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Na China, Usuários preferem mais trem bala que aviões

quarta-feira, 28 de maio de 2025

Usain Bolt deixando sete adversários pra trás, desacelerando nos últimos 15 metros e, ainda assim, correndo mais rápido do que qualquer humano já correu. Existe metáfora melhor pra explicar o lançamento dos trens de alta velocidade chineses?

Naquele ano, enquanto Usain Bolt voava dentro do Ninho de Pássaro, o estádio dos Jogos Olímpicos de Pequim, a China aproveitava o momento pra mostrar ao mundo que já era um país moderno. E parte dessa modernidade, claro, passava por suas linhas de trem de alta velocidade, que entraram em operação justamente naquele ano.

Dezessete anos depois, a China é o país com a maior malha ferroviária de alta velocidade do mundo. Assim como Bolt em 2008, o crescimento foi tão insano que deixou pra trás potências como França e Japão.

Em menos de duas décadas, o impacto da alta velocidade na China foi enorme. Ter uma malha ferroviária bem estruturada num país do tamanho da China é essencial pra facilitar os deslocamentos de longa distância. E, por enquanto, eles estão conseguindo convencer a população. Tanto que as companhias aéreas já soaram o alarme: os trens estão roubando seus passageiros.

Melhor de trem
A chegada dos trens-bala na China mudou completamente a forma como os chineses encaram as viagens. No fim de 2024, o país apresentou seu trem mais avançado, capaz de atingir impressionantes 450 km/h. O CR450AF é só o exemplo mais recente do ritmo acelerado do desenvolvimento chinês. Ele deve começar a operar ainda este ano nas linhas de alta velocidade já existentes, o que significa que, por enquanto, vai circular a até 350 km/h. A meta, porém, é ter até 2027 as ferrovias prontas pra sustentar velocidades acima dos 400 km/h.

Com isso, os viajantes vão ter mais um bom motivo pra escolher o trem na rota entre Pequim e Xangai. Segundo o South China Morning Post, no ano passado esse trajeto foi feito por 52 milhões de passageiros de trem, contra apenas 8,6 milhões que optaram pelas companhias aéreas.

Esse volume de passageiros fez o serviço crescer 3,62% em receita, somando mais de 42 bilhões de yuans cerca de 5,8 bilhões de dólares. Já o lucro líquido disparou 10%, alcançando 12,8 bilhões de yuans, ou quase 1,8 bilhão de dólares. O tráfego é tão intenso que 100 trens circulam diariamente entre as duas cidades.

Pra entender por que o trem venceu o avião nessa rota, basta olhar os números. Pequim e Xangai estão separadas por pouco mais de 1.300 quilômetros, mas o trem-bala chinês atual consegue fazer esse trajeto em apenas quatro horas e dezoito minutos. No pior dos cenários, mesmo com todas as paradas, a viagem não passa de oito horas.

Além da alta frequência e do tempo reduzido de trajeto, tem outro fator que pesa bastante nessa equação. Segundo o South China Morning Post, pra muita gente é simplesmente indispensável continuar conectada enquanto viaja. E, enquanto no avião isso ainda é praticamente inviável, no trem essa conexão digital está praticamente garantida. Aliás, se os Jogos Olímpicos de Inverno de Pequim deixaram algo claro, foi justamente isso: garantir conectividade virou prioridade absoluta.

Informações: Xataka

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Prefeitura obtém linha de crédito de R$ 1,4 bilhão no BID para compra de mais ônibus elétricos

quarta-feira, 14 de maio de 2025

Menos de um mês de concretizar uma linha de crédito de US$ 100 milhões com o Banco da China para aquisição de mais ônibus elétricos para o sistema municipal de transporte, a Prefeitura de São Paulo conseguiu nesta segunda-feira (12) a liberação de R$ 1,4 bilhão (US$ 248,3 milhões) do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) para a eletrificação da frota de ônibus da capital.

A cidade tem implementado um programa ambicioso de aquisição de ônibus elétricos, com 527 veículos já incorporados e meta de incorporar 2.200 carros movidos a energia limpa entre 2025 e 2028.

