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Sem aumento de tarifa, frota chega a 79% de veículos climatizados em Cuiabá

terça-feira, 14 de maio de 2024

Com o intuito de renovar o transporte público e entregar mais conforto e segurança para os usuários de coletivos em Cuiabá, o prefeito Emanuel Pinheiro entregou na manhã deste sábado (11),  13 ônibus zero quilômetro. Com isso e sem aumentar a tarifa, a frota passa a atuar com 79% dos veículos climatizados. A solenidade ainda contou com a participação da secretária de Mobilidade Urbana (SEMOB), Luciana Zamproni.

“Hoje é um dia de muita felicidade para a gestão Emanuel Pinheiro. Estamos fazendo a última vistoria e faremos a entrega imediata de mais 13 ônibus zero quilômetro, todos com ar-condicionado, elevador para PCDs e câmera de segurança. Com isso, saltamos para 79% dos veículos coletivos climatizados e colocamos Cuiabá como a única cidade do Brasil a ter quase 80% da frota com ar-condicionado e ônibus novos. Isso é o avanço do meu compromisso com os cuiabanos”, enfatizou Emanuel Pinheiro.

Os novos coletivos contam com monitoramento e telemetria, tecnologia que acompanha o comportamento do condutor, para garantir maior segurança para os passageiros e população em geral, sistema de bilhetagem, acessibilidade para Pessoas com Deficiência (PCDs), wi-fi e ar condicionado.

Atualmente, 352 ônibus atendem diariamente cerca de 180 mil passageiros do transporte público em Cuiabá. “Hoje, mais uma vez, o transporte público recebe mais 13 ônibus com ar condicionado, uma frota nova, cumprindo a concessão, cumprindo a determinação do prefeito Emanuel Pinheiro, chegando a 79% de uma frota com veículos novos e climatizados. Isso é qualidade para a população e cada dia mais a gente vai avançando de uma forma histórica nesta cidade”, pontuou Luciana Zamproni.

Emanuel Pinheiro enfatizou o compromisso de até o final da gestão entregar 100% da frota de veículos coletivos novos e com ar-condicionado. “Em junho, eu entrego mais ônibus zero quilômetro e vamos avançando. Até o final do ano, irei honrar o compromisso de entregar 100% da frota de Cuiabá com ar-condicionado e com veículos mais novos para o conforto e comodidade dos usuários do transporte coletivo na nossa capital”, finalizou o prefeito.

Informações: Prefeitura de Cuiabá

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Em Várzea Grande, Ônibus elétrico começa a circular em fase de teste

quinta-feira, 21 de março de 2024

Um ônibus elétrico começou a circular nesta quarta-feira (20), em Várzea Grande, mas ainda em fase de testes, pelo período de 30 dias. A medida é um avanço no transporte público coletivo da cidade, que deve ser implantado em breve. Vídeos que circulam nas redes sociais mostram o veículo já rodando.

O ônibus, por enqunto, faz apenas a linha intermunicipal 24, que sai do Terminal André Maggi, na Cidade Industrial, e vai até o Shopping Pantanal, em Cuiabá. 

A empresa Marcopolo é a responsável pelo ônibus de 13 metros de cumprimento e que tem capacidade para comportar até 80 passageiros. 

A novidade tem causado bastante movimentação entre a população local, visto que, não é de hoje que os moradores de Várzea Grande que dependem do transporte coletivo sofrem com a frota antiga que circula pela cidade. Além disso, convivem com a demora. 

Informações: hnt

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Novo VLT Cuiabano é coragem, história e futuro

sexta-feira, 26 de janeiro de 2024

A vocação de grandeza, garra e coragem de Cuiabá você aprende desde cedo, nos livros ou pela tradição oral. A história emoldura a bravura e superação de nossos antepassados em episódios como o da Guerra do Paraguai e o da Rusga Cuiabana, ambos no século 19. Ela mostra que quando a gente assume uma convicção, ninguém segura. Como cuiabano de ‘tchapa e cruz´, nasci e me criei imbuído desses valores. E até hoje eles são o combustível para minha ação na vida pública. 

Mas a história também serve de lição para que alguns equívocos não se repitam. Alguns deles até pitorescos, como o que vi recentemente em um minidocumentário na internet, o “Bondinho puxado por Burros” – o nosso primeiro VLT. Inspirado no modelo de Montevidéu, foi construído há mais de um século um trilho para bondes movidos a máquinas a vapor. Sem planejamento, não houve máquinas, os trilhos foram mal projetados e os animais acabaram sendo utilizados como força motriz. Reza a lenda que alguns tiveram suas cabeças enterradas na praça da Mandioca, onde era a Estação Final. 

Curiosidades à parte, o desafio da mobilidade a gente enfrenta com determinação e profissionalismo. Ao defender o Novo VLT Cuiabano e fazê-lo avançar junto ao governo federal, ao lado deputado Emanuelzinho, busco representar a reconhecida altivez do nosso povo de lutar pelo que acredita. Debatendo cada detalhe técnico, apresentamos o projeto aos ministros das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e das Cidades, Jader Barbalho Filho. A receptividade foi a melhor possível.

O modal é seguro, silencioso, confortável, de longa durabilidade, mais vantajoso para o meio ambiente e com menor custo de manutenção no longo prazo. Além disso, é imperativo imaginar a renovação urbanística que o VLT traria à cidade. Uma nova paisagem, esteticamente mais moderna e compatível com uma Cuiabá destacada no mapa do Brasil. 

Quem descende dos guaicurus e enfrentou os desbravadores bandeirantes não aceita decisões de cima para baixo. Cuiabá merece o melhor. Enxergar o VLT é olhar para o futuro, enquanto o BRT é mero retrovisor, tornou-se obsoleto. E simboliza ainda desrespeito ao dinheiro suado de cada contribuinte investido no VLT. 

Não somos contra os ônibus, por isso após décadas destravamos a licitação do transporte público e temos proporcionalmente a maior frota climatizada do país: 75% dos ônibus com ar-condicionado. Agora, estamos prontos para dar mais um passo histórico na mobilidade: tornar realidade o novo VLT Cuiabano. 

É possível fazer de forma eficiente. Bora deixar para trás o que não deu certo, avivar o sangue combativo que corre nas nossas veias e retrata bem nossa história de superação. Para colocar de vez Cuiabá nos trilhos da modernidade. Juntos, a gente vai mais longe.

