Usuários do metrô de Belo Horizonte estão revoltados com o acordo feito pelo Instituto de Defesa Coletiva e a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), mediado pela 15ª Vara da Justiça Federal, que possibilitou o reajuste de 136% em menos de um ano. Com o acordo, divulgado nessa quarta-feira (25), a tarifa vai subir gradativamente de R$ 1,80 para R$ 4,25.
A reportagem da Itatiaia conversou com passageiros do metrô nesta quinta-feira na estação Central, uma das mais movimentadas. “Acho que não é justo.O povo merece mais um pouco de consideração. Passar de R$ 1,80 para R$ 4,25 não é justo. Pesa no bolso”, reclamou Cleison Rosete.
O salário do trabalhador não está acompanhando o aumento da inflação. É um prejuízo grande para o trabalhador, para quem está na labuta todos os dias, toda hora e tem que pagar metrô e ônibus”, disse Isa de Oliveira.
O acordo que definiu o aumento escalonado não teve apoio de todos os participantes da audiência. Enquanto o diretor de planejamento e Relações Institucionais da CBTU, Pedro Cunto, comemorou o acordo, Romeu Machado (presidente do Sindicato dos Metroviários) e André Veloso (representante do Movimento Tarifa Zero) foram contrários.
“Na realidade nós fomos mais uma vez surpreendido, porque o objeto da ação era o aumento de R$ 3,40. A gente não veio aqui para discutir qualquer coisa além disso. Aliás, a nossa posição é quem nem os R$ 3,40 deveria acontecer dado o momento econômico que passa o país”, argumentou Romeu Machado.
Já André Veloso também tem posição semelhante. “Colocaram uma política tarifária que não era objeto da ação, enfiaram um aumento de 85 centavos a mais do que estava colocado em disputa aqui. É terrível, porque a gente está perdendo a única política social de mobilidade urbana que ainda restava no país. Mesmo que seja parcelado, essa população vai ter que escolher entre comprar a cesta básica, comprar o consumo diário ou andar de metrô. A gente não está satisfeito e vamos fazer o que tiver no nosso alcance”, avisou.
“Acho que foi um acordo bom para todas as partes. Foi um ganha-ganha na minha opinião”, disse Pedro Cunto. Acho que todos foram contemplados. Estou muito feliz com esse acordo”.
Também ficou definido em acordo o investimento de R$ 2 milhões por parte da CBTU em projetos de meio ambiente, sustentabilidade e mobilidade.
Veja quando serão os aumentos:
1º de maio: passará a custar R$ 2,40
Julho: passará a custar R$ 2,90
Setembro: passará a custar R$ R$ 3,40
Novembro: R$ 3,70
Janeiro de 2020: R$ 4,00
Março de 2020: R$ 4,25
Informações: Rádio Itatiaia
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