Novo ônibus elétrico começa a circular em Natal *** Metrô de SP prevê crescimento para 280 km de rede e 12 linhas até 2040 *** Transporte público de Belém ganha 300 ônibus novos com Ar Condicionado *** No Grande Recife, Terminal integrado de Igarassu é finalmente entregue *** Aquático-SP ganha embarcação nova e maior para viagens mais confortáveis *** Jundiaí terá novas linhas de trem para SP e Campinas *** SuperVia atinge maior marca de passageiros diários pós-pandemia *** Expansão da Linha-4 Amarela vai ligar centro à cidade de Taboão da Serra *** Metrô de Salvador terá vagões exclusivos para mulheres *** Conheça nossa página no Instagram
Mostrando postagens classificadas por data para a consulta brt rio de janeiro. Ordenar por relevância Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens classificadas por data para a consulta brt rio de janeiro. Ordenar por relevância Mostrar todas as postagens

VLT inicia nova etapa de fiscalização em cartões de passagem no Terminal Gentileza

quinta-feira, 10 de julho de 2025


Os passageiros que desembarcarem no Terminal Gentileza, na Zona Portuária, deverão validar o cartão utilizado para o pagamento da tarifa também na saída, nas catracas de acesso ao mezanino a partir desta quarta-feira (9). A nova fiscalização ocorre em dias úteis, das 10h às 15h.

Segundo a concessionária, a medida foi criada para evitar que passageiros usem o VLT de graça. Para aqueles que tiverem efetuado o pagamento dentro dos vagões, não haverá nova cobrança.

Além disso, quem não tiver feito a validação pode ser abordado por fiscais ou guardas municipais e receber multa, que varia de R$ 170 a R$ 255.

Novo sistema de bilhetagem  
Vale ressaltar que, desde o 2 de agosto, o uso do Jaé passou a ser obrigatório para todos os passageiros no VLT. A tarifa continua em R$ 4,70, e o pagamento deve ser feito por aproximação (NFC), com cartão físico ou digital.

Informações: O Dia

READ MORE - VLT inicia nova etapa de fiscalização em cartões de passagem no Terminal Gentileza

No Rio, Jaé atinge cerca de um milhão de embarques diários

O Jaé, novo sistema de bilhetagem digital do Rio, alcançou, na terça-feira (8/7), a marca de aproximadamente um milhão de viagens realizadas em um único dia, que representa quase 37% do total de deslocamentos feitos nos transportes municipais. E para atender ainda melhor os cariocas que aderiram ao novo sistema de bilhetagem, a Prefeitura do Rio vai abrir o primeiro Super Posto da Zona Sul, no Planetário da Gávea, na sexta-feira (11/7), que também funcionará das 7h às 19h.

– Apesar de questões pontuais em determinados pontos de atendimento, o balanço tem sido positivo e só temos a agradecer aos cariocas que entenderam a importância e apoiaram o Jaé. Por isso, estamos fazendo de tudo para levar o máximo de conforto aos usuários durante essa transição e vamos inaugurar o primeiro Super Posto da Zona Sul – disse o vice-prefeito do Rio, Eduardo Cavaliere.

A marca atingida na terça-feira representou um aumento de 61% de viagens no Jaé em comparação com o último dia útil.

A operação exclusiva do Jaé para o embarque de passageiros com direito à gratuidade no transporte público municipal teve início no último fim de semana. Com o novo sistema de bilhetagem digital da Prefeitura, é possível realizar o monitoramento em tempo real do embarque de usuários, o que permite maior precisão na análise do fluxo de passageiros.

O sistema Jaé segue registrando crescimento expressivo. Até esta terça-feira, o total de cadastros gerais chegou a 2.843.248, sendo 171.964 apenas neste mês de julho.

A Prefeitura continuará acompanhando os dados em tempo real para garantir o pleno funcionamento do sistema e atender com qualidade os usuários beneficiários.

A partir do dia 2 de agosto, o uso do Jaé será obrigatório para todos os usuários dos transportes municipais, incluindo aqueles que utilizam vale-transporte. As empresas empregadoras devem procurar a operadora responsável pelo Jaé o quanto antes para habilitar o benefício de seus funcionários e garantir o acesso ao sistema.

Vale reforçar que é possível fazer o cadastro no Jaé pelo aplicativo, utilizar o cartão digital pelo celular ou solicitar a entrega do cartão em casa, evitando que os clientes tenham que se dirigir até os postos de atendimento. Para os idosos, a entrega não tem custo nenhum.

