A partir da meia-noite do próximo domingo (11), a passagem de transporte coletivo em Cuiabá em Várzea Grande estará mais cara. Em Cuiabá, a tarifa vai subir de R$ 2,50 para R$ 2,70. Em Várzea Grande, a tarifa sai de R$ 2,40 para R$ 2,60, atingindo também a linha de transporte intermunicipal que faz a ligação dos dois municípios.
O índice de 8% supera o índice da inflação acumulada desde novembro de 2010, quando ocorreu o último reajuste.
Anteriormente, as empresas que operam o sistema de transporte em Cuiabá reivindicavam aumentar a passagem para R$ 2,79, porém, o Conselho Municipal de Transporte analisou dados técnicos e verificou que R$ 2,70 é o preço "mais justo".
Em Várzea Grande, o levantamento técnico foi feito pelo Conselho Regional de Economia (Corecon) e entregou à Secretaria Municipal de Transportes Urbanos (SMTU), que também acatou a orientação de reajuste da tarifa em 8%.
O transporte rodoviário que é o deslocamento de um município para o outro vai ter reajuste de 6,39%. Conforme dados da Ager (Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Mato Grosso), a cada 100 quiilômetros rodados em áreas pavimentadas, se cobravam R$ 17. Agora, vai para R$ 18. Em áreas não pavimentadas, a cada 100 quiilômetros rodados, se pagavam R$ 23,40. Agora, vai para R$ 24,90.
Argumentos
O anúncio do reajuste foi feito na tarde desta sexta-feira (9), no gabinete do prefeito Chico Galindo (PTB), que estava acompanhado do prefeito de Várzea Grande, Sebastião dos Reis Gonçalves, o Tião da Zaeli (PSD), e da presidente da Ager (Agência de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Mato Grosso), Márcia Vandoni.
Para reajustar a tarifa de transporte em Cuiabá e Várzea Grande, são levados em consideração gastos aplicado pelos empresários do transporte nos últimos meses, conforme explicou a presidente da Ager, Márcia Vandoni.
"Tem que se considerar o custo dos insumos, pneus, lubrificantes, número de passageiros, quilometragem percorridas, remuneração pela utilização da mão de obra, que é salário de motorista e cobrador. Isso compõe o custo e define o preço da tarifa", disse Vandoni.
Além disso, o aumento leva em consideração, ainda, a quantidade de gratuidades concedidas a estudantes e idosos.
O prefeito Chico Galindo minimizou o impacto do aumento da tarifa, lembrando que outros municípios brasileiros, como Campinas (SP), São José dos Campos (SP), Santo André (SP), Curitiba (PR), Nova Iguaçu (RJ) e Campo Grande (MS), cobram tarifas no transporte coletivo que variam de R$ 2,50 a R$ 2,85.
"O aumento está obedecendo ao índice da inflação. O reajuste não agrada a população, mas não há abusos. Tudo está transcorrendo dentro da legalidade. Em 2010, houve aumento de 9,6%, agora, o índice atinge 8%", destacou.
O prefeito de Várzea Grande, Tião da Zaeli, classificou o aumento na tarifa de "justo". "O aumento obedece ao índice inflacionário de 8%. Ou seja, está dentro da coerência e a população deve entender", disse.
Frota
Houve questionamentos a respeito da renovação da frota dos ônibus em Cuiabá e Várzea Grande. Nesse momento, o secretário de Assuntos Estratégicos de Várzea Grande, Yênes Magalhães, pediu a palavra e destacou que o momento é delicado para tal ação, por conta do planejamento para a Copa do Mundo de 2014.
Com a experiência de presidente da extinta Agecopa, Yênes lembrou que, nos próximos 3 anos, haverá mudança no sistema de transporte, passando a inexistir a concorrência entre sistema intermunicipal ou municipal de Cuiabá e Várzea Grande.
Isso, por conta da implantação do VLT, que vai percorrer dois trechos, que são CPA/Aeroporto e Coxipó/Centro, com as frotas de ônibus interligadas ao modal de transporte.
"Se determinar incremento de uma nova frota que tem 7 anos para ser amortizada, o poder público vai ter que indenizar o empresário que investiu nesta compra, porque serão usados somente nos próximos três anos. Quem vai pagar o desperdício é o contribuinte. Isso tem que ser pensado para valorizar a frota", disse o secretário.