Informações: Prefeitura de Cuiabá

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Com passagem a R$ 5,25, BH terá ônibus mais caro do Sudeste e o 4º do Brasil

sexta-feira, 29 de dezembro de 2023


Com o reajuste de 16,6% na passagem de ônibus, Belo Horizonte será a capital com a tarifa mais cara da região Sudeste. O novo valor de R$ 5,25, que os passageiros terão que pagar a partir de sexta-feira (29), também coloca a metrópole mineira na quarta posição no ranking nacional, atrás de Porto Velho, Curitiba e Florianópolis. 

Veja os valores cobrados no transporte convencional nas capitais:
 
1. Porto Velho - R$ 6
2. Curitiba - R$ 6
3. Florianópolis - R$ 6 
4. Belo Horizonte - R$ 5,25
5. Salvador - R$ 5,20
6. Brasília - R$ 5
7. Boa Vista - R$ 5
8. Cuiabá - R$ 4,95
9. Porto Alegre - R$ 4,80
10. João Pessoa - R$ 4,70
11. Campo Grande - R$ 4,65
12. Fortaleza - R$ 4,50
13. Aracajú - R$ 4,50
14. Vitória - R$ 4,50
15. Natal - R$ 4,50
16. Manaus - R$ 4,50
17. São Paulo - R$ 4,40
18. Rio de Janeiro - R$ 4,30
19. Goiânia - R$ 4,30
20. São Luís - R$ 4,20
21. Recife - R$ 5,60
22. Maceió - R$ 4
23. Belém - R$ 4
24. Teresina - R$ 4
25. Macapá - R$ 4
26. Palmas - R$ 3,85
27. Rio Branco - R$ 3,50

O aumento no preço dos bilhetes foi anunciado nessa terça-feira (26) pela prefeitura de BH. A diferença de R$ 0,75 deixa aflito quem depende do transporte público para se locomover na capital. Passageiros temem por demissões, conforme mostrou o Hoje em Dia.

Nesta quarta-feira, vereadores da Câmara Municipal começaram a se mobilizar para tentar impedir o aumento no preço das passagens. Foi apresentado um projeto de resolução, que demanda 14 votos favoráveis para a abertura do processo.

Quem também está na bronca com o salto de R$ 4,50 para R$ 5,25 nos bilhetes é a Associação de Usuários de Transporte Coletivo de BH e Região Metropolitana (AUTC).

A entidade avalia entrar na Justiça para solicitar que o aumento não seja autorizado. “Até a próxima terça, 2 de janeiro, vamos ajuizar uma ação no Tribunal de Justiça de Minas", disse o secretário geral da AUTC, Francisco Maciel.

Informações: Hoje em Dia

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BRT em Várzea Grande entra na 5ª fase; veja as mudanças no trânsito e rotas alternativas

quinta-feira, 17 de agosto de 2023

A implantação do Bus Rapid Transit (BRT) em Várzea Grande, um marco importante para o transporte público da região, está avançando e entrando em sua quinta fase. A partir desta quarta-feira (16), as obras do BRT avançarão da Avenida da FEB, ligando até o Aeroporto Marechal Rondon. Esse empreendimento é uma colaboração entre o Governo do Estado de Mato Grosso e a Prefeitura de Várzea Grande, que também assume a responsabilidade pela sinalização e orientação dos motoristas.

O projeto, que visa melhorar significativamente o sistema de transporte público e a fluidez do trânsito na região, atingirá uma etapa crucial, resultando na interdição de meia pista em ambos os sentidos da Avenida João Ponce de Arruda, trecho que se inicia na trincheira do Zero KM e se estende até o Aeroporto Marechal Rondon. Essa interdição exigirá atenção redobrada tanto dos pedestres quanto dos motoristas que transitam por essa via de acesso vital.

Em uma reunião realizada recentemente, representantes do Governo do Estado e da Prefeitura de Várzea Grande discutiram e tomaram a decisão de avançar para esta próxima fase das obras do BRT. O prefeito de Várzea Grande, Kalil Baracat, comentou sobre a importância dessas melhorias para a cidade: "Estamos empenhados em modernizar nosso sistema de transporte e melhorar a mobilidade urbana para os cidadãos. Essa quinta fase representa um passo significativo nesse sentido".
O Secretário de Serviços Públicos e Mobilidade Urbana, Breno Gomes, ressaltou a colaboração entre as instituições governamentais: "Essa é uma parceria que visa o bem-estar dos cidadãos. Estamos trabalhando juntos para minimizar os impactos no trânsito durante as obras e garantir que o resultado seja positivo para todos".

Cidomar de Arruda Velo, coordenador de Mobilidade Urbana de Várzea Grande, reforçou a importância de um planejamento cuidadoso: "Nossa prioridade é a segurança dos cidadãos. Estamos investindo em rotas alternativas, sinalizações e orientações para minimizar os transtornos causados pelas interdições".

Como parte dessas obras, foram construídas baias para parada de ônibus, contribuindo para a criação da faixa exclusiva à direita, conhecida como "Direita Livre", em ambas as pistas da Avenida da FEB, e agora da Avenida João Ponce de Arruda. Isso visa garantir uma maior fluidez no tráfego.

Nesta quinta fase, que abrange o trecho do Zero KM até o aeroporto, houve ampliação das baias de ônibus e melhorias na pista da Avenida da FEB. Além disso, a Secretaria de Viação, Obras e Urbanismo de Várzea Grande realizou a revitalização das ruas de acesso que servirão como rotas alternativas, oferecendo opções adicionais aos motoristas.

É importante ressaltar que os semáforos da Avenida João Ponce de Arruda não serão desativados, visando garantir a passagem segura de pedestres. O Secretário Adjunto da Secretaria de Infraestrutura, Isaac Nascimento, mencionou a importância da colaboração entre as equipes técnicas e de fiscalização do município e do estado durante todas as fases da obra do BRT.

“Diante dessas mudanças, os motoristas são aconselhados a planejar suas rotas com antecedência, evitando os horários de pico sempre que possível e explorando as rotas alternativas’, pontua Cidomar, ressaltando que as obras apesar do transtorno estão sendo concebidas para garantir um trânsito melhor, mais eficiente e econômico para a cidade e para sua população.

