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Cidade de Mauá terá nova faixa de ônibus em março

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2015

A partir de março, entrará em operação faixa de ônibus na Avenida Presidente Castelo Branco, principal ligação entre o Centro de Mauá e o Jardim Zaíra. Será o segundo espaço do tipo na cidade: há um ano está em funcionamento via exclusiva na Avenida Barão de Mauá, onde a pista da direita é reservada para os coletivos nos dias úteis das 5h às 8h no sentido Centro e das 17h às 20h em direção ao bairro.

Segundo o secretário municipal de Mobilidade Urbana, Azor Albuquerque, os horários devem ser os mesmos da faixa da Barão de Mauá. Para proporcionar mais espaço, a Prefeitura deverá proibir o estacionamento. Atualmente, a permissão varia entre dias pares e ímpares. “Vamos melhorar a Zona Azul e utilizar as transversais como opções de parada. Temos de escolher: ou a gente faz o transporte coletivo chegar mais rápido ou deixa a via, que é para circulação, para que as pessoas estacionem.”

Albuquerque estima que, com o novo dispositivo, o tempo de viagem dos coletivos caia pela metade, chegando a 20 minutos em cada sentido. “É inadmissível que um trecho de quatro quilômetros entre os terminais do Centro e do Zaíra seja feito em 40 minutos.” Segundo o titular da Pasta, na Barão de Mauá também foi registrada redução de 50%. Hoje, diz o secretário, o percurso de seis quilômetros entre a estação central e a do Itapeva é feito em meia hora.

Inicialmente, será feito período de adaptação, sem aplicação de multas. Passado esse tempo, os fiscais iniciarão as autuações. Quem for flagrado trafegando pela faixa no horário restrito é multado em R$ 53,20 e perde três pontos na CNH (Carteira Nacional de Habilitação). Desde janeiro do ano passado, 11.687 motoristas foram notificados pela infração na faixa da Barão de Mauá, o que equivale a 32 por dia. Desse total, 9.586 foram feitas por radares eletrônicos e 2.101 por agentes de Trânsito. Segundo a Prefeitura, os dispositivos recebem, em média, 50 ônibus por hora.

APLICATIVO

Até o fim do semestre, a Pasta quer criar aplicativo para smartphones no qual o usuário poderá consultar, em tempo real, a localização e o tempo de chegada do ônibus. Programas semelhantes estão disponíveis em Santo André, São Caetano e Diadema. Toda a frota que está sendo colocada em operação pela empresa Suzantur é equipada com GPS, o que permite o funcionamento da ferramenta. 

Por Fabio Munhoz
Informações: Diário do Grande ABC

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Recife: Devido ao vandalismo, ônibus BRT serão retirados no carnaval

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2015

Os usuários que utilizam as linhas do Via Livre Norte/Sul e Leste/Oeste devem ficar atentos as mudanças que irão acontecer na operação dos BRTs durante os festejos de Carnaval. Devido às interdições no Centro do Recife, algumas linhas terão mudanças de itinerário e outras encerrarão a operação mais cedo. A estação Riachuelo, que hoje recebe as linhas do corredor Norte/Sul, receberá também duas linhas do Leste/Oeste que atendem ao Centro da cidade. 

Para atender os usuários nos dias em que as linhas do Via Livre não forem operar, três linhas convencionais receberão reforço na operação e uma linha será reativada exclusivamente para o evento. No Corredor Norte/Sul, a linha 1900 – T.I. PE-15 (PCR) receberá um reforço de 25 veículos e 240 viagens, totalizando 49 veículos e 588 viagens do sábado à terça-feira. Já a linha 1976 – T.I. Pelópidas (PCR), será reforçada com 11 ônibus e 70 viagens, totalizando 45 carros e 454 viagens realizadas também de sábado de Zé Pereira até a terça-feira de Carnaval. 

Para os usuários que utilizam o Corredor Leste/Oeste, o Grande Recife irá reforçar a linha convencional 437 – Caxangá (Cond. Da Boa Vista) com 15 veículos e 238 viagens a mais durante os quatro dias de folia, o que dará um total de 27 veículos operando com 356 viagens. A linha 2450 – T.I. Camaragibe (Cond. Da Boa Vista) será reativada provisoriamente para atender os usuários que irão sair do município de Camaragibe. Esta linha irá circular com um total de 46 veículos e 346 viagens de sábado a terça-feira. 

