Todas as empresas que operam o sistema de transporte público em São Paulo deverão reservar, pelo menos, 30% de suas vagas no quadro de empregados para mulheres, como forma de diminuir o preconceito de gênero no mercado de trabalho. O anúncio foi feito na manhã desta quarta-feira, dia 16, pelo prefeito Fernando Haddad, durante viagem de ônibus entre Itaquera e o centro de São Paulo, em um coletivo conduzido por uma motorista.
Ela é a primeira mulher a dirigir um ônibus articulado em Campinas. Seu nome? Erica Aparecida Videschi Bastos, motorista da VB Transportes |
A iniciativa é fruto de uma parceria entre as secretarias municipais de Transportes, de Políticas para Mulheres e de Desenvolvimento, Trabalho e Empreendedorismo. A nova regra foi registrada na Portaria Intersecretarial 002/15-SMT-SMPM-SDTE de 10 de dezembro e publicada no Diário Oficial.
O secretário de Transportes, Jilmar Tatto, acompanhou o prefeito na viagem de ônibus entre a Zona Leste e a região central e valorizou a importância da contribuição feminina ao sistema de transporte coletivo: “As mulheres já estão presentes no sistema e têm de ter cada vez mais oportunidades em todas as categorias profissionais e é isso que estamos estimulando.”
A motorista Silvana Frutuoso da Silva está entre as mulheres que já trabalham para uma empresa de ônibus. Foi ela quem conduziu o veículo da Linha 4310/10 com o prefeito. “Trabalho há quatro anos como motorista de ônibus em São Paulo, amo minha profissão e fico feliz em ver as mulheres ganhando espaço nessa categoria que é carregada de homens.”
A partir de agora, as empresas que fazem o transporte de 10 milhões de pessoas diariamente, terão de realizar ampla divulgação da disponibilidade de vagas para mulheres. Os 30% de reserva se referem à proporção de todo o quadro de funcionários da empresa, sem separação por função ou cargo.
Em uma medida inovadora, a reserva de vagas deve levar em consideração o gênero autodeclarado de cada pessoa, independente dos registros públicos e documentos de identificação. Dessa forma, também é aberto espaço no mercado de trabalho para transgêneros.
“Vamos aprimorar o sistema de transporte com mais diversidade. As mulheres são muito bem vindas no transporte público como profissionais e esse aprimoramento irá trazer muitos bons resultados, inclusive, no que diz respeito ao assédio dentro dos ônibus. A presença de uma mulher na direção do veículo ou como cobradora vai inibir os maus elementos que desrespeitam a mulher. Essa iniciativa vai humanizar o transporte público na cidade”, afirmou o prefeito Haddad.
Essa é mais uma iniciativa da atual gestão na busca para acabar com o preconceito de gênero no mercado de trabalho.
Atualmente, de acordo com o cadastro da SPTrans, 4.903 motoristas e cobradoras de ônibus na capital paulista são mulheres, o que corresponde a 8,7% do total.
Campanha em favor da Mulher
Neste fim de ano, a SPTrans e a Secretaria de Políticas para Mulheres já lançaram uma campanha contra o Assédio Sexual que está sendo veiculada na atual edição do Jornal do Ônibus, afixada nos 15 mil coletivos e nos 29 terminais da cidade.
A campanha incentiva as mulheres em situação de violência a denunciarem seus agressores.
Assessoria de Imprensa - SPTrans
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