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Jaboatão dos Guararapes deverá ganhar dez faixas para ônibus até o fim do ano

segunda-feira, 24 de junho de 2013

Jaboatão dos Guararapes deverá ganhar dez faixas para ônibus até o fim do ano. Serão 26,9 km de vias preferenciais nos bairros do Jordão, Piedade, Muribeca, Prazeres, Barra de Jangada e Candeias, nos moldes do Bus Rapid Service (BRS, sigla em inglês para sistema rápido de ônibus). O plano para melhorar a mobilidade no município, que será implantado com recursos da prefeitura e do governo do estado, foi apresentado ontem pelo prefeito Elias Gomes(PSDB). 

Ele também anunciou oficialmente a redução da tarifa de ônibus do sistema municipal de R$2 para R$1,90, que já está em vigor há dois dias. Cem mil pessoas usam o sistema. Uma das faixas para ônibus vai operar na Avenida Ayrton Senna, Piedade. Os coletivos que estiverem na Avenida Bernardo Vieira de Melo não precisarão mais dobrar à direita e entrar na Avenida Boa Viagem. Agora, poderão entrar à esquerda, ingressar na Visconde de Jequitinhonha (no contra fluxo) e seguir pela Domingos Ferreira. A meta é aliviar o trânsito no início da Avenida Boa Viagem. 


Sistema semelhante será implantado na PE-27, com a criação de mais uma faixa reservada aos coletivos. Hoje,a rodovia conta com duas pista sem sentidos opostos. O alargamento facilitará o deslocamento na BR 101. Os outros corredores serão instalados na Estrada da Batalha, na Rua Arão Lins e na Avenida Barreto de Menezes, em Prazeres; na Avenida Presidente Kennedy, em Candeias; e nas avenidas AyrtonSenna e Visconde de Jequitinhonha, em Piedade. “Não se trata de concorrência entre carros e ônibus, mas de transferência de oportunidades”, afirmou o prefeito Elias Gomes. 

Dependendo da complexidade, os corredores poderão levar de 30 a 180 dias para ficar prontos. A instalação da sinalização representará 60% das obras. As desapropriações e a construção de ruas somarão os outros 40%. “Só o aumento do número de vias não é suficiente para resolver o problema do trânsito. É precisovalorizar o transporte coletivo”, comentou o secretário de Mobilidade, Evandro Avelar. 

Passagens 
A prefeitura zerouo ISS e a Remuneração do Serviço de Transporte(RSP), diminuindo o preço dos bilhetes em R$0,10. Em contrapartida, 200 ônibus serão trocados pelas empresas, com o apoio do Banco do Nordeste, em um ano. Noventa coletivos serão substituídos até dezembro. Além  disso, dois mil motoristas e cobradores serão capacitados em direção defensiva e atendimento.

Binário vai operar em 06 meses

A Secretaria de Mobilidade também anunciou a construção do terceiro binário da cidade, entre as ruas São Sebastião e Nossa Senhora do Loreto, em Piedade. A São Sebastião, hoje com dois sentidos, passará a ter mão única para quem sai das praias. A outra via terá duas faixas no sentido inverso. A previsão é de que o binário entre em operação em seis meses. 
A implantação custará quase R$ 2milhões, beneficiando cerca de 50 mil moradores. Outro binário, formado pela Rua Emiliano Ribeiro e pela Avenida Barreto de Menezes, deve ser entregue em 30 dias. Com 2 km de extensão, beneficiará 350 mil pessoas, ligando a Avenida Bernardo Vieira de Melo à Estrada da Batalha. A Barreto de Menezes passará a contar com quatro faixas de rolamento em direção ao mar, uma delas reservada aos ônibus, e uma ciclovia. As calçadas também vão ser alargadas. A Rua Emiliano Ribeiro terá sentido contrário. 

O primeiro binário da cidade entrou em operação há dois anos. É formado pela PE-08 e pela Avenida Visconde do Rio Branco, em Jaboatão Centro, e tem pouco mais de 2km de extensão. A instalação dos três binários faz parte do Projeto de Reestruturação da Mobilidade da cidade, que já introduziu a bilhetagem eletrônica, instalou o Conselho Municipal de Transporte e modificou a Avenida Ayrton Senna.