Como rotas alternativas para esta quinta fase, sugere-se a utilização da Avenida Couto Magalhães como uma via mais rápida para chegar aos destinos desejados. Outra alternativa é pegar a Rua Santos Dumont e a Rua Cel. Gonçalo de Figueiredo para quem está vindo de Cuiabá em direção ao Aeroporto.

O avanço das obras do BRT representa um passo fundamental para a melhoria do sistema de transporte e da mobilidade urbana em Várzea Grande. O compromisso conjunto entre o Governo do Estado, a Prefeitura e as equipes técnicas envolvidas é evidência do esforço para criar uma infraestrutura de transporte mais eficiente e moderna para todos os cidadãos.

Informações: Gazeta Digital
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Em Cuiabá, Faixas exclusivas de ônibus funcionarão somente por duas horas nos horários de pico

quarta-feira, 9 de agosto de 2023

A Prefeitura de Cuiabá, por meio da Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob), implantará faixas exclusivas de ônibus para melhorar o transporte coletivo e aliviar o tráfego nos horários de pico. As faixas funcionarão de segunda a sexta-feira, nos horários das 6h às 8h e das 17h às 19h. Aos sábados, elas serão reservadas apenas no período da manhã, das 6h às 8h, enquanto durante as tardes e nos domingos, a circulação estará livre para veículos de passeio. A medida foi planejada com base em levantamentos realizados pela equipe de engenharia de Trânsito e Transporte, para promover um transporte mais eficiente aos 205 mil usuários por dia do transporte coletivo.

A implementação dessas faixas exclusivas busca priorizar o transporte coletivo nos horários de maior demanda, enquanto proporciona flexibilidade nos períodos de menor tráfego. Essa estratégia promete contribuir para reduzir a lentidão e oferecer uma medida mais eficaz aos usuários do transporte público.

Com essas mudanças, a capital terá um transporte público mais eficiente e, ao mesmo tempo, buscará aliviar os desafios enfrentados pelo trânsito urbano durante os horários de pico. A expectativa é que a implementação das faixas exclusivas beneficie tanto os usuários do transporte coletivo quanto os motoristas particulares, contribuindo para uma circulação mais fluida. O secretário de Mobilidade Urbana, Juares Samaniego, explica que os motoristas terão tempo de adaptação e alerta que, encerrado esse período, motoristas que não respeitarem as faixas exclusivas nos horários de pico estarão cometendo infração de trânsito gravíssima, o que acarreta em uma autuação no valor de R$293,47, além de mais 7 pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH). "O intuito principal dessa iniciativa é oferecer maior fluidez e agilidade aos usuários do transporte público, que chegam a somar 205 mil passageiros diariamente. 
O plano, baseado em um levantamento realizado pela equipe de engenharia de Trânsito e Transporte, identificou várias avenidas que receberão essas faixas exclusivas. A prioridade é o coletivo e a faixa traz mobilidade ao trânsito, e os ônibus ganham alguns minutos nas viagens e levam o passageiro mais rápido para o trabalho ou de volta para a casa dele. Com ônibus climatizados e horários definidos, incentiva inclusive a população a migrar para o transporte público. Além disso, a velocidade média dos ônibus aumenta, passando de 13 km por hora para 24 km/hora. Essas avenidas serão contempladas com trechos exclusivos para ônibus, abrangendo trajetos estratégicos que conectam diferentes áreas da cidade", comentou o secretário.

Atualmente, Cuiabá conta com faixas exclusivas nas principais avenidas da cidade: Getúlio Vargas, Isaac Póvoas, Generoso Ponce, Tenente Coronel Duarte (Prainha) e Historiador Rubens de Mendonça (mais conhecida como CPA).

Veja as avenidas que receberão faixas exclusivas:

 Avenida General Valle - abrangendo o trecho entre a Coronel Escolástico e General Mello. Avenida Djalma Ferreira de Souza - conectando-se à Avenida Deputado Milton Figueiredo (Morada do Ouro), próximo ao Massairo Okamura, até a Avenida do CPA. Avenida Dante Martins de Oliveira (antiga Avenida dos Trabalhadores) - do contorno da Avenida Professora Edna Affi (das Torres) até a Miguel Sutil. Avenida José Monteiro de Figueiredo, conhecida como "Lavapés" - abrangendo o trecho próximo ao restaurante Chopão até o Talavera Bar (Santa Rosa), nos dois sentidos. 

Informações: Prefeitura de Cuiabá
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Avenidas em Cuiabá receberão faixas exclusivas de ônibus

quinta-feira, 3 de agosto de 2023

A Prefeitura de Cuiabá, por meio da Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob), está realizando um levantamento nas avenidas que serão atendidas com novas faixas exclusivas de ônibus, o que vai garantir mais fluidez e rapidez aos usuários do transporte coletivo, atendendo diariamente 205 mil pessoas. Por enquanto, a equipe de engenharia de Trânsito e Transporte adianta que as avenidas General Valle - entre a Coronel Escolástico e General Mello; Av. Djalma Ferreira de Souza - com a Av. Deputado Milton Figueiredo (Morada do Ouro) - ao lado do Massairo Okamura - chegando na Av. do CPA; Dante Martins de Oliveira (antiga Av. dos Trabalhadores), do contorno da Av. Professora Edna Affi (das Torres) até a Miguel Sutil; e a Av. José Monteiro de Figueiredo, a popular "Lavapés" - próximo do restaurante Chopão até o Talavera Bar (Santa Rosa) - nos dois sentidos, receberão trechos exclusivos para o transporte público.

Outra mudança anunciada pela Semob, que vai garantir uma melhor mobilidade urbana, é a padronização dos horários de funcionamento das faixas para os ônibus, tanto para as atuais quanto para as que ainda serão implantadas. Elas funcionarão somente nos horários de pico, entre 6h e 8h da manhã e, no final da tarde, entre 17h e 19h. Aos sábados, de 6h às 8h, sendo no período da tarde circulação livre, assim como aos domingos, os condutores de veículos de passeio poderão circular livremente pela faixa.

