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No Recife, BRT na Av. Agamenon Magalhães não sai do papel

sábado, 26 de setembro de 2015

O ramal do sistema Bus Rapid Transit (BRT) da Avenida Agamenon Magalhães corre risco de não sair do papel. Após vários prazos vencidos para o início das obras, o projeto está sendo avaliado pelo governo do estado, que vai decidir se o trecho é prioritário no atual momento. Embora ainda não tenha descartado oficialmente a implantação do BRT na artéria, a Secretaria de Cidades já não trabalha mais com prazos e diz que não sabe se a pauta vai entrar nos planos do estado.

Diante da falta de perspectivas para o projeto, a Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU) estuda implantar uma Faixa Azul na Agamenon Magalhães, com o objetivo de melhorar o fluxo do transporte coletivo no corredor. A velocidade média da via, em horários de pico, é de 17km/h.

“Houve a contratação de empresa para a implantação do Ramal Agamenon Magalhães, mas a companhia não tem interesse em continuar. Está ocorrendo processo de distrato contratual”, informou, através de nota, a assessoria da Secretaria das Cidades de Pernambuco.

Segundo o gerente de Mobilidade da pasta, Gustavo Gurgel, há um termo de compromisso entre a secretaria e a Caixa Econômica Federal, no valor de R$ 120 milhões, para a realização das obras. Ele acrescenta que o grau de prioridade do serviço será uma avaliação administrativa que não se deve à falta de recursos. No inicío do ano, contudo, a pasta justificou que as obras, previstas inicialmente para serem entregues antes da Copa do Mundo, estavam atrasadas porque a verba do governo federal não havia sido liberada.

Análises
Por causa da intenção de implantar o ramal, a via ficou de fora das prioridades da CTTU para a Faixa Azul, sistema de faixas exclusivas para ônibus e táxis com passageiros que deve abranger 60km até o fim de 2016. “A possibilidade de implantar uma Faixa Azul na avenida não está descartada, mas depende dos resultados de uma série de análises técnicas e simulações de engenharia de tráfego, que indiquem a viabilidade de garantir um aumento considerável na velocidade dos transportes coletivos que circulam no local”, ponderou a CTTU, por nota. O órgão afirmou que os estudos serão realizados.

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Obras das Linhas 1 e 2 do Metrô avançam em Salvador

Aproximadamente seis mil trabalhadores, entre diretos, indiretos e terceirizados, estão dando continuidade às obras da Linha 1 e a construção da Linha 2 do Metrô de Salvador. Atualmente, os operários erguem os pilares e travessas que vão formar a mesoestrutura da Estação Detran, uma das 13 estações da Linha 2, que fazem parte do Sistema Metroviário Salvador-Lauro de Freitas, que, no total, terá 41 quilômetros de extensão.

Na tarde de quinta-feira (24), o diretor presidente da CCR Metrô Bahia, Luis Valença, visitou o canteiro de obras da estação Detran e informou sobre o andamento das intervenções e os prazos previstos para conclusão dos trechos. A obra da estação Bonocô, por exemplo, está sendo executada sem interferir no funcionamento do metrô, que continua com operação assistida da Lapa ao Bom Juá. Uma grade de proteção foi instalada para proporcionar segurança aos operários.

Há seis meses desempenhando a função de soldador, Júlio Cézar Santos Santana, morador do bairro Engenho Velho de Brotas, se sente duplamente realizado. Primeiro, por não estar mais desempregado. Segundo, por ajudar a realizar um sonho antigo da população – ver o metrô funcionando. “Eu estava desempregado. [Há] um certo tempo parado.

Aí, surgiu essa oportunidade. Graças a Deus, estou trabalhando aqui, levando sustento para minha família. Esta obra está sendo muito importante. A pessoa vai chegar no aeroporto. De lá, rápido, já está na Rótula [do Abacaxi], Lapa, vai ser um tapa, né? Eu vou usufruir do metrô. Meus filhos, minha família também. Eu sei que vai ser uma realidade”, afirma Santana. Para o servente Fabrício Marques, morador do bairro da Ribeira, trabalhar na obra do Sistema Metroviário Salvador-Lauro de Freitas “é uma honra, um mérito, participar junto com todos dessa grande obra que trará uma grande mobilidade para nossa cidade”.

