem início no município de Igarassu, vai até o centro do Recife - via Cruz Cabugá - e agora, nesta segunda fase, segue até o Terminal de Integração Joana Bezerra. O edital de licitação para a execução da obra desta etapa será lançado amanhã (30) no Diário Oficial e nos veículos impressos de grande circulação do Estado.

Do Tacaruna até o Terminal de Integração Joana Bezerra – trecho da intervenção – são 4,7 km de extensão, um investimento previsto de R$ 110 milhões. Neste percurso, serão construídos, além do corredor de ônibus (pavimentação de toda a via, com implantação de uma faixa segregada para os ônibus articulados), cinco passarelas para a travessia dos pedestres, nove estações no canteiro central da via, além dos quatro viadutos transversais à Avenida Agamenon que, inclusive, já estão sendo licitados. Também está previsto o alargamento dos dois viadutos da Avenida João de Barros, e o alargamento do pontilhão de cruzamento das ruas Dr. Leopoldo Lins e Buenos. “A proposta da intervenção é priorizar o transporte público”, diz o secretário das Cidades, Danilo Cabral, lembrando que “a via é uma das mais importantes da capital, por onde passam cerca de 100 mil veículos por dia, cuja velocidade média em horário de pico chega a 5 km/hora em alguns trechos”.

Corredor Norte-Sul – O investimento na obra da primeira etapa (Igarassu ao centro do Recife) é de R$ 151 milhões. A intervenção passa pelos municípios de Igarassu, Abreu e Lima, Paulista, Olinda e Recife e atenderá a uma demanda de 146 mil passageiros. O percurso de 33,2 km vai ter 33 estações interligadas a quatro terminais integrados: Igarassu, Abreu e Lima, Pelópidas Silveira e PE-15. As obras desta etapa foram iniciadas em 06 de janeiro, com a restauração, reforço e substituição das placas de concreto do canteiro central de um trecho de 5 km, entre o Km 42 e o Km 47 da BR-101, próximo à UPA de Cruz de Rebouças e ainda a construção de dois viadutos nos Bultrins. Sendo o Viaduto Oeste, erguido exclusivamente para a passagem dos veículos do TRO, atendendo os sentidos Recife e Paulista, com extensão de 560 m. E, o viaduto Leste, que irá facilitar o trânsito misto da área, com duas pistas no sentido Recife/Paulista e uma extensão de 520 m.
 
Detalhamento das intervenções do Ramal Agamenon Magalhães
Estações: serão implantadas nove estações para o Transporte Rápido por Ônibus (TRO) em todo o trecho do canteiro central da Agamenon. Serão 400 metros de distância entre uma estação e outra. Cada Estação possui 180 metros quadrados de área para cada lado da via, totalizando uma capacidade simultânea de 1200 pessoas em cada estação – 600 de cada lado. O piso das Estações é de alumínio (mesmo dos ônibus) e a velocidade dos TRO é de 60 km entre as estações. O investimento para a construção das estações será de R$ 55 milhões.

Passarelas: Serão construídas cinco passarelas ao longo do Ramal Agamenon Magalhães. Sendo quatro interligadas aos viadutos da Paissandu, Bandeira Filho, Rui Barbosa e Joaquim Nabuco e uma próximo ao Shopping Tacaruna, em Santo Amaro, nas imediações das comunidades do Chié, Ilha do Joaneiro e Santa Terezinha. Os pedestres terão acesso ao equipamento por meio de elevadores e escadas. As passarelas serão interligadas as estações de TRO que ficarão localizadas ao longo do canteiro central da Avenida Agamenon Magalhães.

Viadutos da Avenida João de Barros: Para facilitar a passagem dos ônibus articulados na via, o Projeto prevê o alargamento dos dois viadutos da Avenida João de Barros, construindo mais uma faixa em cada um.

Os Viadutos da Agamenon - Atualmente o projeto está sendo licitado com previsão de abertura de envelope para a primeira quinzena de Abril. A construção dos viadutos sertão executadas durante 18 meses, a partir da ordem de serviço.

Os Viadutos: São quatro obras de arte que vão cruzar a Avenida Agamenon Magalhães entre a Ilha do Leite (Rua Buenos Aires) e o Parque Amorim (Rua Paissandu) – 2,2 km.

