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Em Olinda, Começam as obras de dois viadutos que farão parte do corredor Norte-Sul

segunda-feira, 19 de março de 2012

A Secretaria das Cidades (SECID) iniciou nesta segunda (19.03), mais uma etapa das obras do corredor exclusivo de ônibus Norte-Sul. Desta vez, a SECID avança na construção de dois viadutos (leste e oeste), ao longo da PE-15, nos Bultrins. Para a intervenção, que terá início em Olinda, em frente ao Eli’s Veículos (sentido Olinda/Recife) e segue até o 7º Batalhão de Regimento de Olinda, haverá mudanças na localização das paradas de 17 linhas de ônibus que circulam no local. O trânsito para o tráfego misto continuará funcionando normalmente.

Os dois viadutos serão construídos com o intuito de priorizar a passagem dos novos coletivos do Transporte Rápido por Ônibus (TRO), e consequentemente facilitar o trânsito para o tráfego misto da área. Segundo o secretário das Cidades, Danilo Cabral, o projeto irá refletir na melhoria do fluxo de veículos do local, sobretudo garantindo mais agilidade para os usuários de ônibus, que terão uma via expressa, com menos semáforos e estações climatizadas. “Esta é uma intervenção muito importante para a população da Região Metropolitana Norte do Recife, pois irá diminuir significativamente o tempo de viagem na ida para o trabalho e na volta para a casa dos usuários. O nosso cálculo é que seja reduzido em 15 minutos o percurso de cada viagem no trecho de Igarassu até o Centro”, ressaltou o secretário.

A construção dos dois equipamentos será realizada durante um período de 11 meses. Para o Viaduto Oeste, erguido exclusivamente para a passagem dos veículos do Transporte Rápido por Ônibus, atendendo os sentidos Recife e Paulista, serão investidos R$ 9,2 milhões. Este terá uma extensão de 560 m. Já no viaduto leste, que irá facilitar o trânsito misto, serão investidos R$ 7,4 milhões. Este último contará com duas pistas apenas no sentido Recife/Paulista e terá uma extensão de 520 m.

Próximo passo: Em 15 dias, a SECID irá iniciar a construção de um elevado em Ouro Preto, Olinda. Este equipamento também está integrado ao projeto de implantação do Corredor Exclusivo de Ônibus Norte-Sul.

Paradas Provisórias: Devido a esta intervenção, a pista exclusiva para ônibus entre o Eli’s Veículos (sentido Paulista/Recife) e o 7º Batalhão de Regimento de Olinda, será interditada, o que irá refletir na implantação de quatro paradas provisórias na PE-15.

Segue abaixo a relação das paradas provisórias:
Sentido Recife/Paulista
- Lado oposto ao Quartel do Exército. Em frente ao imóvel nº 1092 (poste nº AO 03890)
- Lado oposto ao Quartel do Exército. Em frente ao imóvel º 256 (poste nº AO 00522)
Sentido Paulista/Recife
- Em frente ao imóvel nº 2271 Junto a Estofados Modelly
- Em frente ao Quartel do Exército
Todas as linhas da lista abaixo serão atendidas pelas novas paradas provisórias:
050 - PE-15/Boa Viagem
886 - Ouro Preto/Rio Doce
 907 - Paulista/Rio Doce
909 - Paulista/Joana Bezerra
 911 - Ouro Preto (Cohab) 
913 - PE-15/Joana Bezerra
915 - PE-15 RuadoSol 
916 - Ouro Preto/Joana Bezerra
928 - Maranguape II (Bacurau)
 936 - Mirueira (Bacurau) 
940 - Abreu e Lima/Olinda 
949 - Caetés/Centro de Paulista (Paratibe) 
957 - Caetés I (Bacurau) 
967 - Igarassu (Sítio Histórico) 
970 - Paulista/T.I. PE-15

Histórico: As obras do Corredor Norte-Sul foram iniciadas em 6 de janeiro, com a restauração, reforço e substituição das placas de concreto do canteiro central de um trecho de 5 km entre o Km 42 da BR-101 e o Km 47 da BR-101, próximo a UPA de Cruz de Rebouças. Em seguida, a SECID iniciou a requalificação de novos trechos entre a BR-101 e a PE-15.

