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Em Salvador, BRT é um ‘modelo ultrapassado’ e ‘absolutamente deficitário’

domingo, 3 de julho de 2022

Ao participar da assinatura de recursos para as Obras Sociais Irmã Dulce, nesta sexta-feira (1), o governador Rui Costa se mostrou contrário a adoção do BRT [Bus Rapid Transit], sistema de transporte através de corredores de ônibus, que está sendo construído pela Prefeitura de Salvador.

“Primeiro que é uma obra lenta, já são dez anos, dez anos e não se conclui uma única obra. Ele é um modelo ultrapassado. No mundo inteiro está se retirando do BRT e aqui nós estamos colocando. No mundo inteiro está se retirando esses elevados e fazendo vias no solo e aqui a gente está construindo elevado. É um sistema absolutamente deficitário, o município sabe disso, o prefeito sabe disso. É uma operação deficitária, é extremamente deficitária pelo volume de passageiros e pelos custos que estão embutidos nesse sistema. Mas cada um defende a sua convicção”.

Para Rui, os recursos empregados na obra poderiam ser destinados a outros modelos mais modernos “Eu defendo os transportes modernos, metrô, VLT. Tem gente que quer defender o passado, o que é que eu posso fazer? Faz parte da mentalidade urbana de cada um. Eu acho que defender ônibus a combustão, defender estrutura de concreto, pesada, elevada… Eu não conheço arquiteto moderno, no mundo inteiro, ambientalmente sustentável, que defenda isso. Mas, quem gosta de fazer muito gasto com concreto, tem que defender isso”.

Informações: Bahia.ba



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Em Curitiba, Transporte coletivo amplia integração temporal, que deve somar 800 mil utilizações em 2022


A Urbanização de Curitiba (Urbs), que gerencia o transporte coletivo na cidade, vem ampliando as possibilidades da chamada integração temporal, que permite a conexão gratuita entre linhas, por um determinado período de tempo.  Basta ter em mãos o cartão-transporte.  

O transporte coletivo de Curitiba conta com 72 opções de integração temporal, que podem ser consultadas aqui, no campo Integração Temporal (à esquerda da página).

As integrações temporais incluem troca de linhas em estações-tubo, entre pontos de ônibus, e ainda a conexão de terminais com Ruas da Cidadania e com o Mercado Municipal Capão Raso. O tempo de utilização varia de 5 minutos a 2 horas, conforme o local e o tipo de conexão.

A opção, além de praticidade, reduz gastos para o usuário, que não precisa pagar mais uma passagem. Somente no ano passado, mesmo com a pandemia, 580 mil passageiros usaram o benefício, o que representou uma economia, para os usuários, de R$ 2,6 milhões. Nesse ano, a previsão da Urbs é que sejam realizadas 800 mil integrações temporais, 37% mais do que no ano passado.

O objetivo, explica o presidente da Urbs, Ogeny Pedro Maia Neto, é completar a integração no sistema. “Já temos a integração que é feita entre as linhas que param nos terminais. A conexão temporal vem para  ampliar esse benefício ao passageiro e também  desafogar os terminais da capital” disse. “ Queremos ampliar e melhorar esse serviço. Para facilitar a vida do usuário, vamos instalar QR Code nos pontos das linhas para que o passageiro possa consultar informações sobre as integrações possíveis naquele local”, adiantou.

Como funciona
Em várias linhas, a validação acontece apenas passando o cartão-transporte no próximo ônibus (o sistema identifica a integração nesse momento e não cobra nova tarifa).

No caso das Ruas da Cidadania, no entanto, é preciso encostar o cartão em um validador de entrada no local antes de ingressar em outro veículo.

Esse tipo de conexão permite que o usuário, depois de desembarcar no terminal, possa usufruir os serviços das Ruas da Cidadania e não precise pagar uma nova passagem na volta.

Integrações mais procuradas
Segundo a Urbs, de janeiro a maio de 2022 foram 210  mil utilizações de integrações temporais, 22% mais do que no mesmo período do ano passado. Os locais que concentraram maior número de integrações foram: Linha Verde, com 74,608 utilizações, seguida pelas Ruas da Cidadania, com 39.971, Interbairros I (30.368) e estação-tubo Santa Quitéria, com 26.599.

Linha Verde
No trecho sul da Linha Verde, cinco estações-tubo têm integração temporal. São elas: São Pedro, Marechal Floriano, Fanny, Santa Bernadethe e Xaxim.