“Temos orgulho dos nossos avanços em sustentabilidade, com destaque para a preservação dos mananciais, parques e da qualidade do ar”, afirmou o prefeito Ricardo Nunes, que contabiliza também as vantagens econômicas dos ônibus elétricos a longo prazo, porque o custo de operação dos ônibus a diesel é de R$ 25 mil e, com o elétrico, a manutenção do veículo vai cair para R$ 5 mil. O ganho é de R$ 20 mil de economia por mês com cada ônibus. “Teremos ganho ambiental, ganho na qualidade do transporte, tanto para o passageiro como para os operadores, motorista, cobrador, como também essa questão do ganho financeiro.”

O programa de tornar a frota de ônibus mais limpa beneficia diretamente os 7 milhões de passageiros diários, mas também serão beneficiados de maneira indireta pela melhora na qualidade do ar os 11,5 milhões de habitantes da cidade e os 21,5 milhões de moradores da região metropolitana.

A substituição de veículos a diesel pelos movidos a bateria traz uma significativa redução de emissão de poluentes na atmosfera.

“É parte central da estratégia de apoio do BID para o Brasil impulsionar iniciativas como esta, que permitam avançar em questões ambientais e sociais. Um transporte público mais eficiente, pontual e limpo é também um importante vetor de combate às desigualdades, e é uma honra apoiar a Prefeitura de São Paulo nessa pauta”, afirma Annette Killmer, chefe da Representação do BID no Brasil.  

Além do impacto positivo no meio ambiente, a eletrificação da frota também traz maior conforto e qualidade de vida aos usuários do transporte público, motoristas e cobradores. Isso porque os veículos elétricos são silenciosos, possuem ar-condicionado, entradas USB e conexão de internet por Wi-Fi.

A Prefeitura de São Paulo tem realizado importantes ações no sentido da eletrificação da frota por meio de operações de crédito que superam os R$ 6 bilhões e fazem parte do maior programa de investimentos em ônibus elétricos do país.
 
SECOM - Prefeitura da Cidade de São Paulo

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‘Monotrilho Linha 15-Prata não é confiável’, diz engenheiro que trabalhou por 35 anos no Metrô-SP

sexta-feira, 9 de maio de 2025

Nessa semana, usuários do monotrilho da Linha 15-Prata, que circula na zona leste de São Paulo, passaram por momentos assustadores. No dia 6 de maio, à tarde, após o sistema apresentar uma falha, os passageiros tiveram que descer dos vagões e caminhar pela plataforma do monotrilho. O caso aconteceu na Estação São Lucas e há vários vídeos circulando nas redes sociais (abaixo) mostrando como foi o momento.

De acordo com a Metrô-SP, que administra o monotrilho, os passageiros acionaram o dispositivo de emergência do trem sem aguardar as orientações dos funcionários da empresa – há vários relatos de que as pessoas se assustaram achando que o trem iria colidir com outro – e desceram à passarela. ‘Imediatamente, outra composição foi enviada para atender aos passageiros e seguir viagem. Funcionários auxiliaram no processo e todos os protocolos de segurança foram rigorosamente seguidos’, informou a empresa, em nota.

Mas não é possível culpar os passageiros por se anteciparem e apertarem o botão de emergência: desde que foi inaugurada, há onze anos, a linha do monotrilho, que tem 11 estações e atualmente transporta cerca de 140 mil passageiros por dia, acumula acidentes como colisões, pneus caídos de uma altura de 15 metros e outras situações que impactam na credibilidade do sistema.

Para entender mais sobre o modal, conversamos com Peter Alouche, engenheiro eletricista que, por 35 anos, foi responsável pela concepção dos sistemas, em especial do de energia, da Companhia do Metrô-SP. Confira, a seguir, os principais trechos.

Como o sr. avalia a segurança do monotrilho da Linha 15-Prata, que apresentou mais uma falha na última terça-feira (6)?