Informações: Diário de Pernambuco
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Transporte coletivo de Itajaí faz parceria com Google para disponibilizar horários na internet

Uma das maiores dificuldades para quem usa o sistema de transporte coletivo, em qualquer cidade, é saber o horário. Encontrar um ponto de ônibus com as informações é como ganhar na loteria. Imagine então se tiver como saber o itinerário das linhas. Mas isso em breve será possível em Itajaí.

A Coletivo Itajaí, empresa responsável pelo transporte público, formalizou uma parceria com a Google e deve lançar, dentro de três ou quatro semanas, a implantação de todo o sistema de horários e destinos na internet. Bastará ao usuário dizer onde está e para onde quer ir que o sistema mostrará qual ônibus pegar, quanto tempo demorará para o carro chegar e qual será o tempo de viagem. Tudo isso, na palma da mão.
Foto: Rafaela Martins / Agencia RBS
O sistema está quase pronto. Falta apenas mapear algumas ruas para que ele seja lançado e entre em total funcionamento. O consultor da empresa, Marco Littig, diz que espera apenas agendar uma data com o pessoal da Google Brasil para fazer o lançamento oficial em Itajaí.

— É interesse até deles em usar o nosso modelo como case no Brasil — disse Littig.


Segundo o consultor, Itajaí é apenas o 11º município do país a implantar o sistema. E para colocar ele em funcionamento, foi feito um grande trabalho. O primeiro deles foi mapear todos os ponto de ônibus da cidade, usando um GPS em cada um deles. Depois disso, foram feitas tomadas de tempo para ver quanto tempo um veículo demora de um ponto a outro. Com tudo mapeado, os dados foram enviados ao Google, que incluiu no sistema.

— Quando o usuário escolher o trajeto, o próprio aplicativo mostrará o caminho mais rápido. Mas dará também outras sugestões e caberá a pessoa escolher — conta Littig.

A maioria das linhas já pode ser acessada via Google Maps. Quem usar computador ou notebook, basta acessar o site maps.google.com.br, digitar o destino e escolher a opção "transporte coletivo" (o ícone lembra um vagão de metrô). As alternativas aparecem logo abaixo e o usuário pode escolher a que achar melhor. Então, é apontado o ponto de ônibus mais próximo, o tempo de espera até chegar o veículo, a distância, o trajeto e o tempo total de viagem.

Nos tablets e smartphones, o ideal é deixar o GPS ligado, para que ele reconheça o local onde você está. Para quem usa o sistema Android, os aplicativos do Google já estão incluídos. Já os usuários de iOS precisam fazer download.

Sistema não identifica situações em tempo real

Num futuro próximo, o consultor da Coletivo Itajaí, Marco Littig, aponta que as melhorias no sistema vão ajudar ainda mais o usuário. A primeira delas é a mudança para o novo Google Maps, que já pode ser acessado por alguns internautas. Na nova plataforma, o site vai permitir, entre outras ações, que seja possível identificar os vários horários de um mesmo trajeto em todos os dias da semana.

— O passageiro também poderá especificar que precisa estar em determinado horário em um lugar e o site te dará a melhor opção — conta.

Apesar de divulgar os horários dos ônibus, o sistema ainda não consegue identificar quando um veículo ficar parado no trânsito, por exemplo. A tecnologia de apontar a localização em tempo real ainda não chegou ao Brasil. Mas Littig diz já estar em contato com uma empresa israelense que criou um aplicativo chamado Moovit.

— É um aplicativo colaborativo criado para o transporte público. O usuário acessa e pode informar caso esteja parado no trânsito, alertando as pessoas que esperam no ônibus. O programa também vai permitir que o passageiro possa avaliar as condições dos veículo e o comportamento do motorista, passando essas informações para a empresa — explica.

Integração

Com a iminência da implantação do sistema de transporte integrado, previsto para o início de 2014, Marco garante que a mudança no sistema será automática. Ele acredita que, no mínimo, o número de horários de ônibus na cidade deverá triplicar com a implantação desse sistema.

— Hoje, temos 470 horários e acredito que vamos passar para 1,2 mil só otimizando o sistema. Mas esse número pode chegar até 2 mil — conta o consultor.

