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Em Brasília, 60% dos passageiros precisam de mais de um coletivo para chegar ao destino

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Todos os dias, a recepcionista Michelle Lopes, 18 anos, vive um drama para chegar ao trabalho. De Ceilândia ao Sudoeste, são necessários dois ônibus e quase duas horas entre a espera nas paradas e o fim do trajeto. No retorno para casa, o tormento aumenta no percurso de cerca de 30 quilômetros. Cansada, a moradora do P Sul enfrenta veículos sempre lotados e desconfortáveis, oferecidos pelo sistema de transporte público do Distrito Federal.

Um estudo de linhas e de pontos de ônibus realizado pela mestre em física Mirian Mitusuko Izawa, da Universidade de Brasília (UnB), mostrou que 62% das rotas analisadas são completadas só com o apoio de transbordo. Ou seja, no Distrito Federal, em mais de 60% dos casos, para se chegar a um destino é necessário usar pelo menos dois coletivos. Segundo Mirian, apenas 31% têm acesso direto — uma linha para ligar os pontos inicial e final. Ela não avaliou o quantitativo de passageiros ou o número de linhas que passa em cada parada nem os custos de cada usuário no sistema sem integração.

A pesquisadora, que passou em concurso para o Transporte Urbano do Distrito Federal (DFTrans) em 2009, aceitou o conselho do professor Fernando Albuquerque, que lhe orientou estudar sobre um assunto mais ligado ao cotidiano profissional. Mirian, então, decidiu olhar as idas e as vindas dos ônibus de uma forma diferente. Pacientemente, a professora buscou numa ferramenta de satélite da internet a localidade exata de cada um dos 3.438 pontos de ônibus do DF. Em seguida, cruzou a informação com as 856 linhas do transporte público brasiliense, usando a teoria de redes complexas, modelo teórico que permite analisar um sistema de elementos a partir das conexões que se formam entre eles.

Divulgada recentemente, a tese de mestrado defendida em outubro do ano passado, com base em arquivos de 2008 e de 2009 fornecidos pelo DFTrans e pesquisados no Google Earth, apresenta um mapa com todos os abrigos e os itinerários que constituem o sistema básico (com exceção dos transportes de vizinhança, conhecido como zebrinha, e o rural). Com isso, revela as regiões onde o sistema é mais denso. “Quanto maior a quantidade de arestas que ligam dois nós, maior a força dessa ligação. Quando a rota de um veículo passa por duas dessas paradas, existe uma aresta entre elas”, afirmou.

Atraso
Após um ano, Mirian elaborou um mapa explicativo sobre a densidade das linhas por região (veja mapa). Coração nervoso de Brasília, a Rodoviária do Plano Piloto conta com 333 trajetos. Apesar do formato uniforme do Plano Piloto, na Asa Sul, a oferta de linhas é maior do que na Asa Norte. Mirian acredita que a concentração está relacionada à distribuição de habitantes na região oeste do DF, onde estão localizadas cidades como Taguatinga, Gama e Ceilândia.

Assim, o Eixo Sul fica em segundo lugar no ranking de locais por onde trafegam mais ônibus. “Apesar das diversas vias possíveis para a ligação do Plano às satélites da região oeste, a maioria dos itinerários passa pela Estrada Parque Taguatinga (EPTG). Tanto o Eixo Sul quanto a EPTG são atendidos por 160 linhas diferentes”, analisou Mirian. Moradora de Ceilândia, a técnica em edificação Gardênia Costa, 38 anos, depende diariamente de um desses veículos para chegar à área central. “A concentração de ônibus engarrafa as vias e atrasa a chegada ao trabalho”, analisou a passageira, que gasta duas horas no trajeto.


