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Na Grande Vitória, Sistema Transcol recebe 42 novos ônibus menos poluentes

segunda-feira, 25 de junho de 2012


A partir de agora, os novos ônibus que forem adquiridos de fábrica para a renovação de frota do Sistema de Transporte Metropolitano da Grande Vitória serão menos poluentes. A medida foi anunciada nesta quinta-feira (21), pelo Governo do Espírito Santo, por meio da Secretaria de Estado dos Transportes e Obras Públicas (Setop) e da Companhia de Transportes Urbanos da Grande Vitória, e pelo Sindicato das Empresas de Transporte Metropolitano da Grande Vitória (GVBus).

Nesta sexta-feira (22), já entrarão em circulação 42 novos veículos fabricados
nos padrões do Proconve 7 (P7), capazes de reduzir em 90% a emissão de partículas de enxofre na atmosfera. A medida integra o Programa de Mobilidade Metropolitana do Governo do Espírito Santo (PMM), que prevê a renovação da frota do Sistema Transcol, ações com foco no desenvolvimento sustentável, além de diversas obras que irão promover a melhoria da mobilidade urbana na Grande Vitória.

Estiveram presentes no evento de apresentação dos novos ônibus o governador Renato Casagrande, o secretário de Estado dos Transportes e Obras Públicas, Fábio Damasceno, o Diretor Presidente da Ceturb-GV, Léo Carlos Cruz, representantes do GVBus, empresários do setor de transportes e demais autoridades.

"A renovação do Sistema Transcol faz parte das ações do Programa de Mobilidade Metropolitana do Espírito Santo, que receberá R$ 3 bilhões de investimentos até 2016, garantindo mais conforto e qualidade de vida à população capixaba. No entanto, a garantia de um futuro melhor também está baseada na busca de novas tecnologias, mais limpas, para reduzirmos os impactos ambientais causados pelo consumo excessivo. Ainda há muito a ser realizado, mas esse já é um dos importantes passos dados pelo Governo do Estado em direção a um desenvolvimento sustentável", destacou o governador.

O secretário dos Transportes e Obras Públicas, Fábio Damasceno, falou da preocupação em atender a demanda por melhoria no transporte público coletivo, sem esquecer do impacto ambiental. "O Programa de Mobilidade Metropolitana vai além das obras físicas e projetos, ele busca ações de impacto direto na qualidade de vida, como é o caso dos ônibus que estamos entregando. A mobilidade urbana também tem o papel de zelar pelo meio ambiente e oferecer soluções de sustentabilidade para as cidades", disse.

O diretor presidente da Ceturb-GV, Léo Carlos Cruz, informa que os novos ônibus circularão com um selo especial, indicando que são mais sustentáveis. “ Esse são só os primeiros, pois a partir de agora, todos os novos veículos que forem adquiridos para o Sistema Transcol, Serviço Especial Mão na Roda e Serviço Seletivo serão fabricados de acordo com esses padrões. Até 2014, teremos 551 ônibus sustentáveis no Sistema Transcol”, informou.

Benefícios

O principal diferencial dos ônibus fabricados com tecnologia P7 (Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores) é o tratamento do gás antes de sua saída pelos escapamentos. Os veículos são movidos a um tipo de diesel mais limpo do que utilizado atualmente. O diesel S-50 possui 50 partes por milhão de enxofre e polui dez vezes menos que o combustível S-500, que possui 500 partes por milhão de enxofre e é utilizado nos ônibus do Sistema até os dias de hoje.

Aliado ao combustível S-50, os motores dos novos ônibus funcionam com o aditivo Arla 32, que é injetado no escapamento do veículo e, submetido a altas temperaturas, provoca uma reação química liberando ao final do processo nitrogênio e vapor d’água. Dessa forma, as emissões de óxido de nitrogênio (Nox) podem ser reduzidas em até 60%.