Littig acredita até que Itajaí terá uma reação diferente de outras cidades quando a integração for implantada. Na grande maioria dos municípios, a arrecadação das empresas diminuiu nos primeiros meses. Isso porque, as pessoas que pagavam duas ou mais passagens passam a pagar apenas uma. Aqui, a Coletivo Itajaí acredita num acréscimo significativo de usuários.

— Temos conversado com diversas empresas. Em uma delas, com 1,2 mil funcionários, apenas 80 usam o sistema de transporte coletivo. Quem mora em bairros vizinhos, usa bicicleta ou moto porque é mais rápido — conta.

Por Julimar Pivatto
Informações: O SOL DIÁRIO
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Como o VLT pode aliviar o transporte no Brasil

domingo, 23 de junho de 2013

São Paulo – Dá pra desatar o nó do transporte no Brasil? A solução para atender uma das demandas mais fortes e legítimas dos protestos que se espalham pelo país – o direito a um transporte público eficiente e de qualidade – pode passar longe do entendimento do senso comum, de “colocar mais ônibus e metrô nas ruas”, e se aproximar de algo como “colocar o bonde na rua e entrar nos trilhos”.

Versão moderna dos velhos bondes, os veículos leves sobre trilhos, mais conhecidos por VLTs, são considerados por especialistas uma alternativa mais barata e sustentável que outros meios de transporte coletivo como os ônibus e o metrô. Eles podem transportar até quatro vezes mais pessoas que o primeiro e custar metade do segundo.

“Os VLTs ainda dão uma impressão de melhoria ambiental imediata. A motorização elétrica os torna mais silenciosos e menos poluentes”, destaca o especialista em transporte público da UNB, Paulo Cesar Marques. Comparado aos BRT´s (Bus Rapid Transit), além da vantagem ambiental, os VLTs proporcionam controle mais automatizado (e menos dependente do motorista), o que pode garantir maior conforto.

Por suas vantagens, os VLTs já ajudaram grandes cidades do mundo a resolver seus problemas de mobilidade. A  França é um exemplo de país que adotou os netos dos bondes como instrumento de gestão urbana. Atualmente, dezoito cidades francesas têm pelo menos uma linha de VLT e até 2014 outras nove implantarão suas primeiras linhas.

A expansão de projetos de VLT também conduziu à revitalização urbana em torno das linhas. Um estudo do Ministério de Meio Ambiente da França indica que em 2009, 30% dos subsídios que o governo concedeu às comunidades para seus projetos de VLT foram dedicados à melhorias nas áreas atravessadas.

Rumo à Copa, cidades sobem nos trilhos

Com todos esses benefícios, você deve estar se perguntando por que o Brasil ainda não adotou em massa essa tecnologia. De acordo com o especialista da UNB, é tudo uma questão de oportunidade. “As cidades europeias que são exemplo de sucesso no uso de VLT nunca deixaram de ter bonde. É natural que houvesse uma evolução para algo mais moderno”, explica Paulo Cesar.

“Quando essa tecnologia ganha maior confiabilidade e boa imagem por suas vantagens ambientais, surgem condições pra que outras cidades possam adotá-la”, acrescenta. Aos poucos, o VLT desponta como solução para o transporte no país.

Por Vanessa Barbosa
Informações: Exame Abril
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Governo deixou de arrecadar R$ 30 bi em incentivos para carros nos últimos 04 anos

Enquanto a população vai às ruas exigir transporte público de qualidade, uma conta salta aos olhos. Ao conceder subsídios para a compra de automóveis e adiar o reajuste do preço da gasolina pela Petrobras, o governo deixou de arrecadar dos donos de veículos particulares R$ 30 bilhões desde 2008. Esses recursos fizeram falta em outras áreas, sobretudo na mobilidade urbana, confrontada por cidades abarrotadas de carros. Para completar, esses valores não ajudaram a economia a sair do marasmo.

Pelos cálculos do diretor do Centro de Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires, ao zerar a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), gradualmente até este mês, os cofres públicos deixaram de arrecadar R$ 22 bilhões. O governo abriu mão de outros R$ 8 bilhões ao reduzir o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) de carros.

Até o fim do ano, a renúncia total subirá para R$ 35 bilhões, valor equivalente ao investimento previsto no trem-bala entre São Paulo e Rio de Janeiro, obra que ainda não saiu do papel e teve seus leilões adiados. O trem de alta velocidade resolveria boa parte do congestionamento aéreo e rodoviário entre as maiores cidades do país. "Isso mostra um desgoverno na política de transporte. Com essas medidas de desoneração, o transporte individual foi privilegiado, além do combustível importado e que polui mais", lembrou Pires.

