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VLT no Centro do Recife está garantida no projeto do Novo Cais, garantem Iphan e PCR

sexta-feira, 9 de maio de 2025

A Prefeitura do Recife e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) garantiram que o futuro Parque da Memória Ferroviária, que integra o projeto do Novo Cais José Estelita, prevê a implantação de um sistema de transporte urbano sobre trilhos com VLTs (Veículos Leves sobre Trilhos), semelhante ao VLT Carioca, que conecta o Centro do Rio de Janeiro ao Porto Maravilha e ao Aeroporto Santos Dumont na capital fluminense.

A garantia foi dada durante a entrevista coletiva realizada nesta quarta-feira (7/5) pelo Consórcio Novo Recife - inclusive com a presença do vice-prefeito do Recife, Victor Marques - para anunciar a liberação do novo sistema viário do Cais José Estelita e o início das obras de construção do Parque das Águas (às margens da Bacia do Rio Pina) e do Parque da Memória Ferroviária. 

O projeto, ainda básico e sem estudos de viabilidade - vale ressaltar -, começou a ser elaborado em 2019 e ficou pronto em 2022. Prevê um ramal de VLT com 5,6 quilômetros e que passaria pela área do Novo Cais onde vai ser construído o Parque da Memória Ferroviária, por trás dos edifícios e às margens da Avenida Sul.

O ramal de VLT permitiria uma conexão multimodal com o Metrô do Recife e o sistema de ônibus através do Terminal Integrado Largo da Paz, em Afogados, na Zona Oeste da capital. Faria uma ligação entre a Estação Largo da Paz e o Terminal Marítimo, passando pelo Marco Zero, no Bairro do Recife.

Na época, quando a doação do terreno de 50 mil metros quadrados do antigo pátio ferroviário inativado à área pública do Cais José Estelita foi feita pelo governo federal à Prefeitura do Recife, a Superintendência da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) no Recife passou a temer que o projeto do VLT não fosse priorizado. Isso porque vinha negociando, com o governo federal, o repasse do chamado Pátio Ferroviário das Cinco Pontas (como é chamado a área onde estão a oficina e a área de manobra dos trens da antiga RFFSA) desde 2015. E de ter, inclusive, provocado a Prefeitura do Recife a conhecer a proposta do Sistema de VLT um pouco antes da doação.

“Nas diretrizes que estamos desenvolvendo para a criação do Parque da Memória Ferroviária está garantido a preservação das linhas que ficam próximo à Avenida Sul para que elas fiquem operacionais. Isso significa que não haverá nenhuma intervenção que inviabilize o transporte ferroviário. A passagem do trem, do VLT”, explicou a arquiteta do Iphan, Emília Lopes, que está à frente da coordenação do Parque da Memória Ferroviária.

Segundo a arquiteta, também será garantida uma área para a manobra dos VLTs, que era o principal temor da CBTU e que poderia inviabilizar o ramal ferroviário. “Essa área de manobra também está garantida. Ela não precisa ser rotunda, mas como a do VLT Carioca, no Rio de Janeiro, por exemplo, que vai e vem”, explicou.

O VLT que a CBTU defende para o Centro do Recife seria semelhante à proposta do VLT Carioca, rede de veículos leves sobre trilhos que percorre o Centro e o Porto da cidade do Rio de Janeiro, conectando todas as demais redes de transporte metropolitano (metrô, trens, BRT, ônibus, barcas e teleférico, além de aeroporto, rodoviária e terminal de cruzeiros).

O ramal está previsto entre a Estação Largo da Paz, em Afogados, e o Terminal Marítimo do Porto do Recife, permitindo a integração com o sistema de transporte urbano em operação e utilizando a malha ferroviária existente, sem desapropriação. O projeto permite a operação urbana compartilhada e atenderá polos geradores de demandas, atuais e futuros.

O custo de implantação do ramal está estimado, atualmente, em R$ 200 milhões. Terá extensão de 5,6 quilômetros, dez estações a cada 400 metros, com operação de segunda-feira a domingo, das 5h às 23h, com três VLTs que vão circular no trecho a uma velocidade de 20 km/h e tempo de viagem entre os dois terminais de 25 minutos.


A implantação do VLT seria realizada em três fases:

Fase 1: Estação Largo da PAz/Estação Cinco Pontas
Fase 2: Estação Cinco Pontas/Parada Ponte Giratória
Fase 3: Parada Ponte Giratória/Parada Terminal Marítimo

A Prefeitura do Recife conquistou mais 50 mil metros quadrados (cinco hectares) de área pública no terreno do Cais José Estelita, fazendo com que a área inicial prevista para o público dobre de tamanho e chegue a 100 mil metros quadrados. O anúncio foi feito pelo prefeito João Campos (PSB) em junho de 2024, como um importante avanço na requalificação da área do Cais José Estelita.

Segundo a PCR, a incorporação dos 50 mil m² do antigo pátio ferroviário inativado ao projeto do parque linear que está previsto para ficar localizado na Bacia do Pina aconteceu após uma longa negociação envolvendo diversos órgãos do governo federal.

