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Pesquisa mostra aumento de congestionamentos nas principais cidades, só em São paulo, seria necessário construir 125 avenidas paulistas por ano.

domingo, 3 de janeiro de 2010


“Estamos correndo atrás do prejuízo”. A afirmação é do professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, Candido Malta Campos Filho. Nascido em 1936, este paulistano se dedica há mais de 30 anos na solução dos problemas da maior cidade do País.

Candido Malta é autor de “Cidades brasileiras: seu planejamento ou o caos” e “Reinvente seu bairro: caminhos para você participar do planejamento da sua cidade”. Com mestrado em “City and Regional Planning” pela Universidade da Califórnia, em Berkeley, foi secretário de Planejamento de São Paulo de 1976 a 1981, na gestão de Olavo Setubal e Reynaldo Barros.

Entrevista concedida ao IG:

Qual a situação hoje do transporte público nas metrópoles?
Candido Malta - Vai piorando a cada dia porque a frota automobilística e o uso dela aumentam. Com esse estímulo dado à indústria automobilística, o número de carros cadastrados a mais por dia é da ordem de mil, sendo que deles, ¼ anda todo dia. São 250 carros a mais todo dia, em média. Para os 600 mil veículos no ano, precisaria de 125 novas avenidas Paulistas. Isso para os carros parados. Andando precisaria mais.

iG - É algo inviável?
Candido Malta - Não tem como atender a essa demanda. Então, como política pública, toda vez que um governante acena com a possibilidade de dar esperança de que vai melhorar com a tal obra viária é um desserviço.

iG - A ampliação da Marginal Tietê, em SP, é um desserviço?
Candido Malta - Eu entendo que foi um erro. São R$ 2,4 bilhões que estão sendo usados para manter a esperança. Melhora por poucos meses, pois aquilo que melhorou é rapidamente absorvido.

iG - Qual seria a solução?
Candido Malta - É transporte coletivo. Todo mundo diz isso. É o metrô.

iG - Mas é só o metrô?
Candido Malta - O metrô é a principal, mas não é só metrô. A nossa malha é muito pequena diante do que deveria ser. Eu participei de um trabalho em que são montados cenários futuros, e calcula qual é a correlação entre a oferta de sistema de circulação e o zoneamento da cidade. É muito importante ter a coerência entre capacidade de transporte de circulação e a distribuição das atividades no território, que é a lei de zoneamento. Esse cálculo ainda não está adotado, porque ele é baseado em pesquisa de origem e destino de tráfego, que são pesquisas renovadas a cada 10 anos, elas dão origem aos trilhos. Essa pesquisa acabou de ser feita em 2007, mas ainda não pudemos usar nesse trabalho.

iG - Como a população opta pelo transporte coletivo?
Candido Malta - É a qualidade de um versus a qualidade do outro. Essa comparação tem tendido a favor do automóvel. Porém, os congestionamentos são a resposta negativa dessa preferência.



iG - O dono do automóvel também está insatisfeito.
Candido Malta - Exatamente. Por isso é preciso tirar a esperança do motorista. Precisa colocar na cabeça do cidadão que não dá e assim vai criar um movimento a favor do transporte coletivo.


iG - O senhor acredita também em medidas restritivas, além do uso adequado de ocupação do solo e transporte confiável já citados?
Candido Malta - Se você fizer um plebiscito hoje, estimo que vai ganhar a restrição crescente dos automóveis. Um terço da população anda a pé, um terço anda de transporte coletivo e um terço, de carro. Por esse levantamento, 2/3 são a favor do transporte coletivo, em princípio.

iG - Quais seriam as restrições mais eficientes?
Candido Malta - Temos o rodízio e o pedágio urbano. O rodízio pode ser driblado, com outro carro você fica fora do rodízio. Com pedágio você vai ao mesmo tempo desestimular o uso do carro e ter dinheiro para investir no transporte coletivo. Em uma simulação, para um pedágio de R$ 2, você terá uma redução 30% de carros até 2012 e R$ 600 milhões de arrecadação, o que dá 3 km de metrô a mais por ano. Eu acho inteligente.