Proconve 7

A legislação determina que a partir de 2012 todos os caminhões e motores a diesel que saírem das fábricas brasileiras deverão seguir as especificações do Proconve 7, um programa de redução de emissão de poluentes regulamentado pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), subordinado ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama). O P7 é a versão brasileira do Euro 5, adotado na Europa.

Todos os novos ônibus que forem adquiridos, tanto para renovação quanto para ampliação das frotas do Sistema Transcol e serviços Seletivo e Mão na Roda, terão motores com tecnologia de acordo com as especificações do P7.
A previsão é que até 2014 o Sistema Transcol, que possui uma frota de 1.600 ônibus, tenha um total de 551 veículos menos poluentes, o que equivale a 35%, aproximadamente. 

Informações: Ceturb


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Recife: O futuro da Av. Agamenom Magalhães, seus números e desafios para uma melhor mobilidade

A Avenida Agamenon Magalhães terá pela frente um dos seus maiores desafios desde que foi inaugurada, em 1975. A primeira perimetral do Recife integrará o Corredor Norte/Sul, com faixa exclusiva de ônibus, nos moldes do sistema BRT (Bus Rapid Transit ou Transporte Rápido por Ônibus). As intervenções previstas propõem garantir mais velocidade ao transporte individual, com eliminação de semáforos em quatro cruzamentos, a partir da construção dos viadutos projetados para a via. Dentro desse contexto, há pelo menos dois aspectos que precisam ser observados: o crescimento da frota, que recebe uma média de 3,5 mil novos carros por mês, somente na capital, e a qualidade do transporte público para atrair o usuário do carro.

Um transporte público de qualidade é condição fundamental para que a cidade não entre em colapso até 2020, quando deverá ter um milhão de carros. O BRT é sucesso em várias metrópoles, como Bogotá e Cidade do México. No Recife, ainda não há estimativa de quanto ele será capaz de transferir, para o sistema coletivo, o usuário que hoje opta pelo transporte individual. Mais do que isso, a gestão dos novos ônibus articulados terá o desafio de manter no sistema os usuários que hoje dependem do transporte público e só aguardam oportunidade financeira de sair para um veículo próprio. 

    Segundo o secretário de Mobilidade da Secretaria das Cidades, Flávio Figueiredo, a demanda estimada para o Norte/Sul é de 328 mil passageiros por dia. Na Agamenon, passam por dia cerca de 100 mil carros, a maioria transportando apenas uma pessoa. Imagine a redução no número de veículos se parte desse público migrasse para o transporte público. "O corredor não atende a demanda de deslocamento de todo esse público que usa carro. Mas quem sai de Igarassu, Paulista ou Olinda, por exemplo, para o polo médico do Recife, na Ilha do Leite, é perfeitamente atendido", explicou o engenheiro especialista em mobilidade, Germano Travassos.

Tornar o transporte público mais atraente do que o carro é o desafio. O técnico em eletrônica João Dourado dos Santos, 46 anos, conta que normalmente viaja sentado nos degraus do ônibus por falta de espaço. Ele chega a gastar mais de duas horas de Igarassu, limite Norte do corredor, ao Recife. "Se houvesse condições de ter um carro, eu deixaria o ônibus".

Os argumentos do transporte individual são fortes: liberdade de ir e vir, conforto e total autonomia. "Não é fácil levar o usuário do carro para o transporte público. O ônibus precisa ser rápido, confortável e atender às necessidades de deslocamentos. Além disso, devem haver restrições ao transporte individual. Enquanto o carro valer a pena, o motorista não fará a migração", apontou Travassos.

Com o aumento da velocidade na Agamenon, a estimativa do governo é que o número de automóveis na via passe de 3,3 mil para 4,2 mil por hora. A velocidade média atual no sentido Olinda/Boa Viagem, hoje de 20,9 km/h, passará a 30,3 km/h. No trecho mais crítico, na altura da Rua Paissandu, a velocidade em horário de pico, que é de 5 km/h, alcançará 18km/h.