Corredor Norte/Sul - com investimento de R$ 162 milhões, o corredor Norte-Sul passa pelos municípios de Igarassu, Abreu e Lima, Paulista, Olinda e Recife atendendo a uma demanda de 146 mil passageiros. O corredor tem início no Terminal Integrado de Igarassu e segue até a Estação Central do Metrô, no centro do Recife, passando pela PE-15, Complexo de Salgadinho e Avenida Cruz Cabugá. O percurso de 33,2 km vai ter 33 estações interligadas a quatro terminais integrados: Igarassu, Abreu e Lima, Pelópidas Silveira e PE-15. O projeto prevê a construção de dois viadutos nos bultrins além de um elevado em Ouro Preto e a requalificação de toda a ciclovia da PE-15.

Também faz parte do projeto do corredor Norte-Sul, a construção de quatro viadutos que vão cruzar a Avenida Agamenon Magalhães, entre a Ilha do Leite e o Parque Amorim: um na entrada para a Rosa e Silva (do Português/Mac Donald); um iniciando na Rui Barbosa, em frente ao TRE (Tribunal Regional Eleitoral), e cruzando a Agamenon Magalhães até o Colégio Americano Batista; o quarto viaduto passará pelo Colégio Contato, na Dom Bosco, seguindo a até o Hospital da Restauração e o último saindo da Paissandu e indo até o outro lado da pista, no canteiro central. Esses viadutos já estão em licitação, devendo ter início as obras no mês de maio.

Com Informações da Sec. das Cidades
Blog Meu Transporte
 
 
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Investimentos em transporte estão 50 anos atrasados

O Brasil está meio século atrasado em relação aos investimentos que precisariam ser realizados no transporte público coletivo. O número leva em conta dois aspectos: as quase três décadas de descaso público na expansão do sistema de transporte sobre trilhos – tido pelos especialistas como a principal alternativa para grandes deslocamentos em área urbanas – ; e a falta de vontade política de governos, que optaram por virar as costas para a elaboração de um plano de mobilidade urbana para as principais capitais.

Como toda opção tem seu preço, não é raro que histórias envolvendo caos nos transportes tomem de assalto o noticiário nacional, como ocorreu na última semana, em São Paulo. Em um espaço de duas horas, três falhas no sistema do Metrô e da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) afetaram diretamente o cotidiano de 200 000 pessoas na manhã da última quarta-feira.

Problemas técnicos em trens e na linha em que eles se locomovem, dizem os especialistas, são normais em todo o mundo. Filas com milhares de passageiros do lado de fora das estações e, do lado dentro, usuários espremidos aguardando até vinte minutos dentro de vagões parados, isso não. "O Brasil está cerca de 50 anos atrás do que deveria em sua rede de transportes coletivos. E os caos que se verificou em São Paulo deve-se a uma superutilização do sistema", afirma o presidente da Associação Nacional dos Transportes Públicos (ANTP), Ailton Brasiliense Pires.

Demanda – Professor de planejamento e operações de transporte da Universidade de São Paulo (USP), Jaime Waiman concorda com o presidente da ANTP. Para ele, o problema se agravou em São Paulo por ter ficado desde meados da década de 1970 até o início dos anos 2000 sem adequar sua malha de transportes ao crescimento da demanda dos passageiros. Quando acordou para a questão, o problema já estava instaurado. “Ficamos muito tempo parados, criou-se uma defasagem enorme na área de transportes coletivos, um buraco que, agora, vai levar tempo para ser resolvido”, destaca.

Waiman chama a atenção para a retomada de investimentos no setor – nos últimos dez anos, o sistema metroferroviário de São Paulo ganhou 26,5 quilômetros de linhas, segundo dados do Metrô e da CPTM –, mas o ritmo empenhado ainda vai levar, pelo menos, quatro anos para oferecer o mínimo de conforto para seu usuário.

“Não tem mágica. São Paulo passou de cidade industrial para a de serviços, multiplicando por três ou quatro o número de viagens que uma única pessoa faz ao longo do dia. Assim, vamos continuar sofrendo até 2016, quando a situação pode começar a melhorar. Mas isso apenas se o governo continuar a investir como vem fazendo nos últimos anos”, estima.