iG - Mas o brasileiro não quer saber de mais uma conta. Falar em pedágio não agrada.
Candido Malta - Para quem vai pagar. Para os demais, não. E os demais são 2/3. E tem muita gente que usa carro e é favorável.

iG - Mas é antipopular...
Candido Malta - Mas assegurar o direito do uso universal do carro é impossível. E só tem duas soluções: ou você reduz pelo preço ou por sorteio. Vamos sortear quem pode usar carro?
iG - Parece que o governo vai na contramão, incentivando o uso de carros, com redução de IPI, financiamentos.
Candido Malta - Eu não sou contra ter carro. É bom para indústria automobilística, para economia. Mas deixa em casa. Como na Europa, onde usam o carro nas férias para passear.

iG - Mas eles podem fazer isso porque têm um transporte público de qualidade.
Candido Malta - A questão é esta. Tem que ter o transporte de qualidade.

iG - Como ter o transporte público de qualidade?
Candido Malta - Melhorando a previsibilidade dos ônibus. Em Berlim, por exemplo, você encontra ônibus com qualidade. Tem uma condição de oferta de ônibus que está dependendo de uma equação que é a lucratividade das empresas. Nessa lucratividade é que entra uma resistência dos empresários em melhorar a qualidade dos serviços. Até por isso o metrô passa a ser uma solução mais importante porque é uma forma de você não enfrentar as empresas de ônibus.

iG - Qual cidade do mundo seria exemplo?
Candido Malta - O coeficiente de aproveitamento dos terrenos de Paris é quatro vezes e tem uma maravilhosa malha que faz com que as linhas tenham uma distância média entre elas de apenas 500 metros. Eles têm a malha estreita porque a densidade é alta. Em São Paulo, grande parte dos bairros tem densidade baixa, que não permite ter metrô. Nossa malha é aberta, não é confortável, você não consegue ir a pé para o metrô.

iG - E como resolver?
Candido Malta - É ter uma malha de micro-ônibus, completando a malha do metrô.

iG - Medidas mais radicais seriam bem-vindas? Fazer como Manhattan e não ter estacionamentos.
Candido Malta - Como secretário do Setubal implementei isso no centro histórico. Agora vem o movimento Viva o Centro com a tese oposta, dizendo que é preciso fazer garagem, fazer os carros andarem pelo centro. Veja, há pensamentos que ainda entendem que o carro vitaliza a cidade. Enquanto é ele que degrada. E você se isola na bolha do seu carro. Hoje, em São Paulo a proporção é de 1,2 pessoa por automóvel.

iG - Como o senhor avalia o plano de expansão do governo?
Candido Malta - Ele é bom, mas insuficiente, no sentido que a densidade da malha de qualidade tem que ser mais sobre trilhos e menos sobre pneus. Na revisão do Plano Diretor, esse é um elemento chave. Hoje o Plano Diretor está confuso. Além disso, a política de habitação tem de articular com a política de emprego. É preciso criar centralidades regionais.

iG - Se nada for feito, São Paulo para?
Candido Malta - Para. Daqui 4 ou 5 anos. Está previsto um crescimento de 5% do PIB em 2010. Isso aumenta a velocidade da paralisia. Hoje o desafio é fazer com que São Paulo não pare.

iG - O problema no transporte público é antigo?
Candido Malta - Há 30 anos os desafios eram os mesmos. Eram menores, os problemas eram mais brandos, mas eram os mesmos. Aumentaram de proporção. A solução cresce mais devagar que o problema. Estamos correndo atrás do prejuízo. E ainda não conseguimos virar o jogo porque não conseguimos dimensionar o problema de tempo e dinheiro.

iG - Por quê?
Candido Malta - A classe política funciona na base clientelista. Você atua por setores e atende aquela demanda específica que dará o voto porque você encaminhou aquela solução específica.

iG - Mas a solução do transporte público não daria mais votos?
Candido Malta - Sim, mas é mais difícil especificar. Você ter uma clientela específica que te dê o voto correspondente. Essa clientela mais miúda, digamos, que transforma deputado em despachante.