Fonte: Correio Braziliense

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Ciclovia em Santos: Um meio de transporte saudável e viável

A cidade plana e o clima litorâneo de Santos, litoral paulista, favorecem o uso da bicicleta como meio de transporte. Por isso a malha cicloviária de 21 quilômetros fica lotada no fim da tarde de dias de semana, quando adolescentes voltam da escola e trabalhadores voltam para casa, alguns carregando os filhos pequenos.
As ciclovias em Santos foram a saída encontrada para a cidade que não tinha mais para onde crescer. Delimitada por cercas verdes, elas tem ligação com as cidades vizinhas São Vicente e Guarujá (por meio da balsa). Diariamente, chegam a Santos, entre 6h e 9h, 7.960 ciclistas. Entre 17 horas e 20h30, o movimento é intenso na saída da cidade. O fiscal de embarque da balsa Robson Correa Reis mostra que existem dois acessos para a balsa no fim da tarde, sendo um para os veículos motorizados e o outro apenas para as bicicletas. “Eu controlo [o fluxo] e se essa balsa não lota [de ciclistas] aí libero para os carros”.
O prefeito João Paulo Tavares Papa (PMDB) tem a intenção de criar condições para que a bicicleta seja protagonista da mobilidade urbana. “A bicicleta surge como uma ótima solução voltada para uma melhor qualidade de vida e para um meio ambiente melhor, com redução de emissões [de gás carbônico] por força do uso do petróleo”, justifica Papa.
Quem usa a ciclovia aprova, mas aponta pontos que precisam melhorar. O estudante Ícaro Pita, de 16 anos, acredita que seria necessário drenar a água da pista porque “quando chove ficam várias poças”. Tati, que pediru para não ter o sobrenome divulgado, tem 25 anos, mora no Guarujá, trabalha em Santos e se desloca entre as cidades pedalando. Ela conta ser difícil encontrar um lugar para estacionar a bicicleta e enfatiza que os próprios ciclistas não se respeitam. “Tem gente que passa correndo demais, fazendo ultrapassagem. E não tem lugar para parar a bicicleta ao longo do trajeto”, diz, se referindo ao percurso que faz quando volta para o Guarujá.
Existem na cidade os paraciclos – locais para estacionamento das bicicletas –, mas eles ficam nos pontos de destino dos ciclistas e não ao longo do trajeto. Quanto ao desrespeito, isso realmente acontece. Pessoas andam e fazem manobras de skate na ciclovia e muitos ciclistas ultrapassam outros sem se preocuparem com quem pode estar vindo no sentido contrário.
A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) de Santos informa que realiza rondas de fiscalização e apreende a bicicleta que quem desrespeitar as regras de trânsito. Para reavê-la é necessário pagar R$ 25 ou participar de um curso gratuito sobre regras de cidadania e trânsito, na sede da Companhia.



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Joinville está com mais carros nas ruas e menos usuários dentro dos ônibus

Em cinco anos, a frota de veículos de Joinville cresceu 46,67%, enquanto o aumento de vias asfaltadas foi de 26,72%. Pior: a malha viária praticamente não aumentou: só 5,76%. Os números traduzem o que motoristas e pedestres veem todos os dias nas ruas: cada vez mais congestionamentos e menos espaço para estacionar.

Esses são alguns dos dados que fazem parte do levantamento “Joinville Cidade em Dados 2010-2011”, um conjunto de informações sobre Joinville divulgado todos os anos pelo Instituto de Planejamento (Ippuj).

Embora o baixo crescimento da malha viária seja motivo de crítica de motoristas, o órgão de planejamento têm mantido a posição de que as soluções passam por restrições a carros e motos e não pela construção desenfreada de mais estradas, que enfrentariam até impedimentos físicos em regiões como o Centro. Um dos exemplos dessa proposta é a priorização do transporte coletivo por meio da implantação de corredores de ônibus.

Apesar dessa priorização do transporte coletivo, o “Cidade em Dados” também revela que o número de passageiros por dia caiu 2,14% entre 2005 e 2010. Na prática, são 3.165 passageiros a menos. Ao mesmo tempo, a frota cresceu 38,24%, passando de 170 para 235 ônibus (contam micro-ônibus e implantações de ônibus mais curtos, o que não significa aumento proporcional de assentos). A facilidade em comprar veículos nos últimos anos, principalmente motos, é uma das explicações para a queda de uso dos ônibus.