Nesse caso a regra de integração é válida de um tubo para o outro. Isso significa que passageiros de linhas que desembarquem em alguma das estações participantes podem mudar o trajeto embarcando no tubo do outro lado da via. O tempo de integração é de cinco minutos.
Santa Quitéria
Na estação-tubo Santa Quitéria, os passageiros da linha Vila Velha/ Buriti podem integrar, com um período máximo de duas horas, com a linha Inter 2 (horário) e Inter 2 (anti-horário) e com a linha 702 Caiuá-Cachoeira.

Interbairros I
Diferentemente das demais integrações temporais possíveis na cidade, que são feitas a partir de pontos determinados, a linha Interbairros I, tanto sentido horário quanto anti-horário,  permite integração em qualquer ponto e linhas do sistema, seja ônibus na rua, estações-tubo ou terminais. A prática é válida tanto para quem está no Interbairros I e deseja entrar em outra linha quanto no sentido inverso – o passageiro está em outra linha e deseja entrar no Interbairros I. O  tempo de integração é de duas horas.

Ruas da Cidadania
A integração do transporte com as Ruas da Cidadania funciona nos terminais Pinheirinho, Carmo, Santa Felicidade, Fazendinha, Capão da Imbuia e Tatuquara. Também há integração entre a Rua da Cidadania Boa Vista e a estação-tubo Fernando de Noronha e ainda do terminal Capão Raso com o Mercado Municipal Capão Raso (MMCR).

Trajeto menor
Além da economia com os gastos com passagens, a integração temporal serve, muitas vezes, para encurtar o caminho. Para quem usa as linhas 646 -Pompeia/Janaina; 659-Caximba/Olaria; 680 Rurbana; 690-V. Juliana; 772- Tupy/Juliana e deseja ir até o terminal  Tatuquara, por exemplo,  não é preciso ir até o terminal do Pinheirinho para então fazer a conexão com outra linha que vá até o terminal do Tatuquara.

É possível encurtar o caminho e  fazer a integração temporal na Rua Delegado Bruno de Almeida, com  Rua Angelo Zanon. Nesse trecho é possível conectar com as linhas 617-Jd. Ludovica e 684 -Rio Bonito, que param no terminal do Tatuquara. A integração pode ser feita em até uma hora.

Cruz do Pilarzinho
Desde o ano passado, começaram a funcionar seis novas integrações temporais na cidade. A mais recente é a implantada na Cruz do Pilarzinho, em abril de 2022. Com a conclusão das obras da região, foi ativada  uma "estação" de integração, formada por dois conjuntos de três pontos cobertos - um de cada lado da via. A integração beneficia passageiros de sete linhas de ônibus. 
No local é permitida a conexão entre as linhas convencionais 170 Bracatinga, 171 Primavera, 169 Jardim Kosmos e 166 Vila Nori e com as linhas circulares 020 Interbairros II (horário) e 021 Interbairros II (anti-horário).

A linha alimentadora 924 Sta Felicidade/Sta Cândida, que tem ponto nas proximidades da Cruz do Pilarzinho, também faz parte da integração temporal com as demais.

O tempo de conexão é de 60 minutos para quem vai fazer a integração com os Interbairros II e de duas horas para quem vem pelas linhas circulares e vai integrar com as demais.

Outras novidades
Em março de 2022, já havia sido implantada a integração temporal de 60 minutos na Paróquia São Pedro no Umbará entre as linhas 643 Umbará com 641 Luiz Nichele, 639-Fururama, 683 -Futurama/Sitio Cercado e 528-Boqueirão/Pinheirinho.

Em novembro do ano passado, entraram em funcionamento as integrações temporais de 60 minutos na Praça Tiradentes, entre as linhas 863-Água Verde com 181-Mateus Leme, 182-Abranches, 183-Chaparral e 184- V. Suiça.

No trecho norte da Linha Verde também começou a funcionar, em julho do ano passado, a integração temporal do novo Ligeirão 350 -Fagundes Varela/Pinheirinho com as linhas 211-Colina Verde e 374-Hugo Lange. A integração, de cinco minutos, é feita na estação Fagundes Varela. Saiba mais aqui

Com a inauguração do terminal Tatuquara, foi implantada, em agosto de 2021,  a integração temporal  com a Rua da Cidadania, com tempo de duas horas, e na Rua Rua Delegado Bruno de Almeida, com sete linhas.

Em novembro, a estação-tubo Alferes Poli, no Rebouças, passou a permitir integração de 60 minutos entre a linha 863-Água Verde com o biarticulado 203-Sta Cândida/C. Raso.