O que muda no trânsito

O tempo de viagem no trecho de 37 quilômetros do Corredor Norte/Sul, de Igarassu (Litoral Norte) até os dois ramais do Recife - estação do metrô Joana Bezerra e a estação central do metrô - deverá ter uma redução de cerca de 30 minutos, segundo estimativa da Secretaria das Cidades. As maiores mudanças serão sentidas no trecho da Avenida Agamenon Magalhães. Segundo o secretário executivo de mobilidade, Flávio Figueiredo, a PE-15, responsável pelo maior trecho do corredor, já dispunha de uma faixa central exclusiva para o ônibus. Mesmo assim, a velocidade poderá ser observada também por causa das estações de embarque, que terão pagamento antecipado e passagem em nível. Também na PE-15, haverá o fechamento de três dos quatro retornos existentes.

"O usuário do carro terá que fazer uma volta maior para fazer o retorno. A gente sabe que haverá crítica nesse sentido, mas o objetivo é garantir velocidade para o transporte público", ressaltou. No trecho da BR-101 - entre os municípios de Igarassu e Abreu e Lima - também serão reduzidos os retornos. Atualmente há um retorno a cada 400 metros. O intervalo será ampliado para cada 2 quilômetros. "Essas intervenções irão permitir mais segurança e velocidade para o Corredor Norte-Sul", apontou Flávio Figueiredo.

Na Agamenon, onde nos horários de pico o motorista gasta cerca de 45 minutos entre Tacaruna e a estação Joana Bezerra, o trecho será percorrido em 20 minutos. Segundo o secretário-executivo, na área mais crítica, entre o Derby e o Parque Amorim, são realizadas 7,7 mil viagens de ônibus por dia. Com o corredor a expectativa é de reduzir o número de viagens para seis mil por dia. Menos veículos, mas mais rápidos e eficientes.

Características do sistema BRT (Bus Rapid Transit)

• Corredor exclusivo para o ônibus
• Plataforma de embarque e desembarque em nível
• Pagamento antecipado da tarifa
• Veículos de alta capacidade e tecnologia mais limpa
• Transferência entre rotas, sem incidência de custo
• Integração dos modais em estações e terminais
• Programação e controle da operação por GPS
• Sinalização e informação ao usuário
• Identidade visual própria

A avenida que liga extremos

São sete mil metros dentro de um corredor de 37 km. Sem dúvida, o trecho mais polêmico e que exige maior atenção. A Agamenon Magalhães é uma perimetral estratégica por ligar o Recife de Norte a Sul e de Leste a Oeste. A avenida também serve de passagem para os municípios vizinhos e comporta uma frota maior do que muitas cidades pernambucanas. O governo escolheu implantar o sistema BRT entre outros dois tipos de modais: o Veículo Leve sobre Trilho (VLT) e o Monotrilho. Um dos argumentos foi de que o Plano Diretor de Transporte Urbano (PDTU) previa para a malha viária da Região Metropolitana corredores exclusivos de ônibus.

O BRT não chega a superar o metrô, mas tem vantagens. Segundo os especialistas, com as características que o diferenciam do modelo convencional do transporte por ônibus, o sistema pode transportar de 30 mil a 35 mil passageiros por hora. É o que ocorre, por exemplo, com o Transmilênio de Bogotá, Colômbia. Na defesa do modelo, o urbanista paranaense Jaime Lerner, que chegou a desenhar o projeto do Norte/Sul, disse: "O BRT pode ser implantado em dois anos e se paga sem precisar de subsídios necessários para construir o metrê".

O corredor Norte/Sul terá dois ramais ao chegar no Recife. O primeiro passará pela Agamenon e se integrará à estação de metrô Joana Bezerra. O segundo passará pela Avenida Cruz Cabugá e se misturará ao tráfego misto até chegar à estação central do metrô. quando o usuário terá a opção de seguir viagem no metrô ou, se preferir, pegar uma embarcação em direção à Zona Oeste. O projeto de navegabilidade foi incluído no PAC Mobilidade, mas falta o governo definir a forma de financiamento. "Já estamos fazendo o estudo de impacto para não perdermos tempo", revelou Flávio Figueiredo, secretário executivo de mobilidade.