Com isso, a área pública vai dobrar de tamanho e a primeira etapa das obras do parque linear devem ser iniciadas em aproximadamente 60 dias. Também segundo a PCR, a área vai incluir a preservação da memória ferroviária em um investimento de R$ 20 milhões, com o espaço ficando disponível para todas as pessoas da cidade. A doação foi feita pela Advocacia Geral da União (AGU), mas diversos órgãos federais participaram do processo: ANTT, TNL, DNIT, IPHAN, SPU e MPF.

O projeto integra o sistema viário de planejamento para a Avenida Sul, a Rua Imperial e o complexo adjacente. O custo de toda a ampliação será arcado pelo empreendedor privado - Novo Recife -, totalizando mais de R$ 120 milhões em ações mitigadoras. Caberá à gestão da Prefeitura do Recife definir como os parques públicos serão integrados, entre tantas outras decisões sobre as contrapartidas do Novo Recife. Considerando todas as ações mitigadoras, 65% da área contemplada será projeto de área pública e 35% será composta por empreendimentos imobiliários.

Por Roberta Soares
Informações: JC Uol

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Transporte de passageiros sobre trilhos economizou cerca R$ 12 bilhões no Brasil em 2024

domingo, 4 de maio de 2025

O setor metroferroviário brasileiro vem em uma crescente nos últimos anos, com novos investimentos e projetos. Esse impulso está exposto no Balanço Metroferroviário da Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos (ANPTrilhos), que revelou o aumento do número de passageiros e uma economia de R$ 11,7 bilhões com transporte no Brasil.

Conforme o balanço, anunciado durante a Intermodal, que ocorreu entre os dias 22 e 24 de abril, em São Paulo, os sistemas urbanos de transporte de passageiros sobre trilhos transportaram 2,57 bilhões de pessoas ao longo do ano, crescimento de 3,6% em relação a 2023. Se, por um lado, as pessoas utilizaram mais trens, metrôs e VLTs (Veículo Leves sobre Trilhos), a redução da circulação de veículos individuais e ônibus permitiu uma economia de aproximadamente R$ 12 bilhões. Somado a isso, é pertinente supor que houve queda nos gastos com manutenção de vias.

Além disso, 2,4 milhões de toneladas de poluentes não foram emitidos. Esse dado vai ao encontro do estudo ‘Situação Global do Transporte e Mudança Climática Global’, publicado durante a COP-24, em 2018. Neste relatório, consta que os trens, principalmente os cargueiros a diesel, são os menos poluentes entre os modais. O transporte sobre trilhos seria responsável por apenas 3% das emissões de CO2, enquanto os carros de passeio seriam responsáveis por 45%.

Aliás, o balanço da ANPTrilhos levantou que o uso de transporte metroferroviário para passageiros reduziu o consumo de 1,2 bilhão de litros de combustíveis fósseis. Já no quesito bem-estar, os modais que funcionam sobre trilhos permitiram uma economia de 1,5 bilhão de horas no transporte diário.

O tamanho do transporte de passageiros sobre trilhos no Brasil
Para a ANPTrihlos, 2024 foi um ano marcado por avanços importantes no setor. Por exemplo, a operação da Linha 4-Laranja do VLT do Rio de Janeiro e a expansão do Metrô de Teresina. Até o fim do ano de 2024, a malha metroferroviária brasileira somava 1.137,5 km.

Além disso, o balanço ressalta a concessão do Trem Intercidades (TIC) São Paulo-Campinas e os avanços nos sistemas metroferroviários de São Paulo e Belo Horizonte como pontos positivos do ano.

Ao longo do ano, o setor inaugurou três estações de embarque e desembarque de passageiros: a Estação Várzea Nova (Trens Urbanos de João Pessoa), a Estação Colorado (Metrô de Teresina) e o Terminal Gentileza, que, além de atender o VLT Carioca, integra outros dois modos de transporte. Por outro lado, houve desativação da Estação Mutange do Trens Urbanos de Maceió.

Ao total, o Brasil conta com 21 sistemas de transporte urbano de passageiros sobre trilhos, localizados em 12 unidades federativas e 15 regiões metropolitanas. São 73 municípios atendidos, com cerca de 8,1 milhão de passageiros por dia. Esses usuários utilizam 49 linhas de metrô, trens urbanos, VLT, Monotrilho e AMP (Automated People Mover).

Para isso, percorrem 633 estações, administradas por 16 empresas. Nove delas são concessionárias e sete empresas públicas. Apenas duas gestões de sistema ficam no âmbito federal: Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) e a Empresa de Trens Urbanos de Porto Alegre (Trensurb).

Tamanho das linhas
Em 2024, a Linha 4-Laranja do VLT do Rio de Janeiro acrescentou 0,4 km de trilhos. Somado à expansão do Metrô de Teresina, com mais 2,5 km, a malha ferroviária para passageiros fechou o ano com mais 2,9 km. Entretanto, a revisão dos dados de outros sistemas mexeu na somatória dos quilômetros de trilhos brasileiros. Em Brasília, o metrô saiu dos 39,10 km para 42,38 km. Já o Metrô de Teresina foi de 13,6 para 13,5 km. A maior redução foi percebida no VLT do Rio Janeiro, de 13,1 para 11,1 km.