Informações: URBS
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Linha de ônibus passará a circular na via M3, em Ceilândia

A Secretaria de Transporte e Mobilidade (Semob) vai implementar mudanças na linha de ônibus 0.353 a partir desta segunda-feira (4). As alterações foram baseadas em estudos operacionais realizados por técnicos da Semob. O objetivo é ampliar o acesso aos ônibus aos passageiros que querem embarcar nos coletivos na via M3 de Ceilândia.

A linha fará trajeto circular, saindo do Terminal QNR de Ceilândia e passando pelo trecho 3 do Sol Nascente e pelo Setor O, via M3 e Taguatinga Shopping. “O novo serviço visa atender os moradores locais e facilitar o acesso a instituições de ensino, creches, igrejas e demais atividades que funcionam na via”, explica o subsecretário de operações da Semob, Márcio Antônio de Jesus.

A empresa São José será a responsável pela operação da linha, que circulará em 29 horários de segunda a sexta-feira, em 12 horários aos sábados e em 11 aos domingos. A tarifa é de R$ 3,80 e os horários, mapa e rota completos estarão disponíveis no site dfnoponto.df.gov.br a partir de segunda-feira (4).

Serviço:

Alteração de rota: linha 0.353
Trajeto: Terminal QNR/ Sol Nascente Trecho 3 / Setor O (via M3) / Taguatinga Shopping
Início: 4 de julho
Horários de segunda a sexta-feira: 5h35, 6h11, 6h47, 7h23, 8h, 8h36, 9h12, 9h48, 10h25, 11h01, 11h37, 12h13, 12h50, 13h26, 14h02, 14h38, 15h15, 15h51, 16h27, 17h03, 17h40, 18h16, 18h52, 19h28, 20h05, 20h41, 21h17, 21h53, 22h30.
Horários sábado: 7h10, 8h20, 9h30, 10h40, 11h50, 13h, 14h10, 16h30, 17h40, 18h50, 20h, 22h.
Horários domingo: 7h10, 8h20, 9h30, 10h40, 11h50, 14h10, 16h30, 17h40, 18h50, 20h e 22h.
Tarifa: R$ 3,80
Empresa: São José

*Com informações da Secretaria de Transporte e Mobilidade do DF
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Aeromóvel da Trensurb volta a operar com horários normais


A partir desta sexta-feira (1º), a linha da tecnologia aeromóvel operada pela Trensurb volta a prestar serviço das 5h às 23h25 – mesmo horário de funcionamento da Estação Aeroporto. A linha liga a estação do metrô ao Terminal de Passageiros do Aeroporto Internacional Salgado Filho num trajeto de 814 metros percorrido em 2 minutos e 30 segundos, sem pagamento adicional de passagem por parte dos usuários do trem.
 
Durante a pandemia, o funcionamento do aeromóvel chegou a ser suspenso, entre março e outubro de 2020. Desde então, operou de forma parcial em relação a seu horário regular de funcionamento. Desde fevereiro de 2021, o serviço estava disponível das 6h15 às 22h.

Informações: Trensurb
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Metrô de São Paulo é um dos finalistas para operar linha metroviária no Equador

Uma situação um tanto quanto surreal pode ocorrer em julho, a escolha do Metrô de São Paulo como operador da primeira linha metroviária do Equador, na capital Quito. A empresa do estado é uma das finalistas da concorrência aberta pelo governo do país e da capital para colocar em operação o ramal de quase 23 km e 15 estações que está prestes a ter sua construção concluída pela Acciona.

Concorre com o Metrô paulista a operadora do Metrô de Medellin, na Colômbia, que se associou com a empresa francesa Transdev. Ao todo, 15 participantes demonstraram interesse em assumir a operação e manutenção da linha de Quito, mas dois deles, a Renfe (Espanha) e a TMB, operadora do sistema de Barcelona, além da Companhia Chilena de Transportes de Passageiros do Metrô, em sociedade com o Metrô de San Domingo (República Dominicana) não apresentaram propostas.

Também participaram da primeira fase grandes empresas europeias como a francesa RATP e a alemã Deutsche Bahn, além da japonesa Hitachi Rail.

“Com o contrato assinado para a operação do metrô, teremos dado o passo definitivo para lançar este sistema de transporte moderno e eficiente, porque em dezembro de 2022 a viagem começará”, afirmou o gerente geral do Metrô de Quito, Efraín Bastidas. A previsão é que o vencedor seja revelado no dia 15 de julho.