E com a inauguração do Super Posto do Planetário, a Prefeitura do Rio totaliza cinco unidades com atendimento ampliado para o Jaé. As demais estruturas ficam no Clube do Servidor, na Cidade Nova; na Nave do Conhecimento do Engenho de Dentro; no Miécimo da Silva, em Campo Grande; e na Vila Olímpica de Deodoro.

–  Lembramos que o aplicativo é a maneira mais cômoda para os usuários solicitarem o seu cartão. É fácil de usar e o cartão pode ser entregue em casa, sem a necessidade de ir a um posto – destacou a secretária de Transportes, Maína Celidonio.

Postos de atendimento do Jaé

Super Postos de Atendimento

Planetário – R. Vice-Governador Rúbens Berardo, 100 – Gávea
Horário: segunda a sábado, das 7h às 19h  (inauguração na próxima sexta, dia 11)

Clube do Servidor – Rua Ulysses Guimarães, s/nº – Cidade Nova
Horário: segunda a sábado, das 7h às 19h

Nave do Conhecimento do Engenho de Dentro – Rua Arquias Cordeiro, 1516
Horário: segunda a sábado, das 7h às 19h

Centro Esportivo Miécimo da Silva – Rua Olinda Ellis, 470 – Campo Grande
Horário: segunda a sábado, das 7h às 19h

Vila Olímpica de Deodoro – Estrada do Camboatá, s/nº – Deodoro
Horário: segunda a sábado, das 7h às 19h

Demais Postos de Atendimento

Botafogo – Rua Dona Mariana, 48
Horário: segunda a sábado, das 7h às 19h

Centro 1 (CASS – Sede da Prefeitura) – Rua Ulysses Guimarães, 2-14 – Cidade Nova
Horário: segunda a sexta, das 9h às 17h (exceto feriados)

Centro 2 (em frente ao metrô Estácio) – Rua Ulysses Guimarães, 16, loja A – Estácio
Horário: segunda a sábado, das 7h às 19h

Terminal BRT Alvorada – Av. das Américas, s/nº – Barra da Tijuca
Horário: segunda a sábado, das 7h às 19h

Terminal BRT Jardim Oceânico – Av. Armando Lombardi, 705 – Barra da Tijuca
Horário: segunda a sábado, das 7h às 19h

Terminal BRT Paulo da Portela – Rua Padre Manso, s/nº – Madureira
Horário: segunda a sábado, das 7h às 19h (atendimento apenas ao público geral)

Madureira – Shopping São Luiz – Av. Ministro Edgard Romero, 81
Horário: segunda a sábado, das 7h às 19h (exclusivo para gratuidades)

Santa Cruz – Rua Felipe Cardoso, s/nº
Horário: segunda a sábado, das 7h às 19h

Terminal Pingo D’Água – Estrada da Pedra – Guaratiba
Horário: segunda a sábado, das 7h às 19h

Taquara – Av. Nelson Cardoso, 905 – loja 107
Horário: segunda a sábado, das 7h às 19h

Terminal Gentileza – Av. Francisco Bicalho, São Cristóvão – Loja 32
Horário: segunda a sábado, das 7h às 19h

Arena Jovelina Pérola Negra – Praça Ênio, s/nº – Pavuna
Horário: segunda a sábado, das 7h às 19h

Nave do Conhecimento de Padre Miguel – Rua Bom Sossego, 380
Horário: segunda a sábado, das 7h às 19h

Informações: Prefeitura do Rio

READ MORE - No Rio, Jaé atinge cerca de um milhão de embarques diários

SuperVia forma 11 novos maquinistas para reforçar a operação ferroviária no Rio de Janeiro

A SuperVia realizou, ontem (09/07), a formatura de 11 novos maquinistas, que estão prontos para atuar na operação dos trens metropolitanos do Rio de Janeiro. A cerimônia de entrega dos diplomas aconteceu no Centro de Treinamento Operacional da concessionária.

Os profissionais passaram por um curso completo de formação, com aulas teóricas e práticas voltadas para a segurança e a eficiência da condução ferroviária. O conteúdo incluiu conhecimentos gerais sobre o sistema ferroviário, funcionamento dos trens, normas de segurança operacional, simulações e atividades práticas com os trens da frota da SuperVia.

Com a conclusão do treinamento, os novos maquinistas reforçam o compromisso da empresa em oferecer um transporte seguro, de qualidade e com profissionais cada vez mais capacitados. Em breve, esses colaboradores estarão à frente dos trens que conectam milhares de pessoas todos os dias, contribuindo para manter o Rio de Janeiro em movimento.