Peter Alouche: A segurança é um problema fundamental, e um dos muitos que o monotrilho da Linha 15-Prata apresenta. Voltando um pouco no tempo, apenas para dar um contexto, o monotrilho é um sistema de transporte elétrico de média capacidade, que roda sobre uma pista de concreto e que tem por cima rodas com pneus de borracha. Esse é um ponto importante na questão da insegurança do sistema. O monotrilho foi uma imposição de José Serra (PSDB), quando governador do Estado de São Paulo (2007-2010). Eu trabalhava no Metrô n a´peoca e sempre fui contra. Teve muita coisa errada do começo ao fim do processo.

Nosso monotrilho se inspira em uma tecnologia que era utilizada pelos Estados Unidos nos chamados People Mover, presente em aeroportos e na Disney World, ligando um ponto ao outro. Ou seja: não estamos falando de transporte público de massa. Mas, no Brasil, ele transporta em média 48 mil passageiros por hora/por sentido. Outro absurdo é que, na época, buscaram a tecnologia na Malásia, que não é referência no transporte sobre trilhos, e coube à canadense Bombardier fornecer e instalar o sistema do monotrilho, que, embora seja uma empresa séria, nunca havia escutado falar de monotrilho.

Tem vários aspectos que influenciam sua segurança. Um deles é que as rodas com pneus de borracha não só sustentam os veículos e os guias, mas são responsáveis pela tração e frenagem. Os pneus, por serem pressionados na viga, estão sujeitos a fortes pressões e desgastes com possível risco de explosão e podem provocar incêndio do veículo. Os pneus podem se soltar e caírem de uma altura de 15 metros.

O acidente do dia 29 de fevereiro de 2020, na mesma linha, é prova irrefutável disso. Na ocasião, cinco pneus da composição M20 do monotrilho estouraram e caíram na via pública felizmente não acertando ninguém. Os pneus localizados junto ao trilho de tração também estão sujeitos a pegar fogo, como já aconteceu em Mumbai, na Índia. Isso sem falar na poluição que geram, porque precisam ser substituídos após entre 40 mil e 60 mil quilômetros de uso — como comparação, no metrô, os pneus são trocados a cada 1,5 milhão de quilômetros — e nos altos custos com manutenção por conta dessa substituição a cada 4 meses, em média.

Além desses problemas, também há dificuldades no aparelho de mudança de via, que são lentos e caros, e a difícil evacuação dos passageiros em caso de dificuldades, caso que aconteceu nesta semana. Por conta de tudo isso, não acho que o monotrilho seja um sistema confiável.

O sr. permitiria à sua família embarcar no monotrilho da Linha-15 Prata?

Alouche: Eu não ando, só andei uma única vez, quando trabalhava no metrô e era responsável por testes da tecnologia. Eu desaconselho qualquer pessoa a andar nesse monotrilho. Se eu fosse presidente do Metrô, eu reduziria a velocidade para 40 quilômetros por hora e diminuiria a quantidade de usuários do monotrilho da Linha 15-Prata. Já o monotrilho da Linha 17-Ouro [com inauguração prevista para o segundo semestre de 2026] seria abolido.

Antigamente, eu pregava a inclusão do monotrilho no sistema [de transporte público sobre trilhos], mas respeitando alguns parâmetros, principalmente os de segurança. Hoje, não mais. A idade me ensinou que foi um dinheiro desperdiçado: cada linha de monotrilho era para custar 20% de uma linha do metrô e custou o dobro dela.

Algum desses problemas que o sr. mencionou pode ter levado ao incidente ocorrido dia 6/5?

Alouche: Eu não sei exatamente qual foi a questão dessa vez, se foi um problema no truque, um problema AMV  (Automated Vehicle Management ou Gestão Automática de Veículos) ou uma falha de sinalização — essa última acho mais provável. Sinalização é um sistema de segurança que evita de o trem colidir com outro. Esse é outro fator de insegurança no monotrilho, que não existe no metrô, porque no metrô o sinal é emitido por meio das rodas de ferro e lá ele funciona muito bem. Já no monotrilho, como o pneu é de borracha, a sinalização não funciona direito.