Portanto, dos 1.137,5 km de malha metroferroviário brasileira, os metrôs têm 310,8 km distribuídos em 16 linhas e os trens urbanos têm 536,0 km em 15 linhas.

Passageiros do transporte sobre trilhos no Brasil

Os passageiros do transporte metroferroviário no Brasil atingiram uma média diária de 8,61 milhão de pessoas em 2024. Isso representa uma alta de 420 mil passageiros por dia. Conforme o balanço do setor, 73,4% dos passageiros usam o transporte para ir trabalhar. Dos usuários, 55,2% tem entre 20 e 39 anos e 51,2% são do gênero feminino.

Apesar do aumento no número de passageiros, alguns Estados apresentam quedas significativas. No Rio Grande do Sul, o reflexo das enchentes que afetaram a região no primeiro trimestre de 2024 levou a uma queda de 34% no volume de passageiros.

Na mesma toada, a Paraíba continuou em queda, situação já identificada em 2023. Apesar da redução ser menos, de 27,1% para 20%, o sistema ainda enfrenta desafios para atrair usuários. Em Pernambuco, a queda saiu de 10,8% para 6,9%, entre 2023 e 2024. Conforme a ANPTrilhos, essa redução está associada diretamente a problemas operacionais, como cancelamento e atrasos.

Já no Rio de Janeiro, o registro de redução foi menos, de 3,5% para 1,2% de queda. No caso carioca, a associação explica que o principal causador da redução é o aumento da tarifa e a força do subsídio municipal no sistema de ônibus.

Por outro lado, o Distrito Federal, que havia registrado crescimento no primeiro semestre de 2024 em relação ao mesmo período de 2023, apresentou, no acumulado do ano, pequena oscilação negativa no acumulado do ano. De 2,2% de crescimento em 2023 para 0,9% de queda em 2024. Entretanto, no Piauí, a recuperação foi expressiva, com reversão do cenário anterior, de -20% para +30%.

Oferta de lugares caiu
O que também impacta a aderência no sistema de transporte sobre trilhos é a oferta de lugares. Em 2023, a ANPTrilhos identificou que haviam 5,4 bilhões, já em 2024, o número caiu para 5,2 bilhões. Isso fica perceptível no número de carros, que registrou queda de 1,8%, chegando a 4.790. Apesar disso, o índice de previsibilidade nos sistemas cresceu, de 98,6% para 98,8%.

Funcionários do setor metroferroviário
O setor metroferroviário fechou 2024 com 39,7 mil empregados, uma queda de 6,9% em relação a 2023. A principal redução foi no quadro de funcionários com vínculo empregatício, que saiu de 30,5 % para 28,4%. Entretanto, a quantidade de terceirizados cresceu, de 10,2% para 11,3%.

De acordo com o balanço, a participação feminina se manteve, com 22% do quadro das contratações.

Transporte regional

Apesar do potencial do transporte sobre trilhos regionais, o Brasil só contêm dois sistemas desse tipo. As linhas em operação são: Estrada de Ferro Vitória-Minas (EFVM) e Estrada de Ferro Carajás (EFC), ambas operadas pela Vale.

Juntas, essas linhas transportaram 1,2 milhão de passageiros em 2024, conforme dados da companhia. A EFVM tem 584 km e apresentou crescimento no número de passageiros de 742 mil em 2023 para 836 mil em 2024.

O aumento também ocorreu na EFC, com 892 km. A linha saiu dos 399 mil passageiros em 2023 para 423 mil em 2024.

Crescimento da rede de transporte de passageiros sobre trilhos
Apesar dos números positivos de 2024, o setor ainda precisa avançar. É consenso para aqueles que trabalham com o sistema metroferroviário que o investimento público é essencial para avançar. Entretanto, a capacidade de investimentos municipais, estaduais e federais é pequena, em relação à demanda. Por isso, as parcerias público-privadas são vistas como a alternativa viável para buscar a transição energética e solução dos problemas de mobilidade urbana.

Está previsto para lançamento o Plano Nacional Ferroviário, que ainda depende de alguns ajustes antes da publicação oficial. O que se sabe e espera é um plano de investimentos de cerca de R$ 100 bilhões. Disso, o governo federal deve ficar responsável de 20% a 30% do aporte financeiro. Dentro do plano, é esperado que haja autorizações para concessões e incentivos ao setor privado.

Em janeiro deste ano, o ministro dos Transportes Renan Filho anunciou que publicaria o Plano Nacional Ferroviário até fevereiro, entretanto, o texto ainda passa por revisões.

Informações: Estadão

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No Rio, Terminal Gentileza gera economia e menos tempo no transporte público

segunda-feira, 10 de março de 2025

Qualidade de vida é o que todos querem, se for acompanhada de uma economia no bolso, melhor ainda. O Terminal Gentileza, inaugurado há pouco mais de um ano, está deixando os trabalhadores mais contentes e com tempo para fazer várias coisas como diz a cabeleireira Shirley Maria da Silva, de 51 anos, que levava duas horas para chegar da Pavuna até a Tijuca e agora com 55 minutos está leve e plena no seu destino.
Pedro Teixeira/Agência O Dia

"Eu levava quase duas horas para chegar ao trabalho. E na ida, pegava uma condução para Pavuna, depois o metrô, era aquele inferno. Agora, o trajeto ficou apenas em 55 minutos e ainda tem a história de economizar na passagem pois o metrô não zera . Agora consigo ter tempo até para fazer academia", comemora.