Informações: Tribuna da Bahia


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Licitação elege as mesmas empresas que operam ônibus em Porto Alegre

Foram anunciadas nesta quinta-feira (24) as empresas vencedoras da licitação para operação do transporte público de Porto Alegre. São as mesmas companhias que já operam o sistema da capital gaúcha, rearranjadas em novas companhias. Apenas uma empresa de fora se inscreveu, mas acabou sendo desqualificada do certame por não atender todas as exigências. 

A licitação dividiu o sistema em tês bacias com dois lotes cada. Ambos os lotes da  Norte/Nordeste serão operados pela Mob Mobilidade em Transportes. Os lotes 3 e 4 da Bacia Sul serão operados pela Consórcio Sul. A Leste/Sudeste será operada pelas empresas Consórcio Via Leste e pelo Consórcio de Mobilidade da Área Integrada Sudeste. 

Dentro de cinco dias, a licitação será homologada pela Secretaria Municipal de Fazenda. A assinatura dos contratos deve ocorrer dentro de 45 dias. O sistema começa a funcionar no primeiro semestre de 2016, segundo informações da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC).

Desde 1920, quando foi autorizada oficialmente a operação de ônibus em Porto Alegre, o serviço funciona sustentado em permissões, sem contratos com a prefeitura, regulamentado apenas por decretos municipais.

Atualmente, o sistema conta com 1.709 ônibus, 400 linhas – operadas em três consórcios (STS, Unibus e Conorte) -, além da empresa pública Carris, segundo dados da prefeitura.

De acordo com a prefeitura, o edital levou mais de quatro anos para ser concluído. As duas primeiras tentativas resultaram desertas. O processo que resultou na escolha das empresas vencedoras foi lançado no dia 6 de maio, com abertura para empresas de fora do País. O prazo de operação é de 20 anos.

O projeto prevê ampliação gradual de ar-condicionado na frota por um período de 10 anos, sendo que 25% dos ônibus deverão começar a operar com o aparelho.

Mudança radical em concessão precária
De acordo com o diretor-presidente da EPTC Vanderlei Cappellari apesar das empresas serem as mesmas, “muda radicalmente” a relação. “Temos uma concessão precária  para com as atuais operadoras, que se arrasta por décadas. A partir da licitação, se terá um contrato por 20 anos, uma concessão formal, com regras claras do edital e do contrato, será uma relação contratual. Muda completamente”, disse.

Para ele, dada a complexidade de uma licitação nos moldes como a que foi realizada e as particularidades de cada sistema público de transporte, não é de se estranhar que as mesmas empresas que já operam o sistema tenham vencido o certame.

“A operação de transporte de passageiros urbanos tem características muito locais, onde tradicionalmente as empresas, construídas de forma familiar, operam com características específicas e difíceis de superar para uma empresa de fora, e isso acabou trazendo somente as empresas daqui, apesar do editar ser aberto para empresas internacionais”.

Veja quais empresas vão operar o sistema:
Bacia Norte / Nordeste
Lotes 1 e 2:  Mob Mobilidade em Transportes (Composto pelo consórcio Conorte que engloba a Nortran, Navegantes e Sopal)

Bacia Sul
Lotes 3 e 4: Consórcio Sul (Composto pelo consórcio STS do qual fazem parte a Belém Novo, Restinga, Trevo e VTC)

Bacia Leste/Sudeste
Lote 5: Consócio Via Leste (Composta pela Viação Alto Petrópolis  - VAP)
Lote 6: Consórcio de Mobilidade da Área Integrada Sudeste - Mais (Composto pelas empresas Gasômetro e Sudeste)

Informações: G1 RS


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Grande Recife: Entrega de novos terminais integrados é adiada mais uma vez

quinta-feira, 24 de setembro de 2015

Prometida para este mês, a entrega dos terminais integrados de Joana Bezerra, na área central do Recife, e de Prazeres, na Região Metropolitana, foi adiada mais uma vez. De acordo com a Secretaria das Cidades, os dois agora devem ser inaugurados até o fim de outubro.
Foto: Amanda Miranda/JC Trânsito
A obra começou em 2011 - mas as promessas são de mais de dez anos. A Secretaria das Cidades alega que os atrasos foram pela escassez de recursos e por causa da necessidade de readequações de projetos.