O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, explicou: "pensando em melhorar a mobilidade urbana daqueles que utilizam o transporte coletivo, eu solicitei à Semob que faça um estudo mais avançado sobre as avenidas onde os ônibus ficam travados. É necessário dar mais fluidez aos ônibus, porque temos mais de 200 mil usuários do transporte público que utilizam os 369 veículos do transporte coletivo e, enquanto isso, se pegarmos mil veículos nas ruas, somando cada um com quatro pessoas, dá um total de quatro mil pessoas. Então, essas faixas irão melhorar o tempo de viagem e vão melhorar o trânsito porque serão em horários definidos. O benefício é que na pirâmide da mobilidade urbana o transporte coletivo está no pico, então esse corredor exclusivo tem prioridade. E nós já temos faixas exclusivas nas avenidas do CPA e Fernando Corrêa, que já melhoraram e muito a mobilidade urbana.
O secretário de Mobilidade Urbana, Juares Samaniego, explica que os motoristas terão tempo de adaptação e alerta para que, encerrado esse período, motoristas que não respeitarem as faixas exclusivas nos horários de pico estarão cometendo infração de trânsito gravíssima, o que acarreta em uma multa no valor de R$293,47, além de mais 7 pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH). "A prioridade é o coletivo e a faixa traz mobilidade ao trânsito e os ônibus ganham alguns minutos nas viagens e levam o passageiro mais rápido para o trabalho ou de volta para a casa dele. Com ônibus climatizados e horários definidos, incentiva inclusive a população a migrar para o transporte público. Além disso, a velocidade média dos ônibus aumenta, passando de 13 km por hora para 24 km/hora", comentou o secretário.

Atualmente, Cuiabá conta com faixas exclusivas nas principais avenidas da cidade: Getúlio Vargas, Isaac Póvoas, Generoso Ponce, Tenente Coronel Duarte (Prainha) e Historiador Rubens de Mendonça (mais conhecida como CPA).

Informações: Governo do Mato Grosso
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Tarifa zero pode dominar as eleições de prefeito em 2024 nas Capitais

terça-feira, 4 de julho de 2023

O preço da tarifa do transporte coletivo urbano deve ser um dos temas dominantes no debate da campanha eleitoral de 2024. É o que apontam marqueteiros e estrategistas políticos.

Hoje, seis capitais, entre elas São Paulo, estudam a adoção do sistema de gratuidade no transporte público. São elas: São Paulo, Fortaleza, Goiânia, Cuiabá, Brasília e Palmas.

O movimento em direção à tarifa zero se acentuou com a pandemia de covid-19. Foi depois que o coronavírus se espalhou pelo mundo que 42 prefeitos decidiram reorganizar o transporte público em suas cidades.
Esse foi o caso de Mariana (MG), Paranaguá (PR), Assis (SP) e do mais populoso de todos os municípios a adotar o sistema: Caucaia, na Grande Fortaleza, no Ceará. Desde 2021, seus 368,9 mil habitantes se locomovem com tarifa zero.


A maioria dos políticos e dos especialistas em transportes ouvidos pelo jornal Estado de São Paulo diz acreditar que a discussão sobre essa política pública estará em destaque na próxima campanha eleitoral, em 2024. 

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), já encomendou um estudo para a adoção da medida. Para seus adversários, esta pode ser a bandeira que Nunes precisará para se reeleger. “O estudo que eu pedi à SPTrans deve estar pronto ainda neste ano”, contou o prefeito.

Atualmente, o preço da passagem é R$ 4,40 e não sobe há três anos. Em 2022, o sistema de transporte público custou R$ 10,3 bilhões para a cidade, dos quais R$ 5,1 bilhões foram arrecadados com tarifa e o restante foi subsidiado pela Prefeitura. “A tarifa devia ser R$ 7,20. Começamos a levantar as cidades que tinham tarifa zero e vimos que todas elas demonstravam um ganho econômico do comércio e de empregos”, disse Nunes.

Em uma década, o investimento público no setor caiu a menos da metade, de acordo com estudo do economista Claudio Frischtak, da Inter.B Consultoria.

Se, em 2013, os R$ 8,6 bilhões em recursos estatais aplicados em transporte público já não eram considerados suficientes, o montante de R$ 4,1 bilhões no ano passado aponta uma tendência preocupante.

Enquanto isso, subsídios para automóveis e combustíveis só aumentam. Ainda no ano passado, antes do programa de incentivos fiscais para baratear carros lançado pelo governo federal na semana passada, o setor automotivo já tinha sido beneficiado com isenções tributárias da ordem de R$ 8,8 bilhões, mais que o dobro do investido pelo setor público em mobilidade nas cidades.

Para o consultor de marketing político Juarez Guedes, nas pesquisas que ele tem acessado o grande debate é em todo do transporte público que funcione de verdade, com menos superlotação, com pontualidade, com o mínimo de conforto. 

“Agora, naturalmente esse é um debate atrativo. Já participei de campanhas em que a gratuidade foi colocada mas que naquele momento não teve aderência, porque não trouxe credibilidade naquele momento, naquele contexto”, pontuou Guedes. 

O sociólogo Rodrigo Mendes entende que na eleição municipal tendem a prevalecer os temas locais. Nas capitais, em alguns casos específicos podem surgir temas nacionais, mas via de regra predominam temas mais próximos do cotidiano dos eleitores e, portanto, temas como transporte público, zeladoria (limpeza, iluminação, pavimentação), junto com lazer (parques e praças), saúde (atenção básica) e educação (infantil e ensino fundamental), segurança (guarda municipal quando a cidade tem), emprego nas suas dinâmicas locais, tendem a dominar o debate. 

Estrategista de Marketing e Comunicação e autor do livro Marketing Político, o Poder da Estratégia, Mendes acredita que a questão da tarifa zero no transporte público, sobretudo em cidades que têm finanças ajustadas e maior arrecadação de impostos, pode entrar na pauta de 2024. 

Informações: F5 Online
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Passe livre: tema avança em grandes cidades brasileiras

domingo, 2 de julho de 2023

A demanda pelo fim da cobrança da passagem no transporte coletivo público urbano tem ganhado espaço nas casas legislativas e prefeituras de capitais do país, impulsionada pelos movimentos populares que surgiram nas grandes manifestações de junho de 2013. Capitais como São Paulo e Belo Horizonte estão entre os exemplos onde essa pauta está avançando, seja por meio de novas leis municipais ou decisões do poder executivo.

No total, 74 municípios já adotaram a tarifa zero plena no transporte coletivo, com destaque para São Paulo e Minas Gerais, que concentram a maioria dessas cidades. Além dos municípios menores, agora as capitais também estão avançando na adoção do passe livre.