A cuidadora de idosos Lourdes Alves, de 57 anos, mora em Honório Gurgel e afirma que sua qualidade de vida melhorou muito com a criação do Terminal Gentileza. "Com certeza, melhorou muito. Eu pego o ônibus em Irajá, o 362, em Honório, desço em Irajá, pego o BRT, consigo pegar o Expresso ainda, desço aqui no Gentileza e pego o BRT. Só pago uma passagem . Além disso, diminuiu em duas horas a minha jornada porque a Avenida Brasil está toda parada e com o BRT não tem engarrafamento. Ele vai embora. A melhor coisa que inventaram foi o BRT e o VLT".

O aposentado José de Castro também acredita que o Gentileza melhorou a vida de muita gente. "Acho um bom investimento. Antes eu só usava o trem e, com o terminal, eu passei a pegar o BRT e passar por aqui porque economiza tempo. Mas o que eu questiono é o problema crônico do Rio de Janeiro que é o alimentador (condução antes de chegar ao terminal). Sou morador de Realengo e foi um sacrifício para eu pegar um ônibus. Mas o sistema é legal no Centro. Quando é na Zona Oeste complica mais. Fiquei quase uma hora esperando o ônibus. Tomara que com o tempo resolvam isso".

Gerente de uma loja de café e pão de queijo, Bianca Bezerra, de 24 anos, viu a sua vida mudar completamente depois que conseguiu esse emprego, em meados de junho do ano passado. Moradora em Bangu, ela pega o BRT e leva apenas 30 minutos para chegar ao Gentileza. Antes, Bianca trabalhava numa banca de sete da noite às sete da manhã.

"Nossa! Me ajudou muito. Conforme as lojas aqui vão abrindo, mais emprego para as pessoas. O Terminal Gentileza é muito bom mesmo. Foi essencial para muita gente. Falo de coração", diz ela, que é mãe de dois filhos e consegue tempo para cuidar deles e agora pensa em cursar uma faculdade.

O nome e o projeto do terminal fazem referência a José Datrino, o Profeta Gentileza, conhecido pelas inscrições que eternizou nas colunas dos viadutos do Gasômetro e da Perimetral. A mais famosa delas é a frase "Gentileza gera Gentileza”, que compõe a identidade visual do Terminal Gentileza. No local, outras frases com alusão à palavra gentileza.

Modernidade e praticidade

O Terminal Intermodal Gentileza – que conecta os serviços do BRT Transbrasil, ao da linha 1 e 4 do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) e de 27 linhas de ônibus municipais – fez um ano de operação no dia 24 de fevereiro de 2025 e pelo depoimento de passageiros entrevistados pelo jornal O DIA está aprovado.

O integrador de transporte público da capital carioca alcançou a marca das 14 milhões de viagens realizadas, desde sua inauguração, com 152 mil feitas diariamente, e transformou a região próxima da rodoviária Novo Rio.

O Terminal Gentileza é acessível e tem dois andares: O térreo é dedicado à chegada de todos os modais. Na parte superior, estão bilheterias, banheiros, cerca de 80 lojas e a sala de espera para o serviço especial Terminal Gentileza/Aeroporto Internacional do Galeão (GIG). São três passarelas (Rodoviária, Rua São Cristóvão e Avenida Brasil) e mais um acesso pela Avenida Francisco Bicalho.

Com a construcao do Terminal, o VLT foi expandido. A Linha 1, que parte do Aeroporto Santos Dumont, ganhou mais um trecho para chegar ao terminal, além disso foi criada a Linha 4, para fazer a conexão com a Praça XV, onde está localizado o terminal das barcas. O Gentileza tambem conecta onibus e o BRT Transbrasil.

A inauguração do Terminal Gentileza também proporcionou o funcionamento pleno da Transbrasil, corredor instalado na Avenida Brasil composto por 18 estações e dois terminais, conectando Deodoro, na Zona Oeste, ao Centro do Rio, na Região Portuária, próximo à Rodoviária do Rio.

O percurso total é de 26 quilômetros, e a estimativa é de que até 250 mil pessoas sejam transportadas diariamente, até 2030. A Transbrasil faz conexão com linhas de ônibus municipais, VLT (Terminal Gentileza), Transolímpica (Terminal Deodoro) e Transcarioca (Penha e Fundão).

Gentileza x Tom Jobim
Para atender à demanda dos passageiros que utilizam o Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão), uma linha expressa de ônibus executivos TIG x GIG, sem paradas nas estações, opera das 6h à meia-noite, com intervalos previstos de 20 minutos. O tempo de deslocamento da linha é de cerca de 25 minutos. O preço da tarifa é de R$15.

A Transbrasil também ganhou o maior corredor de arte urbana da América Latina. O Cores da Brasil reuniu a inspiração, a criatividade e técnicas diferenciadas de mais de 13 artistas. Artes sob forma de pintura colorem terminais, estações e passarelas do BRT Transbrasil até o terminal Gentileza. Além disso, 35 viadutos e mais de 300 pilares de sustentação também receberam artes urbanas. Foram utilizados mais de 30 mil litros de tinta e mais de 10 mil latas de spray.

