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Tarifa de ônibus está mais cara em Divinópolis-MG

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

O valor da tarifa do transporte coletivo em Divinópolis,  foi reajustada a partir desta segunda-feira (7). O preço da passagem passou de  R$ 2,25 para R$ 2,45, aumento de 8,9%. A última variação no preço foi em abril do ano passado, quando subiu de R$ 2,15 para R$ 2,25, reajuste de 4,65%.  Quem usa o cartão de vale passagem continuará pagando R$ 2,25 até o dia sete de março.

Informações: Sistema MPA

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O Brasil está pagando um preço alto pela falta de mobilidade

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

A imobilidade está pesando. E muito. Deixou de provocar apenas pequenos atrasos no dia a dia dos moradores das metrópoles para virar assunto sério no País. Começou a afetar a produtividade brasileira, com consequências econômicas. Sem caminhos livres, os funcionários têm levado cada dia mais e mais tempo para chegar ao trabalho, sejam fábricas, escritórios ou lojas. Não importa se de ônibus ou carro. Todos sofrem. Todos perdem horas para se deslocar nas cidades cada vez mais expandidas e menos dotadas de infraestrutura. Como consequência, há prejuízos à atividade intelectual, concentrada nos centros urbanos, exatamente os que mais sofrem com a imobilidade. Preocupada com a improdutividade alimentada pelos problemas da falta de mobilidade, a Confederação Nacional da Indústria (CNI) realizou um estudo que aponta um acréscimo de 20% no tempo médio gasto nos deslocamentos dos trabalhadores nas maiores metrópoles brasileiras. Ou seja, quanto mais imobilidade, menos produção e menos lucro.

O levantamento, realizado nas 12 principais metrópoles brasileiras (Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Brasília, Curitiba, Porto Alegre, Recife, Salvador, Fortaleza, Belém, Goiânia e Manaus), que concentram 45% da população urbana do País (20% só no RJ e em SP), aponta que essa dificuldade de se deslocar é resultado da expansão, quase sempre desordenada e sem infraestrutura adequada, dos centros urbanos. Com isso, os funcionários moram cada vez mais longe do trabalho e percorrem distâncias cada vez maiores para chegar ao emprego. Tem se levado, em média, 1h04 nos deslocamentos. As cidades não têm qualidade e o trabalhador está pagando por isso.

A CNI mostra, também, que a hegemonia do automóvel é coisa do passado. Engana-se quem ainda acha que, com ele, chega-se mais rápido. A mobilidade está tão comprometida que todos estão ficando parados no trânsito. Nas grandes cidades, um quilômetro de distância está sendo percorrido de ônibus em 2,93 minutos, a uma velocidade de 20,4 km/h. Enquanto que, de carro, a mesma distância é feita em 2,67 minutos, a uma velocidade de 22,4 quilômetros. Ou seja, o automóvel leva 26 segundos de vantagem sobre o ônibus e consegue desenvolver, em situações de estrangulamento viário, apenas 2 km/h a mais.

O Brasil está pagando um preço alto por essa imobilidade. Ela tem comprometido a operação do trabalhador, afetando não só aquele que depende do transporte público, mas também os que usam o automóvel. Atualmente, empresários mal conseguem realizar três reuniões por dia se tiverem que fazer deslocamentos. Cada vez o funcionário tem que acordar mais cedo para conseguir cumprir o percurso até o trabalho sem comprometer a carga horária. O resultado é que chegam exaustos e produzem menos”, argumenta o diretor de políticas e estratégia da CNI, José Augusto Fernandes.

A CNI percebe que, mesmo começando a afetar a economia do Brasil, a imobilidade continua de fora das grandes discussões do País. “Muitas empresas brasileiras têm se empenhado em desenvolver sistemas de produção rápida, o chamado just time, no qual um produto chega à fábrica no exato instante da sua produção, mas ficam vulneráveis na hora da entrega por causa dos congestionamentos. Ou seja, a evolução está se perdendo e isso é lamentável”, afirma.

