O diagnóstico realizado pelo Consórcio PlanMob, contratado pela Prefeitura para elaborar o Plano de Mobilidade Urbana de Uberaba, constatou que a cidade é majoritariamente usuária de veículos individuais. Segundo o representante da consultoria, Ricardo Mendanha, o número de usuários de transporte por aplicativo fica apenas em 1,9%.
A pesquisa de origem e destino constatou que 49% utilizam transporte próprio para se locomoverem; 40% são usuários de carros, e 9%, de motocicletas. O estudo constatou que 16% dos uberabenses utilizam o sistema de transporte coletivo urbano, enquanto 13% se locomovem pelo fretado e outros 3,5% usam a bicicleta como meio de transporte. Pessoas que não utilizam nenhum meio de transporte, ou seja, andam a pé, somam 23%.
De acordo com o representante do Consórcio PlanMob, essa pesquisa é uma amostra feita bairro a bairro, com grau de confiança de 95%. Foram aplicados mais de dois mil questionários. “Essa pesquisa fez um levantamento de onde as pessoas moram, como elas se deslocam diariamente, se elas saem de casa e vão para o trabalho, se saem de casa e vão para a escola, pegando inclusive todo mundo que mora na residência, como vão e quanto tempo levam”, esclarece Mendanha.
Ricardo explica que, neste momento, a equipe de trabalho ainda está na fase de diagnóstico, para avaliar o que acontece na cidade. Além da pesquisa, essa análise também acontece por meio de leituras, inclusive a comunitária, que tem o objetivo de ouvir a população. “Não entramos na fase de proposta, até como uma técnica, para não fechar caminhos e alternativas. O objetivo é abrir e fazer uma leitura geral”, afirma.
Dentro das demandas da comunidade uberabense, as reclamações sobre as calçadas estão em destaque, conforme conta o representante do Consórcio PlanMob. “Até não saiu muita coisa de quebra-molas. Questionou-se muito a questão das calçadas, irregulares, estreitas, cheias de buracos, com acesso para garagens. As pessoas têm dificuldade de caminhar, então essa é, com certeza, uma das linhas que o plano vai ter que atuar”, pontua.
Mendanha destaca que, além da pesquisa de opinião, o diagnóstico também considera a análise quantitativa. “Então, levantamos a quantidade de pessoas que estão andando de ônibus, quanto sobe e desce em cada linha, e, nos principais cruzamentos da cidade, quais são os volumes de fluxo”, finaliza.
Fonte: jmonline.com.br
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