Localização: Um viaduto será erguido na entrada para a Rosa e Silva (do Português/Mac Donald); um iniciando na Rui Barbosa, em frente ao TRE (Tribunal Regional Eleitoral), e cruzando a Agamenon Magalhães até o Colégio Americano Batista; o quarto viaduto passará pelo Colégio Contato, na Dom Bosco, seguindo a até o Hospital da Restauração e o último saindo da Paissandu e indo até o outro lado da pista, no canteiro central. Esses viadutos já estão em licitação, devendo ter início as obras no mês de maio.

Características - Cada torre de sustentação terá uma altura aproximada de 56 metros. É uma obra de engenharia com menos impacto ambiental e de bom resultado plástico. Além disso, no caso das obras estaiadas, a Agamenon não precisará ser totalmente interditada por se tratar de uma obra toda suspensa não gerando conflitos para a circulação da mesma (Ocorrerão interdições parciais). Existem obras similares em cidades como São Paulo: como a Ponte Estaiada Octávio Frias de Oliveira, Ponte Estação Engenheiro Jamil Sabino e outras; em Sergipe, a Ponte dos Coqueiros; no Pará, a Ponte sobre o Rio Guamá; no Amazonas, a Ponte sobre o Rio Negro; no Piauí, a Ponte sobre o Rio Poty; no Rio de Janeiro, a Ponte sobre o Rio das Ostras.

Capacidade por viaduto - a capacidade média é de 3.500 carros por hora – cerca de 40 mil carros por dia. Cada viaduto tem uma largura de 7 metros de pista.

Justificativa para construção dos viadutos: Os viadutos apesar de serem construídos para os veículos de passeio, priorizam o transporte coletivo, uma vez que foram concebidos para possibilitar a implantação da segunda etapa do corredor de transporte publico Norte-Sul na Avenida Agamenon Magalhães, deixando uma das faixas exclusiva para o TRO que se estenderá até a zona sul do Recife.

Média de velocidade: Olinda x Boa Viagem
Atualmente: 20,9 km
Após os viadutos: 30,3 km
O maior ganho será na esquina entre a avenida Rui Barbosa e o cruzamento com a rua Buenos Aires, cuja velocidade em horário de pico atualmente é de 5 km por hora e subirá para 18km/h.

Média de Velocidade: Boa Viagem x Olinda
Atualmente: 18,2 km
Após os viadutos: 33,7 km
O maior ganho será na Paissandu, cujos carros passarão de 7km/h para 40 km/hora.

Situação atual: 3300 veículos em cada cruzamento
Sinais em toda a via: 15 semáforos
Sinais de veículos: 9 de veículos
Após os viadutos: 4210 veículos em cada cruzamento – cerca de 30% no aumento da circulação de carros na via.
 Sinais em toda via: 11 semáforos
Sinais de veículos: 5 de veículos (serão retirados os 4 semáforos dos viadutos)

Secretaria das Cidades PE

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Pesquisa revela que 25% de toda a área construída da cidade de São Paulo é usada para garagens

Na semana passada, a Folha de S. Paulo divulgou, com base em pesquisa realizada na Escola Politécnica da USP, que 25% de toda a área construída da cidade de São Paulo é usada para garagens. Essa situação não é fruto do acaso: a legislação da cidade de São Paulo obriga que todos os imóveis construídos tenham vagas de estacionamento, gerando assim uma espécie de simbiose entre o processo de produção da cidade e a inevitabilidade do modelo de circulação baseado no uso do automóvel.

Hoje, cada unidade residencial, seja vertical ou horizontal, tem que ter ao menos uma vaga de estacionamento. De acordo com a legislação, nos imóveis com até 200m² de área construída deve haver uma vaga; entre 200m² e 500m², duas ; e, acima de 500m², três vagas. Para imóveis comerciais, a cada 35m² de área construída é necessário uma vaga; em museus, isso se dá a cada 15m² de área construída, e, em hospitais, a cada 50m².

Mesmo em locais próximos às estações de metrô ou dos trens da CPTM, que poderiam ser regiões de alta densidade de população não usuária do carro, é proibido construir prédios sem vagas de estacionamento. A única exceção prevista na legislação é para áreas de habitação de interesse social (HIS).

Para além dos 25% da área construída de São Paulo destinada a estacionamentos, ou seja, espaços que os automóveis ocupam dentro dos lotes, é preciso considerar também o enorme espaço que estes veículos ocupam nas vias públicas. Acho que é possível dizer que a maior parte de nossos espaços públicos, excluindo parques e praças, é ocupada por veículos automotores.