Muitos dos problemas da imobilidade apontados pela CNI têm sido alimentados com a opção do Brasil pelo transporte rodoviário, seja coletivo ou individual. Uma herança dos americanos. Com a maioria dos deslocamentos sendo feitos por ônibus, as distâncias entre as moradias e os centros urbanos foram aumentando. A solução, segundo a CNI, é o transporte de massa e, não mais, a opção pelo modelo rodoviário. Em Pernambuco, por exemplo, o metrô tem apenas dois ramais que totalizam 25 km de extensão. E, mesmo assim, a mais recente linha, a Sul, tem 14 km e levou mais de dez anos para ser construída. Conclusão: o automóvel, especialmente ele, precisa deixar de ser protagonista para virar coadjuvante nas cidades contemporâneas.

Reportagem Especial sobre a Imobilidade do Trabalhador
Informações: Jornal do Comércio
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No Recife, Prefeito Geraldo Julio fala sobre o desafio para destravar o trânsito

Conciliar interesses divergentes não é fácil. Agradar pedestres, motoristas, ciclistas e usuários do transporte público, cada um tentando chegar ao seu destino sem aquele estresse diário, parece até impossível. Mas a cobrança por uma mobilidade melhor na cidade aumenta a cada dia e será um dos maiores desafios do prefeito Geraldo Julio (PSB). As vias do Recife hoje lembram uma panela de pressão que passou tempo demais no fogo. E o caldo são os moradores sem qualquer tipo distinção.

O Recife tem 604 mil veículos registrados, mas as ruas da capital recebem um milhão de carros por dia de toda a Região Metropolitana. Não dá nem para brincar, dizendo “parem o mundo que eu quero descer”. O mundo do recifense parou e é preciso destravar. Para isso, o prefeito promete que dará prioridade ao transporte coletivo, criará novas ciclovias, implantará sistemas de gestão de trânsito e vai reestruturar a malha viária.

O programa de governo de Geraldo Júlio abrange todos os públicos, embora nem todos se entendam, porque até o trânsito tem uma carga cultural e ninguém quer perder. Basta lembrar um dos episódios polêmicos que envolveu a retirada de 350 metros de ciclofaixa na Estrada do Arraial. Enquanto os ciclistas queriam manter o espaço para pedalar, os motoristas reclamavam do engarrafamento, o que resultou, afinal, na retirada da faixa. “É preciso ter atitude. Não vai ser fácil, mas a gente vai ter atitude”, prometeu o prefeito, sinalizando como pretende tratar as polêmicas de sua gestão.

O confronto pontual entre ciclistas e motoristas sinaliza que o projeto de transporte e mobilidade urbana vai ter de contrariar interesses para reorganizar a cidade. Segundo a plataforma de governo socialista, a mobilidade deve ter o cidadão como foco e trabalhar em parceria com os governos do estado e federal. A requalificação das vias públicas começará por grandes corredores do Recife, como a Avenida Norte, a Avenida Sul, a Mascarenhas de Moraes, a Domingos Ferreira e a Abdias de Carvalho. O prefeito ainda quer reestruturar o sistema viário e de transporte coletivo nas seis Regiões Político-Administrativas do Recife, com destaque para Casa Amarela, que tem 14 quilômetros de vias internas e o Ibura, com 10 quilômetros.

Os especialistas acreditam ser difícil convencer a classe média a deixar o carro em casa. Mas o gestor promete construir alternativas sustentáveis para melhorar a qualidade de vida dos moradores, como 76 quilômetros de ciclovias e ciclofaixas, além 110 quilômetros de calçadas.

O programa de Geraldo Julio diz, ainda, que o município vai complementar as intervenções viárias executadas pelo governo estadual e previstas pelo PAC da mobilidade. Ele garante, por exemplo, dar apoio ao projeto de navegabilidade do Capibaribe, aos corredores Norte e Sul, Leste e Oeste e da BR-101 que receberão o BRT (Transporte Rápido por Ônibus), considerado um metrô de rodas, que já funciona com sucesso em metrópoles como Curitiba e Bogotá (Colômbia).