Confira abaixo o esquema de cada linha do Via Livre:

Corredor Leste/Oeste

2480 – TI Camaragibe/Derby: no Sábado de Zé Pereira (14), a linha encerrará sua operação às 14h na estação do Derby, sem mudança no itinerário. Já do dia 15 a 18 de fevereiro (domingo a Quarta-feira de Cinzas), esta linha irá operar normalmente. 

2450 – TI Camaragibe (Centro) e 2437 – TI Caxangá (Centro): com o fechamento da Ponte Duarte Coelho para a montagem da estrutura do Galo da Madrugada, a partir das 22h do dia 11 até o dia 13 de fevereiro, estas linhas deixarão de atender a Estação Guararapes e passarão a realizar embarque e desembarque na Estação Riachuelo, localizada na Rua do Riachuelo. Os BRTs farão trajeto pela Av. Cond. Da Boa Vista, Rua da Aurora, Rua do Riachuelo, ESTAÇÃO RIACHUELO, Rua do Hospício, Av. Cond. Da Boa Vista... 

No dia 13 de fevereiro estas linhas encerrarão suas operações às 20h, na Estação Riachuelo. Durante os dias de Carnaval (14, 15, 16 e 17 de fevereiro) elas não irão operar. Os usuários terão a opção de utilizar a linha convencional 437 – TI Caxangá (Centro) e a linha 2450 – TI Camaragibe (Centro) – Convencional, que será ativada exclusivamente para o evento.

Já no dia 18 de fevereiro até a liberação da Ponte Duarte Coelho, os BRTs continuarão a atender a Estação Riachuelo. 

Corredor Norte/Sul

1915 – TI PE-15 (Dantas Barreto) e 1979 – TI Pelópidas (Dantas Barreto): a partir das 22h do dia 11 ao dia 13 de fevereiro, os BRTs só irão realizar embarque e desembarque na Estação Treze de Maio, no sentido subúrbio. Estas linhas também deixarão de atender a Estação Praça da República, localizada na Av. Dantas Barreto, e passarão a retornar da Estação Riachuelo, situada na Rua do Riachuelo. Com a mudança, as linhas farão o itinerário pela Av. Cruz Cabugá, Rua do Hospício, Rua do Riachuelo, ESTAÇÃO RIACHUELO, Rua da Aurora, Rua João Lira, Av. Cruz Cabugá...
No dia 13 de fevereiro estas linhas encerrarão suas operações às 20h, na Estação Riachuelo. Durante os dias de Carnaval (14, 15, 16 e 17 de fevereiro) elas não irão operar. Os usuários poderão utilizar as linhas 1900 – TI PE-15 (PCR) e 1976 – TI Pelópidas (PCR). Já no dia 18 de fevereiro e até a liberação da Ponte Duarte Coelho, os BRTs irão operar fazendo retorno na Estação Riachuelo. 

Para mais informações, os usuários dispõem da Central de Atendimento ao Cliente no 0800.081.0158, que funciona das 7h às 19h. 

Informações: GRCT

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Curitiba terá a terceira tarifa mais cara entre as capitais

A nova tarifa (R$ 3,15 a R$ 3,30) do transporte coletivo de Curitiba será a terceira maior do país. A capital paranaense perderá apenas para São Paulo (R$ 3,50) e Rio de Janeiro (R$ 3,40). A capital com a tarifa mais baratas do Brasil é Macapá (AP), em que preço é R$ 2,10.

Entre dezembro de 2014 e fevereiro de 2015, onze capitais brasileiras anunciaram o aumento das tarifas de ônibus municipal e outras cinco discutem a possibilidade de aumentar o preço das passagens nos próximos meses. Em 2013, muitas prefeituras desistiram de aumentar o preço das passagens após os protestos de junho, mas pelo menos sete capitais aumentaram o valor ao longo de 2014.

Com o anúncio do aumento das tarifas, o Movimento Passe Livre (MPL) anunciou protestos contra o aumento em diversas cidades. Em Curitiba, um protesto mobilizado pela Frente de Luta pelo Transporte e Rede Contra o Tarifaço está marcado para quinta-feira (05), às 18h, na Boca Maldita. Organizado pelo Facebook, o evento tinha 33 mil confirmações até às 19h desta terça-feira (03).