Veja o serviço

BRT

>>> 60 - Deodoro x Terminal Gentileza – PARADOR
Todos os dias, 24 horas

>>> 61 - Deodoro x Terminal Gentileza - EXPRESSO
Segunda a sexta. Saindo do Terminal Gentileza - 05h30 às 09h | 16h às 19h30
Saindo de Deodoro - 05h às 09h | 16h às 19h

>>> 71 - Vigário Geral/Praça Dois x Terminal Gentileza - EXPRESSO
Segunda a sexta. Saindo do Terminal Gentileza - 05h30 às 09h | 16h às 19h30
Saindo de Vigário Geral - 05h às 09h | 16h às 19h

>>> 80 - Penha 2 x Terminal Gentileza – PARADOR
Todos os dias, 24 horas

>>> 90 - Terminal Fundão x Terminal Gentileza - PARADOR
Todos os dias, das 4h à 0h

>>> Serviço executivo Terminal Gentileza x Galeão Tom Jobim - DIRETO
Todos os dias, das 6h à 0h

VLT

>>> Linha 1 - Aeroporto Santos Dumont x Terminal Gentileza - das 5h às 23h.

>>> Linha 4 - Terminal Gentileza x Praça XV - das 5h às 23h

ÔNIBUS

Linhas municipais com parada ou ponto final no Terminal Gentileza:

>>> Partidas do Terminal Gentileza:
104 - São Conrado (via Catete)
108 - Ipanema (via Botafogo)
110 - Leblon (via Lagoa)
112 - Alto Gávea (via Estácio / Jardim Botânico)
SV112 - Alto Gávea (via Elevado / Jardim Botânico)
133 - Largo do Machado (via Rio Comprido)
161 - Ipanema (via Lagoa)
163 - Copacabana (via Humaitá)
165 - Cosme Velho (via Laranjeiras)
167 - Urca (via Praia do Flamengo)
SP265 - Marechal Hermes (via Cascadura)
301 - Terminal Alvorada (via Avenida das Américas)
302 - Terminal Alvorada (via Praia da Barra da Tijuca)
353 - Gardênia Azul (via Praça Seca)
606 - Engenho de Dentro (via Méier)
SV606 - Engenho de Dentro (via Méier / Lins de Vasconcelos)

>>> Serviços noturnos partindo do Terminal Gentileza

SN104 - São Conrado (via Catete)
SN133 - Largo do Machado (via Rio Comprido)
SN302 - Terminal Alvorada (via Praia da Barra da Tijuca)
SN309 - Terminal Alvorada (via Jardim Botânico)
SN353 - Gardênia Azul (Noturno)(via Praça Seca)

>>> Linha com passagem dentro do Terminal Gentileza
265 - Marechal Hermes x Castelo (via Cascadura)

>>> Serviços noturnos com passagem dentro do Terminal Gentileza

SN209 - Caju x Candelária (via São Cristóvão)
SN265 - Marechal Hermes x Castelo (via Cascadura)
SN298 - Acari x Castelo (via Cavalcanti)
SN474 - Méier x Copacabana (via Jacaré / Lapa)
SN624 - Mariópolis x Praça da República

Informações: O Dia

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No Rio, Terminal Gentileza completa um ano de operação com mais de 14 milhões de viagens realizadas

terça-feira, 25 de fevereiro de 2025

Cerca de 152 mil viagens por dia são realizadas no Terminal Intermodal Gentileza (TIG), que completa um ano de operação nesta segunda-feira. O integrador de transporte público da capital carioca alcançou a marca das 14 milhões de viagens realizadas, desde sua inauguração. O Terminal conecta os serviços do BRT Transbrasil, aos da linha 1 e 4 do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) e de 27 linhas de ônibus municipais.

As obras do TIG foram feitas em uma área de 77 mil metros quadrados que a gestão municipal comprou da Caixa por R$ 40,8 milhões. O investimento na construção foi próximo de R$ 300 milhões pela Parceria Público Privada (PPP) do VLT do Centro, sendo R$ 257,8 milhões financiados pelo Banco do Brasil para a reestruturação do sistema do BRT.

A área do Terminal possui dois andares. O térreo é dedicado à chegada de todos os modais. Na parte superior, estão bilheterias, banheiros, cerca de 80 lojas e a sala de espera para o serviço especial Terminal Gentileza/Aeroporto Internacional do Galeão (GIG). São três passarelas (Rodoviária, Rua São Cristóvão e Avenida Brasil) e mais um acesso pela Avenida Francisco Bicalho.

Com a construção do TIG, o VLT foi expandido. A Linha 1, que parte do Aeroporto Santos Dumont, ganhou mais um trecho para chegar ao terminal, além disso foi criada a Linha 4, para fazer a conexão com a Praça XV, onde está localizado o terminal das barcas. O Gentileza também conecta ônibus e o BRT Transbrasil.