O especialista em contas públicas e professor da Fundação Getulio Vargas (FGV-SP), Fernando Zilvetti, criticou a falta de estratégia e as escolhas erradas do governo. "O recado que o povo está dando nas ruas é bem claro e reflete a insatisfação com da qualidade ruim do serviço público", afirmou. "O problema não é a arrecadação, pois o governo tem dinheiro. O problema é a gestão dos recursos, sempre errada", analisou. Zilvetti destacou ainda que o governo tem praticado desonerações sem prever seu desdobramentos para a qualidade de vida das cidades - os engarrafamentos não param de aumentar.

Sem alternativa
Para reduzir o impacto do congelamento da gasolina no caixa da Petrobras, o governo usou o esvaziamento da Cide para tentar segurar a inflação, objetivo que não conseguiu atingir - o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) se mantém no limite da tolerância, de 6,5%, desde o ano passado. Com isso, as alternativas de transporte público, como trens e ônibus, ficavam em segundo plano, ao mesmo tempo em que 3,6 milhões de automóveis particulares ganharam as ruas só no ano passado. Esse quadro não teve qualquer compensação dos investimentos previstos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) em mobilidade urbana das grandes cidades.

Apenas metade dos projetos, orçados em R$ 32 bilhões, viraram obras. E há grandes dúvidas se estarão concluídos no prazo, até 2014. Os empreendimentos visam apoiar iniciativas de 17 estados e o Distrito Federal, com construção de 600 quilômetros de vias asfaltadas e 200 quilômetros de trilhos, além da compra de mais de 1 mil veículos sobre trilhos. Os recursos estão previstos para financiar metrô, Veículo Leve sobre Trilho (VLT) e corredores de ônibus, beneficiando 53 milhões de passageiros. Mas tudo ainda são promessas.

Informações: Correio Braziliense

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BNDES aprova crédito de R$ 2,3 bilhões para Metrô de São Paulo

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) informou, nesta sexta-feira, 21, ter aprovado dois financiamentos, no total de R$ 2,3 bilhões, para o Estado de São Paulo investir em obras do Metrô. Os empréstimos serão usados na expansão da Linha 2-Verde e para a implantação da Linha 15-Prata, em sistema monotrilho.

O projeto da Linha 2-Verde receberá R$ 1,5 bilhão, para a expansão no sentido nordeste da capital, no trecho entre a estação Vila Prudente e o estacionamento Rapadura, entre os bairros de Nova Manchester e Vila Formosa. A participação do BNDES será de 45,6% do investimento total.


Outro projeto, com valor de R$ 800 milhões, prevê a construção da Linha 15-Prata, em sistema monotrilho, no sentido leste da cidade, no trecho entre as estações Vila Prudente e Hospital Cidade Tiradentes. Um empréstimo anterior, no valor de R$ 922 milhões, já foi liberado pelo BNDES ano passado, para o mesmo projeto. Considerando os dois financiamentos, a participação total do BNDES aqui será de 37,6% do investimento total.

Nos últimos cinco anos, o BNDES aprovou R$ 6,272 bilhões em empréstimos para projetos do Metrô de São Paulo. O maior valor liberado foi para a expansão de 3,9 quilômetros da Linha 2, ligando as estações Alto Ipiranga e Vila Prudente, com compra de 16 trens novos, que teve R$ 1,579 bilhão do BNDES.

Informações: Agência Estado
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Ponta Grossa terá greve de ônibus a partir do dia 26

Reunidos em assembleia na tarde desta sexta-feira (21), funcionários da Viação Campos Gerais (VCG), que opera o transporte coletivo em Ponta Grossa, nos Campos Gerais, decidiram entrar em greve a partir da próxima quarta-feira, dia 26. Eles pedem reajuste salarial e rejeitam a proposta da empresa. A decisão pode impactar no preço da tarifa.

Dos 610 votantes, 566 foram favoráveis à greve. A votação ocorreu durante toda a tarde desta sexta-feira na sede do clube Democrata e, após o anúncio do resultado da apuração, os 45 presentes comemoraram a decisão. A partir da zero hora do dia 26 nenhum ônibus vai circular, conforme o secretário de Comunicação do Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Passageiros Urbanos (Sintropas), Airton Nascimento Costa.