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SPTrans quer redistribuir frota de ônibus com mais superarticulados

O prefeito da cidade de São Paulo, Fernando Haddad, deu novas declarações do que será o novo sistema de ônibus da capital paulista. Entre os planos, esta a restruturação e redistribuição de linhas, o que acarretará em menos veículos ociosos. Atualmente não é raro perceber nas ruas veículos muitos lotados e outros vazios, o filas intermináveis de coletivos em corredores.

De acordo com o jornal “Folha de São Paulo“, Haddad fala em reduzir a frota de 15 mil para 11 mil ônibus, correspondendo a 27% menos ônibus. A medida serviria para descongestionar as faixas e corredores exclusivos.

Menos veículos não significa menos lugares no transporte.

O prefeito da maior cidade brasileira afirmou que o número de ônibus superarticulados deve aumentar. Aliado a isto, a administração pública aposta em uma maior regularidade nos serviços.

Em outros sistemas sobre pneus que possuem melhores índices de aprovação do usuários, a exemplo de Curitiba e o corredor São Mateus-Jabaquara, as linhas possuem maiores regularidades. Claro que nestes sistemas existem muito menos interferência dos demais veículos. Para tanto, a prefeitura de São Paulo aposta também nas faixas exclusivas e nos corredores do tipo BRT (Bus Rapid Transit).

Informações: Via Trolebus

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Velocidade média dos ônibus no Centro de Manaus é de 8 a 11km/h, diz estudo

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2015

Mobilidade urbana significa, na prática, deslocamento rápido no trânsito e acesso fácil às áreas da cidade. O conceito, em relação ao transporte urbano coletivo, não se aplica a Manaus, segundo estudo da Oficina Consultores apresentado à Prefeitura de Manaus. 
Foto: Sandro Pereira

Conforme o levantamento, a velocidade média dos ônibus nos principais corredores viários da cidade, envolvendo o Centro, gira em torno de 8 a 11 quilômetros por hora nos horários de pico, enquanto que a velocidade de uma pessoa caminhando normalmente é de 5 km/h. Na Avenida Autaz Mirim - conhecida como Grande Circular -, na zona leste de Manaus, a velocidade média dos ônibus é de 15 km/h, nos horários de maior fluxo (início da manhã e final da tarde).

Outro dado interessante apresentado pela pesquisa é que a frota de automóveis registrou um aumento de 157% em dez anos na cidade e a de motocicletas, de 133%.

Conforme o engenheiro civil José Carlos Xavier Grafite, especialista em Mobilidade Urbana e Planejamento de Transporte Urbano e consultor do PlanMob Manaus, que apresentou os dados, nessa terça-feira, em comparação a outras cidades brasileiras, apesar da lentidão dos ônibus, Manaus está com seu Plano de Mobilidade Urbano adiantado. “O maior desafio é dotar a cidade de uma rede de transporte coletivo eficiente, com a população tendo a certeza do cumprimento de horário, e que garanta rapidez aos veículos, pois o pior na rede de transporte são os atrasos e a baixa velocidade dos ônibus que ficam presos no trânsito”.

O diretor-presidente da Superintendência Municipal de Transportes Urbanos (SMTU), Pedro Carvalho, reconhece a deficiência do sistema. Carvalho diz que a mobilidade urbana precisa virar lei para ser cumprida. “A proposta precisa ser executável e que o plano se transforme em uma lei para que possa ser seguida e colocada em prática por qualquer gestor municipal”, disse. 

Abril é o mês limite para que os municípios brasileiros com mais de 20 mil habitantes aprovem o Plano de Mobilidade Urbana, determinado pela Lei Federal nº 12.587/12. Caso não o façam, poderão perder recursos federais se a União decidir usar a implementação do plano como critério para liberação de verbas.

A Prefeitura de Manaus espera a colaboração de profissionais da engenharia e arquitetura para finalizar seu plano. Sugestões podem ser apresentadas no portal do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea) e da Prefeitura: www.cre-am.org.br e www.manaus.am.gov.br, respectivamente.

De acordo com o diretor-presidente do Instituto Municipal de Engenharia e Fiscalização do Trânsito (Manaustrans), Paulo Henrique Martins, a colaboração os engenheiros é importante para definir uma engenharia de trânsito. “A participação dos profissionais precisa ser a mais ampla possível, pois estamos tratando do Plano de Mobilidade Urbana em várias frentes, abordando acessibilidade, transporte público, logística do transporte de carga, sistema viário para automóveis e bicicletas, e outros, portanto, precisamos da contribuição valiosa de nossos profissionais”, afirmou Paulo Henrique.