No final do ano passado, a prefeitura de São Paulo solicitou um estudo de viabilidade para a adoção do passe livre na cidade, mas o projeto ainda está em desenvolvimento pela São Paulo Transporte (SPTrans), empresa responsável pela gestão do transporte no município.

Recentemente, vereadores de São Paulo propuseram um projeto de lei que prevê o passe livre parcial, especialmente para pessoas de baixa renda inscritas no Cadastro Único (CadÚnico) e desempregados registrados no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
Em Belo Horizonte, a Câmara dos Vereadores aprovou o passe livre no transporte público municipal para estudantes, mulheres vítimas de violência em deslocamento para atendimento, e em linhas que atendem favelas e vilas. Também foi aprovada a permissão para que a prefeitura destine recursos adicionais no orçamento para implementar o transporte gratuito para toda a população aos domingos e feriados.

Efeito da pandemia
A adoção dessa pauta por políticos e empresas conservadoras em São Paulo e Belo Horizonte pode ser explicada pelo colapso iminente do sistema de financiamento do transporte público. A queda significativa na demanda de passageiros após a pandemia de Covid-19 levou as empresas a buscarem soluções para reverter essa situação.

Nesse contexto, a adoção do passe livre seria benéfica para as empresas, pois aumentaria a demanda de passageiros com remuneração direta pelo poder público, além de atender aos interesses dos usuários e políticos, que podem obter ganhos eleitorais com essa medida.

O pesquisador Daniel Santini destaca que os aspectos sociais, econômicos e políticos estão convergindo para impulsionar o avanço do passe livre. O fator eleitoral pode ser o gatilho que acelera todo esse processo.

Direito ao transporte
A mobilidade como um direito tem se tornado uma bandeira cada vez mais forte desde as manifestações de junho de 2013. Embora tenha enfrentado resistência inicialmente, o entendimento de que o transporte é um direito garantido pelo Estado tem se consolidado ao longo do tempo.

Atualmente, há um consenso de que a mobilidade é um direito e o debate gira em torno de como viabilizá-lo e estruturá-lo. Daniel Santini, pesquisador da área, destaca que estamos vivendo um momento em que soluções efetivas estão sendo buscadas para fortalecer o transporte coletivo, em contraposição aos investimentos massivos na mobilidade motorizada individual, como a construção de avenidas e anéis rodoviários.

Essa mudança de perspectiva tem um aspecto de justiça social, e a consolidação da mobilidade como direito foi impulsionada pelas mobilizações nas ruas, lideradas pelo Movimento Passe Livre (MPL). A luta dos movimentos sociais culminou na aprovação da Emenda Constitucional 90/2015, que elevou o transporte a um direito social garantido pelo Estado, proposta pela deputada federal Luiza Erundina.

Além de São Paulo e Belo Horizonte, outras sete capitais brasileiras estão discutindo a implementação da tarifa zero no transporte coletivo: Campo Grande, Teresina, Fortaleza, Curitiba, Florianópolis, Palmas e Cuiabá. Essa pauta está em análise tanto nas administrações municipais quanto nas casas legislativas dessas cidades.
Para o Movimento Passe Livre, a luta nas ruas foi essencial para que o transporte fosse reconhecido como um direito constitucional em 2015, e a tarifa zero se tornasse uma pauta nacional. O transporte público é um direito fundamental que viabiliza o acesso a outros direitos, e é responsabilidade das prefeituras e dos estados garantir a tarifa zero para toda a população.

Com informações da Agência Brasil 
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Prefeito de Cuiabá realizará a entrega de mais 42 ônibus novos

A prefeitura de Cuiabá realizará a entrega de mais 42 ônibus zero quilômetro para o transporte público da capital. Com esses novos ônibus, Cuiabá atinge a marca de 200 veículos renovados, sendo 192 ônibus e mais nove novas vans do Projeto Buscar, além de 75% da frota com ar-condicionado.

"Nunca na história de Cuiabá ocorreu isso. Cuiabá está entre as cidades com maior climatização de frotas do país. Foram entregues 144 novos veículos em 2021 e, seis meses após, já em 2022, foram mais 6 ônibus novos e mais 9 vans para o projeto Buscar. 

Hoje, faltam ainda 177 ônibus para serem trocados. Pretendo deixar a frota renovada e climatizada em 100% até o final de nossa gestão, isso foi um compromisso que fiz com a população cuiabana e que vem sendo cumprido. Quem conheceu o transporte público antes dessa concessão realizada em minha gestão, sabe bem o que era um transporte ruim e precário. Temos muito a melhorar, mas avançamos muito, com o transporte público em geral, com a implantação das estações no Centro da cidade e, já estamos com a reforma no terminal do CPA 3 e em breve no CPA I. Trocamos mais de 1.200 abrigos em Cuiabá e vamos fazer mais", destacou o prefeito de Cuiabá.
Os novos coletivos incluem instalações de câmeras (4 em cada coletivo), sistema de bilhetagem, GPS, adaptações com elevadores para Pessoas com Deficiência - PCDs, Wi-Fi e aparelhos de ar-condicionado. Os novos carros serão incorporados à frota atual. Hoje, circulam pela capital 369 coletivos que atendem a um total de 210 mil usuários/dia.

As linhas de ônibus foram divididas em quatro lotes, arrematados por quatro empresas distintas. São elas: Integração Transporte LTDA, Caribus Transportes e Serviços LTDA, Rápido Cuiabá Transporte Urbano LTDA e Viação Paraense LTDA.
Serviço:

Informações: Prefeitura de Cuiabá
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DF estuda adotar tarifa zero no transporte público

domingo, 7 de maio de 2023

Usar o transporte público sem pagar tarifa na catraca. Esta é uma realidade estudada pela Secretaria de Transporte e Mobilidade do Distrito Federal (Semob-DF) . Segundo a pasta, "estudos de viabilidade econômica financeira estão em andamento para posterior envio aos órgãos competentes para análise".

No Brasil, de acordo com o pesquisador Paíque Duques Santarém, doutorando no Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da UnB, 69 cidades – pequenas e médias – já adotaram a tarifa zero universal no sistema de transporte público (saiba mais abaixo).

A tarifa zero universal, é o uso do transporte público sem o pagamento pelo usuário final. O assunto também é pauta na Câmara Legislativa do DF (CLDF).

A Comissão de Transporte e Mobilidade Urbana da Casa (CMTU) discutiu o tema em reuniões técnicas com especialistas da área e lançou, na quarta-feira (3), a Subcomissão da Tarifa Zero.