Integração – Há uma outra questão imporante nessa dicussão, além do investimento: o modelo de integração que ganhou força principalmente com o Bilhete Único, implantado em 2004. O sistema de bilhetagem eletrônica permite ao passageiro até três viagens de ônibus e uma passagem pela catraca do Metrô por 5,90 reais. O modelo diminui o desembolso médio do passageiro e foi responsável pelo aumento da procura pelo sistema.

No entanto, alertam especialistas e fontes do mercado, o Metrô não estava preparado para esse aumento de usuários, que cresceu ainda mais após a liberação de baldeações sem custo para a rede da CPTM. Em suma, a política de integração na cidade ajudou a sobrecarregar o sistema.

Ônibus – Sem opções, o que sobra ao paulistano é procurar alternativas de locomoção. O ônibus coletivo é apontado como um bom aliado. São Paulo possui uma das frotas mais extensas do mundo - são 15 000 veículos de 1 532 linhas distintas. "De que adianta tanto ônibus se eles não andam?", indaga o consultor em transportes Horácio Figueira. "O sistema rodoviário da cidade não funciona".
S
egundo o consultor, para ser considerado minimamente eficiente, um ônibus precisa circular acima de quinze quilômetros por hora. Nas principais ruas e avenidas da capital, eles não ultrapassam dez quilômetros por hora. "Em horários de pico, a velocidade bate 8 quilômetros, o mesmo que um pedestre jovem, em marcha forçada, consegue alcançar", diz.

Corredores – Há meios de fazer os motoristas de ônibus pisarem no acelerador. Para isso, Ricardo Corrêia, sócio fundador da TC Urbes, que projeta espaços públicos urbanos, explica que é preciso apostar em corredores exclusivos, com pista rebaixada, pavimentadas com concreto, poucos cruzamentos e, consequentemente, quase nenhum semáforo.

“O modelo é ideal para viagens curtas, que percorrem até sete quilômetros. O problema é que esse tipo de solução demandaria um plano de transporte urbano para as cidades. E, em São Paulo, como em todo o Brasil, isso não existe”, diz.
Bogotá, na Colômbia, abriga aquele que é considerado o melhor corredor do mundo. Lá, o sistema comporta até 30 000 passageiros por hora. Como comparação, a Linha Vermelha do Metrô, também recordista mundial em sua categoria, transporta 7 000 passageiros por hora. "São Paulo tem hoje 150 quilômetros de corredores, mas precisaria de mais uns 400 quilômetros. O problema é que a prefeitura não constroi um metro de corredor há seis anos”, afirma Figueira.

Londres - Um exemplo de cidade que soube organizar um modelo e uma gestão de transporte coletivo é Londres, que mantém uma das redes mais complexas – e funcionais – de integração urbana do planeta.

O ponto de partida para a rede de transportes da capital inglesa é o metrô, que na cidade dispõe 467 quilômetros de extensão, onze linhas e impressionantes 270 estações. Foi projetado para interligar todos os pontos da cidade, de norte a sul, leste a oeste, escorado por uma eficiente rede de transportes alternativos que servem de plano B para uma eventual falha na linha.

“O metrô de Londres tem problemas como qualquer outro. Às vezes uma composição para, às vezes uma linha precisa ser paralisada. No entanto, por ser muito extenso, o passageiro pode sair da estação, andar algumas quadras e entrar em outra estação, de outra linha”, afirma o arquiteto Ricardo Esteves, especialista em transportes da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Para o professor, outro ponto de destaque da rede londrina é o sistema de ônibus, que a princípio serve para alimentar as estações com passageiros e, depois, para manter o sistema operando em normalidade no caso de possíveis problemas. "O ônibus londrino tem dois andares, mais ou menos a mesma capacidade de um biarticulado que opera em São Paulo, e trafega em corredores exclusivos, o que garante uma boa velocidade durante a viagem”, diz.

Fonte: veja.abril.com.br

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Em Manaus, Mais 317 novos ônibus (Convencionais e articulados) são entregues pela prefeitura

O sistema de transporte coletivo recebeu mais 317 ônibus entre convencionais e articulados. A entrega oficial foi feita na manhã deste domingo (18) pelo prefeito Amazonino Mendes. Durante a entrega o prefeito fez um desagravo em favor do superintendente da Superintendência Municipal de Transportes Urbanos (SMTU), Marcos Cavalcante, que pediu neste sábado (17) afastamento do cargo. Cavalcante vem sendo acusado na Justiça, juntamente com funcionários do órgão, de promover irregularidades na concessão de permissão para o funcionamento de ônibus do transporte executivo.