O presidente do Crea-AM, engenheiro civil Cláudio Guenka, disse que o conselho vai apoiar toda iniciativa que possa trazer soluções para a problemática da mobilidade urbana de Manaus, especialmente as que reduzam os transtornos do trânsito.

Informações: d24am.com

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Passagem de ônibus em Porto Alegre pode chegar a R$ 3,50

As empresas de ônibus de Porto Alegre solicitaram aumento de 18,3% na tarifa do transporte coletivo da capital. O documento foi protocolado pelo Sindicato das Empresas de Ônibus de Porto Alegre (Seopa) na tarde desta terça-feira (3) na sede da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC).

Os empresários justificam que alguns itens tiveram acréscimo: o óleo diesel, por exemplo, que sofreu reajuste de 12,57%. O custo com remuneração de mão de obra também cresceu, segundo o Seopa, com o aumento no salário dos rodoviários, assim como o reajuste no vale-alimentação, que teve um acréscimo de 10,52%.

O Seopa argumenta ainda que o setor de transporte enfrenta, nos últimos dois anos, um "achatamento tarifário" e alega que o reajuste dos últimos dois anos foi de 3,5% (passando de R$ 2,85 para R$ 2,95), "expressivamente menor que os demais setores da economia", diz o texto.

Mais cedo, o prefeito de Porto Alegre José Fortunati afirmou que o reajuste no valor da gasolina e óleo diesel e o recente acordo entre empresários do setor do transporte coletivo e rodoviários sobre aumento salarial poderiam provocar também elevação na tarifa de ônibus e lotação.

"Finalmente aconteceu um acordo entre rodoviários empresários. Com isso, os rodoviários de Porto Alegre passaram a ter o maior salário entre todos os do país. Isso é importante, valoriza, mas também tem impacto sobre a tarifa do transporte coletivo”, indicou Fortunati em entrevista à Rádio Gaúcha.

Na última semana, a categoria aprovou reajuste salarial de 8%. Segundo a Associação dos Transportadores de Passageiros (ATP), atualmente, um motorista de ônibus ganha R$ 2 mil ao mês e o cobrador tem um vencimento aproximado de R$ 1,2 mil. A carga horária é de 7h.

Já houve aumento das passagens de ônibus em diversas cidades brasileiras — em São Paulo, de R$ 3 para R$ 3,50 e, no Rio, R$ 3 para R$ 3,40. Hoje, o valor da tarifa em Porto Alegre é R$ 2,95.

Informações: G1 RS


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Passagem de ônibus em Curitiba sobe para R$ 3,15 a partir de sexta-feira (6)

A Prefeitura de Curitiba anunciou o reajuste da tarifa do transporte coletivo por meio de nota em seu site na tarde desta terça-feira (3). A partir da zero hora de sexta-feira (6), a tarifa de ônibus em Curitiba passa de R$ 2,85 para R$ 3,15, para pagamento em cartão-transporte, e R$ 3,30, para pagamento em dinheiro.

Os valores são válidos para as linhas da Rede Integrada de Transporte (RIT). Na Linha Turismo, a passagem que custa R$ 30,00 irá para R$ 35,00. Nesse ônibus, cada passagem dá direito a cinco embarques na mesma linha, que passa pelos principais pontos turísticos da capital. O Circular Centro passa de R$ 1,80 para R$ 2,00. A tarifa domingueira continuará custando R$ 1,50.

De acordo com a prefeitura, a atual tarifa vigorava desde março de 2013. Em julho daquele ano, depois das manifestações, o preço da passagem caiu para R$ 2,70. Esse reajuste é o segundo em poucos meses: em novembro de 2014, a prefeitura já havia reajustado a tarifa para R$ 2,85. Segundo o executivo municipal, a correção de R$ 0,30 (10,5%) não recompõe a inflação dos últimos dois anos – aproximadamente 12%.

“O prefeito determinou que estabelecêssemos uma tarifa módica, ou seja, aquela que pesasse o menos possível no bolso do trabalhador. Esperamos que todos entendam o momento difícil que passamos. Não e possível imaginar que a alta nos custos não refletiria na tarifa”, disse Roberto Gregório, presidente da Urbanização de Curitiba S/A (Urbs).