"As informações contidas neste e-mail, inclusive nos seus anexos, são confidenciais, protegidas legalmente e só podem ser utilizadas com exclusividade pelo seu destinatário. São proibidas a divulgação, cópia e distribuição desta mensagem por quem a recebeu por erro e poderá ser considerado ato ilegal. O seu conteúdo é de responsabilidade do autor. Se você não for o verdadeiro destinatário deste e-mail deverá avisar ao remetente e excluir de seu computador. Grato pela compreensão e cumprimento de nossa Política de Segurança."

Informações a imprensa

READ MORE - SuperVia forma 11 novos maquinistas para reforçar a operação ferroviária no Rio de Janeiro

Impasse entre prefeitura e estado atrasa integração do cartão Jaé com o metrô no Rio

A partir de 2 de agosto, o uso do cartão Jaé será obrigatório nos transportes municipais do Rio de Janeiro. No entanto, a poucos dias da mudança, o governo do estado e a Prefeitura do Rio ainda não chegaram a um acordo sobre a integração tarifária com os sistemas estaduais, especialmente o metrô.

A indefinição afeta principalmente os usuários que utilizam o metrô apenas dentro dos limites do município e que dependem da integração com os ônibus municipais para reduzir os custos da passagem. Hoje, o passageiro paga R$ 7,50 ao usar os dois modais de forma integrada. Sem essa integração, o custo salta para R$ 12,60 — R$ 7,90 do metrô e R$ 4,70 do ônibus.

Mesmo com o prazo se aproximando, os validadores do cartão Jaé ainda não foram instalados nas estações do MetrôRio. A concessionária informa que ainda aguarda orientações do governo estadual sobre como será feita a integração com o novo sistema municipal de bilhetagem. “Entende que é fundamental que seja previamente desenvolvida, testada e divulgada solução de integração entre os sistemas para evitar qualquer perda de benefícios aos passageiros, sobretudo para aqueles que utilizam a Tarifa Social e o Bilhete Único Intermunicipal”, afirmou o MetrôRio, em nota.

A Prefeitura do Rio, por sua vez, responsabiliza a operadora do metrô pela ausência dos validadores. “O MetrôRio deve instalar os validadores do Jaé para garantir a integração entre os modais. Desde o ano passado a SMTR realiza reuniões e oficia o operador do metrô cobrando esta instalação.”

O imbróglio evidencia a falta de coordenação entre os entes públicos. Embora o metrô opere dentro do município do Rio, ele é gerido pelo governo do estado. Com o fim do Metrô na Superfície em 2023, a ligação entre as estações de Botafogo e Antero de Quental passou a ser feita por seis linhas de ônibus municipais, dificultando ainda mais a logística da integração.

Além da falta de definição quanto ao metrô, não há clareza sobre eventuais integrações tarifárias entre os transportes municipais e os modais estaduais, como trens e barcas. Até o momento, não há sinalização de que o cartão Jaé vá ser aceito nesses serviços.

O Riocard continuará sendo aceito nos ônibus municipais apenas para passageiros que possuem o Bilhete Único Intermunicipal (BUI), benefício estadual voltado a pessoas com renda mensal de até R$ 3.205,20. Para os demais usuários, a partir de agosto, o Jaé será o único meio de pagamento aceito nos ônibus da capital.

O governo do estado afirma que criou um grupo de trabalho, com técnicos da prefeitura, do estado e representantes das operadoras RioCard e Jaé, para discutir alternativas viáveis. A Secretaria de Transporte e Mobilidade Urbana informou que um convênio está em fase final de negociação e passa por análise das duas administrações.

“As discussões seguem com foco na superação de desafios técnicos e jurídicos ainda existentes — especialmente no que se refere à segurança da operação”, destacou o governo estadual. “Os usuários do BUI continuarão a ter acesso ao benefício até que se chegue a um acordo definitivo. A nova modelagem da bilhetagem proposta pelo estado aguarda análise e validação na Justiça”, finalizou.

Enquanto isso, a população segue sem saber como será afetada pela obrigatoriedade do novo cartão — e sem garantia de que continuará tendo acesso às integrações tarifárias fundamentais para a mobilidade urbana na cidade.

Informações: g1

READ MORE - Impasse entre prefeitura e estado atrasa integração do cartão Jaé com o metrô no Rio

Os Veículos Leves sobre Trilhos (VLT) estão chegando com força

quarta-feira, 2 de julho de 2025

Uma expansão da malha de trilhos urbanos, metropolitanos e entre cidades no Brasil – que está em gestação e começará a se concretizar em pouco tempo – promete trazer pelo menos uma dúzia de novos sistemas de Veículos Leves sobre Trilhos (VLT). Até onde se podia ver na primeira quinzena de junho de 2025, a implantação desses sistemas, uma vez integralmente efetivada, significará mais 367,58 quilômetros desse tipo de transporte rápido, eficiente, sustentável e estruturante em diferentes cidades do país.

