O governo do Rio de Janeiro, enfim, inaugura neste sábado (30) a Linha 4 do Metrô da capital fluminense. Orçada em R$ 9,7 bilhões, a obra sofreu atrasos e quase foi paralisada por falta de recursos. Apesar de tudo isso, foi concluída a tempo da Olimpíada, assim como todos os sete projetos de mobilidade urbana incluídos no plano de legado dos Jogos Olímpicos de 2016.
Ao todo, governo estadual e municipal executaram mais de R$ 14,5 bilhões em investimentos em mobilidade visando à Olimpíada –o governo federal ajudou com financiamentos. Só o metrô consumiu cerca de dois terços de todo esse valor. Com o restante, porém, o Rio ainda ganhou um VLT (Veículo Leve Sobre Trilhos), dois corredores de ônibus expressos do tipo BRT, reformas em estações de trem e obras em avenidas da cidade.
Assim como ocorreu com metrô, todas as obras passaram problemas ou tiveram entregas adiadas. Juntas, entretanto, elas compõem um conjunto de melhorias superior ao prometido em 2009, quando o Rio ainda era cidade candidata a sede dos Jogos.
No dossiê de candidatura do Rio à sede da Olimpíada, não constava o plano de construção da Linha 4 do Metrô, por exemplo. Segundo o documento, os 16 km quilômetros entre Ipanema e a Barra da Tijuca que serão percorridos de trem durante a Rio-2016 seriam interligados por um corredor de ônibus expressos. No dossiê, também estava prevista a construção do VLT.
Obras de mobilidade da Olimpíada
VLT do Centro – R$ 1,2 bilhão
TransOlímpica – R$ 2,2 bilhões
BRT TransOeste (trecho zero) – R$ 115 milhões
Novo Elevado do Joá – R$ 458 milhões
Viário do Parque Olímpico – R$ 514 milhões
Linha 4 do Metrô – R$ 9,7 bilhões
Reforma de estações de trem – R$ 259 milhões
Operação restrita até o fim da Rio-2016
Levando em conta todas essas obras, a prefeitura do Rio estima que o percentual da população que usa o transporte público para se locomover na cidade vai mais que triplicar. Em 2009, 18% dos moradores da capital fluminense usavam ônibus, metrô ou trens em seu transporte diário. Com a conclusão de todas as obras, esse percentual deve chegar a 63%.
Essa mudança, contudo, só poderá ocorrer após a Olimpíada. Isso porque, durante os Jogos, o metrô e outros sistemas de transporte construídos para o evento terão acesso restrito a portadores de ingresso e profissionais credenciados pela organização.
O metrô começará a funcionar na segunda-feira (1º) transportando somente portadores de credenciais olímpicas. No dia 5, dia da cerimônia de abertura da Rio-2016, ela passará a atender torcedores donos de bilhetes olímpicos. A população só poderá usar o novo meio de transporte após o fim dos Jogos Paraolímpicos, em setembro.
Os dois novos BRTs do Rio, TransOeste e o da TransOlímpica, terão operações semelhantes à do metrô. Os serviços terão acesso restrito na Olimpíada. Após o fim dos Jogos Olímpicos, ainda agosto, serão abertos a toda a população.
Cartão de Transporte Olímpico a R$ 25
Espectadores que pretendem usar os BRTs ou a Linha 4 do Metrô para se deslocarem durante a Rio-2016, além de apresentarem seus ingressos para eventos olímpicos, precisarão portar um cartão de transporte especial válido para o período das Olimpíadas. O bilhete único olímpico custará no mínimo R$ 25 e dará direito a viagens ilimitadas por um dia. Uma passagem de metrô no Rio custa hoje R$ 4,10.
O bilhete já está à venda pela internet e em estações ou pontos credenciados. É possível também comprar um cartão válido por três dias (R$ 70) ou sete dias (R$ 160).
O Cartão de Transporte Olímpico também dará acesso a linhas de ônibus expressas criadas justamente para levar torcedores a arenas olímpicas.
Informações: Portal Uol
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