Na mesma tendência, o número de passageiros intermunicipais ou interestaduais também caiu na mesma proporção (2,22%). Em números absolutos, 29,7 mil passageiros deixaram de passar pela rodoviária, comparando-se os anos de 2005 e 2010. A diminuição de passageiros está ligada à queda de queda de ônibus, que foi de -5,49% ou de cerca de cinco mil ônibus (veja quadro).

Fonte: Clic RBS

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Em Brasília, 30% da frota de ônibus vão parar nos horários de pico nesta semana

domingo, 5 de junho de 2011

Em assembleia realizada na manhã deste domingo (5/6), os rodoviários do Distrito Federal decidiram parar 30% da frota nos horários de pico, de manhã e à tarde, durante toda esta semana. Também resolveram entrar em greve geral a partir da 0h do próximo dia 13.
Cerca de 4 mil pessoas compareceram ao ato, que começou às 10h30 e terminou uma hora depois, no estacionamento em frente ao Conic. A expectativa do sindicato da categoria era de que 6 mil rodoviários fossem à assembleia.

Os 30% são o excedente de veículos que as empresas colocam nas ruas para suprir a demanda nos horários mais movimentados. Já havia uma decisão judicial determinando que esses ônibus parassem de rodar ou que as empresas contratassem mais funcionários para cobrir esse vazio na escala ou que os trabalhadores recebessem hora extra.

De acordo com o presidente do sindicato, João Osório, a decisão de paralisar 30% da frota nos horários de pico mostra para o governo que a categoria não tem o interesse de entrar em greve. Segundo ele, as empresas querem que os rodoviários cruzem os braços para pressionar o governo, forçando, assim, um reajuste das passagens para só depois atenderem as reivindicações dos empregados.



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No Recife, Prazo de validade da carteira de estudante 2010 é prorrogado para o dia 30 de junho

Para evitar prejuízos aos estudantes de toda a Região Metropolitana do Recife, o Grande Recife Consórcio de Transporte prorrogou até o dia 30 de junho a validade das Carteiras de Estudante 2010. Originalmente, o prazo seria encerrado em 31 de março, mas aproximadamente metade das escolas habilitadas a solicitar as carteiras não atualizou o cadastro junto ao Consórcio e, consequentemente, não enviou nenhum pedido de emissão dos documentos.
Levando em consideração a média dos anos anteriores, mais de 177 mil documentos ainda devem ser requeridos, o que representa aproximadamente 45% do total. Das 1.885 mil escolas que atualizaram o cadastro este ano, cerca de 30%, ou seja, 525 instituições de ensino, ainda não enviaram remessas de requerimento da carteira ao Consórcio. Ainda existem outras 210 instituições que sequer atualizaram sua documentação, embora o formulário de solicitação esteja disponível no site desde o mês de janeiro.
Milhares de estudantes podem ser prejudicados com a demora na solicitação da carteira, acumulando uma grande demanda de documentos para serem confeccionados próximo ao final do prazo. Para ter direito à meia-passagem nos ônibus urbanos da RMR e à meia entrada em eventos culturais é obrigatória a apresentação do documento.
Graças às melhorias implantadas no sistema de conferência e digitação das remessas, o prazo estimado entre a solicitação e a entrega das carteiras caiu de 50 para 30 dias úteis. Até agora, mais de 45 mil Carteiras de Estudante 2011 foram entregues às escolas e quase 25 mil estão prontas na Gerência Comercial do Grande Recife, esperando o resgate. Porém, para que todas as carteiras estejam prontas antes do fim do novo prazo de validade, o ideal seria que as escolas entregassem a solicitação de seus alunos antes do final de maio.
Os próprios estudantes devem entrar em contato com a secretaria da escola, cobrando das instituições de ensino o envio da documentação e o resgate imediato das carteiras que já estiverem prontas. Quanto mais rápido forem feitas os pedidos, mais rápido as carteiras serão entregues, beneficiando a todos
Os formulários de requerimento podem ser obtidos no site do Consórcio (www.granderecife.pe.gov.br) e entregues nas secretarias das escolas. As consultas sobre a emissão da carteira podem ser feitas através do mesmo endereço ou pela Central de Atendimento ao Cliente do Grande Recife, no telefone 0800.0810158.
FONTE: GRCT