O percurso total é de 26 quilômetros, e a estimativa é de que até 250 mil pessoas sejam transportadas diariamente, até 2030. Para o vice-prefeito Eduardo Cavaliere, o terminal otimiza o tempo de viagem dos passageiros:

— O Terminal Gentileza mudou a vida das pessoas, especialmente as que precisam do BRT. Hoje, ele é o coração do transporte público carioca. O TIG dá mais dignidade, porque o cidadão perde menos tempo no transporte público, no caminho entre a casa e o trabalho, e pode passar mais tempo com a sua família, com os amigos. Isso não tem preço. Esse impacto pode ser mensurado com estes 14 milhões de viagens desde a inauguração. Além disso, a região central também foi beneficiada com a revitalização proporcionada pelo terminal. Novos moradores estão chegando ao bairro e com a vasta opção de mobilidade, por meio dos BRT, ônibus e o VLT Carioca. Tudo isso de forma integrada.

Gentileza x Galeão
Para atender à demanda dos passageiros que utilizam o Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão), uma linha expressa de ônibus executivos TIG x GIG, sem paradas nas estações, opera das 6h à meia-noite, com intervalos previstos de 20 minutos. O tempo de deslocamento da linha é de cerca de 25 minutos. O preço da tarifa é de R$15.

O terminal faz parte do legado dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de 2016. Durante a obra, o Gentileza recebeu as estruturas metálicas que foram reaproveitadas do Centro Internacional de Transmissão construído no Parque Olímpico.

Ônibus lotados e falta de ar-condicionado
O GLOBO percorreu o TIG e conversou com alguns passageiros que utilizam o serviço diariamente. A técnica de enfermagem Alexandra Souza, de 50 anos, pega a linha 163 (Copacabana) e relata que, apesar da rapidez com que os ônibus chegam, o transporte costuma estar lotado e sem ar-condicionado.

— O serviço é bom, mas poderia melhorar, contar com mais ônibus, principalmente nos horários de pico. O 163 não tem conforto, falta ar-condicionado e sempre está lotado. Isso deixa a desejar, principalmente nesse calor — alega.

Já a estudante de psicologia Raíssa Trindade, de 26 anos, usa a linha 108 (Ipanema) e relata que geralmente costuma enfrentar longas filas:

— Nesse horário das 11h é até tranquilo, mas quando é mais cedo, por volta das 8h/9h fica lotado. Tem muita fila e às vezes a gente não consegue nem entrar.

Enquanto isso, Fátima Souza, de 67 anos, explica que, uma vez por semana, pega o BRT no Mercado São Sebastião, na Penha, e desce no TIG para pegar o 110 (Leblon) e levar o neto até a escolinha de futebol. A idosa reclama que o transporte demora e fala sobre a falta de acessibilidade no Terminal.

— Esse está demorando muito, mais de 20 minutos. Fora isso, aqui tem muita escada. Acho que não pensaram muito nos idosos — destaca.

Procurada pela reportagem, a Prefeitura, através da Secretaria Municipal de Transportes (SMTR) alegou que vai programar uma fiscalização para verificar a reclamação nas linhas citadas. A pasta ressaltou que realiza ações de fiscalização nas ruas e garagens, e os veículos flagrados com irregularidades são multados. Os consórcios que não cumprem com as regras têm o subsídio cortado e os ônibus podem ser lacrados.

Sobre a falta de acessibilidade, a concessionária VLT Carioca, que administra o TIG, explicou que oferece rampas de acesso que interligam as passarelas 1, 2 e 3 ao mezanino do terminal e às plataformas dos ônibus municipais e BRT, assim como elevadores para o VLT.

"O sentido da escada rolante é determinado de acordo com o fluxo de clientes. No caso das plataformas dos ônibus municipais, durante a manhã a movimentação de pessoas é maior na descida e, à tarde e à noite, na subida. É importante frisar que as equipes de atendimento estão atentas à movimentação e, caso haja mudança neste cenário, as determinações podem alteradas. Assim como é possível mudar o sentido do equipamento, conforme a necessidade dos clientes", diz um trecho do pronunciamento.

A Rio Ônibus declarou que "os veículos serão identificados e recolhidos para manutenção".

Informações: O Globo

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Futuro dos transportes no Rio passa por projetos que somam R$ 100 bilhões, como expansão do metrô e do BRT Metropolitano

quarta-feira, 29 de janeiro de 2025

Como mora no miolo da Cidade de Deus, na Zona Oeste do Rio, todas as quartas-feiras a diarista Maria de Jesus da Silva, de 44 anos, vai a pé ou de bicicleta até a Estação Merck do BRT, na Taquara, onde embarca até o Jardim Oceânico e, de lá, segue de metrô para Botafogo, na Zona Sul da cidade. Além das filas para entrar no BRT, perde muito tempo na baldeação. Dependendo do dia, chega a levar mais de duas horas até o endereço onde trabalha, e o mesmo tempo na volta para casa. Se a Linha 4 do metrô — que parou no Jardim Oceânico — já chegasse até o Recreio dos Bandeirantes, a vida da diarista seria outra.

— Também teria que ter mais ônibus para suprir a necessidade do BRT. Só temos um ônibus, o 990 (Merck -Joatinga), que passa perto da Cidade de Deus e vai para o metrô. E, quando passa, a gente nem consegue entrar de tão cheio. E ainda demora à beça — completa a diarista.