O custo para erguer o novo terminal de Joana Bezerra foi de R$ 9,4 milhões. Quando estiver pronto, o vai beneficiar 67 mil passageiros por dia, em 14 linhas de ônibus, enquanto atualmente são 40 mil usuários em dez linhas. O TI recebe críticas diárias sobre desorganização e insegurança.

O último atraso em Prazeres, de um mês para cá, foi nos serviços terceirizados, como impermeabilização na caixa d'água e colocação de granito e de esquadrias, além do projeto paisagístico. A obra está atrasada em cerca de dois anos e, apesar de a secretaria prever a inauguração ainda para setembro, já era previsto esse adiamento.

Quando Prazeres estiver pronto, sete linhas de ônibus vão atender 25 mil passageiros por dia. Hoje, a "integração" com o metrô está só nas placas afixadas na estação de mesmo nome e em alguns trens, prestando um desserviço à população. O investimento total no TI foi de R$ 3,8 milhões.

ZONA OESTE - Está em andamento desde 2012 a obra no TI Santa Luzia, na Zona Oeste da capital pernambucana. A Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) solicitou alguns ajustes após a conclusão do projeto e o processo licitatório para a contratação de empresa que vai fazer o serviço está em fase final. O TI atenderá 17 mil pessoas diariamente, em oito linhas de ônibus, quando estiver pronto.

Informações: NE 10

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Em Salvador, Trafegar pela faixa de ônibus dá multa na Paulo VI

Elas estão nas principais avenidas de Salvador como Paralela, ACM, Juracy Magalhães, além da Paulo VI, e tem o objetivo tornar mais rápido o tempo de deslocamentos dos ônibus em meio ao trânsito cada vez mais carregado da cidade. Por conta disso, os motoristas de outros veículos que forem flagrados dirigindo pelas faixas exclusivas estão cometendo, desde o começo do mês de agosto, uma infração gravíssima, perdendo sete pontos na carteira e pagando uma multa de quase R$ 200, após alteração no Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
Foto: Romildo de Jesus

De acordo com a Superintendência de Trânsito e Transporte do Salvador (Transalvador), até setembro deste ano foram aplicadas 9.873 multas por este tipo de infração, mais de 90% delas na Avenida Paulo VI, no sentido orla. Ao longo do ano de 2014, o órgão de trânsito registrou 5.125 multas. Um aumento de aproximadamente 92%.

No entanto, apesar de serem vistas por toda a cidade, em apenas uma das faixas, de fato, está proibido qualquer tipo de circulação de veículos que não sejam os coletivos: a própria Paulo VI – vale salientar que nas vias exclusivas, como as Vasco da Gama e da Paralela, o trânsito de veículos também é vedado. Nas demais – que até possuem sinalização horizontal deficiente, como nos casos da Avenida Bonocô e na região do Dique do Tororó – não há qualquer tipo de problema para que outros veículos possam trafegar. “Nesses locais, até já foi retirada a sinalização vertical”, disse o superintendente da Transalvador, Fabrizzio Muller.

“Estamos fazendo mais estudos para implementar mais faixas na cidade. Mas nosso intuito, é de que não haja impactos negativos no trânsito. A nossa expectativa, contudo, é de melhorar a qualidade do transporte público no município”, salientou. Ainda segundo ele, alguns testes até chegaram a ser feitos na faixa exclusiva da Avenida ACM. Mas, o grande fluxo de ônibus que passam pelo local todos os dias acabou gerando um grande congestionamento e, por isso, a fiscalização acabou suspensa. “Se o motorista passar por esta faixa, hoje em dia, não receberá punição”, garantiu Muller.