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EPTC aposta na ampliação de linhas para melhorar o serviço em Porto Alegre

A licitação, em 2012, para a concessão das linhas de transporte coletivo na cidade, ampliar a fiscalização e a concessão de benefício ao passageiro são algumas medidas apresentadas pela EPTC para melhorar o serviço em Porto Alegre. Segundo o diretor-presidente da Empresa, Vanderlei Capellari, esses são alguns dos caminhos para reduzir os problemas no trânsito, como os engarrafamentos. "Quanto melhor for o serviço do transporte coletivo, maior será o número de pessoas que vão optar por utilizá-lo e melhor o trânsito da cidade ficará", avalia Capellari.

O sistema de transporte coletivo em Porto Alegre conta hoje com 1.650 ônibus. Diariamente, são transportados mais de 1,1 milhão de passageiros. Técnicos da EPTC acompanham em tempo real o fluxo dos coletivos na cidade, apontando atrasos ou problemas nas rotas.
O trânsito da Capital ainda é sobrecarregado pelas linhas de outros municípios da região Metropolitana, como Cachoeirinha e Gravataí. Somente a empresa Soul tem 111 linhas para a Capital. Reclamações podem ser feitas à EPTC pelo telefone 156. Neste ano, foram recebidas 1.6 mil reclamações.


Fonte: Correio do Povo

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Rodoviários do Dist. Federal marcam greve de ônibus geral para o dia 13 de junho

O Sindicato dos Rodoviários de Brasília decidiu, durante Assembleia realizada neste domingo (5), marcar o indicativo de greve geral da categoria para a próxima segunda-feira, dia 13. A categoria pede aumento de 16,75% e remanejamento do acordo coletivo que venceu em maio, além da manutenção do acordo que previa jornada de trabalho de seis horas corridas, vale-alimentação e cesta básica.
O governo negou o reajuste e se comprometeu a aumentar para até R$ 12 milhões por mês o subsídio do passe livre estudantil.
Segundo Diógenes Nery, diretor do sindicato, havia uma expectativa de que a categoria paralisasse os trabalhos já nesta segunda-feira (6), mas o sindicato adiou porque precisa cumprir um prazo de 72 horas para dar início à greve. A categoria vai esperar novas negociações nesta semana e, se não houver acordo, os rodoviários entrarão em greve geral no dia 13.
No entanto, o diretor disse que a partir de amanhã 30% dos veículos não deverão circular pelo Distrito Federal. "A chamada meia viagem [como são chamados os horários de pico, de manhã e à tarde] não vai acontecer a partir de amanhã. Isto vai afetar 30% da circulação", disse Nery.
Nery disse também que haverá uma nova assembleia no domingo para discutir o assunto.

Protesto
Nesta quinta-feira, usuários de ônibus fecharam a via da plataforma superior da Rodoviária do Plano Piloto e na altura da 108 Norte, em Brasília contra a falta de transporte. Nesta tarde, motoristas e cobradores de ônibus realizaram paralisação de duas horas por reajuste de salário.
Segundo o Sindicato dos Rodoviários, cerca de 600 motoristas e cobradores interromperam a circulação de 300 ônibus entre 16h e 18h. Os veículos voltaram a circular após assembleia no Terminal do Metrô na Asa Sul.
Na última paralisação da categoria, ocorrida nesta quarta-feira (1), passageiros de Sobradinho e Brazlândia ficaram sem transporte.