De 2009 para cá, no entanto, a prefeitura de São Paulo vem tentando restringir o estacionamento em vias públicas. Mas a iniciativa ainda é tímida. Hoje isso acontece apenas em algumas vias de quatro bairros — Itaim, Pinheiros, Jardins e Vila Olímpia — e em alguns pontos da avenida Luiz Carlos Berrini.

Porém, sendo uma restrição tímida e não acompanhada de expansão e melhoria do transporte público coletivo, isso não leva as pessoas a deixar o carro em casa e buscar formas alternativas de deslocamento. Muitas recorrem aos questionáveis serviços de manobrista, os chamados valets, que custam cada vez mais caro e que, muitas vezes, utilizam as ruas para estacionar os carros dos clientes, fraudando a lei.

O fato é que quanto mais farto, fácil e barato os estacionamentos, maior é o estímulo para a compra e uso de mais automóveis, o que vai redundar em mais necessidade de espaço para acomodá-los, dentro e fora dos lotes. No limite, uma hora vamos ter que ter cidades inteiras só para os carros.

A realidade é que nosso modelo urbanístico de cidade estimula o uso do carro, consome um enorme espaço, público e privado, e não tem atendido as necessidades de circulação da população. Nesse momento em que a questão da (i)mobilidade urbana vem sendo tão discutida, não basta pensar alternativas para a melhoria dos transportes e do trânsito. É necessária uma reflexão mais profunda sobre o modelo urbanístico de nossas cidades, que passa, inclusive, pela forma como a legislação que rege as construções da cidade trata o tema.

Fonte: Yahoo Notícias

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Greve de ônibus na Região Metropolitana do Rio entra no 2º dia com mais força

O sindicato que representa os rodoviários de 15 municípios da Baixada, do Centro-Sul Fluminense e do médio Paraíba decidiu entrar em greve a zero hora desta sexta-feira (30). A paralisação pode deixar cerca de 2,4 milhões pessoas sem ônibus. As informações foram confirmadas pelo presidente do Sindicato de Trabalhadores do Transporte Rodoviários de Nova Iguaçu, Joaquim Graciano da Silva (STTRNI). Com a adesão desta sexta, chega a 20 o número de cidades do Rio atingidas pela greve.

Entre as reivindicações da classe estão o reajuste de 16% no salário base e o aumento na cesta básica. Ao todo, 5 mil trabalhadores são filiados ao STTRNI.

Mesmo sem estar entre os municípios que aderiram greve, a Polícia Militar reforçou o patrulhamento nos terminais rodoviários e estações de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. As informações são do 15º BPM (Duque de Caxias).

Em Nova Iguaçu, o clima é tenso no terminal rodoviário da cidade. A rodoviária está cheia e há muitos grevistas no local. Por causa da grande movimentação, dois ônibus chegaram a bater em uma das vias no interior do terminal. Não há informações sobre feridos. Policiais do 20º BPM (Mesquita) estão no local.

Circulação com 40% da frota
Por determinação judicial, as empresas de ônibus são obrigadas a circular com pelo menos 40% da frota durante a greve.

A paralisação atinge os seguintes locais, segundo o sindicato: Nova Iguaçu, São João de Meriti, Nilópolis, Belford Roxo, Mesquita, Paracambi, Miguel Pereira, Engenheiro Paulo de Frontin, Mendes, Rio das Flores, Vassouras, Itaguaí, Paty dos Alferes, Seropédica e Mangaratiba.

Na quinta-feira (29), rodoviários de outras cinco cidades da Região Metropolitana do Rio já tinham entrado em greve. Foi um dia de muito transtorno para os cerca de 1,5 milhão de moradores de Niterói, São Gonçalo, Maricá, Itaboraí e Tanguá. E com a adesão dos rodoviários em outros quinze municípios, a sexta feira promete ser ainda mais complicada para quem depende dos ônibus.

Serviços
Por causa da greve dos rodoviários na Baixada, a SuperVia informou que colocou duas viagens extras no ramal Japeri, em Nova Iguaçu e Queimados. A concessionária informou ainda que acompanha o movimento de passageiros e, dependendo da demanda, a empresa pode aumentar o número de composições disponíveis.

Já o Metrô Rio informou que monitora o fluxo de usuários para avaliar a necessidade de aumentar o efetivo de funcionários nas estações.