Com os 317 ônibus apresentados ontem, Manaus conta hoje com uma frota de 831 ônibus novos. Segundo o prefeito Amazonino Mendes faltam ainda chegar em Manaus 113 ônibus articulados, dos quais 86 estarão chegando nos próximos dias e outros 27 que estão em produção.

No total Manaus terá uma frota de 944 ônibus novos, 86 a mais do que foi estabelecido pelo edital de licitação, que previa 858 novos coletivos. No total Manaus vai contar com 1.727 ônibus no sistema, de uma frota prevista para 1.631 e com a idade média de 1,86 anos.

Solidariedade

Amazonino chegou pouco depois das dez horas na Avenida das Torres, onde os ônibus foram colocados em fila por seis quilômetros.

― Eu quero parabenizar a cidade, agradecer o trabalho enorme, muitas vezes injustiçado da equipe da Prefeitura que cuida do setor de transporte coletivo. A cidade toda sabe é testemunha que esse setor era um setor extremamente desorganizado, caótico e não havia rigorosamente nenhuma esperança de ninguém. Ninguém acreditava tamanho era o problema que se pudesse, por exemplo, trazermos ônibus novos ― observou o prefeito em entrevista coletiva.

O prefeito deplorou as acusações contra o superintendente da SMTU e seus assessores que atuam na busca de organização e melhoria no sistema de transporte coletivo em Manaus. As denúncias partem de um grupo de permissionários do Transporte Executivo.

― Na verdade estão sendo vítimas de acusações infundadas, proferidas por pessoas desclassificadas, reconhecidamente inidôneas, gente com passado criminoso. Esse pessoal que se esforçou tanto, que se dedicou tanto e é vitorioso, está hoje nas barras dos tribunais, sendo execrados na imprensa o que é uma coisa contraditória, brutal. De repente, o bandido vira mocinho e o mocinho vira bandido ― assinalou.

O prefeito se referiu aos autores das denúncias contra o superintendente da SMTU que, com o propósito de fundamentar as acusações, distribuíram vídeos com supostas irregularidades praticadas como venda de vaga nas cooperativas dos Executivos ocorridas em 2006 e 2007 para a imprensa que o reproduziu em seus noticiários. Amazonino assumiu a Prefeitura em janeiro de 2009 e Marcos Cavalcante somente em 2010.

― Há um movimento por trás, perigoso. Não há nada, rigorosamente nada que desabone a equipe que está aí cuidando disso. Passaram 15 anos fazendo molecagem, Chega uma equipe para organizar, ela vai pras barras do Tribunal ―.

O prefeito deplorou o processo de execração pública por que vem passando Marcos Cavalcante através da imprensa. Para Amazonino o processo de reorganização do transporte coletivo em Manaus está contrariando interesses e servindo de instrumentos de “politicagem” por grupos políticos locais.

Para o prefeito com a apresentação dos ônibus na manhã de ontem termina uma etapa na recuperação do sistema que havia encontrado em 2009 quando a idade média da frota era próxima de dez anos.

― Hoje termina essa novela. Ninguém mais vai fazer picaretagem políticas sobre isso. Mesmo vocês são testemunhas quando como com grande esforço, enorme trabalho, nós fizemos a primeira apresentação dos ônibus. Não faltou inclusive autoridade para insinuar que os ônibus eram maquiados; que os ônibus eram apenas pintados. É lamentável isso, é triste ― disse em sua fala, para em seguida fazer uma advertência:

― Há muita coisa podre na nossa sociedade. Tem muita coisa errada. É preciso haver um comprometimento institucional mais sério, mais respeitoso. Nenhuma sociedade consegue sobreviver com esse comportamento. É fundamental que o povo, as forças, as organizações se unam e cobrem mais  respeito, mais seriedade ― afirmou.

Os números atualizados do sistema de transporte coletivo na cidade de Manaus são:

1) SOBRE O NÚMERO DE ÔNIBUS CIRCULANDO EM MANAUS ATUALMENTE:

Foram entregues neste domingo: 317 ônibus.