O Sindicato dos Metroviários sempre alega que a condução autônoma do monotrilho afeta a segurança. O sr. concorda?

Eu sou totalmente a favor da automação, sempre a defendi e atuei nesse processo no metrô, começando com a Linha 4-Amarela, a primeira a ser automatizada. Isso porque o papel do condutor sempre foi muito reduzido e, de maneira geral, mais causava acidentes do que evitava. E, na minha visão, os condutores deveriam ser aproveitados como agentes de estação, auxiliando o usuário em diversas situações.

Levando em conta esse histórico, há aprendizados que podem ajudar na construção do monotrilho da Linha 17-Ouro?

Alouche: O principal aprendizado seria proibir o monotrilho no futuro. No Japão, que é a pátria desse tipo de transporte, já não se constrói mais. Nem na Malásia, e na China, muito pouco. O monotrilho está em declínio no mundo todo.

Qual sua avaliação sobre a Linha 17-Ouro, que está sendo construída na zona sul e cuja ideia inicial era ligar o aeroporto de Congonhas a Paraisópolis?

Alouche: Primeiro deram para uma empreiteira construir a via, o que é muito arriscado, pois o declive da via é a base para diversos parâmetros, inclusive para o tipo de veículo que irá trafegar em cima dela. Ainda bem que coube, podia nem caber. Agora foram comprar o veículo na China. E além de terem feito a via de qualquer jeito, era para ela ir até a comunidade de Paraisópolis [extremo da zona sul da capital paulista].

Depois, verificaram que essa linha, da forma que planejaram e chegando a Paraisópolis, teria 100 mil passageiros por hora por sentido. Aí falaram: ‘vamos parar no meio do caminho’. Então, agora, ela irá do Aeroporto de Cogonhas até a Estação Morumbi [da Linha 9-Esmeralda]. Aí eu pergunto: quem vai descer de um avião e parar no meio da marginal, em um lugar perigoso? Além de tudo isso, esqueceram de construir o pátio de manobra.

Agora, foram encontrar um terreno para o pátio de manobra no Campo Belo, perto do Aeroporto, uma região que tem um reservatório de água. Imagine só o custo que isso terá.

Informações: Estadão

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Transporte sobre trilhos: crescimento, desafios e a urgência de uma Autoridade Metropolitana

segunda-feira, 5 de maio de 2025

O transporte metroferroviário no Brasil vive um momento de crescimento, mas enfrenta desafios estruturais que exigem atenção. O Balanço do Setor Metroferroviário 2024, divulgado pela ANPTrilhos, apresenta números que reforçam a relevância desse modal para a mobilidade urbana e evidenciam a necessidade de políticas públicas que garantam sua expansão e eficiência.

Com um aumento de 3,6% na demanda em 2024, os sistemas metroferroviários transportaram 2,57 bilhões de passageiros ao longo do ano.

Esse crescimento sinaliza a constante retomada do setor após os impactos da pandemia e confirma que a população continua a confiar no transporte sobre trilhos como uma alternativa segura, eficiente e sustentável para os deslocamentos urbanos.

No entanto, esse avanço teria sido mais expressivo se tivesse acompanhado de uma maior expansão proporcional da malha metroferroviária, que teve um aumento operacional de apenas 2,9 km, somando hoje 1.137,5 km de trilhos, distribuídos em 49 linhas e 633 estações em todo o país.

Impactos na qualidade de vida

O Brasil ainda enfrenta um déficit significativo de transporte de passageiros sobre trilhos, o que impacta negativamente a qualidade de vida nas cidades. O Brasil possui 5,2 km de trilhos por milhão de habitantes, enquanto países como a China e a Espanha já superam os 30 km por milhão de habitantes.

O custo da ineficiência na mobilidade urbana é alto: gera prejuízos econômicos e sociais, incluindo aumento da poluição e impactos na saúde pública, além de ampliar desigualdades sociais ao dificultar o acesso a oportunidades.

