O valor da passagem dos ônibus foi reajustado e passou a custar R$ 4,40 nesta quarta-feira (31) em Ribeirão Preto (SP). A cobrança nas linhas alimentadoras também subiu e, agora, é de R$ 1,70. O aumento de 4,03% foi publicado pela Prefeitura em Diário Oficial no dia 5 de julho.
O serviço de integração continua sendo permitido no prazo de 120 minutos a contar do primeiro embarque. A passagem pode ser utilizada em até três linhas de ônibus, desde que pertençam a grupos distintos.
O aumento está previsto em contrato que, desde 2012, estabelece o mês de julho para reajuste da tarifa do transporte coletivo da cidade.
Em nota, a Empresa de Trânsito e Transporte Urbano (Transerp) diz que o aumento acontece porque teve reajuste de 5% no salário dos motorista e porque a inflação entre maio do ano passado a maio deste ano foi também de quase 5%.
Estudantes das redes municipal e estadual cadastrados continuarão sendo beneficiados com isenção da tarifa. A redução de 50% no valor da tarifa também continua mantida aos alunos de escolas particulares, cursos técnicos, cursos preparatórios para vestibular e cursos de graduação e pós-graduação em nível superior.
Análise
O engenheiro de tráfego Fernando Velázquez concorda com o posicionamento de Anderson e explica ainda que a falta de qualidade oferecida pelo transporte somada a facilidade de conseguir crédito resultam na compra de veículos particulares.
"O cidadão faz uma conta rápida em que fica mais barato ele parcelar, por exemplo, a prestação de uma moto do que ele depender do transporte público. Vai ficando defasado e, em consequência disso, a tarifa do transporte público vai ficando cada vez mais cara e afugentando as pessoas. A gente precisa trabalhar questões para facilitar o acesso ao transporte público", diz o especialista.
Em Ribeirão Preto, segundo a Transerp, a frota de ônibus é composta por 536 veículos e realizou no primeiro semestre uma média de 2,5 milhões de viagens pagas por mês. Para Velázquez, ainda tem muito a ser feito no sistema de transporte da cidade.
"A gente precisa que o transporte público seja atraente. Para isso, não basta mexer só na tarifa, tem que mexer na qualidade e, principalmente, no tempo de espera. É questão de planejamento nesse primeiro momento. Precisa entender a demanda, avaliar as linhas de desejo e as linhas características para trabalhar forte com políticas públicas", diz.
Informações: G1 Ribeirão Preto e Franca
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