Fonte: G1.com.br

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São Paulo: Justiça dá novo prazo para que rodoviários entrem em acordo


O Tribunal Regional do Trabalho deu mais uma chance para que trabalhadores e empresários entrem em acordo sobre as reivindicações da categoria, que resultaram na greve de ônibus na região, encerrada ontem. O relator do caso, Celso Furtado de Oliveira, suspendeu o julgamento que seria realizado ontem e deu prazo de mais dez dias para que as partes retomem as negociações e cheguem a um acordo.
Com o adiamento, fica suspensa a aplicação de multa diária de R$ 200 mil estabelecida pelo TRT na quarta-feira, caso os trabalhadores não colocassem nas ruas o mínimo de 80% da frota.
Sindicalistas comemoraram a decisão do relator, já que temiam que o reajuste fosse definido pela Justiça de forma unilateral. Na quinta-feira, a juíza Sônia Franzini havia proposto reajuste salarial de 7,8% (sendo 6,3% de reposição da inflação mais 1,5% de aumento real) e mais 6,3% de majoração no valor do tíquete-refeição. A proposta original dos empresários previa aumento de 8%, mais acréscimo de 10% no valor do tíquete, que também seria estendido ao período de férias.
A oferta contemplava também Participação nos Lucros e Resultados de R$ 450, mais bonificação de R$ 1.500 para profissionais que dirigem e cobram passagens simultaneamente. A reivindicação original era de que o reajuste fosse de 15%. Todos os outros itens haviam sido aceitos na assembleia de terça-feira.
"Estamos com esperança. A negociação recomeça do zero. Esperamos que os patrões, pelo menos, refaçam a proposta inicial", comentou o presidente do Sindicato dos Rodoviários do ABC, Francisco Mendes da Silva, o Chicão. O sindicalista reforçou que, desde a primeira assembleia, a diretoria orientou os trabalhadores para que aprovassem a proposta. "Com certeza tinha gente infiltrada aqui quando a paralisação foi aceita, por exemplo, os perueiros. Eles faturam muito com a nossa greve", avaliou. Chicão reconheceu que a diretoria saiu com a imagem enfraquecida após o movimento. "Quando se sai de uma proposta onde se tinha mais, para uma que tem menos, a categoria fica enraivecida, é normal."
Mesmo com a nova oportunidade, o sindicato patronal declarou que não retomará a primeira proposta. "Não tem condição financeira. Aquilo era um esforço supremo para não parar. A manutenção da proposta daquela forma é impossível" afirmou o gerente jurídico da AETC/ABC (Associação das Empresas de Transporte Coletivo do ABC), Francisco Bernardino Ferreira. Ainda não há data marcada para reunião entre as partes.


Justiça dá novo prazo para que rodoviários entrem em acordo

Os ônibus começaram a circular paulatinamente na manhã de ontem. Em Santo André e São Bernardo, empresas operavam com frota reduzida desde a madrugada. Depois da assembleia em Santo André que decidiu pelo fim da greve, o movimento dos coletivos se intensificou nas principais vias das duas cidades.
Em Mauá, a adesão de 100% dos trabalhadores deixou a população na mão até as 9h, quando os primeiros carros da Leblon começaram a deixar a garagem. A ideia era colocar as 18 linhas da empresa na rua ainda ontem, com pelo menos 80% da frota de 175 carros. Já no terminal de ônibus do Centro, motoristas e cobradores discutiam sobre os reajustes propostos pelos empresários na última reunião.
Os trabalhadores reivindicavam 15%, os patrões ofereceram 8%, mas não houve acordo e começou a greve. A Justiça sugeriu 7,8%, durante audiência de conciliação, proposta que não avançou. "Fomos obrigados pela empresa a voltar a trabalhar. Quero ver se vamos conseguir rodar sem ter quebra-quebra nos ônibus", disse um dos funcionários.
Meia hora mais tarde, começaram a aparecer os carros da Viação Cidade de Mauá.
O metalúrgico Silas Eliaquim de Medeiros, 22 anos, está afastado do trabalho por causa de um problema na coluna. Durante toda a semana, ele foi e voltou do médico, no Centro de Mauá, andando. São 40 minutos de caminhada por viagem, ou 15 minutos de ônibus.
Moradora do Jardim Independência, em São Bernardo, a dona de casa Ana Paula Antonieli, 21, teria de cancelar a consulta do filho no médico, caso a paralisação continuasse. "Acordei cedo para ouvir as notícias no rádio. Tive sorte que a greve acabou." (Bruna Gonçalves e Camila Brunelli)


Fonte: Diário do Grande ABC

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