O prefeito acrescenta que a mobilidade exigirá planejamento urbano, porque muitas construções afetam o trânsito, a drenagem e o saneamento da cidade. “A gente quer fazer um planejamento de longo prazo para os próximos 25 anos do Recife, queremos discutir com a sociedade. Foi por isso que criamos a Secretaria da Mobilidade”, afirmou, confiante.

Inovação e integração a serviço da mobilidade
Não há dúvida de que a cidade do Recife apresenta muitos problemas graves e difíceis de solucionar. Dentre estes, um se destaca pelo caráter “democrático” com que atinge a população. Não importa a classe social nem o local de moradia, todos os recifenses estão sujeitos ao problema da mobilidade urbana, que é, ao mesmo tempo, fruto da negligência das autoridades para com o tema e da “cultura do carro” disseminada nos últimos anos graças ao aumento de renda e às facilidades para se adquirir um automóvel.

Foi pensando em mudar esta cultura que o professor e engenheiro de sistemas Mauro Silva desenvolveu o Green Street, uma plataforma colaborativa que tem como objetivo incentivar o uso de bicicletas, melhorando a mobilidade urbana e diminuindo a quantidade de carros nas ruas. O principal instrumento utilizado pela plataforma é o Bike Bus, que tem como objetivo fornecer ao usuário um modo de criar rotas para que os ciclistas interessados possam se deslocar em grupos. A ideia é que os usuários do sistema criem rotas e definam pontos específicos para o encontro com outros ciclistas ao longo do caminho. Estes pontos funcionariam como paradas de ônibus, só que para bicicletas, daí o nome Bike Bus.

“Na Europa e nos Estados Unidos os grupos se organizam naturalmente para ir de casa ao trabalho. É muito comum que os pais deixem as crianças na escola de bicicleta. A realidade no Brasil ainda não é essa. Só tenho conhecimento de um grupo que vai do bairro do Curado ao Recife Antigo”, informou.

Mauro Silva manda um recado para o novo prefeito: “Ele deve ouvir mais especialistas em mobilidade. Precisa olhar os exemplos de sucesso e insucesso no mundo para aprender com os acertos e erros. Outra coisa muito importante é focar em campanhas educativas sem aquela coisa fragmentada, só pedestre ou só motorista. A educação deve enquadrar todas as pessoas que se locomovem na cidade”, ponderou.

“Muitas vezes não somos ouvidos”
Para a maioria dos especialistas em transporte e mobilidade urbana, o Recife cresceu, nos últimos anos, sem planejamento e não é fácil mexer em infraestrutura, contrariar interesses econômicos, convencer as pessoas a mudar de rotina. Segundo os arquitetos, engenheiros e economistas ouvidos pelo Diario, um dos maiores problemas da atualidade é a verticalização de alguns bairros, que os torna adensados e de difícil locomoção, o que prejudica o transporte público. O problema em si não é a construção de prédios enormes, mas onde eles estão sendo feitos sem maiores estudos.

A preocupação com o levantamento de torres esteve presente em todas as entrevistas com acadêmicos. A professora Lúcia Leitão, do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da UFPE, externa o receio com as mudanças prometidas, no programa de Geraldo Julio, na Legislação Urbanística. “Como será essa mudança? Vai mexer nos 12 bairros, vai interferir em quais bairros? O programa não deixou claro”, observou. “Ficamos preocupados também com a forma que a sociedade será ouvida”, declarou.

O coordenador regional da Associação Nacional de Transportes Públicos e professor aposentado da UFPE, César Cavalcanti, espera que o programa seja amadurecido, aperfeiçoado e ofereça mais alternativas para o transporte público. Para ele, inclusive, antes de iniciar as mudanças, é necessário realizar pesquisas abrangentes de origem/destino, além de domiciliar, para captar as “mudanças locacionais e temporais referentes aos deslocamentos e à localização dos centros geradores de tráfego. Sem essas informações, a eficácia das intervenções propostas fica, significativamente, fragilizada”.

