O transporte coletivo está perdendo demanda em Maringá. Foi o que revelou estudo apresentado na tarde desta segunda-feira (13) durante audiência pública sobre o serviço. Segundo a empresa de consultoria Logitrans, a projeção é de que sejam atendidos 33 milhões de passageiros até o final deste ano, cerca de um milhão a menos do que em 2005.
Segundo o diretor de operações da Logitrans, Antônio Carlos Marchezetti, o número de passageiros está diminuindo enquanto a quilometragem rodada pelos ônibus aumenta. “Isso quer dizer que a cidade está crescendo e o transporte coletivo perdendo demanda”, afirmou para o site da prefeitura.
Para melhorar o serviço, a prefeitura de Maringá está recolhendo sugestões para um novo modelo a ser adotado no município. Parte das sugestões foi apresentada durante a audiência desta segunda, no Auditório Hélio
Moreira. Outras informações foram obtidas pela pesquisa realizada com 16.922 usuários do transporte coletivo. Vamos avaliar tudo o que foi proposto durante a audiência pública e também pelo site. Tudo o que for viável será incluído na licitação”, explicou o gerente de transporte coletivo do município Mauro Menegazzo.
Entre as reivindicações apresentadas estão as do Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Maringá (Sinttromar), que quer participar do processo sobre a licitação do transporte coletivo. Uma dos pedidos é garantir, independente de quem vencerá a licitação, o emprego dos funcionários que atualmente trabalham para a TCCC. “Seja qual forem os vencedores, deverá ser respeitado o acordo coletivo vigente”, afirmou o presidente do sindicato, Ronaldo José da Silva.
Principal reclamação dos passageiros
A maior reclamação dos passageiros é o tempo de espera, que pode ultrapassar 30 minutos. “Percebemos que as viagens são longas e as linhas podem ser melhores distribuídas, inclusive muitos itinerários não precisam passar pelo terminal urbano. Por isso, uma das propostas no estudo básico é buscar alternativas que evitem o transbordo no terminal, redesenhando as linhas já que atualmente algumas estão muito cheias e outras quase desaparecendo”, explicou Marchezetti.