O trecho do metrô entre o Jardim Oceânico e o Recreio chegou a ser idealizado para a Olimpíada de 2016, mas empacou durante a grave crise financeira do estado, sendo substituído pelo BRT. Teria cerca de 20 quilômetros e seria escavado sob o canteiro central da Avenida das Américas. Esse e outros projetos de transportes sobre trilhos e no mar, com orçamentos que beiram R$ 100 bilhões, estão em pranchetas, gavetas e promessas dos governos.

A expansão do metrô carioca parou há quase dez anos, quando as obras da Estação Gávea foram interrompidas e o buraco preenchido por água para tentar sustentar a estrutura. Iniciado em 1979, o modal tem 54,4 quilômetros, 41 estações e três linhas. Apenas cinco anos mais velho, o metrô de São Paulo tem 104,4 quilômetros, 91 estações e seis linhas.

Depois de um acordo assinado em outubro do ano passado — envolvendo MPRJ, TCE, governo do Estado, MetrôRio e o consórcio construtor Rio Barra da Linha 4 —, e muitas promessas de recomeço, agora o secretário estadual de Transporte, Washington Reis, diz que a construção da Estação Gávea entra nos trilhos no mês que vem, após assinatura de aditivo com o MetrôRio, que investirá R$ 600 milhões nas obras e terá o seu contrato de concessão prorrogado por dez anos, até 2048. O estado se comprometeu a aplicar R$ 97 milhões e criou um fundo de reserva de R$ 300 milhões para serem usados, se necessário, na estação e na conclusão de um trecho da galeria São Conrado-Gávea.

Além da Estação Gávea
A Linha 4 consumiu até agora cerca de R$ 10 bilhões. E, para celebrar o novo contrato com o MetrôRio, o estado gastou mais R$ 3 milhões: contratou a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) para dar suporte, inclusive no cálculo de tarifa.

Para o presidente do MetrôRio, Guilherme Ramalho, a retomada das obras da Estação Gávea é simbólica e importante. Mas é preciso não parar por aí:

— Mais do que a Gávea, a gente tem que voltar a poder investir. O Rio precisa voltar a ter investimento constante em infraestrutura. A cidade tem demandas grandes no setor de transporte.

O último plano diretor do metrô, de 2017, somado ao Metrô Leve da Baixada (Pavuna-Nova Iguaçu) — prometido pelo governador Cláudio Castro durante campanha para a reeleição —, prevê mais de 178 quilômetros de trilhos, que não saíram do papel. A execução de todos custaria mais de R$ 80 bilhões. Ainda está pendente o trecho de 1,2 quilômetro para ligar o Alto Leblon — onde o tatuzão, máquina para escavar túneis, apodrece sob a Rua Igarapava — à Estação Gávea.

Para completar a nova Linha 4 projetada, seria necessário ainda interligar o Jardim Oceânico ao Recreio. Consta também do projeto original do metrô a Linha 4 passando por Humaitá, Laranjeiras e Botafogo, chegando ao Centro. Da Gávea ainda está projetada uma ampliação até a Rua Uruguai, cortando o Maciço da Tijuca. Especialistas consideram fundamental concluir a Linha 2, levando os trilhos do Estácio até a Praça Quinze, passando pela Cruz Vermelha. Mais uma linha incluída no traçado, a 3, passaria sob a Baía de Guanabara, chegando a Niterói e São Gonçalo.

Na campanha eleitoral, o prefeito Eduardo Paes anunciou que pretende transformar em VLT os corredores do BRT Transoeste e Transcarioca. Pelos cálculos iniciais, segundo disse Paes na ocasião, “veletizar” esses dois corredores exclusivos teria um custo inicial estimado de R$ 16 bilhões. A prefeitura também já fez estudo para implantar VLT ligando Botafogo, Gávea e Leblon, um investimento de R$ 1,5 bilhão.

Outra ideia é a implantação do BRT Metropolitano na cidade, que aparece em decreto no primeiro dia da nova administração Paes. Na prática, a ideia é fazer a integração entre os transportes municipais e intermunicipais. E isso poderá acontecer com a conclusão de dois terminais que constam do Transbrasil, estimados em R$ 100 milhões: o Trevo das Margaridas, que poderia absorver quem vem da Baixada Fluminense pela Via Dutra; e o do Trevo das Missões, idealizado para aliviar o trajeto para quem chega da Baixada pela Rodovia Washington Luís.

No transporte pela Baía de Guanabara, a Companhia Carioca de Parcerias e Concessões (CCPAR), da prefeitura, tenta licitar desde o ano passado uma ligação por barcas entre os aeroportos Santos Dumont e Tom Jobim. O investimento previsto para implantação era de R$ 109,5 milhões. Depois de vários adiamentos, a licitação foi realizada em dezembro, mas não apareceram interessados. A CCPar está refazendo o edital para relançá-lo.

Já a ligação por barca entre São Gonçalo e a Praça Quinze não tem qualquer estimativa de preço. A Secretaria de Transportes do estado informa que novos trajetos de barcas poderão ser criados “de acordo com a demanda de passageiros e a viabilidade econômica e a capacidade operacional”.