César Cavalcanti fez elogios a pontos da plataforma de governo. Citou como positiva a ampliação de um programa de sinalização de pedestres e veículos e da construção de 76 quilômetros de ciclovias. Também destacou o compromisso assumido pelo prefeito de complementar as intervenções viárias executadas pelo governo estadual e previstas no PAC Mobilidade. Ele ressaltou, no entanto, ter observado muita preocupação do gestor com o sistema viário, quando o mais importante é o transporte coletivo.

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Prefeito de Belo Horizonte promete colocar mais ônibus nas ruas

O prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda, iniciou seu novo mandato bastante pressionado pela população por ter reajustado em quase 6% o preço o valor da tarifa do transporte coletivo de passageiros na capital.

Desde o dia 29 do mês passado que a tarifa predominante, paga por cerca de 80% dos usuários do transporte coletivo municipal, passou de R$ 2,65 para R$ 2,80. 

Segundo o prefeito reeleito, a Prefeitura de Belo Horizonte estuda há algum tempo o aumento de linhas no transporte coletivo. “Nós vamos soltar uma nova licitação agora no início do ano para o aumento de linhas de transporte suplementar , que já estamos estudando há algum tempo”, explicou o prefeito da capital.

O reajuste anual das tarifas de ônibus em Belo Horizonte é calculado segundo uma fórmula prevista nos contratos de concessão, compreendendo a variação anual dos preços de cinco grandes itens de custo do sistema (mão-de-obra operacional, combustível, veículos, despesas administrativas e rodagem), calculada pela Fundação Getúlio Vargas e pelo IBGE.

Novos estacionamentos no centro da capital

Sobre a polêmica envolvendo os novos modelos de estacionamentos em BH, Márcio Lacerda explicou as vantagens de se construir garagens subterrâneas ao invés de edifícios garagens.

“Nas simulações que nós fizemos, o investimento por vaga para o edifício garagem é bem mais caro do que a garagem subterrânea. O subsolo é propriedade da Prefeitura e para construir um edifício garagem é preciso comprar o terreno. Se a Prefeitura tiver interessados em construir edifício garagem a gente pode abrir uma licitação para isso”, analisou o prefeito de Belo Horizonte.

Por Rafael Araújo
Fonte: Rádio Itatiaia
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Terminais de ônibus serão reformados em Manaus, diz titular da SMTU

domingo, 6 de janeiro de 2013

O início da recuperação dos terminais de ônibus em Manaus deve ter início dentro dos próximos três meses, segundo o novo diretor-presidente do Manaustrans e superintendente da SMTU, Pedro Carvalho. Em entrevista ao telejornal Bom dia Amazônia, nesta sexta (4), o secretário informou que uma licitação já está sendo elaborada para que a reforma tenha início. "Os terminais da cidade estão em situação de calamidade. Quem, por exemplo, precisa utilizar os banheiros desses locais, tem que ter estômago forte", disse.

Carvalho informou ainda que as paradas de ônibus também devem sofrer reformas e alterações. Sobre os abrigos do Expresso, sistema de transporte urbano implantado na gestão de Alfredo Nascimento à frente da Prefeitura de Manaus, o secretário informou que a maioria deve ser desativada por falta de manutenção, enquanto algumas poucas, segundo ele, podem ser utilizadas pelo sistema do BRT (Bus Transit Rapid). Já as paradas feitas de vidro devem ser substituídas, pois, de acordo com o secretário, atrapalham os pedestres. "Os abrigos de telha, aqueles que a população gosta mais, precisam evoluir para mais modernos. Isso tudo leva a grandes investimentos e eu tenho certeza que o prefeito Artur está sensível a essa questão", frisou.

Binário descartado
A proposta da gestão de Amazonino Mendes de criar um sistema binário para as Avenidas Constantino Nery e Djalma Batista, ambas na Zona Centro-Sul de Manaus, está descartada. Para o secretário, a ideia é, tecnicamente, inviável. "Para quem anda de automóvel, é ótimo. 