O sindicato pede reajuste salarial de 12% e aumento no vale-alimentação para R$ 240 (hoje, ele está fixado em R$ 120). A VCG oferece 8,5% de aumento e vale-alimentação de R$ 130 mensais.

Esta é a segunda greve deflagrada pela categoria desde a data-base do ano passado, quando os ônibus deixaram de circular na cidade. À época, os trabalhadores voltaram aos postos depois de aceitarem proposta de reajuste da empresa e por força de uma decisão do Tribunal Regional do Trabalho, que considerou o movimento abusivo.

A greve abrange os 1.250 funcionários, entre motoristas, cobradores e o pessoal do administrativo. O salário inicial de um motorista hoje é de R$ 1.318, enquanto que um cobrador em início de carreira ganha R$ 789.

A assessoria de imprensa da VCG informou que a empresa fez vários encontros com a diretoria do sindicato. Um dos argumentos usados foi de que os protestos nacionais pedem a redução das tarifas aplicadas no transporte coletivo e que, com o reajuste pedido pela categoria, uma única categoria seria beneficiada. “Contamos com o apoio da população neste momento”, retrucou Costa, do Sintropas.

Tarifa

O último reajuste em Ponta Grossa ocorreu em junho do ano passado, quando a passagem passou de R$ 2,40 para R$ 2,60. Hoje, com a desoneração do ICMS, a tarifa baixou para R$ 2,50 para quem tem bilhete eletrônico, ou seja, 65 mil passageiros diários. Segundo a assessoria de imprensa da VCG, a empresa pode pedir o reajuste a cada 12 meses ou quando houver desequilíbrio financeiro.

Ainda hoje (21), o prefeito Marcelo Rangel (MD) anunciou que vai enviar à Câmara uma mensagem prevendo a isenção do pagamento do Imposto sobre Serviços (ISS) a fim de desonerar o sistema e evitar que o reajuste dos funcionários aumente o valor da passagem. 

Por Maria Gizele da Silva
Informações: Gazeta do Povo

Atualização 25.06 às 09:58

Através de nova reunião entre a Viação Campos Gerais (VCG) e o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de Passageiros Urbanos (Sintropas) – o qual representa os funcionários da empresa – as partes tentam chegar a uma acordo para que a greve, oficialmente programada para as 0h desta quarta-feira, seja evitada.


O encontro foi convocado pelos diretores da VCG e acontece às 14h30 na garagem dos ônibus da empresa, no Bairro Oficinas. Apesar de comissionaria não confirmar ao sindicato, a reunião serve para a apresentação de uma contraproposta, a qual tende a ter sido motivada devido à futura isenção do Imposto Sobre Serviços (ISS) do transporte coletivo anunciado pelo prefeito Marcelo Rangel (PPS).
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Especialistas dão soluções para sistema de transporte ideal

Os protestos das últimas semanas por todo Brasil – no que se referem aos pedidos para um sistema de transporte público melhor e mais barato – trouxeram uma sorte de sugestões para aperfeiçoamento das regras atuais. Depois das reclamações, até agora, o Estado apresentou apenas uma solução: voltou atrás e revogou os aumentos.

Porém, essa é apenas uma das alternativas para satisfazer o anseio dos usuários de transporte público nas grandes cidades do País. E, segundo, o poder público, as reduções ocorreram às custas de cortes em outros projetos que seriam bancados pelo Estado.

Para chegar a uma solução definitiva e que se sustente, o Terra ouviu autoridades em engenharia de tráfego, tecnologia e finanças públicas e elaborou uma lista de tarefas a partir das propostas apresentadas por esses profissionais.​

Em síntese, as ideias convergem para a oneração do transporte individual, racionalização dos contratos de concessão do setor e revisão do sistema público de transportes, que gerariam receita para os investimentos em infraestrutura de vias, tecnologia de veículos.

Participaram da elaboração do plano o economista e vice-presidente da Fundação Getúlio Vargas (FGV) Marcos Cintra, o engenheiro e cientista chefe do Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (Cesar) Silvio Meira e o mestre em engenharia pela Universidade de São Paulo (USP), Horácio Augusto Figueira.