Atualmente, há dez sistemas de VLT, totalizando 281,46 km, que atendem passageiros em mais de 20 grandes e médias cidades. Parte dessa rede corresponde a antigos sistemas de trens criados no fim do século XIX e início do século XX, que chegaram ao século XXI transformados em trens suburbanos, e mais recentemente foram reconfigurados, passando a operar com composições de VLT.

Os sistemas de VLT em operação atendem ao Rio de Janeiro, as cidades paulistas de Santos e São Vicente, na Baixada Santista; os municípios cearenses de Fortaleza, Caucaia, Sobral, Juazeiro do Norte e Crato. Também são atendidas por VLT as cidades de Maceió, Satuba e Rio Largo, em Alagoas; Santa Rita, Bayeux e João Pessoa, na Paraíba; Recife, Jaboatão dos Guararapes e Cabo de Santo Agostinho, em Pernambuco; Natal, Parnamirim, Ceará-Mirim, Extremoz e São Jose Mipibu, no Rio Grande do Norte, e Teresina, capital do Piauí.

Os Futuros Sistemas
No Distrito Federal, se busca a implantação de uma linha de VLT em Brasília, com 22 km. Em Salvador, capital da Bahia, prosseguem as obras de construção do VLT que correrá no espaço deixado pelo subúrbio ferroviário, dividido em três trechos e totalizando 36,38 km. 

No Paraná, o governo avalia um VLT entre Curitiba e São José dos Pinhais (26 km). O governo de Santa Catarina anunciou em fevereiro de 2025 a contratação de estudos sobre um sistema de VLT que ligaria a capital, Florianópolis, a cidades de seu entorno, como Santo Amaro da Imperatriz, Palhoça, Jurerê, Canasvieiras e São José.

No Sudeste
Em 2024, foi inaugurada a Linha 4-Laranja do VLT Carioca (5,1 km e 11 paradas), ligada ao terminal Gentileza. Em operação desde junho de 2016, o VLT Carioca conta com quatro linhas em funcionamento e cerca de 28 km de extensão. Trata-se de um sistema que conecta pontos estratégicos da cidade, promovendo integração com metrô, trens, barcas, ônibus urbanos e intermunicipais, BRT e o aeroporto Santos Dumont. O VLT Carioca opera com uma frota de 32 composições, cada uma com capacidade para até 420 passageiros.

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, disse ter interesse em transformar dois sistemas de BRT (Bus Rapid Transit), operados com ônibus, em VLT. São eles o TransOeste, com 62,5 km, e o TransCarioca, com 43 km. Pensa-se ainda na implantação do VLT da Zona Sul, que teria extensão de 12 km.

Ainda no estado do Rio de Janeiro, está em exame o chamado VLT de Niterói, ligando o bairro do Barreto ao Centro da cidade, com potencial de extensão até Charitas. A extensão total do sistema deverá ser de 11,4 km, sendo que a primeira etapa terá cerca de 5 km e nove estações.

O governo capixaba estuda um sistema de VLT interligando a capital, Vitória, a Vila Velha, com extensão total de 34,8 km; uma das linhas com extensão proposta de 25,5 km, outra com 7,8 km e a terceira com 1,5 km.

Projetos Paulistas
Em território paulista, estuda-se o VLT de Campinas, com 44 km, 18 estações, ligando o centro ao aeroporto de Viracopos e cidades vizinhas; este sistema terá conexão com o Trem Intercidades Eixo Norte, a nova ligação ferroviária com a capital, já licitada. Também está em exame o VLT entre as cidades de Sorocaba e Iperó, com 25 km de extensão, integrado ao Trem Intercidades Eixo Oeste, este, com leilão previsto para acontecer no último trimestre de 2025.

A futura Linha 14 do sistema de trilhos da região metropolitana de São Paulo deverá ter 41 km, 23 estações e 41 carros de VLT com capacidade para 600 passageiros cada um e intervalo médio de cinco minutos.

Há propostas para implantação de dois sistemas de VLT no centro de São Paulo, com 12 km de extensão no total, integrados a projetos de revitalização urbana. Outra ideia é o VLT Barra Funda-Mandaqui, com 8 km – projeto elaborado por diferentes entidades e sugerido às autoridades.