A avenida e o corredor Norte/Sul

37,9 km é a extensão dos dois ramais do Norte/Sul de Igarassu às estações do metrô Joana Bezerra (pela avenida Agamenon) e Centro do Recife (pela Avenida Cruz Cabugá)
25 a 30 minutos é a estimativa de redução do tempo de viagem com o corredor

As estações

43 estações de embarque e desembarque serão inseridas no corredor Norte/Sul
10 estações somente no trecho da Avenida Agamenon Magalhães
Cada estação terá 180 metros quadrados de área nos dois lados do canal e capacidade para 600 pessoas cada uma




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Ex-prefeito de Bogotá defende faixa de ônibus em vias congestionadas


Ex-prefeito de Bogotá e referência na criação de políticas de mobilidade urbana, o urbanista Enrique Peñalosa defende medidas radicais para combater os congestionamentos. Entre 1998 e 2001, quando esteve à frente da prefeitura da capital colombiana, Peñalosa criou 84 quilômetros de corredores exclusivos para ônibus, o Transmilênio. O sistema funciona no modelo de BRT (ônibus de trânsito rápido, na tradução), com faixas de ultrapassagem e linhas expressas. Os itinerários servem a 1,7 milhão de passageiros por dia útil, em média. 

No Grande ABC, são poucas as vias que têm corredores de ônibus, como Piraporinha, Lucas Nogueira Garcêz, Brigadeiro Faria Lima, Pereira Barreto e Capitão Mário Toledo de Camargo.

Para melhorar a fluidez nos grandes centros, o urbanista sugere medidas polêmicas. Em vias que costumam registrar altos índices de engarrafamento, o colombiano propõe a segregação de faixa exclusiva para o transporte coletivo. "O problema é que quem tem carro tem o poder político, e não quer ceder um centímetro de seu espaço à coletividade. Um ônibus que transporta 50 pessoas deveria ter 50 vezes mais espaço que um automóvel com um único passageiro. Isso é um princípio democrático básico", avalia. 

Na opinião do ex-prefeito, a construção dos BRTs deve ter preferência em relação ao metrô. Ele aponta para a melhor relação custo/benefício dos corredores. "O ônibus, por exemplo, pode entrar nas ruas dos bairros e recolher passageiros. Outra vantagem é que a distâncias entre os pontos é menor. Ou seja, o tempo de caminhada de casa ou do trabalho até o ponto e, desse local até o destino, é menor", complementa.

Peñalosa vê como hipocrisia a movimentação de grupos que pedem a ampliação da rede metroviária. "Muitas pessoas de alto poder aquisitivo são as que mais brigam pela construção de linhas de metrô, mas elas não têm a mínima intenção de usar esse tipo de transporte. Tudo que eles querem é que outras pessoas utilizem o metrô e deixem as ruas mais livres para os carros."

Outra medida defendida pelo especialista, que hoje preside o Institute for Transportation and Development Policy (Instituto de Políticas para Transportes e Desenvolvimento), é a construção de ciclovias e a restrição para o uso dos veículos particulares. "O automóvel vai gerar uma grande quantidade de custos sociais, ambientais e de qualidade de vida. Se há tantos impactos, o lógico e racional seria cobrar impostos cada vez mais caros pelo uso do carro e, com os recursos, subsidiar o transporte público.(colaborou Illenia Negrin)


Região estuda criação de corredores exclusivos

Para proporcionar mais fluidez ao sistema viário, as Prefeituras do Grande ABC estudam a criação de novas faixas exclusivas para o transporte público. Atualmente, a região conta com 33 quilômetros do Corredor ABD, que liga a região a três terminais paulistanos, além da via segregada na Avenida Capitão Mário Toledo de Camargo, em Santo André.