Transtornos na volta para casa
Na noite de quinta, moradores das cidades de Niterói, São Gonçalo, Maricá, Tanguá e Itaboraí, na Região Metropolitana, tiveram problemas para voltar para casa de ônibus. Havia poucos ônibus circulando pelas cidades, com grande espera para quem depende do transporte coletivo. Vias como a Niterói-Manilha tiveram grande movimentação de veículos, com pontos de retenção no fim do dia.

Fonte: G1 RJ

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Proporção entre carro e habitante em Curitiba é a quarta maior do país

quinta-feira, 29 de março de 2012

O trânsito já se tornou reclamação constante na boca do curitibano e um dos motivos pode ser a quantidade de carros nas ruas da cidade. De acordo com dados do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a capital do Paraná tem a quarta maior proporção entre pessoas e automotores. Existe um veículo para cada 1,3 habitante. Isso significa que são 1.746.896 curitibanos para 1.315.305 veículos. Diante de tantos carros, o tráfego intenso acaba sendo inevitável.

Na avaliação do professor de Urbanismo do curso de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), Paulo Rolando de Lima, os congestionamentos e a demora no deslocamento diário vão continuar crescendo. “Este é o preço que se vai pagar por ter optado pelo transporte individual. Todos reclamam, mas querem ir à padaria de carro”. Aliado a isso, destacou o docente, tem-se a melhoria da renda da população e o crescimento da chamada Classe C, que consome cada vez mais e a partir de agora pode concretizar o sonho do carro próprio.

Parte deste problema, que também pertence a realidade da outras grandes cidades, pode ser solucionada com investimentos no transporte público a ponto de torná-lo confortável para aqueles usuários que não têm outra opção e atrativo para aqueles que possuem carro. A ideia é que o carro não faça parte do dia a dia. "O cidadão precisa entender que ele faz parte do funcionamento do trânsito", afirmou Paulo de Lima.

Foto: Luis Antônio de Andrade Silva
De acordo com o professor Paulo Rolando de Lima, a estrutura do transporte coletivo de Curitiba já funcionou bem, mas hoje, com o crescimento da cidade, o deslocamento para algumas regiões é difícil. “Só para o Centro está resolvido, mas precisa ampliar e melhorar as linhas que ligam os bairros”, afirmou. “É necessário dar eficiência e velocidade no percurso”, acrescentou.

Conforme análise do professor, poderia se criar canaletas exclusivas para o ônibus Interbairros e para o Ligeirinho, por exemplo. “Tem que ser mais eficiente, confortável, seguro e barato. Se você tiver que sair de casa com duas pessoas é mais barato ir de carro do que de ônibus”, declarou o professor. Atualmente a tarifa do transporte coletivo é de R$ 2,60.

A questão dos táxis que rodam pela cidade também deve ser avaliada para que haja melhoras no trânsito. Contudo, na opinião do professor, deve-se pensar em medidas direcionadas para os táxis como a utilização de faixas exclusivas. O professor considera, inclusive, alguns incentivos do governo para que o serviço fique mais barato. “Isso tiraria muito carros de circulação das ruas para deslocamentos diários, como levar os filhos na escola e ir ao trabalho”, comentou.

Atualmente, a proporção de táxis em Curitiba é de um carro para cada 775 habitantes. São, ao todo, 2.252 veículos autorizados a prestar o serviço. No Rio de Janeiro, onde a 32 mil veículos disponíveis, a proporção fica em um taxi para cada 197 habitantes. Em Porto Alegre, que é menor que Curitiba, a proporção é de um carro para cada 359 moradores. Os dados são das prefeituras e do IBGE. A Câmara Municipal de Vereadores aprovou o projeto de lei que permite o número de taxis nas ruas aumente entre 200 e 1.200. O projeto foi encaminhado para sanção do prefeito Luciano Ducci (PSB).

O metrô que para muitos pode amenizar o trânsito e o problema do transporte público não é visto da mesma maneira pelo professor da UTFPR. “Como o metrô veio para substituir a linha dos Expressos (ônibus que circulam em vias exclusivas, chamadas de canaletas), ele vai resolver pouco. Mas, como é um fato consumado, é necessário fazer algumas coisas para aperfeiçoar o deslocamento como criar um sistema de alimentação, que leva as pessoas para as estações de metrô com o mesmo grau de eficiência que o metrô”, explicou.

O ideal é que se tenha também bicicletários e estacionamentos, para que as pessoas possam se for o caso, fazer parte do trajeto de carro. Estes aspectos estão previstos no projeto elaborado pelo Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbanos de Curitiba (Ippuc) e aprovado pelo Ministério das Cidades.