Já estavam circulando 514

Somando um total (hoje) de 831

2)      SOBRE OS ÔNIBUS ARTICULADOS:

Já estão rodando: 65 ônibus articulados

Estão em deslocamento pra Manaus: 86 ônibus articulados

Estão em produção: 27 articulados

Somarão um total 113 articulados

3)      SOBRE O COMPROMISSO DE RENOVAÇÃO DA FROTA COM ÔNIBUS NOVOS

Quando estiver completa, a frota em Manaus chegará a 944 ônibus (articulados e convencionais) novos. O edital previa 858 ônibus novos.

4)      SOBRE O TOTAL DA FROTA DE ÔNIBUS CIRCULANDO NA CIDADE

Frota prevista pelo edital 1.631 veículos.

Total vai chegar a 1.727 veículos

Idade media 1,86 anos

Fonte: SMTU

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Cresce em São Paulo o número de pessoas que usam bicicleta para ir ao trabalho

É cada vez maior o número de pessoas que estão usando a bicicleta como meio de transporte na cidade de Sao Paulo. De acordo com o Instituto Parada Vital, a procura por bicicletários públicos aumentou 20% nos primeiros meses deste ano em relação ao mesmo período do ano passado.

O uso da bicicleta é uma forma de não gastar tempo e dinheiro com o transporte público ou com o carro. Atualmente, tem se tornado uma necessidade em uma cidade com o trânsito tão caótico.

Uma pesquisa da ONG Nossa São Paulo mostra que 40% dos paulistanos usariam a bicicleta se houvesse mais segurança no trânsito. De acordo com o Instituto Parada Vital, no ano passado houve um aumento de 20% na procura por bicicletários públicos em estacionamentos, metrôs e terminais de ônibus da Grande São Paulo em relação a 2010.

O bueirista Maxyell Bezerra da Silva vai para o trabalho todos os dias de bicicleta. Ele pedala quase 35 quilômetros, a maior parte pela Marginal Pinheiros, sempre cheia de carros. “Tem que evitar ao máximo ficar muito perto dos carros porque às vezes eles não respeitam. Às vezes jogam você pro canteiro, às vezes pode cair no meio da rua”, conta.

Uma alternativa para o Maxyell seria usar a ciclovia que fica na beira do rio Pinheiros, mas ele reclama que, nos 19 quilômetros de extensão dela, só há cinco acessos. “Tenho que entrar lá na Cidade Universitária e sair quase no shopping. Aí não dá pra mim não”.

Mas quando o trabalho é perto de um dos acessos, como na estação Vila Olímpia, na região onde o consultor Adílson Borges das Neves trabalha, fica mais fácil. “Pego a bicicleta venho de casa pela ciclovia e volto. Venho e me troco, coloco um shorts e vou embora”.

Dados de uma pesquisa sobre origem e destino do Metrô mostram que as viagens exclusivas de bicicleta quase dobraram na Grande São Paulo. Mas não é todo mundo que tem disposição e coragem para pedalar quilômetros e quilômetros, tanto na ida quanto na volta para o trabalho. Em alguns terminais, estações de trens, metrôs existem bicicletários para que as pessoas façam um pedaço do caminho de bicicleta e o resto do trajeto no transporte público.

O motorista Paulo Ronaldo Santos foge de avenidas movimentadas, nos horários de picos, e anda de bicicleta por avenidas dos bairros residenciais, onde o fluxo é menor. “Sempre cortando pelas avenidas de dentro, bairro mais residencial onde o fluxo de veículo é bem menor”.

Todos os dias, o porteiro José Reis sai de Parelheiros, no extremo sul de São Paulo, vai até Moema, e depois faz o caminho contrário. Ao todo, ele percorre 75 quilômetros de bicicleta só para ir e voltar do trabalho de segunda a sexta-feira. “Para mim é muito bom, estou acostumado já, já faço ida e volta para o trabalho há 15 anos de bicicleta e eu não troco ela por outro meio de transporte”. São quase três horas e meia sobre a bicicleta todos os dias.

Em nota, a CPTM disse que até o fim do ano a ciclovia da Marginal Pinheiros ganhará mais três acessos. Eles ficarão na estação Morumbi, na ponte Cidade Jardim, que dá acesso ao parque do povo, e na estação Villa Lobos-Jaguaré. Dessa forma, a ciclovia terá oito pontos de acesso ao longo de 21 quilômetros.