Em São Bernardo, o projeto da Prefeitura é criar 11 corredores de ônibus e quatro terminais até 2016. As obras deverão custar cerca de R$ 470 milhões, sendo que a metade será financiada pelo BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento).

O secretário de Mobilidade Urbana de Mauá, Renato Moreira dos Santos, informa que a cidade deverá ter vias exclusivas nas futuras avenidas marginais que estão sendo estudadas pela administração. Os corredores serão às margens do Rio Tamanduateí e do Córrego Corumbé.

A Prefeitura de São Caetano pretende construir estações de conexão nas divisas com Santo André e São Bernardo para diminuir o trânsito de ônibus intermunicipais pela cidade. “A ideia é organizar o fluxo dos coletivos para reduzir os congestionamentos”, explica o secretário de Mobilidade Urbana, Iliomar Darronqui.

Fábio Munhoz | Do Diário do Grande ABC

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Audiência pública discute licitação do transporte coletivo em Salvador


A Secretaria Municipal de Transportes e Infraestrutura (Setin) promove, no próximo dia 6 de julho, uma audiência pública para discutir a reestruturação e o processo de licitação dos transportes públicos de Salvador.

A sessão é aberta à população e acontece das 8h30 às 14h, no auditório da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado da Bahia (Fapesb), na Rua Aristides Novis, 203, Federação.

O material e o formulário referentes à consulta pública do processo licitatório podem ser acessados no site da Setin, no ícone STCO - Licitação, ou na sede da Setin, na Rua Agnelo Brito, 201, Federação. Na oportunidade, podem ser enviadas sugestões para a redação final do documento.


Licitação - A Setin fará a licitação do novo modelo para concessão da prestação dos serviços de transportes públicos na cidade, com o intuito de atender, de maneira ampla, aos anseios dos usuários do serviço.


A licitação é uma iniciativa que atende à exigência do Ministério Público Estadual (MPE), fruto de uma audiência pública ocorrida no dia 8 de fevereiro deste ano. Uma equipe da Setin já trabalha o projeto básico, que consiste em estudos técnicos e mapeamento da situação, com o objetivo de preparar o edital.


Frota - A frota de transporte coletivo de Salvador é composta atualmente por 2.742 ônibus, incluindo os micro-ônibus das linhas de integração, também conhecidos como "amarelinhos". Ao todo, 2.446 veículos fazem parte do Sistema de Transporte Coletivo por Ônibus de Salvador (STCO) e 296 compõem o Subsistema de Transporte Especial Complementar (Stec). Circulam ainda pela cidade 703 ônibus metropolitanos. Mensalmente, 42 milhões de pessoas utilizam o transporte coletivo em Salvador. 


Fonte: iBahia.com

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Os desafios de quem precisa usar bicicletas no Recife

domingo, 24 de junho de 2012

De todos os personagens que compõem a circulação na mais importante via da cidade, o ciclista é, sem dúvida, o mais vulnerável. Quase intrusos no meio dos carros, eles podem ser vistos a qualquer hora ao longo da via. E é fácil entender a razão. A primeira perimetral do Recife liga os diversos pontos da cidade e é passagem obrigatória, também, dos ciclistas, mesmo que ainda não estejam sendo vistos pela gestão do tráfego.

    Ao contrário do que costuma ocorrer na Zona Sul, mesmo sem as condições ideais, a Avenida Agamenon Magalhães dificilmente é usada pelos ciclistas para passeio. Quem enfrenta a via depende dela para os deslocamentos diários. Muitas dessas pessoas, que hoje se arriscam no difícil trânsito da Agamenon, são trabalhadoes e estudantes. Foi lá que encontramos o estudante Cláudio Rodrigues, 35 anos. Ele mora no Pina, Zona Sul da cidade, e estuda em uma escola pública na Encruzilhada, Zona Norte. Todo o seu percurso é feito de bicicleta. "Há 10 anos eu uso a bicicleta para me deslocar. Além de mais econômico é mais rápido do que de ônibus. Apesar da minha experiência no trânsito, ainda é muito arriscado porque os motoristas não respeitam o ciclista e não há um lugar seguro para a gente", afirmou.