O deputado distrital Max Maciel (Psol), presidente da CMTU e um dos integrantes da subcomissão, destacou que há cinco projetos de lei em discussão na Câmara Legislativa que tratam da gratuidade para diferentes categorias de usuários como pessoas em situação de vulnerabilidade e enfermeiros. No entanto, a subcomissão, composta também pelos deputados distritais Gabriel Magno (PT) e Pedro Paulo de Oliveira, o Pepa (PP), pretende desenvolver uma proposta de tarifa zero que englobe todos os usuários do transporte público.
"Temos um sistema de mobilidade que não pensa nas mulheres, nos novos territórios que foram construídos. [...] A nossa política de mobilidade deixa a desejar no atendimento ao usuário. [...] Se o tarifa zero entra, traz para dentro do sistema um público que começa a acessar esporte, educação, emprego e renda e um público que não consegue acessar porque a tarifa é cara", diz Max Maciel.

De acordo com o deputado, a tarifa zero pode garantir a inclusão de pessoas no acesso à cidade, mas deve ser feita de forma gradual.

Por que a tarifa zero ainda não foi adotada no DF?
Segundo Paíque Duques Santarém, doutorando no Programa de Pós-Graduação da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de Brasília, a adoção da tarifa zero é viável e possível no DF. Ele lembra que o benefício já foi concedido de forma parcial no Distrito Federal em quatro momentos:

Na implementação do Metrô; no aniversário de Brasília; nos ônibus do CCBB e da Câmara dos Deputados; no início do sistema de BRT (Gama - Santa Maria).

"Não é algo alienígena no DF, temos também a conquista histórica do movimento Passe Livre Estudantil. Essas experiências têm que ser olhadas com cuidado para que não seja dito que tarifa zero é inviável ou impossível no DF", afirma o pesquisador. Para Santarém, impostos para lanchas e taxação sobre automóvel podem ser fontes de recursos para promoção da tarifa zero.

No entanto, mesmo com as experiências passadas, Santarém ressalta que o transporte ainda não é visto como política pública e que as empresas de mobilidade do DF têm pouco interesse em adotar um novo modelo de tarifa, para calcular o custo por km rodado e não por passageiro.

As empresas de ônibus Viação Piracicabana, TCB, Viação Pioneira, Viação HP-ITA (URBI) e Viação Marechal afirmaram ao g1, por meio das assessorias, que se a proposta da tarifa zero for aprovada pela Semob, as companhias vão acatar.

No Distrito Federal, o sistema de transporte público coletivo é custeado em parte pelo GDF e em parte pela população, por meio do pagamento da passagem. Em 2022, o subsídio pago pelo governo foi de R$ 890 milhões. Já o valor de 2023, de acordo com a Semob, será reajustado "de acordo com critérios previstos em contrato".
"Ou teremos um novo aumento de tarifas ou teremos um aumento de subsídios", diz Paíque Duques Santarém.
Desde 2013, foram 9 reajustes anuais concedidos na tarifa do transporte público do DF. Confira na tabela abaixo:

Reajustes anuais concedidos em tarifas do transporte público do DF.

Mês do reajuste Valor em % do reajuste
14/09/2013 6,65%
14/09/2014 12.58%
14/09/2015 8,04%
14/09/2016 10,60%
14/09/2017 3,43%
14/09/2018 6,99%
14/09/2019 4,98%
14/09/2020 0.00%
14/09/2021 21,25%
14/09/2022 19,51%
Fonte: Secretaria de Transporte e Mobilidade do DF (Semob-DF)

Atualmente, o valor das tarifas no DF são de

R$ 2,70 (curta distância)
R$ 3,80 (média distância)
R$ 5,50 (longa distância)

De acordo com a Semob, o passageiro pode fazer até três embarques, no período de 3 horas, em um único sentido, com a integração no cartão Mobilidade, pelo valor máximo de R$ 5,50.

Em abril, foram registrados 27.765.328 acessos no sistema de transporte público do DF. Em março, foram 31.078.082.

No entanto, a Semob ressalta que o acesso não é o mesmo que a quantidade de passageiros, pois uma pessoa pode realizar mais de uma viagem por dia.

O pesquisador Paíque Duques Santarém afirma que a tarifa zero pode aumentar o número de usuários no transporte público e diminuir a utilização de carros e motos, contribuindo para a diminuição de gases poluentes.

No país, um total de 69 cidades adotaram a tarifa zero universal no sistema de transporte público. Segundo Santarém, nos últimos dez anos, houve a adesão de 59 municípios, uma média de quase seis cidades por ano.

O pesquisador ainda destaca que cerca de 3 milhões de pessoas foram atendidas.

“De forma muito sucinta, estamos em um momento que defino como um ciclo virtuoso da tarifa zero no Brasil. Passamos de menos de dez cidades com tarifa zero em 2013, para cerca de 14 cidades em 2018 para, em 2023, 69 cidades com tarifa zero no Brasil", diz Santarém.

De acordo com o mapa Cidades com Passe Livre em 2023 (veja acima), a maioria dos municípios que adotam a tarifa zero universal estão concentradas nas regiões Sudeste e Sul. O mapeamento é organizado pelo pesquisador Daniel Santini, mestrando em Planejamento Urbano e Regional na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (USP).

Além das pequenas e médias cidades, capitais estão testando ou estudando a implementação do sistema de tarifa zero. Além de Brasília, Cuiabá, Palmas, Florianópolis, Teresina, Porto Alegre, São Paulo e São Luís são algumas das grandes cidades interessadas, de acordo com os pesquisadores

Confira aqui a lista completa das cidades que adotaram a tarifa zero

O aumento da adesão de tarifa zero entre cidades pequenas e médias e a consideração da proposta por cidades maiores é consequência do ciclo vicioso do aumento das tarifas, que, de acordo com Paíque Duques Santarém, ocorre no Brasil desde a década de 1990 até 2013.

"O financiamento do transporte pela tarifa entrou no ciclo vicioso de aumento de tarifas. Transporte é sustentado basicamente pela tarifa paga pelo usuário, empresas aumentam a tarifa, o número de usuários do sistema cai, o transporte precariza e fica mais caro, e isso afasta passageiros, seja pela inclusão ou pela impossibilidade", afirma Santarém.