A primeira fase, chamada de Linha Azul, vai ligar a região Sul à Norte. De acordo com a prefeitura, este eixo opera atualmente com 400 mil usuários por dia. Serão 13 estações, da Cidade Industrial de Curitiba (CIC-Sul) à Rua das Flores, no Centro da cidade. As estações estarão cerca de um quilômetro de distância uma da outra e o metrô deve levar seis minutos para percorrer o trecho de aproximadamente 14 quilômetros.

Segundo Paulo de Lima, Curitiba pode atuar para melhorar o que se tem hoje e também para evitar que os problemas no trânsito ganhem proporções ainda maiores. E chama atenção para uma outra discussão. "Todas as escolas mesmo horário, todos os shoppings, talves as melhores soluções não estejam no trânsito e sim no funcionamento das cidades".

Para Ippuc, apesar da quantidade de carros, trânsito em Curitiba flui bem

Na avaliação do presidente do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbanos de Curitiba (Ippuc), Cléver Almeida, o trânsito na cidade está em boas condições. "O nosso trânsito tem algumas retenções, mas é um trânsito que flui".

Segundo ele, ainda que haja muitos carros na cidade, 45% da população utiliza os ônibus coletivos. Almeida destaca que o poder público prioriza o transporte público e, por isso, é utilizado não só por quem necessita mas também quem tem a opção do transporte individual.

A Linha Verde (antiga BR-476), alvo de muitas reclamações, de acordo com Almeida, é uma das obras voltadas para o transporte público que criou um novo eixo de desenvolvimento integrado à cidade. O presidente acrescentou que com a Linha Verde aqueles que utilizam a linha Boqueirão tiveram o tempo de viagem reduzido e a frota disponível é moderna e confortável. Segundo ele, a prefeitura adquiriu 557 novos ônibus que são menos poluentes e também possuem capacidade para transporte mais passageiros.

Segundo o presidente do Ippuc, a Rede Integrada de Transporte (Rit) é ampla. “A gente tem uma rede de transporte com várias possibilidades de deslocamento e ele [o usuário] escolhe como fica mais fácil para ele do ponto de vista da origem e do destino”. De acordo com Almeida, em toda a cidade em, no máximo, 500 metros há uma linha do transporte coletivo. Ele ressaltou a linha Inter 2 que diante do crescimento da demanda recebeu novos veículos com maior capacidade e teve as estações tubo ampliadas.

Cléver Almeida destacou ainda que o metrô estará ligado com toda a rede de transporte coletivo assim como hoje ocorre nos terminais e que a prefeitura também está investindo em obras para facilitar a mobilidade da população como construção de trincheiras, pavimentação e a implantação do Anel Viário com 25 quilômetros de extensão. Esta obra visa, como declarou Almeida, retirar parte do trânsito do Centro da cidade e desta forma facilitar o deslocamento das pessoas.

Fonte: G1 Paraná
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Greve de ônibus dificulta volta para casa nas cidades de Niterói, São Gonçalo, Maricá, Tanguá e Itaboraí

Os moradores das cidades de Niterói, São Gonçalo, Maricá, Tanguá e Itaboraí, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro, têm problemas para voltar para casa de ônibus, na noite desta quinta-feira (29), por conta de uma greve organizada pelos rodoviários.

No início da noite desta quinta havia poucos ônibus circulando pelas cidades, com grande espera para quem depende do transporte coletivo. Vias como a Niterói-Manilha tiveram grande movimentação de veículos, com pontos de retenção no fim do dia.

Quem precisava ir para São Gonçalo, por exemplo, encontrou grandes filas nos terminais e esperas de cerca de 40 minutos entre um veículo e outro.

“Há quase uma hora que eu estou no ponto. Esperando van, porque não tem ônibus”, afirmou uma mulher que tentava voltar para casa, no fim desta tarde, ao RJTV.
A greve dos rodoviários afetou cerca de 1,5 milhão de pessoas nesta quinta. Os grevistas reivindicam aumento de 16% no salário e 40% na cesta básica.

“Nosso salário está muito defasado. Hoje estamos ganhando dois salários mínimos”, afirmou o grevista Edson Garcia.

Na sexta-feira (30), representantes do Sindicato das Empresas de Transportes Rodoviários e do Sindicato dos Trabalhadores têm uma audiência no Tribunal Regional do Trabalho, às 13h, para decidir se a greve é ou não abusiva.

Fonte: G1 RJ

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