Na Baixada Santista, o sistema de VLT segue em expansão: o primeiro trecho (Barreiros-Porto de Santos), com 11,5 km, foi entregue em 2017. O segundo (Conselheiro Nébias-Valongo, 8 km) está em obras. O terceiro (Barreiros-Samarita, 7,5 km) está previsto para ser iniciado em breve.

Estudo Nacional
A articulação institucional em torno da mobilidade urbana ganhou novo impulso com o Estudo Nacional de Mobilidade Urbana (ENMU), conduzido desde 2024 pelo ministério das cidades e pelo BNDES. A iniciativa visa mapear as demandas e oportunidades de transporte de média e alta capacidade nas 21 maiores regiões metropolitanas do país.

Levantamento preliminar divulgado em março de 2025 apontou cerca de 400 projetos em potencial, abrangendo trens, metrôs, sistemas de VLT e BRTs. Estima-se que, para viabilizar esse conjunto, seriam necessários investimentos superiores a R$ 600 bilhões. Os dados ajudarão a estruturar a Estratégia Nacional de Mobilidade Urbana e devem alimentar a carteira de projetos do Novo PAC.

A ideia é identificar projetos prioritários, de modo que o ministério das cidades possa contribuir com os investimentos necessários, o que inclui tanto o financiamento de obras quanto o apoio à elaboração e estruturação de projetos de mobilidade urbana.

Informações: Canal Technibus

READ MORE - Os Veículos Leves sobre Trilhos (VLT) estão chegando com força

SuperVia deixará a concessão com trens precários e viagens demoradas

segunda-feira, 30 de junho de 2025

A SuperVia assumiu o transporte ferroviário de passageiros na Região Metropolitana do Rio em novembro de 1998. Após quase 27 anos, a concessionária deve entregar o serviço ao governo estadual até o fim de setembro, como foi definido no acordo judicial assinado entre as partes em dezembro de 2024. E vai devolvê-lo mais lento: o usuário hoje gasta mais tempo dentro das composições do que na época em que a empresa venceu a licitação. Em alguns casos, a diferença, para pior, chega a ser de 28 minutos, levando em conta apenas os horários de pico. Não é só. Além de rodar com trens das décadas de 50 e 60 do século passado em trechos não eletrificados, a concessionária não conseguiu atingir a meta de dois milhões de usuários transportados diariamente em cinco anos — estabelecida por Marcello Alencar, que governou o estado entre 1995 e 1999.

Atualmente, são transportados em média 300 mil passageiros por dia — o mesmo número de quase três décadas atrás. O tempo de viagem praticado em 1998 consta nos anexos do contrato de concessão. Segundo o documento, o percurso da Estação Pedro II (Central do Brasil) até Santa Cruz era feito em 75 minutos. Hoje, o mesmo trajeto dura 98 minutos. No ramal Belford Roxo, a distância entre o município da Baixada e a Central era vencida em 53 minutos, contra os 64 da grade atual. Fechada, a antiga Estação Barão de Mauá, na Leopoldina, era ponto de partida do ramal Gramacho, que, em 37 minutos, avançava por trilho até a estação de mesmo nome. A viagem agora sai da Central do Brasil e dura 59 minutos. Quem recorre às composições do ramal Japeri perde ainda mais tempo: no fim da década de 90, o trem fazia o percurso até a Central em 75 minutos, contra os atuais 103. A menor diferença ficou com Deodoro, que passou de 40 minutos para 50.

— Ando de trem há mais de 30 anos. Antigamente era ruim, não tinha ar-condicionado nem nada. Mas o tempo de viagem parecia mesmo ser menor — lembra a cuidadora Celeste Dorneles, de 58, usuária do ramal Japeri.

Valmir de Lemos, presidente do Sindicato dos Maquinistas, observa que o maior tempo de viagem nos trens vem da obrigatoriedade de redução da velocidade, que, por sua vez, se deve ao estado da via permanente — termo técnico para definir instalações e equipamentos que permitem a passagem do trem.

— Há problemas na via permanente e de sinalização. Os trilhos não estão em bom estado, e há dormentes de madeira apodrecidos. Os trens têm de circular entre 40 e 50 quilômetros por hora para que acidentes não ocorram — diz ele.

