A Prefeitura de Londrina, no norte do Paraná, desembolsou mais de R$ 5,8 milhões para cobrir os custos do transporte coletivo da cidade. Os repasses às duas empresas de ônibus foram feitos no período de fevereiro a maio de 2022, segundo a Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU).
De acordo com a companhia, os repasses vêm ocorrendo porque as empresas apontam que os valores arrecadados com as tarifas não têm sido suficiente para cobrir as despesas.
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Conforme dados da Transportes Coletivos Grande Londrina (TCGL), a empresa teve aumento de 14% no numero de passageiros de abril para maio. O volume é representativo para um único mês e se refere à empresa que tem a maior parte das linhas em Londrina.
Todas as semanas, a CMTU faz um balanço do quanto o transporte coletivo arrecada e quanto será necessário para cobrir as despesas. O levantamento mais recente se refere à ultima semana de maio.
No caso da TCGL, responsável por 65% das linhas da cidade, foram 336.756 usuários em uma semana. Juntos, eles desembolsaram cerca de R$ 1,3 milhão em passagens.
Entretanto, segundo o documento, a despesa com mão de obra, combustíveis e manutenção da frota naquele período foi aproximadamente R$ 1,5 milhão. Por isso, apenas naquela semana, a prefeitura precisou complementar com mais de R$ 189 mil.
Os recursos são dos impostos municipais e vão para as empresas de ônibus. Desde janeiro de 2022, uma lei municipal proposta pela prefeitura e aprovada pelos vereadores prevê que os cofres públicos banquem a diferença de custos.
A medida passou a ser a adotada porque o município e as empresas de transporte alegaram que houve aumento de custos com manutenção, combustível e mão-de-obra, ao mesmo tempo em que despencou o número de passageiros.
De fevereiro a maio, os repasses já ultrapassam R$ 5,8 milhões e esse valor ainda vai aumentar, porque nos meses de março, abril e maio estão computados apenas os repasses feitos à TCGL.
As planilhas da Londrisul, que é responsável por 35% das linhas, ainda estão em análise.
Repasses
A prefeitura alega que os repasses vão diminuir à medida em que o número de passageiros aumentar, o que tem ocorrido aos poucos.
Mais trabalhadores passaram a fazer serviços presenciais e não em casa, como em boa parte da pandemia. Além disso, o aumento no preço dos combustíveis é outra explicação, pois mais usuários deixaram os carros e as motos em casa para usar o transporte coletivo.
Em abril, o total de passageiros chegou a 369 mil na primeira semana, mas caiu para uma média de 280 mil nas semanas seguintes. Já em maio, o total da semana ficou acima dos 330 mil, chegando a 354 mil no começo do mês, período em que se usa mais o transporte coletivo.
O crescimento é de 14% de um mês para outro, índice alto para um curto espaço de tempo. Os dados da Londrisul ainda não estão disponíveis. Apesar da reação, o total de usuários ainda não chegou aos níveis de antes da pandemia.
A previsão da Prefeitura de Londrina é que mais de R$ 20 milhões sejam repassados neste ano às empresas de ônibus para cobrir a diferença dos custos do serviço, mas esse valor que poderá aumentar ainda mais, pois a prefeitura ainda precisa descobrir quantas pessoas usam o transporte com direito à isenção para pagar pelos benefícios.
Informações: G1 Paraná
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