Em termos de benefícios, o setor metroferroviário evitou a emissão de 2,4 milhões de toneladas de poluentes e permitiu a economia de 1,2 bilhão de litros de combustíveis fósseis. Além disso, a redução do tempo de deslocamento gerou um ganho de 1,5 bilhão de horas economizadas, o que impacta diretamente a produtividade da população e a qualidade de vida nas cidades.

No entanto, há desafios. Os investimentos ainda estão aquém das necessidades do setor e o volume investido em anos anteriores não foi suficiente para impulsionar novas expansões significativas. É necessário superar barreiras técnicas e regulatórias, bem como a importância de planejamento e gestão eficazes para assegurar que os benefícios sejam realizados de forma plena.

Falta de integração

Um dos maiores entraves ao desenvolvimento do setor metroferroviário no Brasil é a falta de integração entre modais e a fragmentação da gestão do transporte público.

Hoje, as decisões sobre mobilidade são pulverizadas entre diferentes esferas de governo, o que impede um planejamento eficiente e coordenado. A ausência de uma governança centralizada nas regiões metropolitanas leva a sobreposições de serviços, falta de conectividade e tarifas desintegradas, prejudicando os passageiros.

O modelo de gestão integrada para a mobilidade já é realidade em diversos países, como França, Reino Unido e Alemanha. Essa estrutura permitiria um planejamento estratégico de longo prazo, integrando metrôs, trens urbanos, ônibus e outros modais, garantindo previsibilidade para investimentos e um transporte público mais eficiente e acessível.

A experiência internacional demonstra que a criação de uma entidade metropolitana melhora a gestão financeira do setor, reduz custos operacionais e amplia a cobertura e qualidade dos serviços. Sem essa coordenação, o setor metroferroviário brasileiro continuará enfrentando dificuldades para expandir e atender a crescente demanda por transporte público de qualidade.

Para que o Brasil consiga evoluir na mobilidade urbana, é essencial estabelecer um modelo de financiamento sustentável, garantindo recursos contínuos para a ampliação da malha metroferroviária e a evolução da infraestrutura existente.

O transporte sobre trilhos deve ser protagonista na transformação da mobilidade urbana brasileira. Para isso, é fundamental que governo, iniciativa privada e sociedade trabalhem juntos, garantindo que os investimentos necessários sejam feitos e que a mobilidade seja tratada como prioridade nacional.

Informações: Estadão

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Em Jundiaí, BYD apresenta projeto para implantação de sistema de transporte leve automatizado

segunda-feira, 28 de abril de 2025

Nesta semana, a fabricante chinesa BYD — uma das maiores empresas de tecnologia e mobilidade do mundo, esteve em Jundiaí para apresentar um estudo preliminar para a implantação do SkyShuttle, um sistema de transporte público leve, automatizado e 100% elétrico.

O SkyShuttle é uma solução de média capacidade, sem operador e com funcionamento por condução autônoma. A proposta contempla a construção de uma linha com 13 quilômetros de extensão, ligando o terminal Vila Arens a um novo terminal no Jardim Novo Horizonte, passando por 11 estações. O sistema inicial, opera com quatro carros, transportando em média 280 passageiros por composição, com velocidade de 35 km/h, paradas de 30 segundos e um tempo estimado de 25 minutos por sentido.

Apresentação do sistema existente na China
O modelo apresentado é silencioso, eficiente e adaptável a diferentes realidades urbanas. Com autonomia de até 200 km e recarga por indução, o SkyShuttle é uma alternativa moderna e sustentável aos modelos tradicionais de transporte coletivo.

Para o prefeito Gustavo Martinelli, a proposta representa uma oportunidade de avanço na qualidade do transporte público: “Estamos sempre atentos às inovações que possam melhorar a vida da população. Um sistema como o SkyShuttle pode significar um salto importante para a mobilidade de Jundiaí, com mais conforto, segurança e sustentabilidade.”