iG - Mas resolver o transporte não transformaria o político em presidente. O cliente é grande?
Candido Malta - O Faria Lima seguiu esse caminho. Ele fez isso e fez um grande plano de metrô e vias expressas. Isso criou uma esperança na opinião pública. Ele era prefeito de São Paulo e foi colocado como candidato à presidência da República. E morreu de enfarte.

iG - A ineficiência do transporte público pode contribuir para o fracasso da Copa e Olimpíada no Brasil?
Candido Malta - Talvez o problema inverso. Eles super dimensionem. Primeiro, o interesse das empreiteiras. Depois, por medo de errar, coloquem uma infraestrutura maior do que precisa. A tendência é mais o desperdício do que o oposto, porque errar para menos seria o fracasso.

Abaixo Infográfico sobre os 10 Principais desafios para o Transporte Público nas grandes cidades.
http://ultimosegundo.ig.com.br/infografico/transportepublico/flash.html

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EMTU/SP e prefeituras municipais realizam ação conjunta para reduzir poluição dos ônibus na Baixada Santista


A partir de 5 de janeiro, frotas municipais de Santos e Praia Grande, além de ônibus fretados, participarão do programa ConscientizAR, da EMTU/SP, para medir emissão de poluentes.
Nos meses de janeiro e fevereiro, a EMTU/SP, em ação conjunta com as prefeituras de Santos e Praia Grande, realizará inspeção veicular nos ônibus municipais e nos fretados que circulam nos dois municípios.
O objetivo da ação é reduzir a emissão de poluentes no ar e conscientizar a população sobre a importância de manter o veículo regulado.“É uma parceria com o poder público municipal em benefício do meio ambiente e, conseqüentemente, da qualidade de vida da população da Região Metropolitana da Baixada Santista”, define o gerente regional da EMTU/SP, Rogério Plácido das Neves. “Haverá também inspeções surpresas nos ônibus intermunicipais já inspecionados ao longo do ano para checar se foram mantidas as condições do veículo.”Na Praia Grande, a equipe do Programa Conscientizar ficará no Terminal Tude Bastos, todas as terças-feiras, das 9h às 15h, a partir do dia 5 de janeiro e até o final de fevereiro.
O procedimento será o seguinte: após a descida dos passageiros no Terminal, os veículos da frota municipal serão encaminhados a um local próprio para serem submetidos à inspeção. No caso dos fretados, o encaminhamento caberá à EMTU/SP. Para o chefe do Departamento de Transporte, da Secretaria de Trânsito e Transporte (Setransp) de Praia Grande, Claudenir de Barros Carneiro, a expectativa é de bons resultados. “Temos uma das frotas mais novas e modernas do Brasil. Todos os veículos foram adquiridos este ano.
”Em Santos, a ação será realizada na Praça Dutra Vaz (Vila Belmiro) todas as quintas-feiras, a partir do dia próximo dia 7, também das 9h às 15h. As empresas permissionárias encaminharão os veículos ao local e a EMTU/SP ficará responsável pelos fretados. Para o Diretor - Presidente da Companhia de Engenharia de Tráfego de Santos - CET, Rogerio Crantschaninov, “o programa ConscientizAR alinha-se perfeitamente à missão da CET-Santos, que é promover a mobilidade urbana de pessoas e bens de forma inclusiva, segura e sustentável".
Ao longo do ano, a EMTU/SP realiza inspeções nas frotas das linhas intermunicipais, por meio do programa ConscientizAR. Em 2009, toda a frota do Sistema Regular da Região Metropolitana da Baixada Santista foi inspecionada - 496 ônibus e 381 veículos que operam no Sistema de Fretamento Metropolitano.
A frota regular envolve as linhas que ligam pelo menos dois municípios da mesma região metropolitana e inclui o serviço comum, atendido por ônibus urbanos, e o serviço seletivo, atendido por ônibus do tipo rodoviário.
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URBS divulga balanço do Transporte público da capital desde de 2005.