Linha tem 22,6 km e 15 estações
Os detalhes das propostas não foram revelados, mas causa surpresa que o Metrô de São Paulo esteja participando sem um parceiro privado. Mais experiente operadora metroviária da América do Sul, a empresa tem todas as condições de realizar o serviço proposto.

Não deixa de ser curioso, no entanto, que o Metrô tenha repassado parte de suas linhas na capital paulista para a iniciativa privada. Se for escolhido vencedora, a companhia paulista se transformará em concessionária de um sistema estrangeiro enquanto vê o governo do estado inclinado a oferecer novos ramais metroviários para a iniciativa privada.

O Metrô de Quito começou a ser construído em 2013 com uma linha de traçado que vai do norte ao sul da capital. O ramal, que já custou cercade US$ 2 bilhões, irá operar com uma frota de 18 trens fabricados pela espanhola CAF.

Informações: Metrô CPTM
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Em Goiânia, Frota de ônibus do Eixo Anhanguera é ampliada

O governador Ronaldo Caiado anunciou, nesta quarta-feira (29/6), a ampliação do número de veículos do Eixo Anhanguera, principal corredor de transporte coletivo que liga Goiânia às cidades da região Metropolitana. De imediato, seis novos veículos entram em operação a partir desta quinta-feira (30/6). A cada semana, novos veículos entram em circulação, com a previsão de 60 novos ônibus até o próximo mês de agosto. O aumento da frota não vai implicar em aumento de gastos públicos nem acréscimo no valor da passagem.

"Estamos todos muito preocupados em atender a demanda da população, o povo já não tem mais paciência”, disse Caiado. Em caráter emergencial, a frota, que hoje é de 86 veículos, será ampliada para 110 ônibus em circulação, com veículos na reserva para substituir eventuais problemas técnicos.

O principal projeto de requalificação do transporte coletivo da região metropolitana, a eletrificação da frota, segue sendo a prioridade do Governo de Goiás. Porém, com o atraso na execução do cronograma de licitação da nova frota devido a questionamentos apresentados pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), foi preciso adotar um plano contingencial para garantir a fluidez do sistema. “Não podemos deixar a população achando que o transporte não tem solução”, disse o governador.

“Gratidão ao governador por ajudar e se empenhar tanto para oferecer o melhor transporte e estar sempre de portas abertas para ouvir os prefeitos”, disse o prefeito de Goiânia, Rogério Cruz, que falou em nome de todos os prefeitos da região Metropolitana. Para ele, o esforço é conjunto para, a cada dia, dar melhores respostas aos usuários do transporte coletivo.

O secretário-geral de Governo e presidente do Conselho Deliberativo de Transportes Coletivos (CDTC), Adriano da Rocha Lima, explica que a população não pode ser penalizada pelo adiamento da licitação dos novos ônibus e, por isso, governo estadual e prefeituras se uniram em busca de uma solução para a demanda por mais ônibus, principal queixa dos usuários. “Voltaremos ao plano original quando possível, mas estamos, desde já, atendendo a demanda da população”, disse o secretário.

Os ônibus que entram agora para a frota são todos novos, com ar condicionado, proporcionando maior conforto ao usuário. “Isso mostra o comprometimento do governador e do prefeito com transporte coletivo da região Metropolitana”, disse o presidente da Companhia Metropolitana de Transporte Coletivo (CMTC), Tarcísio Abreu.

Ampliação da frota sem aumento de custo

A ampliação da frota não vai acarretar em transferência de recursos públicos, nem no aumento do valor da passagem. Segundo o presidente da CDTC, trata-se de um acordo operacional contemplado pelo contrato com as empresas que operam o Eixo Anhanguera. Ou seja, elas compartilham os veículos e colocam a quilometragem de quantos veículos devem rodar mensalmente.

Ao término de cada mês, a receita é compartilhada entre as empresas que operaram as extensões na seguinte proporção: 50% para a Metrobus e outros 50% para as concessionárias. Assim como os custos, que também são divididos em 50% para ambas as partes.