Além disso, segundo o pesquisador, nos últimos quatro anos, houve quatro fatores que motivaram o aumento das adesões à tarifa zero. São eles: custo político do aumento da tarifa do transporte, precarização e empobrecimento da população, migração para o automóvel ou moto e "uberização".

Santarém destaca que os empresários do transporte continuam ganhando dinheiro, mas diz que o setor está lucrando menos, o que fez com que muitas empresas abandonassem o serviço e outras começassem a lutar por subsídios.

" É incontornável debater tarifa zero para tratar do transporte coletivo. É uma solução racional. Temos uma dimensão social e uma economia dependente da circulação de pessoas na cidade”, diz Santarém.

O que diz a Secretaria de Transporte e Mobilidade do Distrito Federal
"A Secretaria de Transporte e Mobilidade informa que os estudos de viabilidade econômica financeira estão em andamento para posterior envio aos órgãos competentes para análise.
A Secretaria de Transporte e Mobilidade informa que o DF adota o sistema de tarifa técnica, que é um benefício para os usuários do transporte coletivo, pois impede que o custo do sistema seja pago integralmente pelo passageiro. Parte deste custo é pago pelo usuário (por meio da passagem) e o restante pelo complemento tarifário que é pago pelo governo. Assim, o preço da passagem (tarifa de ônibus e metrô) é uma decisão de política pública do GDF.

Por fim, a Semob informa que, em 2022, o subsídio pago referente à manutenção do equilíbrio econômico financeiro do sistema foi de cerca de R$ R$ 890 milhões. O valor para 2023 será de acordo com as variações das tarifas técnicas, que são periodicamente revisados e ajustados (para mais ou para menos), seguindo os critérios previstos em contrato."

Informações: G1 DF
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Tarifa zero: as lições das 67 cidades do Brasil com ônibus de graça

sexta-feira, 14 de abril de 2023

Em março de 2023, uma greve paralisou o metrô de São Paulo. Em meio às negociações, os metroviários propuseram uma forma de protesto diferente: eles voltariam ao trabalho, mas o metrô operaria sem cobrança de tarifa da população até as partes chegarem a um acordo.

A ideia acabou barrada pela Justiça, impedindo o que teria sido o segundo maior experimento de tarifa zero no país em menos de um ano.

A tarifa zero ou passe livre é uma política pública que prevê o uso do transporte público sem cobrança de tarifa do usuário final. Nesse modelo, o sistema é financiado pelo orçamento do município, com fontes de recursos que variam, a partir do desenho adotado por cada cidade.

O primeiro teste em grande escala da proposta no país aconteceu no segundo turno das eleições presidenciais, em outubro de 2022. Naquele dia, centenas de cidades brasileiras deixaram de cobrar passagem nos ônibus e trens, para facilitar o acesso dos eleitores às urnas.

Na Grande Recife, a demanda aumentou 115% em relação aos domingos comuns e 59% na comparação com o primeiro turno. Em Belo Horizonte, o aumento foi de 60% e 23% nas mesmas bases de comparação, conforme balanços divulgados à época.

Os números revelam a imensa demanda reprimida pelo transporte urbano e o fato de que, atualmente, milhões de brasileiros não usam ônibus, metrôs e trens por falta de dinheiro.

Mas essa realidade está mudando em um número crescente de cidades e projetos em discussão na Câmara dos Deputados querem tornar a tarifa zero uma política nacional – embora financiá-la em grandes centros urbanos ainda seja um imenso desafio.

67 cidades brasileiras com tarifa zero
Ao menos 67 cidades brasileiras já adotam a tarifa zero em todo o seu sistema de transporte, durante todos os dias da semana, conforme levantamento da NTU (Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos), atualizado em março de 2023.

São cidades pequenas e médias, com populações que variam de 3 mil a mais de 300 mil habitantes.

Outros sete municípios adotam a política de forma parcial: em dias específicos da semana, em parte do sistema ou apenas para um grupo limitado de usuários, segundo os dados da NTU.

E ao menos quatro capitais estudam neste momento a possibilidade de adotar a tarifa zero em seus sistemas de transporte: São Paulo, Cuiabá, Fortaleza e Palmas, de acordo com levantamento da área de mobilidade urbana do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor).

No Brasil, a tarifa zero foi proposta pela primeira vez durante o mandato da então petista Luiza Erundina à frente da Prefeitura de São Paulo (1989-1992). Mas, naquela ocasião, a proposta não avançou.

A política voltou ao debate público nos anos 2000, com o surgimento do Movimento Passe Livre (MPL).

O movimento social ganhou notoriedade em junho de 2013, ao liderar a maior onda de protestos da história recente, deflagrada por um aumento das tarifas de ônibus em São Paulo.

Os números da NTU mostram que junho de 2013 teve efeitos concretos: das 67 cidades com tarifa zero no país, 51 adotaram a política após aquele ano.

A pandemia deu impulso adicional ao avanço do modelo no Brasil: desde 2021, foram 37 cidades a adotar a tarifa zero – 13 em 2021, 16 em 2022 e outras oito só neste início de 2023.

O tema foi discutido pela equipe de transição do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e está no centro de um projeto de lei e uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) na Câmara, o primeiro da autoria de Jilmar Tatto (PT-SP) e a segunda, de Luiza Erundina (Psol-SP).

A PEC de Erundina pretende criar um Sistema Único de Mobilidade (SUM), a exemplo do Sistema Único de Saúde (SUS). O objetivo é garantir a gratuidade nos transportes, por meio de um modelo de responsabilidade compartilhada entre governo federal, Estados e municípios.

A seguir, conheça a experiência de cidades que já adotam a tarifa zero e os desafios para implementação da política em municípios de grande porte, como São Paulo.

Maricá (RJ): demanda aumentou mais de 6 vezes
Maricá, no Rio de Janeiro, iniciou seu projeto de tarifa zero ainda em 2014, durante o mandato de Washington Quaquá (PT) na prefeitura do município.

Com uma população de 167 mil habitantes, a cidade da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, conta com um orçamento turbinado por royalties do petróleo – uma espécie de compensação recebida por municípios pela exploração do óleo em suas águas.

Foi com esse dinheiro em caixa que Maricá viabilizou uma política de renda básica que atualmente beneficia 42,5 mil moradores e também os ônibus gratuitos para a população.

Para dar início à política de tarifa zero, a prefeitura de Maricá criou uma autarquia, a EPT.