  • Criação da domingueira, a tarifa especial de domingo, a R$ 1,00.
  • Congelamento e redução da tarifa em 2005, quando outras capitais anunciavam reajuste
  • Comissão de Estudos Tarifários abrindo os números da Urbs à comunidade
  • Elaboração do projeto de lei municipal do transporte levando em conta os estudos da comissãoISS gerado pelo transporte reinvestido no próprio sistema
  • Reunião em Curitiba de prefeitos de capitais e grandes cidades buscando soluções para reduzir os custos do sistema
  • Implantação da domingueira com tarifa de R$ 1,00 aos domingos.
  • Durante quase cinco anos a tarifa em Curitiba não passou de R$ 1,90.Reajuste da tarifa (jan/09) a menos da metade do INPC que foi de 33,8% e bem menos dos 52,8% de aumento do diesel. Depois de quase cinco anos, o reajuste da tarifa foi de 15,7%
  • Implantação do expresso Pinheirinho-Carlos Gomes (Linha Verde)
  • Ampliação da Rede Integrada com mais cinco estações tubo (Linha Verde)
  • Transformação de quase 20 quilômetros em vias de mão única em quatro grandes binários por onde passam 72 linhas de ônibus de 14 bairros.Ampliação em 40% da capacidade do Terminal PinheirinhoReforma de 20 dos 21 terminais de transporte da cidade
  • Reforma, melhoria e ampliação em 50%, com mais uma porta, das 22 estações do Inter 2Substituição, na linha Inter 2, de 14 ônibus com capacidade para 110 passageiros, por 14 ônibus articulados com capacidade para 170 passageiros. Serão mais 26 ônibus nos próximos meses.
  • Renovação da frota com entrada em operação de 1.114 ônibus zero quilômetro, mais confortáveis, mais seguros e menos poluentes.Redução de, em média, 161 toneladas por mês, na emissão de poluentes.
  • Implantação do projeto B100 com seis ônibus da Linha Verde, desenvolvidos exclusivamente para Curitiba, com motor flex, que estão rodando apenas com biocombustível, sem mistura de diesel. O marco regulatório do Brasil é de 96% diesel e 4% biocombustível. Nestes ônibus é 100% biocombustível.
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Passagem de ônibus em SP sobe para R$ 2,70 nesta segunda


Aumento leva paulistanos à fila do bilhete único

O paulistano tem até hoje para carregar o bilhete único com o valor da passagem de ônibus a R$ 2,30. Na segunda-feira, a tarifa será reajustada para R$ 2,70. Ontem, faltavam cartões novos nos guichês de algumas estações do metrô, como Barra Funda, na zona Oeste, e Marechal Deodoro, no centro.
Se a recarga for feita até domingo, o usuário vai economizar 12 passagens. Hoje, com a recarga do limite máximo de R$ 200, é possível passar 86 vezes pela catraca. A partir de segunda-feira, com esse valor, será possível fazer 74 viagens.
O preço da passagem de ônibus não é reajustado desde 2006, quando passou de R$ 2 para R$ 2,30. A tarifa foi mantida por três anos inalterada para cumprir promessa do prefeito Gilberto Kassab (DEM) em sua campanha à reeleição, em 2008. Para garantir o benefício aos passageiros, a prefeitura desembolsou ano passado mais de R$ 800 milhões em subsídios às empresas de ônibus.
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Rio Preto: Prefeito descarta reajuste na tarifa em 2010


A tarifa de transporte coletivo não terá aumento neste ano em Rio Preto. A afirmação é do prefeito Valdomiro Lopes (PSB). No ano passado, a tarifa teve aumento de R$ 2,10 para R$ 2,30.
De acordo com Valdomiro, a prioridade neste ano em relação a transporte coletivo é contratar uma empresa que fará estudo sobre a nova concessão do serviço. A concessão atual, na qual a Circular Santa Luzia tem 95% das linhas, termina em agosto de 2011. A Câmara já aprovou projeto que permite a prefeitura a fazer licitação para a nova concessão. O estudo sobre como deve ser o novo modelo deve ser concluído até o final deste ano.
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Está prevista para março a licitação do transporte público em Maringá


