O indicativo de greve segue pairando as negociações entre trabalhadores e empresários do transporte público em Salvador; a novidade é que essa tensão pode sair da bolha soteropolitana e seguir por outros municípios da Bahia. Isso porque o Sindicato dos Rodoviários da Bahia convocou as os trabalhadores e organizações da Região Metropolitana de Salvador (RMS) e de Feira de Santana para unificar as pautas e trazer força para o movimento.
O presidente do sindicato, Fábio Primo, destacou que a categoria tem pontos em comum em todos os locais, por isso a oportunidade de unificar as reivindicações. "Essa ideia partiu da gente depois da rodada de negociação de ontem [quinta-feira, dia 2] com os empresários. Às vezes parece que é algo direcionado, uma questão política, e nós queremos mostrar que não é. Não temos problema com o Governo do Estado ou com a Prefeitura de Salvador, temos a nossa política sindical, direcionada aos nossos representados que têm necessidades reais", disse.
Ainda segundo Primo, as pautas em comum incluem os cortes de linhas de ônibus, a integração com o metrô e o problema com o transporte clandestino. "Todos nós estamos sofrendo, e por esses pontos nós convocamos o Sindicato dos Rodoviários Metropolitanos (Sindmetro), o sindicato dos rodoviários de Feira de Santana e o sindicato do transporte intermunicipal", disse.
A convocação foi aceita pelo Sindmetro e o presidente Mário Cleber garantiu que vai apoiar a categoria na capital de acordo com o que for decidido. "Nós vamos acompanhar nossos companheiros. Atendemos a esse pedido, um chamado de urgência do sindicato, tivemos uma reunião importante e somos um sindicato parceiro, por isso temos uma pauta unificada. Estamos juntos contra o assédio das empresas, contra o transporte clandestino e a favor da licitação para o metrô. Se eles pararem nós vamos parar também", afirmou.
Mário Cleber explica que a RMS tem sofrido um problema latente com a existência do transporte clandestino. "Nós temos um transporte em Lauro de Freitas, por exemplo, péssimo. Nós reconhecemos isso, e está cada dia decaindo mais devido ao número alto dos transportes clandestinos, vans que estão rodando sem nenhuma fiscalização nem restrições", explica o presidente do Sindmetro.
Lauro de Freitas está enfrentando agora a saída de uma empresa. A Costa Verde deixou de operar e, segundo Mário, o sindicato teve conhecimento de que pessoas já estavam e organizando com vans para rodar pela orla. "Isso acontece com o sem ônibus, eles ocupam o espaço, fazem transporte de casa em casa, entrando nas ruas e vielas e não há nenhum tipo de fiscalização", conta.
Informações: A Tarde
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