Porém, pensando também no transporte coletivo, não há como implantá-lo. A pessoa que pegaria ônibus, por exemplo, teria que andar muito. A cidade, na verdade, precisa de mais vias estruturantes".

Carvalho afirmou também que a solução do transporte em Manaus passa por investimentos em infraestrutura e na implantação do BRT e Monotrilho. "O transporte convencional está saturado. Precisamos de um novo sistema para o transporte público na cidade".

Neste primeiro momento, porém, o titular da Manaustrans e SMTU acredita que pequenas medidas podem melhorar o trânsito na cidade. Entre elas, estão o alargamento de vias, melhoria do piso para acabar com os buracos, sinalização e semáforos inteligentes.

Polêmica dos ônibus
Quanto a discussão sobre o aumento da tarifa de ônibus, Carvalho explicou que a revisão anual do preço da passagem é estabelecido pelo contrato da Prefeitura de Manaus junto com as empresas do setor. O atual secretário, porém, informou que o fato deveria ter ocorrido em outubro de 2012. "A antiga gestão acabou não vendo a situação e empurrou para nós", disse, salientando ainda que os estudos sobre a reavaliação dos custos foram iniciados.

Segundo Carvalho, o principal problema que encarece o transporte coletivo no município é a falta de uma faixa exclusiva para ônibus. "Pode-se dizer que Manaus é a única cidade do país que não possui corredor exclusivo para esse tipo de veículo. Já iniciamos estudos das ruas que podem receber esse tipo de faixa. Sem isso, os gastos das empresas continuarão altos e a viagem para o passageiro mais demorada".

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Tarifa de ônibus em Porto Alegre poderia ser 10% mais baixa

O presidente da Empresa Pública de Transporte e Circulação (EPTC) de Porto Alegre, Vanderlei Cappellari, declarou que a notificação do Ministério Público de Contas do Estado (MPC) sobre possíveis irregularidades no reajuste das tarifas do transporte público municipal de passageiros foi precipitada. Em resposta aos apontamentos do Tribunal de Contas do Estado (TCE), o secretário garantiu que irá cumprir a nova lei federal de desoneração tributária e debater com o TCE a metodologia usada no cálculo do percurso médio mensal (PMM). As medidas podem reduzir o custo da passagem em 10%, mas não evitam o reajuste programado para fevereiro.

No relatório de Inspeção Especial, o TCE solicita que a prefeitura siga a alteração introduzida pela Lei nº 12.715/2012, que passou a incluir as empresas de transporte coletivo de passageiros entre as beneficiadas com a redução da alíquota das contribuições previdenciárias sobre a folha salarial. “Essa lei foi aprovada em setembro de 2012 e passou a valer em 1 de janeiro deste ano. O cálculo anterior usado era de 20% sobre a folha de cada funcionário. Agora, são 2% em cima do faturamento bruto anual da empresa, o que corresponde a uma redução de R$ 0,11 na tarifa. Quanto a isso, vamos aplicar a lei”, disse Cappellari.

Conforme Geraldo Costa da Camino, procurador-geral do MPC, a equipe técnica trouxe elementos suficientes para demonstrar que a sistemática de cálculo utilizada em Porto Alegre diminui a produtividade do sistema. “Tal método pressupõe a rodagem simultânea dos veículos reservas e operantes, pois considera a frota total como divisor da quilometragem total no cálculo do PMM. Ao se usar apenas a frota em operação – excluindo os carros reservas – haverá uma correção no cálculo tarifário do PMM. Com isso, a tarifa técnica decai de R$ 2,8823 para R$ 2,6022, causando uma redução de 12,06% no custo fixo por quilômetro e 9,72% no custo total por quilômetro”. Atualmente, a passagem custa R$ 2,85.

Cappellari rebate: “Vamos debater esse ponto com o Ministério Público, pois em casos como o da recente greve na Carris ou problemas no Trensurb, por exemplo, nós imediatamente colocamos a frota reserva na rua. E isso tem um custo que precisa ser ressarcido. Manter a frota reserva em condições ideais é manter a qualidade do serviço”.