Opinião parecida tem o engenheiro ferroviário Hélio Suevo Rodrigues, vice-presidente e diretor da Associação dos Engenheiros Ferroviários:

— Os trilhos de modo geral necessitam de substituições em trechos localizados. Agora, a situação mais crítica se refere à substituição de dormentes. Com restrições e dormentes podres, ocorre uma diminuição da velocidade operacional. Não só pela via permanente, mas também pela decadência do sistema de sinais e do furto de cabos. Tem certos trechos em que a velocidade operacional dos trens é de 40 quilômetros por hora. Antes, dependendo do trecho, chegava a 60km/h ou até 70km/h.

Problemas no caminho
A reportagem do GLOBO viajou por três semanas nas composições da SuperVia, entre os últimos dias 6 e 25, por cinco ramais e três extensões. Além do descontentamento dos passageiros, flagrou trens superlotados nos horários de pico, aglomeração nas estações para esperar a abertura das portas, na tentativa de encontrar um lugar para viajar sentado, e defeitos apresentados durante as viagens.

Um deles aconteceu quase no fim do trajeto de uma composição que fazia a ligação entre Central do Brasil e Belford Roxo, na noite do dia 6. Pouco após sair da estação Coelho da Rocha, o trem parou a cerca de 600 metros de distância da última estação do trecho. Quando as portas abriram, os passageiros desceram e caminharam pelos trilhos para completar a viagem.

Outro sufoco foi no início da manhã do dia 17 de junho. Na décima estação do trajeto, em Anchieta, a composição, que estava lotada, apresentou pane em uma das portas dos vagões logo na partida, que seguiu aberta até duas estações depois, em Deodoro. Lá, um funcionário fez a manutenção necessária.

Números da Agência Reguladora de Transportes Públicos do Rio de Janeiro (Agetransp) revelam uma rotina de atrasos sobre trilhos. Em 2024, 4.990 viagens foram canceladas ou interrompidas por motivos não justificados em todos os ramais e extensões. Em média, significa que foram registradas 13 ocorrências por dia no ano passado.

Uma das heranças que a SuperVia deixará será um cemitério ferroviário, onde 79 composições repousam enfileiradas num pátio entre o muro da estação de Japeri, na Baixada Fluminense, e uma passarela. Um relatório feito pelo Departamento Técnico de Patrimônio da Companhia Estadual de Transporte e Logística, empresa pública que substituiu a Companhia Fluminense de Trens Urbanos (Flumitrens), considerou-as inservíveis ou não operacionais. O maquinário teve peças retiradas, como cabos de alta e baixa tensão, tubulações do sistema de freio, componentes elétricos e portas.

As composições são das séries 500, 700 e 900, fabricadas entre os anos 70 e 80. Para os moradores, a presença dos trens parados virou sinônimo de perigo. Uma rápida olhada para o interior dos vagões, em sua maioria sem portas, sugere que o movimento por lá é maior durante a noite — e, no mínimo, suspeito. No interior de uma composição havia restos de utensílios usados no consumo de crack. Do lado externo de outra, a frase “viva a maconha” foi pichada com tinta preta.

Em um pátio próximo da estação Deodoro, 113 vagões de composições antigas, que transportavam passageiros pela extinta Flumitrens, aguardam algum destino. Foram penhorados numa ação judicial de 1997, anterior à gestão da SuperVia, originada por um pedido de indenização de uma mulher que caiu do trem. Procurada, a Central Logística informou que os 79 trens de Japeri serão retirados da lista de bens da SuperVia, e leiloados. Já no caso dos vagões um acordo foi feito para que sejam leiloados e vendidos como sucata. O dinheiro arrecadado vai servir para quitar parte do pagamento da indenização à vítima.

A SuperVia alega que o problema de portas abertas ocorre quando uma válvula de segurança é acionada indevidamente. Quanto a trilhos e dormentes, a empresa informa que a via é inspecionada segundo normas nacionais e internacionais. E que, nos últimos 18 meses, foram substituídos mais de 45 mil dormentes e 402 toneladas de trilhos. A concessionária diz que, após a pandemia da Covid-19, enfrentou desafios por conta da diminuição de passageiros e do aumento do furto de materiais. Por isso, foi obrigada a adaptar intervalos e horários de partida.

Agora, o governo estuda como será a escolha da empresa que vai administrar o sistema de trens e o modelo de gestão.

Informações: Extra Globo

READ MORE - SuperVia deixará a concessão com trens precários e viagens demoradas

Especialista vê viabilidade técnica no metrô até São Gonçalo, mas questiona prazo de 7 anos: 'Pouco realista'

quarta-feira, 11 de junho de 2025

O Governo do Estado do Rio de Janeiro detalhou, na última segunda-feira (9), um ambicioso projeto de expansão do metrô que prevê a inauguração de 31 novas estações e mais 44 quilômetros de trilhos até 2032. A iniciativa prevê um túnel sob a Baía de Guanabara e trilhos do Recreio até São Gonçalo em até 7 anos.