Com frota e motoristas próprios, a empresa operava a princípio um número reduzido de ônibus gratuitos, que circulavam ao mesmo tempo que linhas pagas, operadas por duas empresas privadas que tinham o direito de concessão no município. Essa operação concomitante levou a embates na Justiça, encerrados apenas com o fim das concessões.

Foi apenas em março de 2021 que a EPT passou a operar todas as linhas do município com tarifa zero, por meio de ônibus próprios e outros alugados de empresas privadas através de processos de licitação.

Atualmente com 120 ônibus e 3,5 milhões de passageiros por mês, o custo mensal do sistema varia de R$ 10 milhões a R$ 12 milhões.

"Em 2022, foram R$ 160 milhões que as famílias deixaram de gastar com transporte, o que é injetado diretamente na economia da cidade", diz Celso Haddad, presidente da EPT de Maricá.

O município enfrentou, no entanto, um desafio comum a todas as cidades que implantam a tarifa zero: explosão de demanda e, consequentemente, dos custos de operação.

"Aqui em Maricá, [a demanda] cresceu mais de seis vezes. Tínhamos em torno de 15 mil a 20 mil pessoas transportadas diariamente e hoje transportamos mais de 120 mil. A tarifa zero é um propulsor do direito de ir e vir, é muito avassaladora a diferença", afirma o gestor.

Vargem Grande Paulista (SP): taxa paga por empresas locais
O avanço da tarifa zero no período recente deixou de ser identificado com um espectro político específico. Prefeitos de esquerda e direita têm implementado o modelo em seus municípios.

Josué Ramos, prefeito de Vargem Grande Paulista, por exemplo, é filiado ao PL do ex-presidente Jair Bolsonaro.

O prefeito conta que a motivação que o levou a implementar em 2019 a tarifa zero no município foi a necessidade crescente de subsídios – a remuneração do serviço de transporte público é geralmente composta por uma parcela financiada via tarifa e outra via subsídio, com recursos que vêm do orçamento da prefeitura, a partir da arrecadação de impostos.

"Assim que eu assumi, em 2017, a empresa de ônibus veio pressionar para aumentar a tarifa ou ampliar o subsídio ao transporte da cidade, e eu não tinha previsão orçamentária para isso", diz Ramos.

"Eles, do dia para a noite, retiraram todos os ônibus das linhas e eu tive que, em 12 horas, buscar um transporte alternativo, e coloquei vans operando de forma gratuita. Isso me despertou o interesse em estudar melhor o caso [da tarifa zero]."

Ramos conta que estudou exemplos europeus, como Luxemburgo – país que adota a gratuidade em todo seu sistema de transporte, incluindo ônibus, trens e metrôs –, e brasileiros, como os de Maricá e Agudos, no interior de São Paulo.

Assim, a prefeitura chegou a um modelo em que a gratuidade é financiada através de um fundo de transporte, cujas principais receitas são uma taxa paga pelas empresas locais no lugar do vale-transporte (de R$ 39,20 mensais por funcionário), além de publicidade nos ônibus, locação de lojas nos terminais e 30% do valor das multas de trânsito.

Empresas locais chegaram a ir à Justiça contra a cobrança da taxa, mas Ramos afirma que algumas desistiram após entenderem melhor a proposta, restando uma ação pendente.

Com a tarifa zero, a demanda aumentou de 40 mil para 110 mil usuários mensais, exigindo a ampliação da frota de ônibus. Atualmente, são 15 ônibus, em sete linhas, e o custo do sistema é de R$ 600 mil mensais.

"É uma questão muito maior do que a de mobilidade. Existe a questão social, a de geração de recursos, porque na hora que eu implantei a tarifa zero, aumentou o gasto no comércio, a arrecadação de ICMS, de ISS", relata Ramos.

"Existe também a questão da saúde: tínhamos 30% de pessoas que faltavam à consulta médica e esse índice reduziu, porque as pessoas não tinham dinheiro para ir à consulta. Então ajudou em todas as áreas. A tarifa zero, ao ser debatida, precisa levar em conta tudo isso."

Caucaia (CE): tarifa zero no segundo maior município do Ceará
Caucaia, segundo município mais populoso do Ceará, com 369 mil habitantes, é um exemplo do avanço da tarifa zero nos municípios após a pandemia.

Com a crise sanitária, os sistemas de transportes públicos perderam passageiros e os custos aumentaram com a alta do diesel e da mão de obra.

Isso fez crescer a pressão por subsídios, num momento em que as famílias, com a renda pressionada, teriam dificuldade para arcar com um aumento da tarifa.

"Tínhamos que fazer alguma coisa para diminuir a perda [de renda] das famílias, elas precisavam ser socorridas de alguma forma na esfera municipal, para além do auxílio emergencial", diz Vitor Valim, prefeito de Caucaia, eleito pelo PROS e atualmente sem partido.

Diferentemente de Maricá, que conta com royalties do petróleo, e de Vargem Grande Paulista, que criou uma taxa sobre as empresas locais, Caucaia decidiu arcar com a tarifa zero com recursos do orçamento regular da prefeitura.

O programa, que recebeu o nome de Bora de Graça, foi implementado em setembro de 2021.

A iniciativa consome atualmente cerca de 3% do orçamento municipal e a remuneração à empresa prestadora do serviço é por quilômetro rodado, não por passagem.

"É tão exequível que o modelo de Caucaia será estendido para toda a região metropolitana", diz Valim.

A gratuidade no transporte público intermunicipal na Região Metropolitana de Fortaleza foi promessa de campanha do governador Elmano de Freitas (PT) e um projeto sobre o tema tramita na Assembleia Legislativa do Ceará.

Além de Caucaia, já adotam a tarifa zero na Região Metropolitana de Fortaleza os municípios de Eusébio, Aquiraz e Maracanaú. A capital estuda adotar a gratuidade para estudantes.

A repercussão local é outra característica do avanço recente da tarifa zero: a adoção da política por um município influencia as cidades do entorno.

Em Caucaia, com a tarifa zero, a demanda passou de 505 mil passageiros por mês para 2,2 milhões.

"Tivemos um aumento de custo de mais 30% com reforço da frota, o que era previsível", relata o prefeito. "Esse foi um desafio em termos de gestão, mas a dificuldade maior foi vencer a descrença da população, que temia ser taxada. Teve uma desconfiança muito grande do povo."

Informações: BBC
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