De concreto, a curto prazo o que está no horizonte da Secretaria estadual de Transportes é o lançamento de estudo e da modelagem da ligação Estácio-Praça Quinze, da Linha 3 e do metrô entre o Jardim Oceânico e o Recreio. Reis diz que sua meta é lançar a licitação da conclusão da Linha 2 e a implantação da Linha 3 ainda este ano:

— Vamos fazer uma licitação internacional e chamar o mundo para cá. Eu vou dizer uma coisa, se o governo federal atual, com a caneta na mão, não abraçar esse projeto, qualquer outro presidente que vier faz tudo.

Morador de São Gonçalo, o técnico de refrigeração Rodrigo Caetano, de 40 anos, trabalha nas zonas Sul e Oeste do Rio e sonha com a Linha 3 do metrô.

— Já ouvi falar, mas não sei se vai ter mesmo. Meu sonho era que fosse tudo metrô. Não dá para comparar. É rápido, mais barato, mais seguro. Até lá podia ter mais BRT pela cidade toda, cortar um pouco o trânsito — espera.

Transporte sustentável
A ampliação dos transportes sobre trilhos é rota mais indicada também quando o assunto é impacto ambiental. Considerando os deslocamentos da Região Metropolitana do Rio, os modais sobre trilhos são os que menos consomem energia, não emitem gases que aceleram o aquecimento global, como o dióxido de carbono (CO2), e duram pelo menos 60 anos.

— Uma urgência é reduzir o uso de automóvel particular, deveria ser a última opção na movimentação da cidade. Se queima muito combustível para transportar uma pessoa só, promove engarrafamento. Para se ter ideia, um SUV movido a gasolina gasta a energia equivalente a uma viagem de avião de um passageiro — diz Márcio D’Agosto, presidente do Instituto Brasileiro de Transporte Sustentável.

Tarifa zero: opiniões divergentes
Pelo menos dez municípios fluminenses têm ônibus com tarifa zero: Paracambi, São Fidélis, São Sebastião do Alto, Cantagalo, Carmo, Casimiro de Abreu, Silva Jardim, Tanguá, Maricá e São João da Barra.

Diretor da FGV Transportes, Marcos Quintela afirma que, embora pareça vantajosa para os usuários, a tarifa zero também tem suscitado reflexões sobre a viabilidade econômica e a capacidade de manter a qualidade e eficiência dos serviços com o passar do tempo. “Ao eliminar a tarifa do sistema, a demanda pelo serviço inevitavelmente aumenta, levando a uma maior ocupação dos veículos e exigindo um aumento da oferta de viagens”, diz ele. “Esse aumento na operação do serviço acarreta incremento significativo nos custos operacionais para os municípios, uma vez que se tornam os únicos responsáveis pelos repasses financeiros para subsidiar o sistema”, acrescenta.

Antropólogo, urbanista e militante do Movimento Passe Livre, Paique Duque Santarém ressalta que, nos últimos anos, as empresas tiveram uma retração nos lucros e buscaram financiamentos, subsídios e redução de imposto, “mas a passagem continuou aumentando muito”. Isso, diz ele, “desregula o sistema e cria um ciclo vicioso: aumenta a tarifa, o que reduz o número de usuários, o valor não se sustenta com inflação, e aí se aumenta a tarifa de novo”. Para o transporte público se salvar, avalia, “é preciso constituir um Sistema Único de Mobilidade, a exemplo do SUS, nacionalizando o financiamento por meio de taxas. Ele seria constituído por autoridades dos âmbitos federal, estadual e municipal, atuando de forma conjunta, principalmente nas regiões metropolitanas”.

Informações: O Globo

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Estação Central do Brasil da SuperVia está entre os destinos mais procurados no país

terça-feira, 14 de janeiro de 2025

A estação Central do Brasil, um dos principais pontos de integração do transporte público no Rio de Janeiro, foi destaque em um levantamento divulgado pela 99, plataforma de mobilidade urbana. O ranking revela os dez destinos mais buscados pelos usuários durante as férias, colocando a estação Central do Brasil na quinta posição nacional, à frente de locais icônicos como o Aeroporto do Galeão (RJ) e a Avenida Paulista (SP). 

O destaque reforça a relevância da estação, que diariamente conecta milhares de passageiros ao sistema ferroviário da SuperVia, linhas de ônibus, VLT e o metrô carioca, além de ser um importante marco histórico e cultural da cidade.   

A SuperVia reconhece o papel essencial da Central do Brasil na mobilidade urbana e reafirma seu compromisso em oferecer um transporte seguro, eficiente e acessível para todos os seus passageiros.  

Confira o ranking de destinos mais procurados do Brasil: 

1. Aeroporto de Guarulhos (SP) 
2. Aeroporto de Congonhas (SP) 
3. Praia de Copacabana (RJ) 
4. Parque Ibirapuera (SP) 
5. Central do Brasil (RJ) 
6. Estação Porto Alegre (RS) 
7. Aeroporto do Galeão (RJ) 
8. Aeroporto de Brasília (DF) 
9. Estação Central de Belo Horizonte (MG) 
10. Avenida Paulista (SP) 

Informações: Supervia

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