MOTORISTAS
Para que os motoristas que precisam utilizar as faixas de ônibus para tentar ganhar tempo em meio ao tráfego de veículos da capital baiana, o estresse é sem contínuo, já que muitos condutores de veículos menores simplesmente não respeitam a sinalização existente, insistindo no jeitinho para se livrar dos engarrafamentos.

“Muitos deles não respeitam e usam a faixa como rota de fuga. Acho, também, que falta uma maior fiscalização”, contou o motorista de ônibus, Adson da Silva, que há três anos, se envolveu em uma colisão com um carro de menor porte que invadiu a faixa para realizar uma conversão à direita. “Ele sabia que estava errado, mas reclamou bastante querendo jogar a culpa em mim. Foi uma dor de cabeça para resolver o problema depois”, acrescentou.

Como sugestões diante de uma jornada de trabalho cada vez mais estressante, eles acreditam que inspeções constantes, além da colocação de mais câmeras em faixas como essas ajudariam. “Por outro lado, que os motoristas tenham um bom senso maior e que os órgãos responsáveis façam mais campanhas educativas para todos”, falou, Silva. “Nosso trânsito é muito desorganizado e acho que falta uma maior sinalização. Acredito que se apenas os ônibus andassem nas faixas, seria muito melhor pra gente”, disse o também motorista, Gilmar Alves.

Investimento em transporte público é o caminho
Para o engenheiro Elmo Felzemburg, especialista em trânsito, as faixas exclusivas podem até funcionar em curto prazo, mas destaca que só investimentos em educação no trânsito e, principalmente em um sistema de transporte de massa, podem ajudar a melhorar a mobilidade na capital baiana. “Eu considero que essas faixas seriam mais paliativas. Em alguns pontos, pode até haver a melhora no fluxo de veículos, mas, em outros, o que vai acontecer é o congestionamento devido a quantidade de ônibus que passam pelo local”, comentou.

Ainda de acordo com ele, apesar de funcionar em alguns lugares do Brasil, as faixas exclusivas, em Salvador, tem uma dificuldade para entrar em operação. “Muitos motoristas de carros menores, aqui, não entendem que essas faixas podem trazer melhorias no fluxo do tráfego. O problema é que uma faixa apenas não comporta, por exemplo, uma grande quantidade de veículos, sem contar as questões operacionais. Acho que tem que ser feito um planejamento mais completo neste sentido para que, de fato, dê certo”, analisou.

Informações: Tribuna da Bahia
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Em SP, Rede noturna de ônibus transportou 5 milhões de passageiros em seis meses

Exatos 4,96 milhões de pessoas se beneficiaram da Rede Noturno, organizada pela São Paulo Transporte (SPTrans), nos seis primeiros meses de existência do serviço, completados no final de agosto. As 151 linhas da rede operam da 0h às 4h e cobrem os principais trajetos na cidade, incluindo os bairros, e percursos do metrô, que não opera nesse intervalo.

Implementado em fevereiro deste ano, o Noturno vêm alcançado as expectativas de demanda. Em março, foram transportados 712.765 passageiros, enquanto em agosto foram 877.672 mil, um crescimento de 23%.

“Estamos cumprindo com nosso programa de oferecer mais opções aos passageiros. O Noturno está demonstrando que tem capacidade de atendimento e está servindo de modelo para futuras melhorias em todo o sistema de operação dos ônibus na cidade”, afirma o secretário municipal de Transportes, Jilmar Tatto.   

Pesquisa
Uma pesquisa realizada pela SPTrans durante o projeto piloto do Noturno mostra que 78% dos cidadãos que utilizam o transporte público na faixa entre 0h e 4h o fazem para trabalhar. Desse total, 75,3% do total são trabalhadores do setor de serviços.

O estudo, coordenado pela Diretoria de Planejamento da SPTrans, entrevistou 1.440 pessoas que utilizavam 50 linhas de ônibus, sendo inclusive 12 delas integrantes de um projeto piloto que já operava modelo aplicado posteriormente em toda a rede do Serviço Noturno.

