O prefeito Gilberto Kassab (DEM) mudou o plano do corredor Celso Garcia e agora quer construir uma linha de metrô entre o Itaim Paulista e o Parque Dom Pedro, passando pela Avenida Celso Garcia, na Zona Leste da capital. Para isso, ele pretende contar com verbas federais. Segundo o secretário municipal de Transportes, Alexandre de Moraes, o novo plano é iniciar as obras dessa linha de metrô em 2011, e começar a operação com três ou quatro estações até a Copa do Mundo do Brasil, em 2014. Procurada, a direção do Metrô, que pertence ao governo do estado, não se pronunciou.
Kassab fez um pedido à bancada paulista na Câmara Federal para que uma verba de R$ 400 milhões fosse incluída nas emendas propostas pelos deputados paulistas no Orçamento da União de 2010, que será votado até o final do ano. Esse dinheiro seria destinado ao projeto executivo da linha de metrô na Avenida Celso Garcia.O secretário Alexandre de Moraes afirma que a ideia é que a linha seja subterrânea, com alguns trechos suspensos. Vamos substituir o projeto do corredor Celso Garcia por metrô. Serão quase 30 quilômetros, e é lógico que é uma obra para anos, afirmou Moraes. Foi uma negociação de três meses (do prefeito com a bancada), completou.Segundo o deputado federal Devanir Ribeiro (PT), líder da bancada paulista na Câmara Federal, a emenda de R$ 400 milhões para o projeto do Metrô na avenida Celso Garcia atende a uma demanda da Prefeitura.
- Nos organizamos na bancada para incluir essa demanda, entre as emendas que vamos apresentar. Já tivemos a aprovação dos 70 deputados paulistas - diz.
Agora, explica o deputado, a emenda vai seguir o trâmite da Casa: passará pela Comissão Mista de Orçamento e, sendo aprovada, será votada com o Orçamento da União, no próximo mês. Com a aprovação da emenda do Orçamento, a verba poderá ser liberada no próximo ano pelo Governo Federal.
Segundo o secretário Moraes, a Prefeitura espera que a bancada proponha uma emenda a cada ano para a construção da linha de metrô. Além da emenda que prevê verbas para o Metrô, também foi incluída uma segunda para a capital, no valor de R$ 720 milhões, destinada à operação e manutenção da atividades das Organizações Sociais (OSs) na área da Saúde.