Insatisfeitos com a proposta apresentada pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), os metroviários do Recife decidiram nesta quinta-feira (10) retomar a paralisação total do sistema por tempo indeterminado.
Dessa forma, a partir das 0h desta sexta, todas as 36 estações do Metrô do Recife, que atende cerca de 180 mil passageiros por dia, serão fechadas para a população.
Em assembleia geral realizada na Praça da Greve, no Centro do Recife, representantes do Sindicato dos Metroviários de Pernambuco (SindMetro-PE), em conjunto com os trabalhadores, discutiram o índice sugerido pela CBTU.
De acordo com o presidente do Sindmetro-PE, Luiz Soares, a empresa apresentou uma proposta de reajuste salarial de 3,45%. Inicialmente, o pedido dos trabalhadores era por um reajuste de 25%, levando em consideração as perdas salariais acumuladas nos últimos anos.
No entanto, após a primeira audiência de conciliação promovida pelo Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT6), o percentual solicitado pelos trabalhadores caiu para 7%, em concordância com uma sugestão do Ministério Público do Trabalho (MPT).
Na penúltima rodada de negociação, a proposta foi mantida. Na ocasião, a procuradora do MPT, Ana Carolina Lima, solicitou que os trabalhadores suspendessem a paralisação por um prazo de 48 horas, oferecendo mais tempo pra que a empresa apresentasse uma proposta capaz de atender a reivindicação dos metroviários.
Durante a reunião da manhã desta quinta, a CBTU sugeriu um reajuste 3,45%. Além disso, a empresa afirmou não poder estabelecer uma elevação do piso salarial da categoria, que atualmente é de R$ 1.900. A outra reivindicação dos trabalhadores, que também não foi atendida, era pela garantia de estabilidade em caso de privatização do sistema.
Por meio de nota, a CBTU lamentou a decretação de greve. A companhia afirmou que apresentou uma "nova proposta para o Acordo Coletivo 2023-2024, baseada nos parâmetros definidos pela Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (SEST)". A empresa reforçou ainda que sempre esteve aberta para o diálogo com os sindicatos.
Informações: Folha PE
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