A prefeitura e a EPTC foram notificadas no dia 28 de dezembro. Na ocasião, o MPC pediu que o Tribunal de Contas evitasse o aumento nas passagens no município. A EPTC tem até o dia 7 de janeiro para regularizar o que foi apontado na auditoria. Para Cappellari, a restrição do aumento das tarifas também é uma ação precipitada do MP. “Existe todo um calendário, uma programação, um ritual a ser seguido em janeiro para depois ter o aumento em fevereiro. É um processo público, e a revisão tarifária só ocorre após o acordo coletivo das empresas.”

Informações: Jornal do Comércio

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Iveco encerra primeira fase de testes do ônibus GNV em Belo Horizonte

A primeira fase de avaliação do Iveco Eurorider movido a gás natural veicular (GNV), que passava por testes no transporte metropolitano de passageiros da Grande Belo Horizonte, foi concluída este mês.

Após rodar mais de 5 mil quilômetros, em 45 dias, na linha 1280 (Lindeia – Via Cidade Industrial Belo Horizonte), com carga máxima de operação, o ônibus passará agora por uma nova etapa de desenvolvimento e análise de resultados. A previsão é que o Eurorider esteja novamente nas ruas em janeiro. “A Iveco conta com um programa de pesquisa e análise dos dados do veículo, e precisa interromper a circulação do ônibus em alguns momentos para averiguação e controle do desempenho”, explica Paolo Del Noce, diretor da Divisão de Veículos Especiais da Iveco.

Em circulação desde o dia 29 de outubro, o Eurorider tem correspondido às expectativas dos usuários, que têm dado retorno positivo, principalmente, em relação ao conforto e à comodidade oferecidos. Os testes do veículo fazem parte de uma parceria entre a Companhia de Gás de Minas Gerais (Gasmig), a Secretaria de Estado de Transportes e Obras (Setop), a Iveco e o Sindicato das Empresas de Transportes de Passageiros Metropolitano (Sintram), que assinaram um convênio de projeto piloto para testar, durante seis meses, a tecnologia GNV no transporte coletivo de Belo Horizonte e avaliar o desenvolvimento e a adaptação do veículo nas condições reais do país.

Os motores movidos a GNV emitem 95% menos óxido de nitrogênio, substância que causa chuva ácida e agride a camada de ozônio, e 99% menos material particulado (poeiras, fumaça e partículas sólidas). E, ao contrário do diesel, a queima do gás natural não produz óxido de enxofre e elimina 22% menos gás carbônico no ar. Além disso, a tecnologia reduz entre 10 e 30% o custo operacional e a diminuição em 6 decibéis do nível de ruído, em comparação ao mesmo modelo movido a diesel.

O Iveco Eurorider é ônibus modelo 4x2, com motor FPT Cursor 8, câmbio automático e suspensão pneumática, desenvolvido na Europa. Possui chassi flexível, indicado para aplicações variadas, que possibilita mais conforto, resistência, flexibilidade e comodidade aos usuários. O veículo é ideal para aplicação rodoviária e urbana, com capacidade para 42 passageiros sentados, fora o motorista, e 35 em pé.

Iveco Daily
Além do Iveco Eurorider, um Daily versão Chassi/Cabine 35C14 também passou por uma etapa de testes na Unilever. Por meio da Trafiti Logística - responsável pela distribuição dos produtos da empresa - e da Comgás, de São Paulo (SP), o veículo, movido a GNV, foi utilizado para o serviço de Home Personal Care & Foods. Durante quatro meses de testes e mais de 4.500 quilômetros percorridos, o Daily apresentou uma autonomia de 12% em relação ao Diesel. No comparativo de custo, o GNV teve uma economia de 30% quando o veículo foi abastecido no posto e de 52% quando abastecido na garagem.