Fonte: VNews

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São Paulo quer tecnologia espanhola para acelerar o metrô

domingo, 18 de março de 2012


A Prefeitura e o governo do Estado de São Paulo buscam, em conjunto, uma forma de acelerar as obras do metrô na capital paulista para a construção de 90 km de linhas até 2018.
Como primeiro passo, vão assinar um convênio com o governo espanhol para que as empresas Metro Madrid, Renfe e Aves - responsáveis pelo sistema de transporte por trens em Madri - participem do plano metropolitano, que prevê investimentos de R$ 60 bilhões até 2018.

Outros dois itens do modelo espanhol que serão incorporados em São Paulo vão buscar aliviar a lotação e ampliar a segurança. A ideia é estabelecer nas novas linhas o sistema computadorizado de controle e as portas de vidro externas automáticas, que se abrem de forma simultânea às portas dos trens, fechando o vão existente entre o trem e as áreas de embarque e desembarque, o que conferirá maior segurança.

O sistema computadorizado de monitoramento do metrô de Madri fará o intervalo entre um trem e outro reduzir o tempo de espera em São Paulo em pelo menos 20%.


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No Rio, Ônibus expresso terá ‘botão de pânico’ contra violência

A frota que vai circular nos corredores exclusivos de ônibus — BRTs — terá botão de pânico. O mecanismo vai ajudar os motoristas a avisar em tempo real situações de risco, como assaltos. Ao ser acionado, o dispositivo mostra a imagem do interior do veículo em prioridade na tela do Centro de Controle Operacional (CCO), que vai ficar no Terminal Alvorada, na Barra da Tijuca. Outra novidade é o computador de bordo, que permite que o operador de tráfego converse com o condutor.

A tecnologia já estará em funcionamento nos ônibus articulados e biarticulados do Transoeste, primeiro corredor que vai entrar em operação, ligando Barra da Tijuca-Santa Cruz, que está em implantação. A previsão é que esse BRT seja inaugurado em maio.

O diálogo entre motorista e o centro de controle será feito por microfone, que abre um canal de escuta viva-voz que pode ser acionado a qualquer momento pelo operador. Desta forma, o condutor poderá ser informado em tempo real sobre incidentes no trajeto que possam atrasar a viagem. “O microfone permite ouvir a conversa do motorista e de pessoas que próximas a ele”, explicou o coordenador de controle da Secretaria Municipal de Transportes, Alberto Nygaard. No caso de assalto, por exemplo, o controle ouvirá as ameaças do bandido e acionará a polícia rapidamente.

O computador de bordo também transmitirá mensagens pré-formatadas para o motorista e vai informá-lo se o percurso está sendo feito no tempo previsto. “Quando piscar a luz verde, ele está dentro da hora. Se for vermelha, o veículo está atrasado na viagem”, explicou Nygaard.

Em fase de estudo está a tecnologia que dará ao usuário, por torpedos no celular, o tempo previsto de parada das linhas de BRT em cada estação. “De dentro do ônibus, a pessoa manda um SMS com o número da linha em que está. A resposta traria os horários previstos de parada para aquele ônibus”, informou o coordenador.


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'Não existe déficit de ônibus em Goiânia', diz presidente da CMTC - Será?

Após usuários do transporte coletivo reclamarem do serviço prestado na Região Metropolitana da capital, o presidente da Companhia Metropolitana de Transporte Coletivo (CMTC), José Carlos Xavier, garante que o número de veículos é suficiente para atender a demanda de passageiros. “Não existe déficit de ônibus em Goiânia. O que falta é infraestrutura viária”, declara.

Segundo ele, os governos municipal e estadual devem investir em projetos que possibilite melhorias na mobilidade dos ônibus públicos em ruas e avenidas. ”Temos que ter espaço para que os coletivos circulem melhor nas cidades. Em Goiânia, a construção do VLT [veículo leve sobre trilhos], corredores exclusivos e mais 102 km de vias arteriais devem ser prioridade”, salienta o presidente da CMTC.

Ele explica como alguns desses projetos irão funcionar: “O Corredor Norte-Sul, que ligará os terminais Cruzeiro e Recanto dos Bosques, será operado por ônibus articulados e biarticulados. Esses dois tipos de veículos têm maior capacidade e funcionará adequadamente para a região. As obras devem ser concluídas no final de 2013”.