Com um investimento estimado em R$ 28,8 bilhões via Parceria Público-Privada (PPP), a iniciativa tem como objetivos integrar o transporte na Região Metropolitana, reduzir o tempo de deslocamento e gerar empregos. A expectativa é que os primeiros trechos sejam inaugurados em 2031, com a conclusão total do projeto até o final de 2032.

O projeto de expansão do metrô é tecnicamente viável, mas enfrenta sérios desafios financeiros e de planejamento. A avaliação é do diretor da FGV Transportes, Marcus Quintella, doutor em Engenharia de Produção pela COPPE/UFRJ e mestre em Transportes pelo IME.

"A viabilidade técnica desse projeto é perfeita. Em termos de engenharia, não há nada que possa ir contra isso. (...) O problema todo é a viabilidade financeira, saber realmente quem vai bancar", comentou o especialista.

Sobre o trecho mais emblemático do projeto — o túnel subaquático sob a Baía de Guanabara —, o especialista afirma que a tecnologia necessária já está disponível.

"A obra por baixo da Baía de Guanabara tem todo o modelo já pronto. É muito semelhante ao que acontece na Turquia e ao projeto do túnel entre Guarujá e Santos. A tecnologia existe para fazer tudo isso", disse o diretor da FGV.

Para Quintella, além das dificuldades econômicas, o mais difícil é obedecer ao prazo de 7 anos para a conclusão da obra. O especialista acredita que o maior problema é político.

"Essa obra é bem exequível. (...) Você pode fechar em 2032? Pode. Mas parece que é pouco realista, diante daquilo tudo que nós já conhecemos. Os riscos são muito mais políticos do que, propriamente, de engenharia", avaliou Marcus Quintella.

Detalhes do projeto
Atualmente, o metrô do Rio conta com 51 km de extensão e 41 estações, transportando cerca de 650 mil passageiros por dia. Com a expansão, o sistema ultrapassará 80 estações.

O secretário estadual de Transportes, Washington Reis, descreveu o projeto como uma "virada de chave na mobilidade" do estado, destacando a conexão de alta capacidade e conforto entre o Rio, São Gonçalo e Niterói como um "sonho antigo que agora começa a sair do papel".

Linha 3 (Praça 15 - Guaxindiba):

Uma das principais frentes é a construção da Linha 3, que ligará a Praça 15, no Centro do Rio, a Guaxindiba, em São Gonçalo, com parada em Niterói. Este será o primeiro trecho metroviário intermunicipal direto, com 22 km de extensão, dos quais 3 km serão debaixo da Baía de Guanabara, conectando a Praça 15 à Cantareira, em Niterói.

A Linha 3 está prevista para ter 28 quilômetros e 15 estações, com estimativa de atender 650 mil usuários por dia e reduzir o tempo de viagem entre Niterói e Rio de Janeiro de 2 horas para 40 minutos. O investimento previsto apenas para esta linha é de R$ 14,6 bilhões. Após o túnel subaquático entre Praça XV e Arariboia, o metrô operará na superfície, com a estação Guaxindiba estrategicamente localizada perto da BR-101 para facilitar a integração com outros modais.

Ligação Estácio - Praça XV:

Este trecho tem previsão de custo de R$ 4,4 bilhões e seguirá pela Rua Frei Caneca, com a Estação Catumbi posicionada atrás da Praça da Apoteose. A proposta busca eliminar os cruzamentos operacionais nas estações Central e Botafogo, o que permitirá aos trens da Linha 2 não precisarem mais acessar os mesmos trilhos da Linha 1, resultando na redução dos intervalos da Linha 2.
Extensão da Linha 4 até o Recreio dos Bandeirantes:

Esta extensão incluirá pelo menos 5 novas paradas e tem um custo estimado de R$ 9,8 bilhões. O projeto prevê que o Terminal Alvorada se torne um ponto estratégico de integração, conectando futuras expansões da malha metroviária e integrando a outros transportes, visando maior eficiência e acessibilidade à mobilidade urbana na região.

Investimento público e privado
Segundo o governo do estado, o investimento será viabilizado através de parcerias público-privadas e com aportes do estado, municípios e o BNDES. As primeiras licitações e contratações para a execução do projeto estão previstas para ocorrer no começo do ano que vem.

Segundo Marcus Quintella, o modelo escolhido é adequado, mas exige uma estrutura robusta, com participação de recursos públicos desde o início e garantias para o setor privado.