Um dos fatores que mais pesa na composição da tarifa, ressalta o município, é a remuneração dos motoristas e cobradores. Gastos com salários e encargos sociais correspondem a 48% do total da tarifa. Desde 2011, o reajuste médio da categoria está na casa de 10% ao ano. Em 2015, as negociações ainda estão em andamento. A primeira audiência de conciliação entre trabalhadores e patrões foi realizada nesta segunda-feira (2), sem acordo.

Justamente por isso, Gregório não descarta um novo reajuste. “Todos os nossos cálculos estiveram dentro da variação INPC. Já começamos a conversar com o sindicato dos trabalhadores. Todos precisam colaborar. Mas, obviamente, se tiver uma decisão judicial que extrapole muito essa projeção do INPC, será necessário sim transferir esse custo adicional para a tarifa. Mas não desejamos isso pretendemos ter sucesso nas negociações para não precisar um novo aumento neste ano.

Subsídio

De acordo com a prefeitura, com esse reajuste o executivo municipal assume integralmente o pagamento do subsídio das linhas urbanas, que será de R$ 2 milhões por mês. "O reajuste faz parte do esforço da prefeitura para manter a integração e a tarifa única", informa a nota. Segundo os cálculos da prefeitura, com esse novo valor tarifário, o subsídio do governo estadual, para as linhas metropolitanas, cairia de R$ 7,5 milhões/mês em 2014 para cerca de R$ 7 milhões/mês em 2015. Nos últimos dois meses de 2014, o subsídio estadual já estava abaixo dessa conta. A média foi de R$ 6 milhões por mês justamente por conta do aumento de novembro repassado à população.

O estado entende que os custos do déficit metropolitano têm de ser divididos com a prefeitura de Curitiba. Isso porque a capital também se beneficiaria com a vinda diária de moradores da região metropolitana para trabalhar e estudar. A proposta, segundo a Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (Comec), foi recusada pela prefeitura de Curitiba. A gestão municipal afirma que não pode arcar com custos da região metropolitana.

Diante desse impasse, Gregório afirmou que a operacionalização da integração está mantida, mas que o governo do estado está responsável por fazer os pagamentos das empresas metropolitanas. Segundo o sindicato que representa as empresas, esses repasses não veem sendo feitos desde o dia 1º de janeiro.

Tarifa Técnica

Por contrato, a tarifa técnica – aquela que é repassada às empresas – é reajustada sempre em fevereiro. O prefeito Gustavo Fruet anunciou na semana passada que esse valor deve ficar entre R$ 3,60 e R$ 3,75. Mas Gregório disse que ainda é prematuro falar em valores e que a prefeitura vem trabalhando para conter essa alta.

“No ano passado, a Comissão da Tarifa criada pelo prefeito encaminhou contribuições para os órgãos de controle. Mais recentemente enviamos uma proposta para as empresas sobre as diversas questões judiciais, como sobre a quantidade de mão obra no setor, o pagamento de parte da outorga com a frota e a liminar que suspende a cobrança imediata em caso de descumprimento dos indicadores de qualidade.”

Todas essas medidas, entretanto, não devem conter a alta programada para a tarifa técnica neste mês. O novo valor pago pelo usuário continuará sendo insuficiente para cobrir os custos do sistema informados pelos empresários e chancelados pela Urbs.

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Como São Paulo quer melhorar o transporte público com menos ônibus

Fernando Haddad (PT), prefeito de São Paulo, quer resolver o problema do transporte público na cidade de uma maneira, que a princípio, pode não fazer sentido. Para tornar o sistema mais eficiente, a prefeitura pode propor, na nova licitação dos transportes, uma redução no número de ônibus que circulam diariamente pela cidade.

Em entrevista a EXAME.com, o secretário municipal de transportes, Jilmar Tatto, não confirmou em quanto (e se) o número de ônibus será reduzido. Segundo ele, as possibilidades ainda estão sendo avaliadas pela prefeitura. A previsão é de que a atual frota seja reduzida em 27%, segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo do último domingo.

Tatto afirma que uma empresa já foi contratada para delinear o novo conceito do sistema de transporte público de São Paulo. "Estamos revendo o traçado das linhas de ônibus, a quantidade de linhas que temos na cidade e a de assentos", diz. A nova licitação deve ser aprovada ainda neste semestre. 