Histórico da Iveco em GNV
A Iveco já comercializou mais de 12 mil unidades de veículos com essa aplicabilidade em diversos países. A América do Sul hoje é foco da Iveco na introdução dessa tecnologia. Além do Brasil, com testes de protótipos, a Colômbia e a Venezuela também já possuem caminhões Iveco Daily movidos à GNV. Somente na Venezuela são cerca de 300 unidades. A tecnologia de veículos movidos a gás natural é uma tradição italiana e, desde os anos 80, a montadora deu prioridade em suas pesquisas para a produção de veículos ecológicos. Na Europa, a empresa é líder na produção de veículos a gás e tem cerca de 3 mil ônibus urbanos em circulação naquele continente.

No Brasil essa iniciativa contempla testes com um Iveco Daily Furgão GNV 35S14G, pela Patrus Transportes, Bhtrans, Gasmig, Fetcemg/Setcemg e UFMG, em Belo Horizonte (MG); dois Tector GNV para coletas de resíduos, sendo um pela Sulgás, Revita Engenharia Ambiental e DMLU, de Porto Alegre (RS) e o outro pela Comgás e Vega Ambiental, de São Bernardo do Campo (SP); além de um Daily versão Chassi/Cabine, que está sendo testado pela Unilever, por meio da Trafiti Logística e a Comgás, de São Paulo (SP).

Informações: Jornal Sete Dias

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Em Pernambuco, Complexo Industrial de Suape não tem oferta de transporte público

A imobilidade do trabalhador pode ser vista e sentida por toda parte, em todos os centros urbanos. Em Pernambuco, ela tem um reflexo ainda maior no Complexo Industrial Portuário de Suape, no Litoral Sul do Estado. Propagado, principalmente pelo governo do Estado, como a locomotiva do desenvolvimento econômico pernambucano, a verdade é que hoje, em termos de infraestrutura viária e mobilidade, Suape é um péssimo exemplo. Sobrevive exclusivamente do fretamento de ônibus, o que gera custos exorbitantes, entre outros problemas. Depende do frete porque não há opção de transporte de massa. Nenhuma. Os criadores de Suape focaram apenas no crescimento econômico, sem preparar o caminho para se chegar a ele. Deixaram isso para depois e agora, para entrar ou sair do complexo, partindo da capital e em horários de pico, são pelo menos duas horas de trânsito e incertezas no caminho. Pelo menos por enquanto, a locomotiva está sem trilhos.

Os números do próprio governo refletem o tamanho da imobilidade do Complexo de Suape: dos 70 mil funcionários, 63 mil andam de ônibus fretados. Do total de deslocamentos, 90,7% são feitos por fretamento, 9% por automóveis e motos e apenas 0,3% por linhas de ônibus comuns. O imponente complexo possui apenas quatro linhas convencionais de transporte público, com intervalos que podem chegar a 1h e nenhuma delas sai do Recife, apenas dos municípios do Cabo de Santo Agostinho e de Ipojuca. A partir da capital, ou se vai de ônibus ou de trem (locomotivas velhas, que levam quase 2h para fazer um percurso de 18 km) até o Cabo, pagando uma segunda tarifa para chegar a Suape. Ou seja, chegar de transporte público em Suape é difícil. Por isso o fretamento domina.

São 1.200 ônibus fretados entrando, permanecendo estacionados em áreas do complexo e saindo todos os dias de Suape. Mais do que um prejuízo financeiro - afinal, estima-se que o custo do fretamento seja de R$ 12 milhões por mês (as empresas não revelam o valor de forma alguma) - o fato de o fretamento mover Suape é simbólico porque retrata bem a falta de opção de mobilidade para o trabalhador. É tanto que o governo tem se incomodado com essa situação e trabalha, com a ajuda do governo federal (é claro), para investir R$ 230 milhões em mobilidade até 2015. “A situação está ruim, mas vai melhorar. Estamos preparando a infraestrutura para facilitar o acesso ao complexo e criando uma oferta de transporte coletivo de massa. Quando tudo estiver pronto, até 2015, as empresas terão opção para decidir se continuam ou não com o frete para transportar os funcionários”, aposta o diretor de planejamento e urbanismo de Suape, Jaime Alheiros.

Reportagem Especial sobre a Imobilidade do Trabalhador
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