Apesar de a grande maioria dos usuários ser formada por pessoas a caminho do trabalho ou voltando para casa depois da jornada, outro dado surpreendeu: uma parcela significativa, 17% dos passageiros da madrugada, afirmou viajar nos coletivos em seu tempo de lazer. Outros 3% contaram precisar do sistema de transporte por ônibus para poder estudar.

Tal importância é ressaltada pelo dado de que 44,7% dos usuários das 12 linhas do projeto piloto não utilizavam transporte público durante a madrugada antes do início do funcionamento do piloto.

A apuração mostra, também, que a maior parcela dos passageiros é formada por homens, que somam 65,1% do total. Já 52,6% dos usuários completaram, pelo menos, o Ensino Médio, e 42,9% são jovens entre 16 e 25 anos.

Serviço Noturno
O Noturno completou seis meses de operação no fim do último mês de agosto. A chamada rede da madrugada conta com uma frota de 475 ônibus e 71 reservas operando em 151 linhas, entre 0h e 4h, com intervalos de 15 a 30 minutos entre cada veículo.

A gestão do serviço é feita por operação controlada e, com isso, há índices supreendentes de cumprimento de partidas e eventuais falhas são solucionadas com maior rapidez. Os usuários do serviço aprovam a rede e o índice de reclamações mês a mês é baixo, conforme registros da SPTrans.

Assessoria de Imprensa - SPTrans
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No Recife, Fiscalização eletrônica na Faixa Azul multou 1.420 carros por invasão

Apesar do ganho de velocidade dos ônibus com a fiscalização eletrônica na Faixa Azul da Imbiribeira (36%) e do Pina (47%), ambas na Zona Sul, motoristas recifenses ainda não aprenderam a respeitar o transporte público. Um mês após a instalação de 25 câmeras de monitoramento nos dois corredores, 1.420 multas foram aplicadas pelos equipamentos, conforme dados da Companhia de Trânsito e Transporte do Recife (CTTU). Isso representa uma média de 44 notificações ao dia em menos de 15 quilômetros de vias exclusivas.

Para se ter uma ideia melhor do que os números representam, em 2014 foram aplicadas 3,5 mil multas manuais em todos os corredores exclusivos, média de 9,5 ao dia. O valor da multa, contudo, não era o mesmo. Desde o dia 31 de julho, com mudanças em alguns artigos do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), invadir corredor exclusivo deixou de ser infração leve (de R$ 53 e três pontos na carteira) para se tornar gravíssima (R$ 191 e sete pontos).

Se todos pagassem a multa integralmente e sem recorrer, a quantidade representaria uma arrecadação de R$ 271,22 mil. Mas a CTTU explica que o cálculo é diferente. “Há um percentual de pessoas que recorrem, outro que não paga, e há aquelas pessoas que pagam antecipadamente e têm desconto de 20%”, explica a presidente do órgão, Taciana Ferreira. “Além disso, existe o custo de processamento da multa que vai para o Detran (nesse caso é de R$ 42 ) e 5% para o Funset (Fundo Nacional de Segurança e Educação de Trânsito). Por isso, chegar ao valor arrecadado não é tão simples”.

Conforme a CTTU, os recursos são aplicados em educação, fiscalização, sinalização e gestão do trânsito. Para a multa ser validada, veículos precisam ser flagrados por duas câmeras, pois podem acessar a Faixa Azul para entrar à direita.

A implantação dos corredores exclusivos e das câmeras de monitoramento é lenta. Hoje são apenas 22,9 quilômetros de Faixa Azul, sendo 14 nos dois sentidos da Avenida Mascarenhas de Moraes, 5,8 quilômetros na Avenida Engenheiro Domingos Ferreira/Herculano Bandeira, 1,5 quilômetro na Rua Real da Torre e 1,6 quilômetro na Rua Cosme Viana. 