Veja quais as possíveis mudanças:

1. Ter menos ônibus, mas o mesmo número de assentos

Uma das possibilidades, segundo Tatto, é substituir os veículos tradicionais por ônibus superarticulados. Se aprovada, a medida deve diminuir o número de ônibus que circulam pela cidade, mas manter a quantidade de assentos oferecidos hoje.

Enquanto um ônibus convencional carrega 75 passageiros sentados e em pé, um ônibus superarticulado tem capacidade para levar 170 passageiros - 58 sentados e 112 em pé.

2. Reorganizar a lógica do sistema de transporte público

"O que sabemos hoje é que a quantidade de ônibus em São Paulo é suficiente, mas mal distribuída do ponto de vista dos locais onde operam e do tamanho", afirma o secretário. De acordo com ele, hoje há ônibus pequenos circulando em locais de grande demanda enquanto veículos grandes trafegam em áreas com uma demanda menor.

Para solucionar isso, a proposta é reorganizar a rede de transportes municipal. Hoje, a distribuição das linhas de ônibus é pensada de acordo com os horários de pico. Neste período, toda frota e estrutura administrativa da SPTrans é colocada na rua. Assim que o horário de pico termina, os ônibus são retirados de forma linear, com intervalos cada vez maiores.

No novo modelo, o sistema seria estruturado em cinco redes integradas que seriam planejadas de acordo com a demanda específica do momento. Uma seria focada nos horários de pico e outra para o período que se estende das 9h às 18h, além de outras elaboradas especialmente para as madrugadas, sábados e domingos.

Um exemplo disso é como funcionará o esquema de ônibus durante a madrugada. Neste período, haverá linhas que seguem o trajeto do metrô – que não funciona entre meia-noite e 4h da manhã -, além de rotas para hospitais e para locais que concentram eventos noturnos, como restaurantes, bares e baladas, por exemplo.

3. Encarar os corredores de ônibus como metrô

Atualmente, o sistema de ônibus da cidade é dividido em zonas. Pela proposta da prefeitura, o serviço seria estruturado de acordo com o tipo de percurso e a demanda. Tatto projeta que isso pode garantir mais velocidade aos ônibus em cada trajeto. Para isso, o sistema seria dividido em três tipos: estrutural, coletor e intra-bairro.

Os chamados “ônibus estruturais” circulariam apenas pelos corredores de ônibus da cidade. Os veículos seriam grandes e articulados. É nestes eixos que os modelos menores seriam substituídos por ônibus maiores, mas em menor quantidade.

A ideia é que os corredores funcionem como uma espécie de metrô, levando os passageiros de forma rápida de um mesmo ponto de origem e destino.

Já os “ônibus coletores” terão o tamanho padrão e buscariam os passageiros dentro dos bairros para levá-los até os corredores. Os “intra-bairro” seriam menores (micro-ônibus e vans) e circulariam pelas ruas mais estreitas que não suportam veículos maiores dentro dos bairros.

Tatto afirma que tais mudanças seguem os eixos estabelecidos pelo recém-aprovado Plano Diretor de São Paulo. Um dos principais pontos do projeto é o de adensar a população ao longo das vias expressas de transporte público, como corredores de ônibus e estações de metrô, para reduzir o tempo de deslocamento entre casa e trabalho.

"Foi o Plano Diretor que definiu quais serão esses eixos. Cabe a nós agora aplicar e construir os corredores onde ainda não tem", diz Tatto.

Vai funcionar?

"São Paulo tem 1.700 km de linhas transpostas, que percorrem o mesmo trajeto com ônibus tradicional e articulado. Isso não é eficiente", afirma Luiz Vicente Figueira de Mello, especialista em gestão ambiental com foco em mobilidade urbana e coordenador do curso de Engenharia da Universidade Presbiteriana Mackenzie Campinas.

Para o especialista “já estava na hora” de mudanças como as propostas acontecerem. No entanto, segundo ele, a nova lógica pode não ter um impacto positivo para todos os setores da sociedade – a começar pelos motoristas e cobradores de ônibus que podem perder seus empregos. Os usuários do transporte coletivo podem também não gostar da ideia em um primeiro momento.

"As pessoas estão acostumadas a pegar o mesmo ônibus todos os dias. Elas não vão gostar de ter que pegar mais de um ônibus para fazer seu trajeto completo, mesmo que ele seja mais rápido", explica. “Isso precisa ser feito de forma gradativa e com muita informação disponível para o público”. 

Por Beatriz Souza
Informações: Exame Abril

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