Estiveram também presentes no evento o secretário estadual da Indústria, Comércio e Serviços, Joel de Sant'Anna; o secretário da Casa Militar, Coronel Luiz Carlos de Alencar; o presidente da Metrobus, Francisco Caldas; o presidente da GoiásTelecom, Hipólito Prado; o presidente da Cooperativa de Transportes do Estado de Goiás (Cootego), Rilvadar Gonçalves; o presidente da Viação Reunidas, Henrique Vinícius da Paz; o presidente da Rede Mob, Leomar Avelino Rodrigues; o diretor da Rápido Araguaia, Roberto Rabelo; o diretor da Rede Mob, Cézane Siqueira; e os prefeitos dos seguintes municípios: Kelton Pinheiro (Bonfinópolis), Naçoitan Leite (Iporá) e José Délio Alves Júnior (Hidrolândia).

Informações: SECOM
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Campinas admite novo atraso em obra do BRT

As obras dos corredores do BRT (Bus Rapid Transit) de Campinas estão novamente atrasadas. Os trabalhos, que deveriam ser concluídos nesta quinta-feira (30), não serão entregues devido a problemas no Corredor Ouro Verde. 

Segundo o secretário municipal de Infraestrutura, Carlos José Barreiro, o corredor integra o Lote 4, que está atualmente com 89% do trecho pronto. Porém, para que as obras continuem, a cidade terá que fazer uma nova licitação. 

"Pela complexidade, o projeto foi impactado pela pandemia. Em especial, no trecho do Corredor Ouro Verde, no Lote 4. A empresa foi penalizada, porque não cumpriu o contrato. Vamos relicitar o trecho, que corresponde a 11%", diz. 

O investimento no BRT é de R$ 450 milhões - veja mais abaixo. 

NOVO PRAZO 

Questionado sobre um novo prazo, Barreiro justificou hoje que o projeto total está 96% concluído. Segundo ele, se tudo ocorrer dentro da normalidade no processo licitatório, os trabalhos devem ser entregues até o início do ano que vem. 

"O Lote 4 tem três estações a serem feitas, que são obras simples, e dois terminais. O Terminal Ouro Verde tem 40% concluído. Já o Terminal Vida Nova tem 70% de conclusão. Até o começo do ano que vem, deve estar pronto", alega. 

Apesar de justificar o atraso, o secretário lembra que o sistema só deverá operar como o planejado depois da conclusão da licitação do transporte público, que passou por audiências públicas em maio e segue em trâmite.

"A Emdec (Empresa Municipal de Desenvolvimento de Campinas) vai iniciar a operação parcial do Corredor Campo Grande, a partir do Terminal Satélite Íris, com somente uma linha", afirma. 

O QUE FALTA 

Enquanto isso, ao longo da Avenida Ruy Rodriguez, vários trechos estão inacabados. A situação ocorre, por exemplo, perto do Terminal Ouro Verde, onde a faixa que será usada pelos coletivos está atualmente sem a pavimentação. 

Até esta quinta, 96% das obras previstas no cronograma dos três corredores - Campo Grande, Ouro Verde e Perimetral - estão entregues ou em acabamento. A porcentagem é a mesma divulgada em julho do ano passado. 

O sistema do BRT foi proposto para beneficiar 450 mil pessoas em 36,6 km de vias, com investimento de R$ 450 milhões. Ao todo, são 36 estações, sete terminais e 18 pontes e viadutos, incluindo o primeiro viaduto estaiado de Campinas.  

Em julho do ano passado, a Prefeitura de Campinas ampliou por mais 12 meses o prazo final da conclusão. Na época, a informação foi publicada no DOM (Diário Oficial do Município) pela secretaria municipal de Infraestrutura. 

A construção dos corredores começou em 2017 e a última previsão da prefeitura, era de concluir a construção ainda no primeiro semestre de 2021. Com a ampliação, o novo prazo para término dessas estruturas é julho de 2022. 

Segundo a Prefeitura, a finalização da obra do BRT teria sido impactada pela construção de dois viadutos no Corredor Campo Grande. Um viaduto ficará sobre a Avenida Transamazônica e outro, sobre a Rodovia dos Bandeirantes. 

"No momento, a prorrogação é apenas um aditivo de prazo, sem impacto orçamentário. O principal motivo para isso é a maior dificuldade para aprovações em órgãos reguladores. Devido à pandemia de covid-19, essas têm sido mais complexas e demoradas", informou a nota da secretaria na ocasião. 

COMO SERÁ 

Quando estiver em operação, a circulação será em faixas exclusivas, separadas do trânsito, feitas em pavimento de concreto. Os usuários farão embarque e desembarque pela esquerda, com acessibilidade no nível dos ônibus. 

Os veículos serão articulados, com ar-condicionado. A tarifa será paga antes de embarcar. 

