O Rio de Janeiro perdeu, de um ano para cá, 1.509 ônibus. Os números são da própria Secretaria Municipal de Transportes (SMTR). Em 2018, a frota da cidade contava com 8.342 coletivos; este ano, são 6.833 carros em circulação. A redução é de 18%.
Para o professor Marcus Quintella, especialista da FGV Transportes, da Fundação Getúlio Vargas, o problema começou em 2015, com a “racionalização” do sistema.
“Ao longo desse tempo, não houve um planejamento muito correto. A redução do número de linhas e o encurtamento dos itinerários desfavoreceram as regiões periféricas”, afirma.
Ainda segundo a prefeitura, a Zona Oeste é a região mais afetada. “Há pessoas que têm que ir a pé em parte do trecho”, lembra Quintella.
“Durante o dia, esse sujeito leva quatro horas para ir ao trabalho e voltar para casa. Quanto isso custa para a sua qualidade de vida?”, questiona o professor.
O fechamento de empresas que atuavam na região é a principal causa da redução.
Linha fantasma
A linha 365 (Mendanha-Praça Tiradentes) consta da relação da prefeitura, mas deixou de circular há mais de dois anos. O site da SMTR mostra que a frota determinada para esta linha é de três ônibus.
Na 366 (Campo Grande-Tiradentes), seriam 27 carros, mas moradores relatam que apenas um serve à linha.
O que diz a SMTR
Em nota, a secretaria afirma que a frota está sendo renovada. “Desde a assinatura do acordo entre a prefeitura e os consórcios, em junho de 2018, 370 novos ônibus, com ar-condicionado, wi-fi e entrada USB para carregar o celular, foram incluídos no sistema da SMTR”, diz.
Informações: G1 Rio
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