Somando com o corredor da Avenida Sul, são 29,5 quilômetros de vias exclusivas para transporte público. A promessa era de 60 quilômetros até o final de 2014. Segundo a prefeitura, faltam recursos. A próxima Faixa Azul será implantada na Avenida Recife, Zona Sul, até o início de 2016. O próximo corredor a ter monitoramento é a Rua Real da Torre, que deveria ter sido inaugurado já com o serviço.

Informações: Jornal do Comércio

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Número de paulistanos que usam carro todos os dias cai, diz pesquisa

A porcentagem de motoristas que têm carros e usam seus veículos todos os dias ou quase todos os dias caiu de 56% em 2014 para 45% em 2015. É o que mostra a 9ª Pesquisa sobre Mobilidade Urbana feita pelo Ibope, a pedido da Rede Nossa São Paulo e da Fecomercio SP. Os dados foram apresentados na manhã desta terça-feira (22), dentro da Semana da Mobilidade 2015. Nesta terça é comemorado o Dia Mundial Sem Carro.

O secretário dos Transportes da capital paulista, Jilmar Tatto, participou da solenidade e comemorou números apresentados. Entre eles, o apoio de 90% entre os 700 entrevistados à construção de faixas e corredores de ônibus, uma das apostas da gestão Fernando Haddad (PT).
“Mostramos que é possível aumentar a velocidade dos ônibus e as pessoas hoje ficam menos tempo nos pontos de ônibus”, disse. Segundo ele, a velocidade média saltou de 13 km/h para 22 km/h.

O secretário disse ainda que ficou “feliz” com o fato de apenas 53% reprovarem a redução dos limites de velocidade na cidade. Ele afirmou que o tema é recente e levantou polêmica na cidade, mas que já alcançou uma aprovação de 43% – outros 4% não souberam ou não responderam.
O secretário também teve de responder a um dado negativo para a Prefeitura de São Paulo, que é o fato de 59% dos entrevistados dizerem que os ônibus estão mais lotados.

“Por que o ônibus está lotado? Porque falta metrô. Tem linhas que você tem ônibus de três em três minutos. Não adianta por mais ônibus porque o viário não comporta. Precisa de transporte de massa”, disse.

Ele completou sua fala afirmando que os dados mostram que a Prefeitura de São Paulo está "no caminho certo", mas que o governo do estado e também o federal têm de atuar de forma incisiva para melhorar a mobilidade na capital.

Cerco aos campões de multas
O secretário afirmou durante sua participação no evento que a Prefeitura que fechar o cerco aos motoristas campões de multas na cidade. A administração mandou uma minuta de convênio à Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo para que a Guarda Civil Metropolitana (GCM) possa atuar também parando motoristas. Atualmente, esse trabalho é feito apenas pela Polícia Militar.

A Prefeitura conta atualmente com mais de 800 radares na cidade dotados de leitor automático de placas (LAP), que permitem determinar a rotina dos motoristas infratores e pontos onde passam com frequência.

Tatto lembrou um dado já divulgado pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), de que cerca de 5% dos motoristas são responsáveis por 50% das multas da cidade. E disse ainda que muitos não pagam as infrações e já estão com a Carteira Nacional de Habilitação (CNH) com a quantidade de pontos estourada.
“Essa pessoa não pode circular na cidade. Esses 5% nem multando. Tem que tirar da via. É caso da polícia”, afirmou Tatto.

O “poder de polícia” da Guarda Civil Metropolitana foi autorizado por uma lei federal (13.022), sancionada em agosto pela presidente Dilma Rousseff. Desde então, a Prefeitura já estabeleceu um convênio entre a CET e a GCM para que os guardas atuem também como fiscais de trânsito.

Outros números
Os pesquisadores entrevistaram 700 pessoas com 16 anos ou mais, entre os dias 28 de agosto e 5 de setembro.

A pesquisa questionou os paulistanos sobre o fechamento de vias, como a Avenida Paulista, para automóveis aos domingos. Segundo o balanço, 64% declararam ser a favor da “abertura para lazer e circulação de pedestres e ciclistas". Contra a medida foram 33% e 3% não opinaram.