O processo de licitação do transporte coletivo em Maringá deverá ser iniciado a partir de meados de março de 2010. Como noticiado pelo O Diário em dezembro último, o presidente da Câmara, Mário Hossokawa, não pretende recorrer da decisão do Supremo Tribuna Federal (STF), que declarou inconstitucional a prorrogação do contrato do município com a TCCC na gestão do então prefeito Jairo Gianotto.
A partir da publicação da decisão do STF no Diário Oficial da União (DOU), ainda caberia recurso –dificilmente com efeito suspensivo. Mas como não haverá recurso por parte da Câmara de Maringá, a decisão será encaminhada do STF em Brasília para o Tribunal de Justiça, em Curitiba e, em seguida, para Maringá, quando o juiz responsável notificará os envolvidos no processo para o devido cumprimento da determinação judicial – quando a Prefeitura de Maringá deverá, então, abrir processo licitatório. Tomando-se por base o ocorrido em casos semelhantes, calcula-se que todo o trâmite judicial estaria terminado em março .
O processo foi ajuizado contra a Câmara de Maringá pelo Ministério Público, que considerava inconstitucional a prorrogação do contrato de concessão do transporte coletivo municipal, já que esse não respeitava a Constituição de 1988 e a Lei das Concessões (de 1997), que determinavam a licitação de todas as concessões públicas. Em 1999, o então prefeito Jairo Gianoto prorrogou o contrato sem licitação com a empresa Transporte Coletivo Cidade Canção (TCCC).
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Frota de ônibus opera com redução de 15% em Porto Velho


A Prefeitura de Porto Velho, por meio da Secretaria Municipal de Transporte e Trânsito (Semtran), informa aos usuários do transporte coletivo da capital que fiquem atentos aos horários de circulação dos ônibus neste final de ano. Com chegada das férias escolares e em virtude da drástica redução de passageiros durante o feriado, 15% da frota deve ficar nas garagens.
Segundo a secretária da Semtran, Fernanda Moreira, a redução no número de veículos em circulação não chegará a comprometer o tempo de espera nos pontos de ônibus, portanto não há motivo para preocupação. “Com poucos passageiros nas ruas, o tempo dos ônibus nas paradas é menor, o que conseqüentemente torna o serviço mais ágil e as viagens mais rápidas”, explicou.
A normalização do serviço está prevista para acontecer a partir do dia 20 de janeiro, com início do calendário escolar de algumas unidades de ensino da rede pública e privada. A frota de veículos que circula na capital é composta por 191 ônibus, com a redução 28 estão parados e 162 em operação para atender às 52 linhas de ônibus que ligam os bairros ao centro da cidade.
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Redução do IPI complica ainda mais problema do transporte nas principais cidades do País

sábado, 2 de janeiro de 2010

São Paulo perde cerca de R$ 33 bilhões, por ano, ou aproximadamente 10% do PIB da cidade, por causa dos congestionamentos.
O Brasil, segundo a média de previsões coletadas pelo Banco Central para a expansão do PIB (Produto Interno Bruto), vai crescer 5% em 2010. A turbinada nas projeções dos últimos meses, gerada especialmente pela volta do investimento e consumo, dá o tom no desafio que as cidades terão em relação ao transporte público. “O crescimento aumenta a velocidade da paralisia no trânsito. E hoje o desafio é fazer com que as cidades não parem”, afirma o professor da USP Candido Malta Campos Filho, especialista em urbanismo e arquitetura, em entrevista ao iG.

O fato é que o aumento da renda da população, associado a um crescimento desordenado nas metrópoles, pode travar ainda mais a mobilidade nas cidades. Com dinheiro no bolso e incentivos à compra de automóveis, certamente a frota nas ruas aumentará. “O carro tem um atrativo forte, não é apenas um meio de locomoção. O carro representa o sucesso profissional, é uma questão de status, de individualidade”, diz o professor Carlos Alberto Guimarães, da Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo da Unicamp.