A boa notícia é que pela primeira vez, desde a sua inauguração, a Avenida Agamenon Magalhães poderá dispor de ciclovias no sentido longitudinal da via. Segundo o secretário executivo de mobilidade, Flávio Figueiredo, já foram solicitados estudos para dotar a via de um sistema cicloviário. Na estrutura do corredor Norte/Sul estão previstas ciclovias no trecho da PE-15, que chegou a ser contemplada com faixas para ciclistas, mas acabou sendo desativada. Com a criação de ciclovias na Agamenon, o corredor Norte/Sul terá uma sequência de rota para o ciclista, que até hoje nunca foi implantado. "Os estudos foram solicitados e a nossa expectativa é de adotar a Agamenon Magalhães de faixas para os ciclistas no sentido longitudinal", afirmou Figueiredo.

Nas transversais, a opção que está sendo apontada pela Secretário será o uso das passarelas para a travessia dos ciclistas. Não estão previstas ciclovias nos viadutos, mas o ciclista terá espaço dentro das passarelas. "Todas as passarelas terão elevadores, que serão largos para poder abrigar a bicicleta. O ciclista poderá fazer essa travessia de forma segura dentro da passarela", explicou Flávio Figueiredo.
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Transporte de Curitiba tem maior índice de acessibilidade do país



Curitiba encerra o segundo semestre de 2012 com 95,6% de acessibilidade no transporte coletivo. Este é o maior índice de acessibilidade em transporte público do país.

A frota operante da Rede Integrada de Transporte (RIT) é formada por 1.915 ônibus, dos quais 1.830 são 100% acessíveis, ou seja, atendem todas as exigências da legislação brasileira.

Este número vem crescendo significativamente. Em 2010 o índice era de 83%, em 2011 era de 91% e em janeiro deste ano já atingia 92% de acessibilidade em toda a frota operante. A meta é chegar a 100% da frota operante até 2014.

Desde 2005 só entram na frota curitibana ônibus totalmente acessíveis, com assentos preferenciais em cor diferenciada o que significa que a cidade se antecipou à legislação, que é de 2009. A cidade também vai além do exigido por lei federal de acessibilidade no transporte ao reservar 20% dos assentos para idosos, gestantes e pessoas com deficiência  (a lei exige 10%) e adotar placas de braile afixadas em frente aos bancos preferenciais, permitindo que deficientes visuais saibam do ônibus.

A frota de ônibus da capital conta com elevador, espaço para cadeirante, balaústres táteis (barras com relevo) na cor amarela, identificando para pessoas com deficiência visual que no local há banco preferencial. E para uma melhor circulação dentro do veículo, conta com cantoneiras e frizos, alertando para desnível no chão.

Estações-tubo -  Os ônibus do sistema Expresso (biarticulados) e da Linha Direta (Ligeirinhos)  têm embarque e desembarque em nível, em plataformas dos terminais e estações tubo. Os passageiros recebem mensagens sonoras informando a próxima parada e também sobre a prioridade a idosos, gestantes e pessoas com deficiência.

O índice de acessibilidade nos ônibus do transporte coletivo é o maior do país segundo o estudo Mobilize 2011, do portal Mobilize Brasil. O 2º maior índice, segundo o mesmo estudo, é de Belo Horizonte (MG), que tem 70% dos ônibus do transporte coletivo acessíveis a pessoas com deficiência, seguido de Rio de Janeiro (RJ) com 60%. O menor índice é de Natal (RN), de 20%. O estudo, divulgado em novembro do ano passado, foi feito por jornalistas do portal a partir de informações de órgãos oficiais, institutos de pesquisa, universidades e entidades independentes.

