Um trecho da Avenida Paulista foi interditado na manhã desta segunda-feira (5) para o início da construção da ciclovia. As obras, que custarão R$ 15 milhões, devem ser concluídas em seis meses.
A Companhia Engenharia de Tráfego (CET) recomenda cuidado aos motorista e pede que eles obedeçam à sinalização ao trafegarem pela avenida.
O projeto de implantação de ciclovia na Avenida Paulista foi aprovado, em novembro, pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado (Condephaat).
No entender da entidade, os bens tombados, além de MASP e Conjunto Nacional, não serão afetados pela via exclusiva para as bicicletas. As intervenções em área no entorno de bens tombados na esfera estadual deve ser analisada e aprovada previamente pelo conselho.
O secretário municipal dos Transportes de São Paulo, Jilmar Tatto, afirmou, em setembro, que a ciclovia da Paulista fazer pelo menos cinco importantes conexões entre regiões da cidade: o Centro, para a região do Estádio do Pacaembu, da Avenida Brasil, do Parque Ibirapuera e para o Metrô Jabaquara.
Minhocão
A Rua Amaral Gurgel, sob o Elevado Costa e Silva, também terá as faixas da esquerda interditadas nos dois sentidos às 23h horas desta segunda-feira para implantação da ciclovia que passará debaixo do Minhocão. Os bloqueios, entre a Rua Major Sertório e o Largo do Arouche, vão durar cerca de seis meses, segundo a CET.
Projeto
A ciclovia da Avenida Paulista vai ficar no canteiro central da via e não vai tirar nenhuma faixa dos veículos, mas vai diminuí-las. As faixas de ônibus vão ser reduzidas de 3,5 metros para 3,3 metros e as de carros de 3 metros para 2,8 metros.
Primeiramente, o secretário havia informado que as obras seriam concluídas ainda este ano, mas, posteriormente, confirmou o que o prefeito Fernando Haddad havia informado, sobre só ser possível a conclusão em 2015.
“Em função de final de ano, Natal, corrida de São Silvestre, especificamente o eixo que envolve a Consolação da Praça Osvaldo Cruz, nós vamos entrar em obras apenas em 2015”, disse.
Durante todo o período, a faixa da esquerda em ambos os sentidos da Avenida Paulista destinada aos veículos será interditada. A ciclofaixa de lazer que funciona aos domingos será desativada nos seis meses de obras.
O secretário informou ainda que a meta é completar, até o final de 2015, 400 quilômetros de ciclovias.
Entenda as novas ciclovias de SP
A construção de 400 km de ciclovias é uma das 123 metas de gestão de Fernando Haddad, que se elegeu com a promessa de privilegiar o transporte público.
Considerando que São Paulo tem 17,2 mil km de vias pavimentadas, o total representa espaço exclusivo para ciclistas em 2,3% do total de ruas e avenidas da cidade. Segundo estimativas, o custo total das obras é de R$ 80 milhões. Parte dos recursos devem ser disponibilizados pelo Fundo Municipal do Meio Ambiente (Fema).
De acordo com a Prefeitura, o cumprimento da meta deixará São Paulo com total de ciclovias próximo do que há em outras cidades do mundo. O levantamento da administração municipal aponta que Berlim lidera o ranking com 750 quilômetros. Além dos 400 km do novo plano, há previsão de inauguração de 150 quilômetros de ciclovias que devem ser implantadas junto aos futuros corredores de ônibus, além de outros 63 km já existentes até 2013.
A instalação de ciclovias é uma das estratégias apontadas por especialistas em trânsito para oferecer outras opções para o transporte na cidade. Neste ano, São Paulo atingiu novo recorde de congestionamento, com 344 km de vias congestionadas em 23 de maio.
Além disso, a construção de ciclovias é uma demanda de diversos setores, incluindo cicloativistas que se articulam na cidade em associações e promoveram ao longo de anos intervenções e protestos por mais respeito às bicicletas no trânsito. O número de ciclistas mortos em acidentes de trânsito caiu entre 2005 e 2013, período disponível no levantamento da CET. Em 2005, foram 93 casos. Em 2013, o total de mortes foi de 35.
Informações: G1 São Paulo
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