As linhas convencionais (alimentadoras) funcionarão integradas às do BRT. São três corredores: Campo Grande, Ouro Verde e Perimetral, totalizando 37 estações, 6 terminais e 18 pontes/viadutos. 

O Corredor Campo Grande começa no Terminal Mercado, passa próximo ao Terminal Rodoviário Ramos de Azevedo, depois segue pelo leito desativado do antigo VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) e segue pela Avenida John Boyd Dunlop a partir do Jardim Aurélia. Ele vai até o Terminal Itajaí, totalizando 17,9 km. 

O Corredor Ouro Verde parte do Terminal Central e percorre as avenidas João Jorge, Amoreiras, Piracicaba, Ruy Rodriguez e Camucim até o Terminal Vida Nova, totalizando 14,6 km. 

O Corredor Perimetral liga os corredores Campo Grande e Ouro Verde. Os 4,1 km do Perimetral passam pelo leito do VLT, entre Vila Aurocan e Campos Elíseos. 

A NOVA LICITAÇÃO 

A atual licitação do transporte público municipal é de 2005 e foi considerada irregular pelo TCE-SP (Tribunal de Contas do Estado de São Paulo) desde agosto de 2015. O prazo da concessão será de 15 ou 20 anos e os parâmetros da licitação serão de menor tarifa e maior outorga. 

Além do TCE-SP, o novo edital irá atender também as sugestões do MP (Ministério Público), feitas em relação ao edital anterior. Entre os objetivos, deve contemplar a racionalização das linhas para adequação ao plano viário do município. 

"O cenário de concessão por 20 anos possui mais vantagens para o município, como tarifa técnica (tarifa que o concessionário tem o direito de receber) de R$ 5,02, contra R$ 5,14 de 15 anos; e subsídio anual de R$ 63,3 milhões, contra R$ 72,8 milhões no cenário de 15 anos", informou a Prefeitura no final do ano passado. 

O modelo operacional da concessão inclui a criação de uma estação central de recarga e de uma unidade de energia solar, o incentivo ao uso de combustível limpo, assim como limpeza e segurança das paradas do BRT (Ônibus de Trânsito Rápido). 

Além disso, deve incluir dois lotes. O Lote 1 abrange as áreas Norte, Oeste e Noroeste. Já o Lote 2, as áreas Leste, Sul e Sudoeste. Serão, quatro linhas BRT e 10 linhas troncais, que poderão ser convertidas em BRT, e três linhas centrais. 

A demanda de passageiros foi projetada para 88 milhões por ano, em 2022. 

Parte da frota operacional será elétrica, começando com 85 veículos no primeiro ano, e chegando a 306 a partir do quarto ano da concessão, ainda segundo o município. 

Informações: A Cidade
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Situação dos abrigos de ônibus é precária em São Luís

Passageiros de transporte coletivo denunciam a falta de abrigos para a espera de ônibus nas principais avenidas da Região Metropolitana de São Luís. O estado de má conservação dos pontos de embarque também é alvo de queixas.

Buracos, falta de assentos e o desgaste causado pelos anos comprometem a estrutura dos abrigos destinados à espera dos ônibus, na capital. Cartazes e pichações também ocasionam desgastes na manutenção dos espaços. Sem reparos, os pontos de embarque podem deixar passageiros vulneráveis aos riscos de acidentes.

O vigilante, Carlos Santos, informa que, em sua experiência como passageiro de ônibus, tem sido preferível aguardar o transporte distante dos abrigos.

“Acho que é um risco; acho um desrespeito. Não protege de nada (os abrigos). Nos deixa às intempéries da natureza. Um absurdo’’, diz.

Na região do Centro Histórico, os pontos de embarque para transporte coletivo, apesar de mais novos em relação a outras áreas da cidade, também prejudicam o momento de espera, antes do deslocamento de passageiros. Parte do acrílico que reveste a estrutura do local se desfez.

A estudante Gleiciele Mendes explica que, durante o período chuvoso, a situação, no abrigo, se torna delicada, sem a proteção necessária para aguardar o transporte.

“É muito ruim, demais, até quando a gente vem pra se esconder de chuva, é muito difícil. A gente se molha todo, não adianta de nada”, conta.

A Secretaria Municipal de Trânsito e Transportes (SMTT) informou, em maio de 2021, que 30 novos abrigos para a espera de ônibus estavam sendo preparados para instalação em São Luís. Neste ano, a SMTT afirma que novos pontos de espera devem ser instalados na capital.

Informações: G1 MA
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