A cidade de São Paulo se comprometeu a eletrificar ao menos 20% da frota de ônibus municipais até 2024, colocando em circulação centenas de veículos movidos a energia limpa. E o caminho para a promessa assumida pelo prefeito Ricardo Nunes ser cumprida parece estar dentro do esperado.
A SPTrans informou à reportagem que o número, já impressionante, deve subir ainda mais neste início de 2023, já que algumas das concessionárias que ainda não apresentaram seus pedidos por novos ônibus terão de fazê-lo em breve. Afinal, os novos ônibus das frotas precisam ser elétricos, conforme orientado em circular pelo órgão no dia 17 de outubro de 2022.
A determinação da SPTrans faz parte do planejamento traçado na Lei 16.802/2018, que prevê a redução de 50% nas emissões de carbono pelos ônibus da cidade de São Paulo até 2028, e a neutralidade até 2038. Atualmente, pouco mais de 230 ônibus que rodam pela capital são movidos a energia limpa.
Segundo matéria publicada pelo Diário do Transporte em seu site, as empresas que possuem licença para atuar na capital paulista confirmaram a encomenda de 1.109 ônibus elétricos para renovar suas frotas. Deste total, 657 serão entregues e começarão a rodar já em 2023, e os demais no ano seguinte.
ABVE diz que empresas estão prontas
Adalberto Maluf, que é diretor da BYD, fabricante de carros e ônibus elétricos da China, e também ocupa o posto de presidente da Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE), assegurou, em nota oficial, que muitas empresas estão aptas a suprir a demanda por ônibus elétricos dentro e fora de São Paulo.
"A ABVE reafirma a plena capacidade da cadeia produtiva nacional de responder com rapidez e eficiência a todas as exigências da Lei Municipal 16.802/2018, que fixou metas anuais de transição da frota de ônibus a diesel para veículos de baixa emissão. Empresas instaladas no País, como BYD, Eletra, WEG, Scania, Mercedes-Benz, Moura, Caio, Marcopolo e outras estão plenamente qualificadas e aptas a produzir mais de 2 mil ônibus elétricos por ano".
As declarações de Maluf vão de encontro ao que afirmou Antônio Fernando Pinheiro Pedro, secretário-executivo de Mudanças Climáticas da cidade de São Paulo. Segundo o secretário, "segue o cronograma demandando tecnologia, informação, motorização, montagem e integração da indústria nacional" para que a transição possa ser feita sem atropelos e dentro do esperado.
Informações: Canaltech
0 comentários:
Postar um comentário