O vice-prefeito Ricardo Benassi também destacou o alinhamento da proposta com os objetivos da gestão. “É uma alternativa viável e inteligente. A cidade tem avançado em muitas frentes e um projeto desse porte representa um grande avanço tecnológico para cidade.”

Diante do interesse demonstrado pela Prefeitura, a BYD se comprometeu a apresentar um estudo técnico aprofundado, com previsibilidade de custo da obra e da implantação do sistema, para subsidiar a análise de viabilidade por parte do município. A entrega desse material será fundamental para os próximos passos da possível implementação.

A empresa já atua em projetos semelhantes no Brasil e no mundo, como a Linha 17 do Metrô de São Paulo (SkyRail) e conexões urbanas como o SkyShuttle entre aeroportos e centros comerciais. A BYD — sigla para “Build Your Dreams” — é reconhecida internacionalmente por suas soluções em mobilidade elétrica, destacando-se no desenvolvimento de ônibus elétricos, trens automatizados e veículos autônomos.

“O SkyShuttle é uma solução moderna e sustentável, pensada para melhorar a mobilidade urbana em cidades como Jundiaí. Já é uma realidade em outras partes do mundo e tem toda a capacidade de se integrar ao sistema viário urbano da cidade,” afirmou Alexandre Barbosa, diretor de projetos da BYD.

O gestor de Mobilidade e Transporte, José Carlos Sacramone, avaliou que a proposta se conecta às necessidades atuais da cidade. “A ligação entre os terminais urbanos prevista no projeto pode trazer mais previsibilidade, integração e eficiência ao sistema municipal de transporte.”

A apresentação do SkyShuttle foi realizada no Paço Municipal e contou também com a presença dos representantes da BYD: o gestor de engenharia Luan Menezes e a engenheira de material de rodagem Juliana Widonsck. Pela Prefeitura de Jundiaí, participaram da reunião o diretor de Obras e Infraestrutura, Sinésio Scarabello, e a diretora de Trânsito, Ana Paula Silva, além das equipes técnicas das unidades de Infraestrutura e Obras, e Mobilidade e Transporte.

Assessoria de Imprensa

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Mercedes-Benz cobra pagamento por 175 ônibus elétricos em SP

A Mercedes-Benz do Brasil aguarda o pagamento de R$ 300 milhões referentes à entrega de 175 ônibus elétricos para o sistema de transporte público da cidade de São Paulo. O valor corresponde ao fornecimento realizado em 2023 para as empresas operadoras Viação Metrópole Paulista, Sambaíba e MobiBrasil. No entanto, o repasse não foi efetuado em função do modelo de financiamento adotado pela prefeitura, que condiciona o pagamento à conclusão total do projeto, incluindo a infraestrutura de recarga e fornecimento de energia, responsabilidade da Enel.

Segundo Walter Barbosa, vice-presidente de Vendas, Marketing e Peças & Serviços para ônibus da Mercedes-Benz, o entrave está relacionado ao conceito de subvenção do tipo turnkey (chave na mão), no qual o pagamento só é realizado após a entrega completa da solução, com veículos em operação e infraestrutura funcional. Caso algum dos parceiros do projeto não cumpra sua parte, o pagamento ao fabricante do ônibus também é retido.

“Não é uma dívida no sentido tradicional, porque está previsto no modelo de negócio. Mas é um custo financeiro significativo. O fabricante entra primeiro na cadeia, com a produção do ônibus. Depois, o chassi vai para o encarroçador, onde fica cerca de 90 dias. Se houver demora na infraestrutura, o impacto financeiro aumenta”, afirmou Barbosa, em entrevista ao portal Diário do Transporte.

A Mercedes-Benz propõe uma mudança nesse modelo, defendendo que o financiamento dos veículos elétricos seja desvinculado da infraestrutura de recarga. A fabricante está em diálogo com o BNDES e com o poder público para viabilizar novas alternativas de financiamento.

Contudo, o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, afirmou que não pretende alterar a lógica atual de subvenção. Em entrevista ao mesmo portal, Nunes defendeu o modelo como ferramenta de controle e integração da cadeia de eletrificação do transporte coletivo na cidade.