O percentual favorável vai ao encontro dos resultados das primeiras audiências públicas sobre o tema, ocorridas no domingo (20). Moradores que participaram das discussões concordaram em fechar as avenidas Sumaré e Paulista, aos domingos e feriados, das 10 às 17h, liberando-as para pedestres e ciclistas.

Ciclovias
Outro ponto polêmico da gestão de Fernando Haddad (PT), a construção de ciclovias foi abordada na pesquisa. De acordo com o levantamento, 59% dos entrevistados se disseram favoráveis, contra 38% dos que são contra (3% não opinou).

O percentual dos que usam bicicleta todos os dias ou quase todos os dias, porém, foi baixo: 7% dos entrevistados. Entre a maioria que não utiliza, 44% disse que passaria a andar de bicicleta se fosse mais seguro; 18%, se tivesse mais sinalização nas ruas; 13%, mais ciclovias (em 2014, esse número era 26%). O número de pessoas que não usaria a bicicleta “de jeito nenhum” diminuiu: neste ano foram 13%, contra 24% em 2014.

Tempo no trânsito
O tempo médio de deslocamento para atividade principal (trabalho ou escola) ficou em 1h44, resultado idêntico ao registrado na pesquisa de 2014. Dos 700 ouvidos, 23% disseram que levam pelo menos duas horas para ir e voltar e 35%, entre uma e duas horas.

O tempo médio parado no trânsito (que leva em conta, além do trajeto para a atividade principal, os demais deslocamentos na cidade) ficou em 2h38 - em 2014 eram 2h46. Ao todo, 48% dos paulistanos gastam pelo menos duas horas por dia em seus deslocamentos. Entre os que utilizam carro, o tempo médio ficou em 2h48. Já quem usa transporte público diariamente chegou a 2h56.

Confira outros resultados da pesquisa:
Áreas problemáticas na cidade: as mais citadas foram saúde (55%), segurança pública (37%), educação (33%), desemprego (33%), trânsito (29%), transporte coletivo (27%), abastecimento de água (21%) e poluição (17%).

Poluição: 59% consideram a poluição do ar como a mais grave e 30%, a da água. No ano passado, 70% citavam a do ar como a mais grave e 18%, a da água. Ao todo, 62% dos entrevistados (ou alguém que mora no mesmo domicílio) já tiveram problemas de saúde decorrentes da poluição na cidade.

Posse de carro: 60% têm carro, e 40%, não. A região da cidade com menos posse de carros é o Centro, com 46%, e a maior é a Oeste, com 67%.
Utilização do carro de passeio: 32% usam todos os dias ou quase todos; 36%, de vez em quando; 25%, raramente.

Uso diário de um ou mais meios: 28% dos entrevistados se locomovem a pé; 25%, de transporte coletivo; 18%, de carro; e 3%, de bicicleta.

Transporte público coletivo: 25% usam todos os dias; 19%, quase todos os dias; 34%, de vez em quando; 15%, raramente; e 6%, nunca. Pesquisa avaliou que 80% dos entrevistados deixariam de usar o carro se tivesse uma boa alternativa de transporte. Em 2014, eram 71%.

Ônibus: 59% disseram que o a lotação dos ônibus aumentou no último ano, 30% afirmaram que está igual e 8%, que diminuiu. O tempo de duração da viagem está igual para 34%, aumentou para 32% e diminuiu para 31%. O tempo de espera pelos ônibus está igual para 43%, aumentou para 30% e diminuiu para 23%. A maioria dos entrevistados (90%) é a favor de construção de faixas e corredores de ônibus.

Pedestres: 40% afirmaram que as faixas de pedestres estão sendo "mais respeitadas"; 48%, que estão "menos respeitadas"; e 9% não perceberam mudanças. Em 2014, 33% disseram que as faixas eram "mais respeitadas" e 52%, "menos respeitadas".

Propensão a sofrer acidentes: 46% afirmaram que os motociclistas estão mais sujeitos a acidentes; 33%, que são os pedestres; 18%, os ciclistas; e 3%, os motoristas.

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