Durante a reunião, Cappellari expressou preocupação com a redução do número de passageiros do transporte público na Capital. Nos últimos cinco meses, o total de transportados caiu 7% durante o dia e 14% à noite, o equivalente a 5 milhões de passageiros.
O presidente afirma que o alto índice de desemprego gerado pela crise financeira é o principal motivo do abandono. "Claro que a insegurança e o preço da tarifa também contribuem. A tarifa alta é um motivador para que o usuário procure uma alternativa mais econômica, como a bicicleta", argumenta.
A EPTC analisou os índices dos últimos cinco anos, considerando os meses de março a julho. Em 2011, foram mais de 20 milhões de passageiros pagantes e, no mesmo período de 2016, foram 16,6 milhões. Além disso, o índice de passageiros, em 2011, era de dois por quilômetro e, agora, caiu para 1,6.
Um grupo de trabalho vem analisando todas as 429 linhas de Porto Alegre a fim de reavaliar a operação. Por enquanto, Cappellari descarta a possibilidade de reavaliação do preço da tarifa. "Veremos se há possibilidade de fazer um espaçamento maior em algumas linhas que tem uma menor demanda", exemplifica.
Em relação à segurança pública, a iluminação de paradas e a implementação de câmeras de segurança nas linhas da Carris foram citadas como medidas adotadas. A EPTC também tem informado a respeito da Parada Segura, que permite que os motoristas parem mais perto do destino final dos usuários das 22h às 6h.
Por Suzy Scarton
Informações: Jornal do Comércio
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