Sobre a implantação do VLT na Avenida Anhanguera, o presidente explica que o projeto e os estudos que permitem sua a licitação serão entregues no próximo dia 31 deste mês. "Após isso, será feito o processo licitatório para dar início às obras. Estamos permanentemente cuidando do planejamento da rede com intuito de aumentar o número de linhas”, assegura.

Caos
Na última quarta-feira (14), a TV Anhanguera mostrou as dificuldades e os transtornos que os moradores da capital enfrentam no transporte público de Goiânia. Uma estudante afirmou que fica prejudicada por causa da ineficiência das linhas itinerárias. “Todos os dias eu chego pelo menos uma hora atrasada na aula”, reclama a universitária Karine Brito, que trabalha no Centro e estuda na região oeste da capital.

Segundo o doutor em engenharia de transporte Benjamim Jorge Rodrigues dos Santos, somente a implantação de novos projetos pode amenizar esse tipo de situação.“Goiânia precisa urgentemente instalar sistema de transporte público de massa como metrô e VLT . Atualmente, vemos que o Eixo Anhanguera está no seu limite de capacidade de atendimento nos períodos de pico. Os BRTs [sistema de corredores de ônibus rápidos] devem ter o limite máximo de espera a aproximadamente 8 mil passageiros por hora. Em Goiânia, os terminais chegam a ficar com 12 mil passageiros por hora”, esclarece.

Fonte: G1 Goiás

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Em Manaus, Nova frota não alivia situação de quem depende de ônibus

Usuários do transporte coletivo em Manaus se queixam da qualidade do serviço e dizem não ter visto melhoras, apesar da frota nova de 753 veículos já estarem circulando nas ruas de Manaus e outros 127 aguardando a documentação para trafegar. A promessa é que ultrapasse a marca de 900 ônibus novos a partir de amanhã, segundo a Superintendência Municipal de Transporte Urbano (SMTU), com a entrega de novos veículos.

Segundo a SMTU, 1.728 ônibus trafegam pela cidade. Destes, 1.513 são convencionais, 178 são articulados, 12 micro-ônibus e 25 transporta (ônibus adaptados para deficientes físicos). Mas, mesmo assim, os usuários afirmam que os carros são insuficientes para atender os quase 843 mil passageiros que utilizam o transporte coletivo diariamente.
A desempregada Arlete Epevânia, 33, que esperava o ônibus da linha 071, no Terminal 5 (T5), localizado na zona leste da capital, disse que estava há mais de uma hora no local. “E quando o ônibus chega é aquela bagunça. Não tem fiscal para colocar ordem”, disse.
O ferreiro Leone de Souza, 57, disse que pela manhã, entre 5h e 7h, ninguém consegue pegar ônibus no T5. “Aqui é lotado. É um empurra-empurra e ninguém respeita os mais velhos. Acredito que eles estão guardando esses ônibus novos, porque está do mesmo jeito”, disse.
A empregada doméstica Rosa Maria, 45, que mora no Grande Vitória, zona leste, faz de tudo para não estar nas paradas de ônibus nos horários de 6h, 12h e 18h. “Estar no terminal nesses horários é um inferno. Você não consegue pegar ônibus”, afirmou.
A universitária Marinéia Oliveira, 30, acredita que a área mais carente em transporte coletivo é a zona leste. “Para eu chegar 8h na faculdade lá no Centro, tenho que sair de casa pelo menos 5h30, porque ainda vou para o terminal. Se eu perder o ônibus chego 9h30”, contou.
A aposentada Arlene Gomes, 56, que mora na Avenida das Torres, zona norte da cidade, e vai deixar e buscar sua neta que estuda na Cidade Nova, também na mesma zona, reclama do tempo que leva para fazer esse trajeto, apesar de ser perto. “É mais de uma hora só para ir e também para voltar. Ainda tenho que enfrentar ônibus lotado com a minha neta, de 6 anos”, disse.
A estudante Alexandra Tomaz, 15, que esperava o ônibus 031 ou 033 no Terminal 3 (T3), localizado na Cidade Nova 1, zona norte, depois da aula, não notou melhora no transporte coletivo e disse que os ônibus que pega sempre andam lotados. “Não vi diferença nenhuma. Às vezes, o ônibus nem para de tão lotado que esta”, disse.

Fonte: d24am.com


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