Novo financiamento com Banco da China
Enquanto os pagamentos pendentes seguem em discussão, a Prefeitura de São Paulo avança em novas negociações para financiar a expansão da frota de ônibus elétricos. Em missão oficial à China e ao Japão, o prefeito Ricardo Nunes anunciou a concretização de uma linha de crédito de US$ 100 milhões com o Banco da China, voltada exclusivamente para a aquisição de novos veículos elétricos.

“Só depende agora do envio de alguns documentos. Já batemos o martelo em relação aos US$ 100 milhões”, disse o prefeito, que permanece em missão até o dia 1º de maio. O acordo, segundo Nunes, prevê condições vantajosas, com juros menores do que os praticados por outros bancos internacionais e parcelamento em até 10 anos. 

O financiamento deve ser utilizado principalmente para a compra de ônibus elétricos fabricados por empresas chinesas com produção no Brasil. O prefeito também destacou a economia operacional desses veículos: enquanto um ônibus a diesel gera um custo mensal de R$ 25 mil, o elétrico consome cerca de R$ 5 mil, o que representa uma economia de R$ 240 mil por ano por unidade. Ao longo dos 10 anos de financiamento, essa economia pode chegar a R$ 2,4 milhões por ônibus.

Segundo a SPTrans, até março de 2025, a cidade de São Paulo contava com 449 ônibus elétricos em operação, incluindo 200 trólebus. A Mercedes-Benz participa com 106 veículos do modelo eO500U e outros 82 chassis fornecidos à Eletra, que realiza a eletrificação da carroceria.

Apesar do avanço em novos financiamentos, o cenário atual evidencia os desafios de coordenação entre os diversos agentes envolvidos na eletrificação do transporte coletivo, incluindo montadoras, operadoras, concessionárias de energia e o poder público.

Informações: Insideevs

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Terceiro trem da Linha 17-Ouro passa por testes na China

quinta-feira, 13 de março de 2025

O terceiro trem do monotrilho da Linha 17-Ouro do Metrô de São Paulo está na fase de testes na fábrica da BYD, em Guang’an, na China. A composição passa por uma série de verificações para garantir que todos os seus sistemas operem conforme os padrões exigidos pelo Metrô antes de ser transportada para o Brasil. O embarque está previsto para o início de abril e a chegada ao Porto de Santos no início de junho.

Os chamados testes de rotina em fábrica incluem a avaliação de 15 sistemas essenciais do trem, como tração, freios, portas, iluminação e ar-condicionado. Durante esse processo, os técnicos fazem a identificação e correção de possíveis falhas para assegurar o funcionamento adequado da composição. Esse procedimento é fundamental para validar o desempenho do trem antes do envio ao Brasil.

Tecnologia e inovação

Os trens da Linha 17-Ouro são equipados com tecnologia de ponta, incluindo um sistema de controle automático (UTO – Unattended Train Operation) que permite operação sem condutor, garantindo mais segurança e eficiência. Cada composição tem cinco carros, totalizando 60,8 metros de comprimento, e capacidade para transportar cerca de 600 passageiros. Outro diferencial é a presença de baterias de tração, que permitem a movimentação do trem mesmo em casos de queda de energia na rede.

Enquanto isso, a segunda composição já desembarcada no Brasil, tem previsão de ser transportada do Porto de Santos para o Pátio Água Espraiada na próxima semana, dando sequência ao cronograma de montagem e testes da frota. Também está em fase final de fabricação na China a quarta composição. 

Sobre a Linha 17-Ouro

A Linha 17-Ouro terá 6,7 km de extensão e conectará o Aeroporto de Congonhas à rede metroferroviária de São Paulo, com integração às linhas 5-Lilás e 9-Esmeralda. O monotrilho será um importante eixo de mobilidade na capital, beneficiando cerca de 100 mil passageiros por dia quando entrar em operação. As obras seguem em ritmo acelerado, com previsão de conclusão para 2026. 

Informações: Metrô SP

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