"A PPP precisa de três fontes de receita: a tarifária (que geralmente não sustenta o sistema), as receitas extra operacionais (como aluguéis e publicidade) e a contraprestação pública, que é o dinheiro do Estado para complementar a operação e remunerar o investimento privado", comentou Quintella.

Ele também alerta para a necessidade de um fundo garantidor do Estado e uma estrutura jurídica sólida para atrair investidores.

Impactos para a população
Ainda de acordo com o especialista, a conclusão do projeto de expansão do metrô seria uma conquista fundamental no aspecto da mobilidade urbana e da qualidade de vida da população, sem contar nos benefícios econômicos, ambienteis e de saúde.

"Os benefícios são totais. É um sistema de alta capacidade para atender um corredor de alta demanda, como o da população sacrificada de São Gonçalo", avaliou.

Benefícios do projeto

  • Redução do tempo de viagem;
  • menos ônibus nas ruas;
  • economia com manutenção viária;
  • redução de acidentes e mortes;
  • menos poluição e ruído;
  • maior eficiência energética.

"Tudo isso justifica o investimento público. Quando você monetiza esses benefícios, o projeto se paga", explicou Quintella.

Segundo o diretor da FGV Transporte, o projeto já fazia parte do Plano Metroviário do Rio de Janeiro e tem um papel estratégico na integração metropolitana. No entanto, Quintella ressalta que a operação plena da futura Linha 3 depende de uma obra complementar: a extensão da Linha 2 até a Praça XV.

"É fundamental citar a complementação da Linha 2, que sai ali de Estácio, passa pela Praça da Cruz Vermelha, Carioca, e vai até a Praça XV. Isso é essencial para a operação do sistema como um todo", completou.

Ambição futura x desafios do passado
Enquanto o governo anuncia planos grandiosos para o futuro do metrô, a retomada das obras da Estação Gávea, na Linha 4, demonstra os desafios enfrentados por projetos de infraestrutura de longo prazo.

Após, pelo menos, cinco adiamentos e quase 10 anos de paralisação, a obra que já consumiu mais de R$ 10 bilhões teve sua retomada anunciada em abril.

Na ocasião, o governador Cláudio Castro (PL) assinou um novo contrato com a concessionária Metrô Rio, prevendo que a concessionária investirá R$ 600 milhões para escavar os 60 metros de túnel restantes e instalar os elevadores até a plataforma.

Em contrapartida, o Metrô Rio ganha a concessão do serviço até 2048. O Governo do Rio, por sua vez, repassará R$ 97 milhões.

A expectativa é que a estação seja inaugurada em março de 2028, prometendo ser entregue no fim do ano que vem, segundo o secretário Washington Reis. Uma das saídas da futura Estação Gávea/PUC será instalada ao lado da entrada principal da PUC-Rio.

A retomada é resultado de um termo de ajustamento de conduta assinado em outubro do ano passado entre o Ministério Público, o poder executivo, a concessionária e as empresas construtoras.

Informações: g1 Rio

READ MORE - Especialista vê viabilidade técnica no metrô até São Gonçalo, mas questiona prazo de 7 anos: 'Pouco realista'

Seja Mais Um a Curtir o Blog Meu Transporte

BRT Aricanduva

Ligeirão NORTE-SUL / Curitiba

Seguidores

Postagens mais visitadas

 
 
 

Ônibus articulados elétricos em Goiânia


Em SP, Apenas 3 em cada 10 domicílios ficam perto de estações de metrô e trem

BUS ELÉTRICO EM BELÉM


Brasil precisa sair da inércia em relação aos ônibus elétricos

Brasil tem mais de cinco mil vagões de trem sem uso parados em galpões

LIGAÇÃO VIÁRIA PIRITUBA-LAPA


Seja nosso parceiro... Nosso e mail: meutransporte@hotmail.com

‘Abrigo Amigo’ registra 3,5 chamadas por dia em Campinas

Ônibus elétricos e requalificação dos BRTs tornam transporte eficiente e sustentável em Curitiba

Informativos SPTrans

Nova mobilidade urbana revela o futuro dos deslocamentos

Notícias Ferroviárias

Em SP, Passageiros elogiam Tarifa Zero aos domingos

Recife: Motoristas mulheres são mais confiáveis no transporte coletivo junto aos usuários

Com metrô, Salvador deixou de emitir mais de 45 mil toneladas de CO2 em oito anos

Barcelona dá transporte gratuito para quem deixar de usar carro

Os ônibus elétricos do Recife começaram a circular em junho de 1960