Tecnologia
- Uma rede de sensores que identificaria problemas com semáforos, alagamentos e vias congestionadas. A solução possibilitaria à engenharia de tráfego do município intervir em tempo real no trânsito para criar rotas alternativas;

- Sensores instalados em pontos fixos da malha viária da cidade e também em objetos móveis, como os veículos dos órgãos municipais de trânsito que circulam pela cidade. Isso daria maior alcance ao monitoramento das autoridades competentes;

- Uma central para receber todas as informações coletadas por meio da rede de sensores e as transmitir em tempo real. Nesse local trabalhariam técnicos que teria subsídios para solucionar os problemas de tráfego.

Finanças
- Pedágio urbano. A solução não se trata da criação de um imposto, mas de uma tarifa por uso – paga quem quiser trafegar de carro pelas vias pedagiadas. A adoção desse sistema traria receita para subsidiar ainda mais o transporte coletivo e seria uma medida que traria resultados de curto prazo e já conhecidos (a cidade de Londres aderiu a essa proposta);

- Política de garagens privadas e proibição de veículos estacionados em vias públicas. Com isso, seria possível criar mais faixas exclusivas para o transporte coletivo, aumentando a eficiência e criando condições de tarifas menores;

- Revisão de contratos. Um “pente-fino” nos atuais contratos para encontrar desperdícios e ineficiências contribuiria, a longo prazo, para redução nas tarifas do transporte coletivo.

Engenharia de tráfego
- Desestimular o transporte individual. Adotar medidas como a proibição de tráfego de carros em duas ou até três faixas de grandes avenidas abriria espaço para maior fluidez dos ônibus;

- Fim do sistema de pagamento por hora para estacionar em via pública. Com a extinção da chamada “zona azul”, os veículos de transporte coletivo mais uma vez seriam privilegiados em detrimento do transporte individual;

- Aumento da frota de ônibus. Maior oferta de veículos de transporte coletivo atenderia melhor à demanda;

- Prioridade para investimento em ônibus a metrô e trens urbanos. O metrô seria uma solução para um segundo momento, devido a sua menor capilaridade e custo mais alto de investimento.

Colaborou Rodrigo Celente.

Informações: Portal Terra
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Tarifa de ônibus volta a R$ 2,20 em Natal

A partir deste domingo, 23, a passagem de ônibus em Natal volta a custar R$ 2,20. A Prefeitura do Natal decidiu, unilateralmente, revogar o aumento concedido ao sistema de transporte público há 33 dias. O Executivo Municipal, contudo, ainda avalia a possibilidade de redução de impostos como o ISS (Imposto Sobre Serviços) cuja alíquota de 5% é repassada pelas empresas à Municipalidade.

À priori, Carlos Eduardo asseverou que nenhuma espécie de subsídio será concedida ao Sindicato das Empresas de Transportes Urbanos de Passageiros do Município do Natal (Seturn) como compensação pela redução da tarifa. O Seturn foi comunicado pelo prefeito ainda na tarde de ontem, mas não falou, até agora, sobre a decisão. No final do ano passado, o Sindicato concedeu aumento aos trabalhadores do setor com base no valor da tarifa em R$ 2,40.


“É uma decisão política. Natal não pode ficar na contramão do Brasil. Nós devemos estar sincronizados com o restante do país”, argumentou o prefeito. A decisão da Prefeitura coincidiu com o dia marcado para o ato “Nacional de Lutas Contra o Aumento das Passagens, em Defesa do Transporte Público e pelo Passe Livre” em Natal e outras 74 cidades brasileiras. Na capital potiguar, o ato reuniu uma multidão de jovens, adultos e famílias que protestaram contra o aumento abusivo da tarifa e pelo passe livre.

O prefeito enfatizou, contudo, que o anúncio da revogação do valor da tarifa não tinha o intuito de enfraquecer a manifestação e seguia uma tendência nacional. “A Prefeitura apóia o movimento pacífico, mas nem sempre poderá dizer sim. Tudo depende de análise. A gente resolveu colocar Natal no cenário do Brasil”, assegurou. Para ele, a redução é decorrência de um efeito cascata, quando comparado com outras cidades que decretaram a diminuição da passagem como Rio de Janeiro e São Paulo. 

Informações: Tribuna do Norte

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