Números do Denatran revelam esse crescimento. Até outubro de 2009, circulavam no País 58,5 milhões de veículos. Em 1999, a frota existente era de 27,1 milhões. De acordo com a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), em setembro, último mês de isenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), as vendas de veículos tiveram recorde mensal, com 308.713 unidades.
"Com esse estímulo dado à indústria automobilística, o número de carros cadastrados a mais por dia é da ordem de mil, apenas em São Paulo. Deste total, ¼ anda todo dia pelas ruas. Ou seja, são 250 carros a mais todo dia, em média. Se colocar esses carros em fila, em um ano, para os 600 mil veículos precisariam ser construídas 125 avenidas Paulistas. Isso para os carros parados. Andando precisaria ainda mais. Não tem como atender essa demanda”, enfatiza Campos Filho.
Culpar, porém, o crescimento do País ou a indústria automobilística pelo caos seria o mesmo que atribuir à natureza a responsabilidade pela enchente. Pensar em restringir a venda de carros seria abraçar o fracasso. Mas o aumento e o uso da frota dão a clareza da urgência em levar a população para o transporte coletivo. “Restringir a economia não seria inteligente, mas é preciso atuar na restrição do uso de automóveis e garantir um transporte de qualidade e confiável”, afirma Guimarães.
Efeitos do trânsito
A urgência se dá pela série de consequências vindas com o transporte urbano público ineficiente. Além dos congestionamentos, que já atingem cidades de médio porte como Campinas, Guarulhos e Uberlândia, as condições desfavoráveis no trânsito levam a pelo menos quatro “deseconomias”: diminuição na produtividade, consumo excessivo de combustível, aumento na emissão de monóxido de carbono (que provoca o crescimento do efeito estufa), impactos negativos na saúde e na qualidade de vida das pessoas.
Segundo estimativas da Fundação Getúlio Vargas (FGV), por exemplo, apenas São Paulo perde cerca de R$ 33 bilhões, por ano, ou aproximadamente 10% do PIB da cidade, por causa dos congestionamentos. Cálculos da Associação Nacional do Transporte Público (ANTP) mostram que o tempo médio de deslocamento nas cidades com mais de 1 milhão de habitantes é de 42 minutos.
Por conta dos gastos e tempo, a região do ABC, na Grande São Paulo, já tem uma área de desindustrialização. “Os custos de logística são muito altos e as empresas estão preferindo se instalar no caminho de rodovia ou em cidades no interior. Uma transportadora que precisa cortar São Paulo, por exemplo, certamente aumentará o preço do frete”, avalia o professor Guimarães.
Rede integrada e sobre trilhos
O primeiro desafio para reverter essa situação e suprir as deficiências existentes é a integração dos governos municipais, estaduais e federal na solução do problema. “Os políticos brasileiros têm uma deficiência cultural de enxergar em curto prazo. Eles enxergam apenas por um mandato”, afirma Guimarães.
O superintendente da ANTP, Marcos Bicalho, concorda e diz ainda que é preciso que os governos corrijam a falha de anos de se privilegiar o transporte individual. “O país ficou muito tempo com investimentos à míngua. Hoje, temos um modelo suicida, que privilegia o individual”, destacou.
O segundo desafio é justamente colocar as grandes cidades sobre trilhos. Especialistas ouvidos pela reportagem do iG concordam que em metrópoles onde a demanda é superior a 40 mil passageiros por hora é preciso investir no metrô. Eles destacam que, apesar do alto custo (1 quilômetro de metrô custa aproximadamente US$ 100 milhões), esta é a principal solução.
Mas nesse aspecto, o País ainda tem muito a explorar, como mostra a comparação da malha metroviária de São Paulo com a da Cidade do México. As duas começaram a ser construídas na mesma época, cerca de 40 anos atrás. Hoje a capital paulista tem 61,3 km de extensão contra 201 km na Cidade do México.
Em 2007, o governo de São Paulo deu início ao chamado Plano de Expansão do Transporte Metropolitano, o Expansão São Paulo. Com o maior investimento em transporte público já realizado no País, serão R$ 20 bilhões até 2010, o governador José Serra, possível candidato à presidência pelo PSDB nas eleições do próximo ano, quer quadruplicar a rede sobre trilhos na capital paulista, que passaria a ter 240 km de trilhos, sendo 160 km em forma de metrô de superfície.
Fonte: Últimosegundo
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