Fonte: Prefeitura de Curitiba

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No Recife, Projeto de lei visa criar "Achados e Perdidos" nos ônibus da região metropolitana


Guarda-chuvas e documentos são os campeões entre os artigos mais esquecidos nos transportes coletivos. A estudante Kleane Souza, 18 anos, já esqueceu os dois, dinheiro e até o vale eletrônico. No entanto, nunca conseguiu recuperar os pertences. Casos como o de Kleane não são incomuns. Por dia, o Grande Recife Consórcio de Transportes recebe, em suas cabines de informação, dezenas de objetos perdidos. Para tentar regulamentar a situação, está em tramitação na Assembleia Legislativa de Pernambuco um projeto de lei assinado pelo deputado Vinícius Labanca (PSB), que obriga as empresas operadoras a disponibilizarem um formulário de achados e perdidos. A medida vale também para o metrô.

Não foi por falta de tentativas que a estudante ficou sem seus utensílios. Quando perdeu o vale eletrônico, no mesmo dia, voltou ao terminal para procurá-lo. “Quando perdi meu vale achei que quem achasse o devolveria, mas não foi o que aconteceu. Cheguei a ir ao terminal do ônibus, informei a hora que havia usado o transporte e o nome da linha. Mas eles disseram que não havia nada com meu nome. Com a sombrinha foi a mesma coisa”, conta. 

Para o autor do projeto, deputado estadual Vinícius Labanca, a proposta não resolveria o problema dos passageiros, mas seria somatória. “Às vezes, nem mesmo os motoristas dos ônibus sabem como proceder ao receber algum pertence perdido. Com a medida, existiria um protocolo a seguir”, afirmou.


Desinformação - Nem todo mundo que acha pertences de outras pessoas perdidos no ônibus sabe como devolvê-los. O projeto de lei visa formalizar o recebimento dos itens e assim cobrar mais rigor ao destinatário. O registro deverá ser preenchido por quem achou o objeto e pelo funcionário que o recebeu e estará disponível aos motoristas e cobradores de ônibus. Com isso, as empresas operadoras teriam que se enquadrar às novas regras e ao Grande Recife caberia acompanhar o processo. O texto também garante que o item seja guardado por 60 dias e depois doado para instituições filantrópicas.


Hoje, o procedimento é realizado com menos formalidades. Os artefatos esquecidos são levados até os funcionários do Grande Recife, ficam nas cabines de informações do terminal do ônibus. Para os esquecidos, resta ir até lá com um documento de identificação e esclarecimentos sobre as características dos objetos. “No caso dos documentos, eles são guardado por seis meses e depois encaminhados para os órgãos expeditórios. Mas antes, nós ainda tentamos contactar a pessoa, avisando onde os documentos estão”, assegurou a gerente de relacionamento do consórcio, Fernanda Gouveia. 

Já os objetos esquecidos que são levados as empresas operadoras dos ônibus, são devolvidos apenas pelas próprias empresas, de acordo com suas políticas únicas.


Fonte: Diário de Pernambuco

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Em Fortaleza, Ônibus voltam ao normal após 04 dias de greve



Depois de quatro dias de incertezas e expectativas, foi encerrada ontem a greve dos motoristas e cobradores de ônibus em Fortaleza. O anúncio foi feito durante audiência entre o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado do Ceará (Sintro) e o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Ceará (Sindiônibus), no Ministério Público do Trabalho (MPT). 

Segundo o MPT, na audiência realizada na manhã deste sábado, os sindicatos chegaram a um consenso em relação a uma proposta que envolve tanto reajuste salarial como também o desconto dos dias parados durante a greve. 

Durante toda a tarde, representantes do Sintro levaram a proposta para consulta com os grevistas em todos os terminais de ônibus. Por volta das 18h, o sindicato decidiu por colocar um ponto final na paralisação dos motoristas e cobradores de Fortaleza.


Com o acordo aprovado entre as partes, motoristas e cobradores irão receber um reajuste de 8,5% de aumento salarial, R$ 70 de cesta básica e R$ 8 de vale-refeição. 

Os motoristas voltaram ao trabalho neste domingo. 

Informações: O Povo Online

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Ligeirão NORTE-SUL / Curitiba

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